“Educação como ferramenta em defesa do SUS”. Esse é o tema abordado na VI Semana em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), que acontece até esta quinta-feira (25), no Campus I da UNEB, em Salvador.
A iniciativa, realizada pelo Departamento Ciências da Vida (DCV) do Campus I da universidade, tem o objetivo de socializar e engajar a comunidade acadêmica acerca da compreensão dos princípios, diretrizes, perspectivas, e desafios que compõem, a complexidade inerente a implementação do Sistema Único de Saúde.
A abertura do evento aconteceu na tarde de ontem (23), com a presença da vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, o subsecretário estadual da Saúde (Sesab), Paulo Barbosa, e o diretor do DCV-I, Magno Mercês.
“É importante que estudantes, professores e gestores da nossa UNEB estejam reunidos neste evento, pensando nas questões que afetam a formação dos profissionais da saúde. Não se trata apenas de adquirir conhecimentos técnicos, mas também de desenvolver uma consciência política que permita entender as necessidades dos pacientes e defender o Sistema Único de Saúde. Essa visão ampliada é essencial para garantir um atendimento que promova direitos e ofereça uma saúde humanizada e eficaz, refletindo o compromisso com a saúde pública do país”, destacou a vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, que representou a reitora da universidade, Adriana Marmori..
Para o subsecretário da Sesab, Paulo Barbosa, a universidade tem o papel fundamental na formação dos profissionais da saúde para atendimento e fortalecimento do SUS. “Além do ensino e extensão, as universidades têm uma função importante na área da pesquisa e inovação de fazer chegar a todos os brasileiros, desenvolvimento de novas tecnologias garantido pela nossa indústria nacional. Isso é fundamental para um sistema que pretende ser universal e equânime, garantindo acesso a todas as pessoas”.
Em seu pronunciamento, o diretor do DCV-I, Magno Mercês, destacou a importância da estrutura da universidade para a preparação dos futuros profissionais de saúde. “As universidades têm o papel crucial nesse processo, não apenas na formação qualificada dos profissionais, mas também com seus centros de pesquisa e inovação. Eles são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas e dispositivos baseados em evidências científicas e para formação de uma consciência crítica na sociedade”.
A mesa de abertura do evento contou ainda com a participação da coordenadora de Saúde Coletiva do DCV-I, Sandra Assis Brasil, a diretora da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e conselheira municipal de Saúde, Izolda Cardoso, e a diretora de gestão estratégica de pessoas e processos da Secretária Municipal de Saúde de Salvador, Márcia Fernandes de Barros.
A abertura da atividade teve a apresentação cultural do Coral Oyá Igbalé, regido pela professora da universidade, Julice Oliveira.
Extensa programação
No primeiro dia de atividades da Semana, o público teve a oportunidade de acompanhar a conferência de abertura “Por que defender o SUS? Caminhos para uma educação transformadora”.
A palestra foi proferida pela professora do Instituto de Saúde Coletiva da Ufba, Catharina Matos, as docentes do DCV-I da UNEB, Silvana Vieira e Thais Aranha, e o discente do curso de Nutrição da Universidade, Gustavo Ribeiro.
Os três dias de atividades da VI Semana em Defesa do SUS reserva em sua programação conferência, palestra, mesa-redonda, diálogos, apresentações de trabalhos de extensão, pesquisa e relatos de experiência, exposição de banners e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), além de feiras de saúde cardiovascular, atendimento nutricional e agroecológica.
A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes), divulga a ediçao de 2024 do Caderno de Editais.
Destinada aos estudantes, a publicação é um guia completo e acessível sobre os programas e editais da Praes que estão em andamento ao longo de todo o ano.
O informativo detalha sobre cada programa oferecido na universidade, incluindo objetivos, público-alvo e orientações sobre os editais e seus processos seletivos.
A UNEB, através da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), lançou o edital do Programa de Arte e Cultura (Proarte), iniciativa que tem como objetivo apoiar e fomentar ações extensionistas na área da Arte e Cultura no ano de 2024.
