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PPG qualifica, consolida e amplia discussão sobre pós-graduação e pesquisa na UNEB

A pós-graduação e a pesquisa na UNEB, nos últimos anos, têm avançado devido à  formação de novos doutores e à expertise em fazer investigação, o que provoca a qualificação na busca por consolidação dos programas stricto sensu.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) vem se empenhando na regulamentação e integração com outras pró-reitorias e na expansão de ações e atividades.

Segundo a PPG, o planejamento e visibilidade da área estão contribuindo para garantir a avaliação e o desempenho dos programas stricto sensu da universidade junto à Capes.

Atualmente, dos mais de 750 docentes com doutorado na UNEB, cerca de 240 professores atuam em programas de pós-graduação da instituição.

“Considero que é necessário difundir informações aos nossos docentes de como funcionam as áreas da Capes, como funcionam nossos programas e como é importante que doutores atuem na pós-graduação stricto sensu da universidade, como forma de mobilizar a ciência, tecnologia e inovação para nosso estado”, avalia a pró-reitora Tânia Hetkowski (PPG).

Para modificar esse cenário, a gestão tem investido em várias frentes, como discussões sobre Política de Pós-Graduação para a UNEB, institucionalização e normatização de processos, projeto PPG Itinerante nos campi em Salvador e no interior do estado, ampliação de programas para publicação, bolsistas, agentes de inovação e apoio aos programas existentes, além de eventos como o Workshop de Pós-Graduação e Encontro de Secretários dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da UNEB, cuja última edição foi realizada em maio com o objetivo de reunir os coordenadores, pesquisadores e grupos de pesquisa para “dialogar sobre as fraquezas e fortalezas da pós-graduação da UNEB”, como explica a pró-reitora.

Veja os cursos de pós-graduação stricto sensu ofertados pela UNEB

Essas macroações aproximam a PPG dos programas, promovendo o diálogo entre professores, alunos e comunidade, bem como orientando sobre propriedade intelectual e política de inovação, preenchimento da Plataforma Sucupira, oficinas sobre Lattes, orientação sobre ética na pesquisa e preenchimento da Plataforma Brasil, sistema acadêmico, iniciação científica, grupos de pesquisa, avaliação quadrienal e Aplicativos de Propostas de Novos Cursos (APCN), entre outras atividades inerentes ao cotidiano da pós-graduação.

Regulamentar para avançar

A gestão universitária tem investido decididamente na institucionalização da pesquisa e da pós-graduação da UNEB, visando ampliar e qualificar as ações que envolvem a área.

Entre as mais recentes iniciativas, a pró-reitora Tânia destaca as várias resoluções apreciadas pelo Conselho Universitário (Consu) da UNEB, a exemplo da resolução para apresentação de propostas de novos cursos stricto sensu; da resolução para criação de cursos lato sensu; Programa de Incentivo a Professores Visitantes (ProVisit); do Programa de Agentes de Inovação (Pibati) e do reconhecimento de diplomas emitidos por instituições estrangeiras.

“Somos a primeira universidade do Brasil a cumprir as exigências do CNE (Conselho Nacional de Educação), expedidas em junho de 2016, no que se refere à regulamentação para reconhecimento de diplomas de instituições estrangeiras, em que tivemos o apoio do ex-conselheiro do CNE, professor doutor José Eustáquio Romão, fato que mobilizou outras universidades a nos procurar acerca de tal normatização”, informa a pró-reitora. 

Nessa mesma direção, foram aprovadas pelo Consu, em reunião no mês de julho, a proposta de regulamentação dos grupos de pesquisa; as orientações para credenciamento, descredenciamento e recredenciamento de docentes de programas stricto sensu e a criação do Comitê Institucional de Avaliação da Pós-Graduação da universidade.

“Também foi aprovado pelo Conselho Universitário o ProPublic, um programa de apoio a publicação em periódicos nacionais e internacionais, uma antiga demanda da área. Fizemos uma parceria com a Eduneb (Editora da UNEB), que irá atender aos pleitos dos docentes da pós-graduação”, conta a gestora.

Ações inovadoras

Outras ações inovadoras também estão na pauta da Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação.

