As servidoras e os servidores da UNEB, vítimas de situações de assédio no ambiente de trabalho, podem contar com canais exclusivos para acolher, orientar e reportar casos de assédio ocorridos, aos setores competentes.
Os canais fazem parte de uma série de ações de prevenção ao assédio contra servidores da UNEB, intitulada Não é Brincadeira, é Assédio.
A iniciativa, que visa sensibilizar servidores da instituição para necessidade de estarem atentos e denunciarem todo e qualquer caso de crime de assédio praticado dentro ou fora das dependências da instituição.
A UNEB tem como compromisso garantir um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e digno para todas as servidoras e todos os servidores, por isso, busca fortalecer e visibilizar os seus canais de denúncia, sempre resguardando o direito das vítimas ao atendimento respeitoso, com sigilo e todo o acolhimento necessário.
Se você for vítima de assédio, denuncie através do telefone: (71) 99739-1759 e/ou do e-mail contraoassedio@uneb.br.
Saiba mais: O assédio pode ser considerado como condutas abusivas registradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo o seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho.
Se você for vítima de assédio, denuncie! Telefone: (71) 99739-1759 E-mail: contraoassedio@uneb.br
O evento foi sediado no auditório do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I da universidade, em Salvador, com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.
Thaís Urpia, ouvidora da UNEB: sensibilização dos servidores para denunciarem assédios.
“Estamos abordando a concepção da Ouvidoria universitária como espaço não apenas de reclamação e denúncia, mas principalmente de acolhimento e produção de conhecimento com vistas a melhorar a cultura organizacional”, disse Thaís Urpia, ouvidora da UNEB.
O seminário, explicou a ouvidora, faz parte de uma “ação de sensibilização dos servidores da universidade para a necessidade de estarem atentos e denunciarem todo e qualquer caso de crime de assédio praticado dentro ou fora das dependências da instituição”.
A mesa de abertura foi presidida pela reitora Adriana Marmori, tendo a participação do pró-reitor Elias Dourado (PGDP), da ouvidora Thaís Urpia e do ouvidor da Secretaria estadual da Educação (SEC), Jocivaldo dos Anjos. A iniciativa contou com o apoio do governo do estado e das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e de Santa Cruz (Uesc).
“Acreditamos que a Ouvidoria deve ser um espaço para além do ouvir. Precisa ser um espaço de escuta sensível, que responda, que batalhe uma solução. Nossa Ouvidoria é de acolhimento e acompanhamento efetivo das denúncias em seus desdobramentos”, destacou Adriana Marmori.
Reitora Adriana Marmori: “Quando assumimos o compromisso com o outro, a gente muda a realidade”.
A reitora contou que tem recebido e escutado muitas pessoas da comunidade acadêmica com problemas de saúde mental. “Não podemos fazer de conta que não estamos vendo. Vamos fazer sempre tudo o que estiver dentro das nossas possiblidades para ajudar essas pessoas. Ou, se não estiver a nosso alcance, vamos fazer o encaminhamento devido para outros órgãos que possam ajjudar”, enfatizou.
“Nossa gestão está fortalecendo e ampliando as ações nessa área. Na Ouvidoria, criamos dois canais específicos de atendimento: um para denúncias de violência contra a mulher e outro para denúncias de assédios em geral. E na última reunião do Consu (Conselho Universitário) aprovamos a criação de uma Comissão Permanente de Direitos Humanos. Quando assumimos o compromisso com o outro, a gente muda a realidade”, reiterou Adriana Marmori.
Parabenizando a Ouvidoria pela iniciativa e a Reitoria pelo apoio, o pró-reitor Elias Dourado reforçou que “as ouvidorias precisam ser cada vez mais valorizadas e qualificadas, para que as ações do setor público se fortaleçam e alcancem os objetivos institucionais”.
Na avaliação do ouvidor da SEC, Jocivaldo dos Anjos, a “ouvidoria pública deve deixar de ser um espaço de delegacia, de só recepção, para tornar-se um espaço de proposição, mais ativa; um canal que possa ajudar a ajustar e consertar as politicas publicas”.
“As ouvidorias precisam estar preparadas para destrinchar o que é cada denúncia. Porque assédio pode não ser somente assédio, pode ser misoginia, pode ser racismo, pode ser LGBTfobia, ou outro tipo de crime”, ressaltou Jocivaldo dos Anjos.
Após a abertura, a mesa “Diálogos sobre saúde mental, assédios e letramento racial” foi coordenada pela ouvidora da Sistema Único de Saúde (SUS) na Secretaria estadual da Saúde (Sesab), Tais Tupinambá.
Nessa mesa, a psicóloga e psicanalista sanitarista Fabíola Lima falou sobre saúde mental; a advogada Aline Moscovits, que integra o quadro de assessores jurídicos da Procuradoria Jurídica (Projur) da UNEB, explanou sobre as diferentes formas de assédios e a legislação concernente; e a assistente social da Ouvidoria da Sesab Caroline Souza expôs sobre letramento racial.
Mesa “Diálogos sobre saúde mental, assédios e letramento racial” foi composta por quatro mulheres atuantes na área.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.