O edital prevê o incentivo a projetos vinculados a cinco eixos: “Mobilidade, Circulação e Residência”, “Formação, Experiência e Fruição”, “Produção Artística e Economia da Criatividade”, “Manifestação Popular, Patrimônio e Comunidades”, “Eventos, Feiras, Festas e Festivais”, “Criação e Manutenção de Acervos Culturais: catalogação de acervos bibliográficos”.
O prazo final para inscrição é até às 17h do dia 13 de maio. Poderão submeter propostas as/os servidoras/es docentes ou técnicas/os administrativas/os da UNEB em efetivo exercício. A proposta deve ser elaborada com base no Formulário Plano de Aplicação de Recursos (PAR), disponibilizado como anexo no Edital.
Conforme aponta a publicação, no orçamento deverá estar incluso custo relativo às bolsas de Iniciação à Extensão (IEX) para até cinco estudantes, que deverá ser concedida pelo prazo de seis meses, durante o exercício de 2024, com valor mensal de R$ 700.
O processo de seleção dos projetos inscritos consistirá em duas etapas: avaliação de enquadramento, a ser realizada pela comissão técnica e avaliação da Proex, realizada pelas/os avaliadoras/es ad hoc.
O evento será realizado no auditório José Rocha Larangeira, localizado no Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET), no Campus I da instituição, em Salvador.
O encontro visa estimular o debate sobre o ensino das literaturas africanas, da história, das culturas, no âmbito da UNEB, buscando pensar estratégias e metodologias que auxiliem a consolidação de um efetivo progresso dos estudos africano e um maior e mais sério conhecimento da cultura afro-brasileira.
A iniciativa é voltada para professores, pesquisadores, estudiosos da área de literaturas africanas e demais interessados na temática. Os interessados em participar devem solicitar inscrição, gratuitamente, no Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da universidade.
A programação do encontro reserva conferências, compartilhamento de experiências de pesquisas, e relatos de pesquisas e ensino.
O evento é realizado em parceria com a Casa de Angola e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A iniciativa da exposição coletiva tem como objetivo despertar a reflexão frente a contextualização sobre a imagem de São Jorge, não só devocional, mas também crítica, ética, cultural e sociopolítica.
“Cada artista produziu a partir da sua estética trazendo símbolos, iconografias, identidade étnica-racial, cores e formas com técnicas distintas sobre esculturas de gesso de São Jorge sobre o cavalo, representando a luta do guerreiro contra o dragão, que na contemporaneidade significa vencer o mal”, explica Denissena Fóssil, curador da exposição.
As obras estarão abertas à visitação, gratuitamente, no Cepaia, localizado na rua do Passo, 4, bairro Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. As visitas à exposição podem ser realizadas até o dia 30 de maio, de segunda à sexta-feira, das 9 às 17h.
Um aspecto interessante é que as criações estarão expostas em bases de madeira que foram reaproveitadas a partir de restos de árvores mortas encontradas pela cidade de Salvador, trazendo assim uma provocação ao público quanto a necessidade urgente de enfrentamento do dragão do desmatamento que tem afetado o desequilíbrio no planeta terra.
Centros de pesquisa e licenciaturas indígena, projetos extensionistas em comunidades indígenas, bolsas-auxílio, reserva de vagas no vestibular e Sisu, e a instalação do Campus Intercultural, em Jeremoabo.
São inúmeros projetos e programas implementados e executados pela UNEB enquanto política de inclusão e permanência indígena, além de ações de valorização e respeito aos nossos povos originários.
Reitora e vice-reitora da UNEB ao lado dos estudantes do Opará, na reunião do Consu que aprovou a criação do Campus Intercultural
A reitora da UNEB, Adriana Marmori, atua, junto a equipe de gestão da universidade, na implantação e fortalecimento de políticas que democratizam o acesso ao ensino superior público e garantem a assistência estudantil e a permanência universitária.
“Reitero a importância da presença indígena dentro da universidade, fazendo história, defendendo as línguas e as linguagens, defendendo os saberes construídos em todas as áreas do conhecimento. Nossa universidade reafirma diuturnamente o compromisso com a reparação histórica, com as políticas afirmativas de inclusão e permanência. Esse lugar é de todos e todas, estamos juntos nessa luta”, destaca a reitora.