Por exemplo, o já iniciado programa Escola de Verão da UNEB, em parceria com outras pró-reitorias acadêmicas da instituição, e o Programa de Formação Integrada, recém-aprovado, que propõe a participação de estudantes de graduação como aluno especial em cursos de pós-graduação stricto sensu da universidade, também em parceria com Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd). 

Para ampliar a divulgação do trabalho da PPG e sua integração com as demais áreas da universidade, a gestão vem promovendo diversas iniciativas, como o Encontro Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão, cuja primeira edição ocorreu em outubro do ano passado, dialogando com a comunidade acadêmica dos 24 campi e, para este ano, já está confirmado o segundo encontro, em parceria com as pró-reitorias de Ações Afirmativas (Proaf), de Extensão (Proex) e a Prograd, com apoio dos diretores de departamento, Núcleos de Pesquisa e Extensão (Nupes), coordenadores de pós-graduação, gerências de pesquisa e pós-graduação, e a participação da comunidade acadêmica.

Em atuação conjunta com a Proex, a PPG está fortalecendo as relações da gestão com os Nupes, que funcionam nos diversos departamentos da universidade.

“Nosso esforço tem sido tanto no sentido de consolidar o que a UNEB já conquistou na área, assim como para expandir as ações nos vários campi”, diz Tânia.

Em relação aos campi no interior do estado, a gestão vem ampliando a interlocução com os departamentos, o que é essencial para que a universidade avance na pesquisa e na pós-graduação. “Temos muitos grupos de pesquisa, por exemplo, mas ainda dispersos. Precisamos integrar mais, para fortalecer e qualificar esse trabalho tão importante que a comunidade de pesquisadores da UNEB realiza, incluindo os docentes, discentes e técnicos”, reforça a gestora.

Em mapeamento recente realizado pela PPG, foram identificadas quatro grandes áreas da pesquisa e pós-graduação na universidade com forte potencial: Educação e Humanidades, já consolidada na UNEB; Agrárias, voltadas ao desenvolvimento sustentável das comunidades; Saúde, necessária aos cuidados da vida digna da população; e Tecnologia, como demonstração de criatividade, inovação e pesquisa no âmbito da diversidade do estado.

Sistematização da pesquisa

Entre as prioridades da PPG para este ano, é urgente a sistematização dos projetos dos pesquisadores que desenvolvem pesquisa tanto no âmbito da UNEB como em parceria com instituições nacionais ou estrangeiras.

“Estamos construindo um portal e um sistema (Pandora) para organizar e facilitar esse trabalho. Temos muitos pesquisadores que realizam pesquisas de interesse e repercussão, mas são desconhecidos em nossas dinâmicas e programas de pós-graduação. A UNEB precisa investir no diálogo, na publicização e institucionalização dessas pesquisas, para posterior divulgação, buscando ampliar parcerias, criar novos programas e ampliar os processos de internacionalização”, avalia a pró-reitora.

Também este ano, a Agência de Inovação da UNEB, vinculada à PPG, aumentou seu quadro de pesquisadores, possibilitando ampliar a atuação da agência, aproximando-a das necessidades da UNEB, dos seus pesquisadores, estudantes, professores e técnicos, pois “a pesquisa na UNEB existe intensamente, mas precisa ser mostrada e demonstrada, e a agência pode articular e dinamizar interfaces entre os campi”, considera Tânia.

“A meta da Agência de Inovação é se consolidar, nos próximos anos, como órgão de fomento da UNEB, para que a instituição seja referência no estado como uma universidade empreendedora”, antecipa a gestora.

No âmbito da iniciação científica, a gestão tem incentivado a continuidade dessa cultura na universidade, estendendo as possiblidades de se fazer pesquisa ou formar grupos de pesquisa, incluindo professores da rede básica e de outras instâncias, pessoas de comunidades, entre outros grupos, como bolsistas ou mesmo voluntários.

“A PPG tem muito a efetivar, mas enfatiza podemos ser uma universidade grande e forte se trabalharmos coletivamente pela melhoria da formação stricto sensu, em especial, nas comunidades, mas para isso precisamos dialogar, planejar e prospectar o que desejamos ser futuramente”, finaliza a pró-reitora.

