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3ª edição do Biotec Day reúne mais de 200 estudantes do ensino médio para aulões gratuitos no Campus da UNEB em Juazeiro

Evento foi promovido pelo projeto de extensão “Dia a dia com a biotecnologia”.

Estudantes da rede pública do município de Juazeiro, que estão concluindo o ensino médio, participaram na último dia 5 de junho, de aulões de revisão gratuitos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dentro da programação do 3º Biotec Day.

O evento foi promovido pelo projeto de extensão universitária “Dia a dia com a biotecnologia”, vinculado ao curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UNEB, em Juazeiro. A atividade contou com uma programação de aulas e mostra cientifica.

O “Biotec Day” acontece desde o ano de 2023 e nesta edição reuniu ao todo 270 “feras” do ensino médio, entre eles estudantes do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães e do Colégio da Polícia Militar (CPM) Alfredo Vianna.

Segundo a coordenadora do evento, Gabriela Aretakis, o objetivo da organização foi alcançado: “Nós pensamos nesses aulões como uma forma de auxiliar e incentivar esses estudantes. Fomos às escolas fazer o convite e quem sabe, em um futuro bem próximo, eles sejam nossos alunos”, salientou a professora.

Para a estudante, Aline Almeida, a iniciativa promoveu uma maior aproximação da academia com a comunidade externa: “Trazer o aluno de escola pública para a Universidade traz um reconhecimento. Mostra que nós somos vistos e que realmente a universidade se preocupa em ter alunos vindos da rede pública”, destacou a aluna do CPM.

Outro momento de destaque foram as apresentações dos projetos de pesquisa e extensão e inovações biotecnológicas desenvolvidas pelos estudantes do curso. Como o trabalho sobre o tratamento de resíduos de esgoto da aluna do 7º período, Alice Rodrigues: “Nós mostramos cada passo desse tratamento. Desde a retirada dos dejetos até a purificação e a transformação em biogás”, ressaltou.

Essa interação, que transcende os muros da universidade, reafirma o compromisso da UNEB com a educação pública e a promoção do acesso ao ensino superior, inspirando a próxima geração de cientistas e profissionais da biotecnologia e bioprocessos do Vale do São Francisco.

Texto e fotos: Andre Amorim – DCH Campus III (Juazeiro), com edição da Ascom

4º Workshop em Horticultura Irrigada destaca tecnologias e inovações no Vale do São Francisco: dia 20/09

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada (PPGHI), do Departamento de Tecnologia e Ciências e Sociais (DTCS), em Juazeiro, realiza no dia 20 de setembro, o IV Workshop em Horticultura Irrigada do Vale do São Francisco, na unidade.

O evento é voltado a estudantes de agronomia, produtores Rurais e profissionais da Área Nesta edição, o workshop traz o tema “Horticultura 4.0: Tecnologias e inovações no Vale do São Francisco”.

Os interessados em apresentar trabalhos devem realizar inscrição no site do evento, até o dia 6 de setembro. Os artigos devem ser voltados para área temática da Agronomia, Biotecnologia e áreas afins. Para o público ouvinte, a inscrição deve ser realizada gratuitamente no site da iniciativa.

A programação contará com palestras, minicursos e apresentações de trabalhos científicos, além de promover um intercâmbio entre profissionais de diversas instituições do setor público e privado, ligados a instituições de ensino, pesquisa e empresas que integram a cadeia produtiva da agricultura no Brasil.

Será emitido certificado geral de participação e também certificado de apresentação de trabalho.

Informações: Instagram – @ppghi_uneb

Juazeiro: Curso promove 1ª edição de semana acadêmica com participação da comunidade do Vale do São Francisco

O Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, vai realizar, entre nos dias 25 e 26 de novembro, a primeira Semana Acadêmica de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia (SAENG BIO), no Auditório Antônio Carlos Magalhães, na unidade.

Com o tema “Desenvolvimento e Inovação”, o evento tem como objetivo integrar o conhecimento teórico e pratico de comunidades acadêmicas e externas da região do Vale do São Francisco.