Inclusão da comunidade indígena
Em uma ação pioneira, a UNEB, em 2007 ampliou o sistema de reserva de vagas para as populações indígenas. A medida fortaleceu a democratização do acesso ao ensino superior de grupos populacionais tradicionalmente excluídos.
Brenda: “Estar na universidade é parte do processo de demarcação de territórios para além dos espaços das comunidades”
O cenário que se estabelece após a ampliação do sistema de cotas unebiano é de diversidade na composição discente dos cursos, sobretudo, nos territórios com maior presença de comunidades indígenas, como Norte e Sul da Bahia. Atualmente, a instituição conta com mais de 400 estudantes indígenas, das mais variadas etnias, em cursos de graduação e de pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento.
“Estar na universidade é parte do processo de demarcação de territórios para além dos espaços das comunidades. Uma forma de dizer ao mundo que existimos e que aqui permanecemos. É uma maneira de descolonizar esse lugar que até um tempo atrás não era feito e nem pensado para nós, minorias. É uma ferramenta para que nós possamos contar a nossa própria versão da história a partir de agora”, afirma Brenda Kaimbé, estudante do Curso de Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena, em Paulo Afonso.
Permanência dos discentes
A UNEB está, gradativamente, empenhando-se em promover a institucionalização das condições de permanência dos seus estudantes ingressos através das cotas, de forma que eles tenham satisfatórias condições acadêmicas e econômico-sociais de se manterem nos respectivos cursos, até a integralização.
Atividades acadêmicas dos estudantes dos cursos Liceei e Pieei no Campus X da UNEB, em Teixeira de Freitas
Entre as ações, está oPrograma Apako Zabelê (PBIAZ). Criada em 2022, a iniciativa oferta bolsas de auxílio financeiro aos estudantes indígenas. Neste ano, o programa oferta 287 bolsas aos discentes da universidade.
Os processos seletivos para ingresso na graduação, através do vestibular da instituição e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), oferecem, obrigatoriamente, 5% das sobrevagas para candidatos indígenas.
A UNEB é a maior executora do Programa Universidade para Todos (UPT), coordenado pela Secretaria estadual da Educação (SEC), que prepara estudantes concluintes e egressos da rede estadual para seleções de ingresso ao ensino superior. Com turmas em toda a Bahia, inclusive, na comunidade indígena Aldeia Boca da Mata, em Porto Seguro.
Educação indígena
E não para por aí, a UNEB também investe, desde 2009, na formação em nível superior de professores de escolas indígenas, através dos cursos das Licenciaturas Intercultural em Educação Escolar Indígena (Liceei) e em Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena (Pieei).
Cerimônia de formatura dos discentes do curso de Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena do Centro de Pesquisa Opará
A medida tem como objetivo contribuir para a formação de profissionais e docentes da Educação Básica, que atuam com a educação escolar indígena.
Neste mês simbólico, foi realizada, no Campus de Paulo Afonso, a formatura de 20 estudantes do curso de Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena do Centro de Pesquisa Opará. A solenidade, que representou um marco histórico para os povos originários na Bahia, foi marcada pela emoção dos formandos e de representações de diferentes etnias, especialmente das regiões Norte e Oeste da Bahia.
“A universidade, apesar dos desafios, abraçou a causa e juntos fomos vencendo todos os obstáculos. Espero que outros indígenas Kantaruré tenham a oportunidade e coragem de concluir a graduação escolhida. Gratidão é a palavra”, diz Sheila Kantaruré, egressa da Liceei.
Solenidade de diplomação da Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena (Liceei) ofertada no Campus de Teixeira de Freitas
Para acolher os novos estudantes das licenciaturas, o Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural da Temática Indígena (Cepiti), realizou, no início deste mês, o I Seminário Educação Escolar Indígena: saberes tradicionais, território e universidade, no Campus de Teixeira de Freitas. Participaram do evento, estudantes, docentes, gestores da universidade e lideranças indígenas da região.
Também em 2023, a UNEB realizou cerimônia de diplomação da Licenciatura Intercultural de Educação Escolar Indígena ofertada no campus de Teixeira de Freitas.