Outras reportagens desta série:

Série Ação Universitária – PROGRAD

Série Ação Universitária – PROEX

* Com edição da PPG. Imagem (home): Anderson Freire/Ascom

PROEX: institucionalização, interiorização e valorização marcam a extensão na universidade

Referenciar e valorizar a extensão na UNEB, articulando-a com o ensino e a pesquisa, e ampliar as ações no interior.

Assim podem ser resumidas as maiores metas e conquistas da gestão da universidade na área da extensão nos últimos anos.

“Nosso grande esforço foi no sentido de institucionalizar a extensão na universidade, bem como de garantir que, diante do recuo dos apoios federais, os projetos e ações, de iniciativa de alunos, professores e técnicos, tivessem continuidade. Não há milagres. O que se fez foi uma nova redistribuição da verba disponível. A política de editais garante a transparência e o mérito. Os projetos, programas, eventos e monitorias (de ensino e de extensão) se submetem, dentro da tradição acadêmica, a uma seleção”, conta Maria Celeste Castro, pró-reitora de Extensão (Proex).

Segundo a gestora, iniciativas como essas têm mantido a extensão em todos os departamentos e territórios onde a universidade está presente. “Também essa experiência de gestão, impactada por uma crise política e econômica sem precedentes, modificou a fisionomia da Pró-Reitoria de Extensão, uma vez que os recursos não são mais administrados na Proex, mas disponibilizados diretamente aos departamentos e aos contemplados pelos editais”, afirma.

Maria Celeste ressalta que a pró-reitoria acompanha o andamento de todas as ações, por meio de relatórios produzidos durante o processo e ao final, quando devem ser apresentadas as prestações de contas.

Os números registrados pelo setor, no ano de 2016 até o presente, indicam um aumento significativo das ações. São 1.314 projetos de extensão, concentrados nas áreas de educação, cultura e saúde, além de outros nas áreas de comunicação, direitos humanos, tecnologia e produção.

Bolsas: ampliação e equiparação

A pró-reitora considera a atual política de bolsas como de grande relevância para a comunidade acadêmica. “Porque garante a execução dos projetos e, sobretudo, uma melhor qualidade de vida acadêmica aos nossos alunos. Também ampara e protege contra a evasão, uma vez que essas bolsas, com o aumento dado, auxiliam no atendimento de algumas necessidades básicas dos estudantes”, explica.

O aumento equiparou o valor das bolsas de extensão com o das bolsas de pesquisa. Antes, as bolsas de extensão pagavam R$ 300 mensais, com a equiparação o valor passou a R$ 400.

Quantitativamente também, as bolsas de extensão foram ampliadas: são 350 do Programa de Bolsas de Extensão (Probex) da UNEB; 18 (em 2016) e 46 (2017) para monitoria do programa Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati); 96 (2016) e 92 (2017) do Programa de Apoio a Projetos de Extensão (Proapex) da universidade.

Universidade para todos

O programa Universidade para Todos (UPT), do governo do estado por intermédio da Secretaria da Educação (SEC), faz parte da modalidade “prestação de serviço”, na classificação da extensão universitária.

“Essa ação, entretanto, por sua identificação como a própria extensão, foi, aos poucos, adquirindo outro caráter na UNEB, tornando-se, hoje, uma ação entre todas as outras que desenvolvemos na pró-reitoria. Essa mudança é resultado de uma nova compreensão do conceito de extensão que implantamos. Porque a universidade não pode ser vista apenas como uma ‘barriga de aluguel’. Entendemos que uma parceria com a UNEB obriga os envolvidos a considerarem a competência acadêmica desta instituição em gerir esses projetos, fazendo uso de todo o conhecimento produzido na academia e aqueles outros herdados e produzidos em sociedade”, avalia Maria Celeste.

No UPT, foram concedidas 1.100 bolsas em 2016 e 1.250 bolsas este ano. São bolsas para alunos da universidade, professores e técnicos administrativos.

Outra parceria importante na área da extensão será a formação de conselheiros tutelares do estado da Bahia e conselheiros dos Direitos da Criança e do Adolescente. Essa ação, que terá início no mês de agosto, é uma parceria da UNEB com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). O projeto objetiva capacitar 2.368 conselheiros em um curso de 200 horas.

