
A UNEB sediou o V Simpósio Brasileiro de Inovação (Bio)farmacêutica e VII Simpósio Baiano de Inovação (Bio)farmacêutica (Simbifar 2025), entre os dias 29 e 31 de outubro passados, no Campus I, em Salvador. O evento reuniu docentes e pesquisadores da universidade, de instituições da Bahia, do Brasil e do exterior para discutir os avanços e desafios da pesquisa, inovação e produção no âmbito das ciências farmacêuticas e áreas afins.
A solenidade de abertura, no dia 29, no Teatro UNEB, foi presidida pela reitora Adriana Marmori, que destacou a importância da pesquisa voltada para o bem-estar social. Em sua fala, a reitora enfatizou a missão da universidade em desenvolver uma ciência comprometida com as pessoas e com o futuro.

“Ciência se faz a partir de três verbos: olhar, pensar e elaborar. Olhar com a lente da inovação tecnológica, pautando o presente e mirando o futuro; pensar uma ciência pautada na escuta sensível, ouvindo os pacientes, pois eles têm muito a nos ensinar; e elaborar uma ciência com monitoramento e análise diferenciada, voltada à população, em especial às comunidades mais vulneráveis”, afirmou Adriana Marmori.
A mesa de abertura contou também com a participação, pela UNEB, do coordenador-geral dos eventos Aníbal de Freitas, da diretora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) do campus, Alina Lins, da coordenadora da Agência UNEB de Inovação (AUI), Suely Messeder, do coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGFarma), André Teles, entre outros. Compuseram a mesa ainda a diretora de inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesb), Maria de Miranda, e o secretário-geral do Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF), Francisco Pacheco.
Cooperação internacional
O Simbifar 2025 reforçou a relevância da cooperação internacional em rede de pesquisadores. O professor Rob Van Wijk, da Universidade de Leiden, na Holanda, proferiu a primeira palestra da programação, sobre ciência translacional, com foco no tratamento farmacológico da tuberculose e outras doenças infecciosas.

Segundo o pesquisador holandês, o desenvolvimento de fármacos é um processo complexo, demanda tempo e necessita de financiamento vultoso. “Gostaria de salientar a importância das colaborações internacionais em pesquisas científicas. Estou muito animado pelas colaborações com a América Latina, em particular com Brasil. E ansioso para ver mais colaborações que podemos fazer a partir desses simpósios”, ressaltou.
No dia seguinte (30), a pesquisadora Tamara Maciel, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), também reforçou as estratégias para superar esses desafios de longo tempo e financiamento no processo de desenvolvimento de novos fármacos. “Unindo a nanotecnologia com ferramentas de farmacocinética aplicada, aceleramos o processo e desenvolvemos novos produtos para doenças como a malária, por exemplo”, explicou.
Biodiversidade e empreendedorismo
A extensa programação do Simbifar 2025, durante três dias, também contou com outras palestras, mesas-redondas, minicursos, apresentação de trabalhos e outras atividades.

Entre os participantes, a professora Maritza Cardozo, da Universidade Nacional de Colômbia, ressaltou a riqueza da biodiversidade colombiana e brasileira e a importância das plantas para o fortalecimento da cadeia de valor, incluindo o uso de espécies conhecidas por povos indígenas para melhoramento cognitivo e tratamento de diferentes enfermidades.
Outro ponto foi o debate sobre o empreendedorismo no Brasil. A professora Juliana Cardoso, da Universidade Tiradentes (Unit), considerou que essa discussão é crucial no ambiente acadêmico, pois estimula uma mentalidade inovadora nos estudantes, essencial para o mercado de trabalho.
Para o coordenador-geral do Simbifar, Aníbal de Freitas, os eventos “fortalecem e consolidam a pós-graduação e a pesquisa nessas áreas em nossa universidade”. O coordenador do PPGFarma, André Teles, avaliou que os simpósios proporcionaram “um espaço de integração, na área da inovação (bio)farmacêutica, promovendo o debate e a disseminação do conhecimento científico”.
Texto: Marcus Gomes/Ascom, com edição de Toni Vasconcelos/Ascom.
Fotos: Danilo Oliveira/Ascom e Marcus Gomes.


