“A Liceei é fruto de muita luta indígena. A educação é fundamental e deve ser feita do nosso jeito, dentro da realidade e contexto do nosso povo. Não viemos para a universidade para sermos moldados, viemos para quebrar paradigmas e fizemos isso!”, declarou Ângelo Pataxó, discente indígena graduado.
A maior universidade do Nordeste oferece ainda o curso de Pós-graduação Stricto Sensu em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras (PPGEAfin), nos Campi de Salvador e Irecê, e a Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Educação Intercultural Indígena, no Campus VIII, em Paulo Afonso.
Campus de Teixeira de Freitas realizou o I Seminário Educação Escolar Indígena: saberes tradicionais, território e universidade
Em março deste ano, o curso de Licenciatura em Educação Escolar Indígena, do recém-criado Campus Intercultural (Jeremoabo) da UNEB foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o Programa Nacional de Fomento à Equidade de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade).
O programa convida as instituições de ensino superior (IES) brasileiras a apresentarem propostas de cursos de licenciatura com objetivo de formação de professores em Cursos das Licenciaturas Indígena, Educação do Campo, Quilombola, Educação Especial Inclusiva e em Educação Bilíngue de Surdos.
Estudantes do Centro de pesquisa Opará comemoram aprovação da criação do Campus Intercultural, no Consu
“Estamos honrando uma dívida histórica com os povos originários. Essa é uma vitória, uma grande conquista do povo baiano”, celebrou Adriana Marmori, reitora da universidade e presidente do Consu sobre o Campus Intercultural.
O novo equipamento vai dedicar atenção ao estudo, pesquisa e extensão acerca dos povos originários, além de ser um espaço para a formação continuada de povos indígenas, comunidades tradicionais.
Pesquisa indígena
Atualmente a UNEB possui três centros de pesquisa que desenvolvem estudos na área: Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará); Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural da Temática Indígena (Cepiti); Centro de Estudos dos Povos Afro-Indígenas-Americanos (Cepaia).
Os centros são espaços acadêmicos que fortalecem e incentivam as pesquisas, a formação continuada e dinâmica dos Povos Tradicionais, Indígenas e lideranças de Movimentos Sociais em relação à afirmação, conhecimento e valorização dos saberes e fazeres, como forma de empoderamento das identidades e dos seus patrimônios bioculturais.
Dorival: “A inclusão das culturas indígenas no cenário educacional e social é um marco para a valorização da diversidade cultural brasileira”
A Universidade conta com dezenas de projetos de pesquisa desenvolvidos com a comunidade indígena, contemplando as áreas de História, Educação, Sociologia, Arqueologia, Artes, Biologia Geral, Agronomia e Medicina.
Docente, indígena e pesquisador do Opará, Dorival Vieira Júnior Tuxá, destaca que o centro de estudo permite que a sociedade possa conhecer mais de perto e respeitar a diversidade dos povos indígenas e os seus respectivos territórios.
“A inclusão das culturas indígenas no cenário educacional e social é um marco para a valorização da diversidade cultural brasileira. Iniciativas como o Centro de Estudos Opará são vitais para ampliar o conhecimento sobre essas culturas ricas e multifacetadas. Eles oferecem uma plataforma para que as vozes indígenas possam ser ouvidas e nossas histórias, ensinamentos e tradições possam ser reconhecidos e celebrados. Esses esforços não apenas enriquecem o tecido social do Brasil, mas, também fortalecem o respeito e a autonomia dos povos indígenas, contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva”, destaca o pesquisador e primeiro professor indígena efetivo da universidade.
Os centros de pesquisa Cepiti e Opará desenvolvem dezenas de ações de extensão com os povos indígenas. São iniciativas conjuntas em escolas na produção de materiais educativos, formação de professores e professoras indígenas e na agricultura familiar a partir das pesquisas realizadas.
Halysson: “Cepiti possibilitou a implementação inicial das políticas e dos diálogos junto aos povos indígenas no Sul da Bahia”
“O Cepiti foi um dos centros de pesquisas na temática indígena que viabilizou, dentro da UNEB, as primeiras ações que possibilitaram a implementação inicial das políticas e dos diálogos junto aos povos indígenas no Sul e Extremo Sul da Bahia. Nosso centro de pesquisa conta com pesquisadores indígenas e não indígenas articulados e em parcerias com os povos indígenas da região, assessorando, dialogando e fortalecendo ações e as políticas públicas ofertadas a esses povos”, afirma Halysson Fonseca, professor e pesquisador do Cepiti.