Interiorização da extensão

Na avaliação da pró-reitora, a implantação da política de editais revelou o potencial e as necessidades existentes nos campi da UNEB no interior do estado.

“Podemos dizer que houve uma efetiva interiorização da extensão. Muitos projetos ganharam visibilidade pela possibilidade de obter recursos e apoio nos editais. A concorrência ampla e transparente permite que projetos tão diversos e de diferentes campi e departamentos – a exemplo dos projetos ‘Acompanhamento técnico de pequenos aquicultores do município de Xique-Xique’, ‘Sistemas locais e clusters criativos de inovação: fortalecimento da inovação, indústrias e economia criativa, cultura, esporte e turismo na Bahia’, ‘Oficina de criação de material didático no contexto da Lei 11. 645/2008: dispositivos didáticos para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena’, ‘Juristas leigos no Território do Baixo Sul’, ‘Clube de Ciências em Micologia e Bioética’, ‘Autos judiciais, arquivos culturais: prevenção de patrimônio documental e acesso publico aos acervos judiciais do Polo Regional Acadêmico de Caetité’, ‘Projeto de educação patrimonial: o Território do Alto Sertão da Bahia como espaço de produção do conhecimento’, entre vários outros, possam receber apoio e recursos”, defende Celeste.

Diálogo com princípio

A gestão da UNEB entende que qualquer ação acadêmica nasce do diálogo, “da disposição em ouvir, da generosidade em compreender e da capacidade em aceitar os argumentos que se mostrarem reais e justos”, conforme enfatiza a pró-reitora.

“Nessa busca pelo diálogo, nos aproximamos das instituições públicas de ensino superior da Bahia e de outros estados, das demais pró-reitorias, dos departamentos, colegiados e Nupes (Núcleos de Pesquisa e Extensão)”, diz Celeste.

Resultado dessa aproximação, a curricularização da extensão é considerada uma ação exitosa pela gestora. “A curricularização atende o que determina a Lei 13.005/2014, na meta 12.7, ou seja, o Plano  Nacional de Educação (PNE), o qual determina que 10% da carga horaria total do curso corresponda a ações de extensão. Atende também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior”, ressalta.

“As muitas ações que desenvolvemos no sentido de trazer essas questões para a roda de diálogos promoveram vários encontros, presenciais e por videoconferência, e o aprofundamento de diálogos in loco”, lembra.

Mais avanços em pauta

A pró-reitora destaca ainda outras iniciativas implantadas e que se mostraram promissoras.

A série Diálogos com a Proex realizou seu primeiro encontro discutindo em mesa-redonda a grave crise vivida pela população carcerária no país.

“Essa série tem como objetivo discutir as questões do cotidiano para a vida em sociedade. Os temas nascem dos ecos que nos chegam das ruas, das praças, das salas de aula. A primeira mesa teve como produto de suas discussões a construção de uma linha de pesquisa dentro do programa de mestrado a ser implantado no Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH) da UNEB”, antecipa Celeste.

Proex em Ação é uma iniciativa que desenvolve atividades variadas: cursos livres, exposições, palestras, entre outras. “Na primeira edição, estamos oferecendo cursos livres, agora no mês de julho. Serão 12 cursos, entre cursos de idiomas, de flauta doce, de cuidador de idoso e outros”, conta.

Nessa mesma perspectiva, a pró-reitora aponta também a ação Diálogos territoriais: por uma nova política sobre drogas – um olhar racial, uma parceria da UNEB com o Coletivo de Entidades Negras (CEN) e a Open Society Foundations que interioriza  as discussões e ações do projeto Observatório Popular de Políticas sobre  Drogas. “Nessa dinâmica, demonstramos efetivamente a importância da universidade na sociedade e o fazer extensionista da nossa UNEB”, conclui.

Mais informações:
A Extensão na UNEB – Ações 2016

Outra reportagem desta série: 
Série Ação Universitária – PROGRAD 

* Com edição da Proex. Imagem (home): Anderson Freire/Ascom