Podem participar estudantes, professores, empresas públicas e privadas e toda comunidade externa. As inscrições são limitadas e gratuitas e podem ser realizadas por meio do preenchimento de formulário on-line.

As atividades são promovidas pelo Colegiado do Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, e visam complementar a formação profissional dos graduandos.

Serão realizadas demonstração das atividades exercidas nas diversas áreas de atuação do engenheiro de Bioprocessos e Biotecnologia, com a participação de alunos e ex-alunos que atuam no mercado, professores, empresas da região, instituições de pesquisas e ensino.

No dia 25, a programação conta com palestra sobre Inteligência artificial na biotecnologia, os minicursos “Redação Científica” e “Desenvolvimento de Fitoterápicos” e a mesa-redonda “Biotecnologia de Microrganismos Aplicada à Agricultura”.

Já no segundo dia, o evento promove a palestra “Inovações Biotecnológicas na Nanotecnologia”, mesa-redonda sobre empreendedorismo e a primeira mostra de produtos desenvolvidos por discentes do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia.

Informações: IG – @eng.bioprocessos_uneb.

Bahia Faz Ciência: Pesquisa de cientista baiano pode ajudar plantas a sobreviverem na seca

Com as recentes mudanças climáticas que acometem todo o planeta, somado à realidade de queimadas e degradação de espaços naturais como a região da Amazônia, um cientista baiano, preocupado com o futuro da humanidade, realiza um estudo para tornar a vegetação mais resistente aos solos, cada dia mais inférteis. Quando concluído, o trabalho promete soluções para que plantas possam crescer em regiões que sofrem com a seca, entre as quais está o semiárido baiano.

A mente por trás deste projeto, Adailson Feitoza, professor e coordenador do curso engenharia de bioprocessos e biotecnologia, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), em Juazeiro, afirma que a inspiração surgiu dos dados alarmantes que apontam aumento na variabilidade de chuva e seca até 2050, o que pode, dentre outras coisas, prejudicar a produção agrícola. Para Adailson, umas das maneiras de reverter este cenário é investindo no plantio de mais árvores, entretanto, surge o questionamento: como manter produtividade agrícola em solo árido?

A partir desta questão, que intriga diversos pesquisadores, Adailson pensou numa proposta de estimular micro-organismos que habitam ao redor, e partes do tecido interno, de plantas típicas da caatinga, para fornecer os nutrientes necessários a diversas espécies. Essa técnica pode auxiliar a vegetação a tolerar as condições climáticas nocivas de uma determinada região.

Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e investimentos internos da própria Universidade, a pesquisa teve origem no bioma caatinga e se desenvolveu na Estação Ecológica Raso da Catarina, área considerada uma das mais quentes e com menor índice pluviométrico da Bahia. “Estamos investigando bactérias nativas da caatinga, que sejam tolerantes a condições de seca, como déficit hídrico, salinidade e temperatura elevadas, e que auxiliem o desenvolvimento de culturas como milho, feijão, tomate, em condições consideradas desfavoráveis para o seu desenvolvimento”, explicou.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030 quase metade da população mundial sofrerá com a escassez de água. No futuro, o pesquisador espera encontrar um conjunto de bactérias que possam ser transformadas em um produto comercial e ajude a reparar os danos causados pelas mudanças climáticas consequentes da degradação do meio ambiente.

Para a experimentação do estudo são utilizadas plantas endêmicas desta região, com microbioma específico e características relevantes para a tolerância à seca. O impacto científico proporcionado por este estudo pode gerar uma nova tecnologia, permitindo que produtores de áreas onde há pouca demanda hídrica consigam manter sua produtividade e com isso gerar lucro e renda. “A tecnologia será voltada para micro e pequenos produtores e também para os que produzem em larga escala”.

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Essa publicação integra a série de reportagens Bahia Faz Ciência, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb).

Você desenvolve ou conhece alguma pesquisa que pode virar pauta para a série?

Envie sua sugestão para o e-mail comunicacao.secti@secti.ba.gov.br. A mensagem deve conter título e resumo do projeto junto ao contato do pesquisador.