Reconhecimento às lideranças indígenas
Em 2019, cacique Babau Tupinambá recebeu, pela UNEB, o título de Doutor Honoris Causa
Em reconhecimento aos serviços relevantes ao ensino, à pesquisa, às letras ou às artes, a universidade já concedeu dois títulos de Doutor Honoris Causa a importantes lideranças indígenas da Bahia.
Campanha Abril Indígena da UNEB faz referência à obra “Futuro Ancestral”, do líder indígena Ailton Krenak
Para celebrar as culturas, memórias e histórias dos povos indígenas, e reforçar a importância da luta resiliente pelo direito à vida e à terra, a UNEB lançou a campanha “O futuro é Ancestral“, alusiva ao Dia dos Povos Indígenas, comemorado em 19 de abril.
A iniciativa faz referência à obra “Futuro Ancestral”, do líder indígena, filósofo, ambientalista e escritor Ailton Krenak, que traz reflexões sobre o humano e sua origem comum. Para ele, o futuro sempre trará traços da ancestralidade porque nosso DNA é ancestral. É preciso olhar para os saberes e fazeres ancestrais para a humanidade seguir em frente.
E, nessa perspectiva de vínculo nativo, a UNEB busca reforçar a importância de estreitarmos os laços que nos unem enquanto povo diverso, plural, rico. Somos uno com a natureza, o bem-estar social e o bem-viver, que partem dessa compreensão de unicidade e conexão. É isso que as culturas indígenas defendem e avigoram.
Contextualizando a data
Em 19 de abril, celebramos o Dia Nacional dos Povos Indígenas, uma data simbólica que representa a luta e resistência indígena. Uma homenagem à diversidade cultural e histórica dos povos originários que habitam o Brasil, a data tem como objetivos combater preconceitos e exigir que os direitos sejam respeitados.
Criada em 1943, com o nome de “Dia do Índio”, a comemoração foi adotada no Brasil durante o governo do então presidente Getúlio Vargas.
Em 2022, a data deixou de ser chamada de Dia do Índio e recebeu oficialmente o nome de “Dia dos Povos Indígenas”, a partir da Lei 14.402, de 2022. A mudança do nome da celebração tem o objetivo de explicitar a diversidade das culturas dos povos originários.
Texto: Wânia Dias, com colaboração de Danilo Cordeiro e Leandro Pessoa/Ascom
Fotos: Danilo Oliveira/Ascom, Camila Brandão/Ascom-Opará, Cepiti, arquivo pessoal dos entrevistados
Arte campanha “O Futuro é Ancestral”: Marina Marques/Ascom
A UNEB, por meio do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus V, em Santo Antônio de Jesus, está com inscrições abertas para 20 vagas de aluno regular do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local (PPGHIS), com ingresso no semestre letivo de 2024.2.
Os interessados devem realizar inscrição no Sistema de Seleção Discente de Pós-graduação (SSPPG) da universidade, até o dia 13 de maio, mediante pagamento e envio de comprovante da taxa de inscrição no valor de R$ 30. Os documentos para inscrição estão detalhados em edital publicado pelo programa.
As vagas estão distribuídas em duas linhas de pesquisa do programa: 1- Estudos Regionais: Campo e Cidade; 2- Estudos sobre Trajetórias de Populações Afro-brasileiras.
O processo de seleção é composto por homologação das incrições, avaliação e seleção do currículo lattes e do projeto de pesquisa, prova de proficiência e entrevista.
O resultado final do processo seletivo será divulgado no dia 25 de julho. O prazo para efetivação da matrícula corresponderá entre os dias 29 de julho e 1º de agosto. O início das atividades do semestre letivo do curso está previsto para o dia 14 de agosto.
A seleção é destinada aos discentes de qualquer curso ou programa vinculados à universidade, para realização de intercâmbio acadêmico de pesquisa, ensino e extensão, no âmbito do convênio entre a UNEB e as instituições parceiras para o período do segundo semestre de 2024.
Serão disponibilizadas 33 vagas para estudantes de qualquer curso dos campi da instituição, sendo 22 oportunidades para a graduação e outras 11 para a pós-graduação.
Dentre os requisitos, o discente deve estar regularmente matriculado em um curso de graduação ou pós-graduação da UNEB compatível ou equivalente com o curso pretendido na instituição estrangeira; ser maior de 18 anos; ter integralizado, no mínimo, 20% e no máximo 90% da carga-horária total do curso de graduação; ter realizado exame de qualificação e retorno previsto para, no mínimo, seis meses antes da defesa para estudantes da pós-graduação; e comprovar proficiência no idioma do país sede da instituição de ensino superior (IES) estrangeira.
Os estudantes classificados serão contemplados com passagens aéreas de ida e volta para o país sede das IES, auxílio instalação, bolsa-auxílio e isenção de taxas acadêmicas na IES anfitriã parceria da UNEB. O intercâmbio terá duração de um semestre letivo, com possibilidade de prorrogação por mais um semestre.
O processo seletivo será composto de duas etapas: homologação e análise da documentação enviada, e entrevista individual ou coletiva por meio da plataforma Microsoft Teams.
Evento marcou processo de diálogo amplo entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa da cena cultural
A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), em conjunto com o Gabinete da Reitoria e as Assessorias Especiais de Cultura e Artes (Ascult) e Territorial (ASSEPT), deu início a I Audiência Pública sobre Culturas, Artes e Movimentos Democráticos na Extensão Universitária, no Campus III da universidade, em Juazeiro, na última segunda-feira (15). O evento marcou o primeiro passo em um processo de diálogo amplo entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa da cena cultural.
A audiência pública reuniu um público plural e engajado, composto pela comunidade acadêmica da UNEB, além de outras instituições de ensino superior, educadores, estudantes, artistas, produtores culturais e pessoas ligadas aos movimentos democráticos. Essa diversidade de vozes e perspectivas enriqueceu o debate e evidenciou o compromisso da instituição com a construção de uma extensão universitária comprometida com o território.
A abertura do ciclo de Audiências Públicas promovido pela UNEB foi marcada pela apresentação do poeta e músico Fatel. Na oportunidade, o artista ressaltou a necessidade da academia se aproximar da cultura local. “Essa atitude é importante para o fortalecimento da cena artística regional. Fundamental, tanto para o enriquecimento desse ambiente, quanto para que haja uma formação de público consciente da cena artística que pertence ao seu local, essa mesma juventude não pode estar alienada à sua cultura”, pontua Fatel.
Os trabalhos foram iniciados com a mesa institucional tratando do papel da universidade como promotora da extensão universitária. Participaram da atividade a pró-reitora de Extensão (Proex), Rosane Vieira, assessora da Ascult, Nelma Aronia, gerente de Apoio à Cultura e às Ciências da Proex, Daniela Galdino.
“A universidade é mais do que um local de formação, é um espaço de interseção com os movimentos sociais. Nesse sentido, a presença de coletivos culturais dentro da universidade é fundamental para a avaliação e implementação efetiva das políticas de extensão”, frisou a pró-reitora da Proex, Rosane Vieira.
Também estiveram presentes na mesa as diretoras Andréa Cristiana Santos (Departamento de Ciências Humanas – DCH III) e Gertrudes Macario (Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS III), que pautaram o papel da universidade enquanto valorizadora da extensão universitária, entendedora da importância do vínculo com produtores de cultura em suas mais diversas formas e mediadora de cultura.
“O Campus de Juazeiro foi escolhido para sediar a primeira audiência por seu histórico de atuação extensionista, por meio de projetos que são desenvolvidos em todos os cursos, pela formação contextualizada e humanizada que desenvolve e pelo seu compromisso com o território. É um momento de suma importância, não apenas para o diálogo entre a universidade e a sociedade, mas também como uma expressão vibrante da nossa democracia e incessante busca por conhecimento e evolução”, ressaltou Gertrudes Macario.
Extensão universitária na prática
Reflexões sobre a extensão na prática deram o tema da mesa redonda. A professora do curso de Jornalismo do DCH III, Dalila Santos, salientou a relevância da UNEB em sediar a primeira audiência pública sobre extensão universitária. “A participação da comunidade externa e dos grupos colaborativos em espaços de formação como a UNEB é importante para desmistificar estereótipos e promover a interação entre academia e as comunidades”, disse a docente, que também apontou a necessidade de recursos financeiros para facilitar o intercâmbio e a integração entre a comunidade externa e o espaço acadêmico.
O público presente trouxe questões multidisciplinares para a discussão. A psicóloga e representante do Núcleo de Mobilização Antimanicomial do Sertão (Numans), Ananda Fonseca, enfatizou a conexão entre arte, cultura e a luta antimanicomial. “A interdisciplinaridade proporcionada pela audiência pública é crucial para promover um intercâmbio entre os diversos campos que podem colaborar de maneira conjunta nessa causa”, afirmou.
A artista plástica e escultora, Carina Lacerda, refletiu sobre a educação artística na região. Com um vasto currículo de projetos realizados, Lacerda compartilhou suas experiências enriquecedoras trabalhando com alunos de escolas públicas em diversas faixas etárias.
O professor do DCH III, Josemar Martins Pinzoh, apontou que diante de todas as questões discutidas na cerimônia e que serão debatidas nos eixos temáticos, “é necessário pensar em desconstruir culturas que estão intrínsecas na sociedade e contribuem ao fascismo e outros regimes. A universidade e comunidade devem estar atentas e buscar combater o machismo, LGBTFobia e outras culturas, como a que privilegia grandes artistas e desconsidera quem produz cultura localmente”.
Texto: Ana Beatriz Menezes e Rayssa Keuri. Fotos: Nara Gabriella / Núcleo de Comunicação – Campus III
O programa Partiu Estágio 2024 está com inscrições abertas até esta sexta-feira (19). São 6.193 vagas para universitários. Este é o Edital com maior número de oportunidades de estágio desde o lançamento do programa, em 2017.
O Edital disponibiliza 1.733 vagas para Salvador e outras 4.460 para cidades do interior do estado e da Região Metropolitana da capital. Nesta edição, o programa oferece oportunidade de estágio para estudantes de 126 cursos universitários, distribuídos entre 302 municípios da Bahia e em 60 órgãos do Estado. Os discentes terão direito a bolsas de R$ 455, além de auxílio-transporte e férias remuneradas.
As inscrições dos estudantes devem ser realizadas pela plataforma de serviços do estado BA.GOV.BR (www.ba.gov.br). Para participar, os discentes precisam ter idade mínima de 16 anos, residirem no estado da Bahia, ter concluído 50% ou mais da carga horária do curso de graduação e devem estar regularmente matriculados em instituição de nível superior com sede ou polo situados na Bahia. O curso de graduação pode ser nas modalidades presencial, semipresencial ou Ensino a Distância (EAD).
O estudante deverá efetuar sua inscrição conforme os procedimentos estabelecidos no Edital 01/2024, publicado no Diário Oficial do Estado e disponível no site da Secretaria da Administração (www.saeb.ba.gov.br).
O passo a passo completo para fazer inscrição no Partiu Estágio está no Edital 01/2024. Os candidatos que não possuem cadastro na plataforma www.ba.gov.br precisam fazê-lo antes de realizar a inscrição. O estudante que for selecionado para a vaga de estágio, receberá uma mensagem via aplicativo whatsapp, informando alteração do seu status no site do BA.GOV.BR e deverá acessá-lo para verificar os procedimentos, prazos e a forma da entrega da documentação. A relação dos estudantes selecionados para o Programa Partiu Estagio também será disponibilizada no site da SAEB (www.saeb.ba.gov.br).
O Edital do programa concede prioridade aos candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Também são prioritários estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou aqueles que estudaram com bolsa integral na rede privada. O Partiu Estágio prevê 10% das vagas reservadas para estudantes com deficiência, conforme estabelece a Lei federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
O estágio tem duração máxima de um ano, sem possibilidade de prorrogação, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência. O programa tem carga horária de 4 horas diárias e de 20 horas semanais.