A Agência UNEB de Inovação (AUI) vai promover o 2º Workshop de Inovação, nos dias 13 e 14 de maio, no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX da Universidade, em Camaçari.
O evento, que nesta edição tem como tema “Empresa júnior, startups e tecnologias em rede”, propõe reflexões e articulações sobre o papel das empresas juniores, startups e tecnologias em rede na construção de um ecossistema inovador dentro da universidade.
A iniciativa é destinada para estudantes, pesquisadores e agentes do ecossistema de inovação. Os(as) interessados(as) em participar devem realizar inscrição no Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da Universidade.
A programação do workshop reúne mesa institucional, mesa com os egressos das Empresas Juniores, Startups e Trajatórias, conversa com representantes das Empresas Juniores da UNEB, apresentação da Agência UNEB de Inovação, e momento de interação entre as empresas juniores e empresas parceiras.
O evento é realizado em parceria com as Pró-Reitorias de Ensino de Graduação (Prograd), de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG), de Assistência Estudantil (Praes), de Extensão (Proex), e do DCHT do Campus XIX da Universidade.
Estudantes, docentes e pesquisadores lotaram Teatro UNEB para prestigiar palestra da escritora Djamila Ribeiro
Com espaço lotado de estudantes, docentes e pesquisadores, o Teatro UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador, sediou a aula magna de abertura do semestre letivo 2024.1 do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS) da universidade.
O evento, realizado na noite de ontem (14), contou com a palestra da filósofa e escritora Djamila Ribeiro, que foi recebida momentos antes da atividade pela reitora da UNEB, Adriana Marmori.
Djamila Ribeiro (esq.) ao lado da reitora Adriana Marmori (centro) e vice-reitora Dayse Lago (dir.)
“Desejo boas-vindas à pesquisadora Djamila Ribeiro, escritora, educadora, mulher, mãe e uma lutadora por justiça e igualdade racial. A Universidade de toda a Bahia, da inclusão e da diversidade acolhe e abraça a filósofa de reconhecimento nacional. Estamos muito felizes por sua presença entre nós, pela segunda vez em nossa instituição”, ressaltou a reitora.
A vice-reitora Dayse Lago, em representação da reitora Adriana na cerimônia de abertura do evento, expressou um caloroso bem-vindo à pesquisadora. “É com grande satisfação que celebramos o regresso de Djamila Ribeiro ao nosso ambiente Unebiano, uma figura de proeminência e influência na luta pelos direitos dos negros e das mulheres”, afirmou. Dayse Lago ainda acrescentou em seu discurso “a importância de amplificar as vozes das comunidades negras e trans, e a necessidade de confrontar e rejeitar o apagamento histórico frequentemente enfrentado por estas populações”.
Epistemicídio como violação dos Direitos Humanos
Na palestra, Djamila Ribeiro salientou que para promover a discussão sobre Direitos Humanos, é necessário falar de intersecciolidade. “Precisamos compreender esse intercruzamento de opressões. Quando falamos de Direitos Humanos, do que estamos tratando? Quando se fala que governamos para todos, quem são esses todos? As pessoas não são uma massa abstrata, elas são marcadas por opressões. É muito importante compreendermos esse intercruzamento de opressões, quando falamos de direitos humanos”, explicou a palestrante.
Escritora palestrou aula magna do curso de Especialização em Direitos Humanos e Sociais
De acordo com Djamila Ribeiro, o epistemicídio, conceito de destruição e conhecimentos e culturas que não são assimiladas pela cultura branca e ocidental viola os direitos humanos.
“Se há o apagamento das produções intelectuais dos pretos e pretas, essas produções só serão apresentadas a partir de uma perspectiva branca, masculina e eurocêntrica. Há todo um apagamento das nossas construções e também como sujeitos da história, que acabam bloqueando nossa capacidade de nos vermos como sujeitos”, finalizou a escritora.
Ao fim da aula magna, a escritora e filósofa promoveu uma sessão de autógrafos das obras literárias de sua autoria.
Especialização em Direiros Humanos e Sociaisna UNEB
Lançado em 2023, o curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS) é ofertado no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX da universidade, em Camaçari.
O coordenador do curso, José Avelino Araújo, ressaltou a importância da formação para os profissionais do campo das ciências jurídicas. “O nosso curso de pós-graduação possui duas linhas de pesquisa: ‘Direitos Fundamentais e Sociais do Trabalho’ e ‘Direitos Humanos e Contexto Social’. Ele foi concebido considerando as demandas globais, onde diariamente testemunhamos práticas prejudiciais aos direitos individuais e coletivos das pessoas. Esse debate é crucial e deve ocorrer no ambiente acadêmico para enfrentarmos os desafios da instabilidade social”, explicou o docente.
Djamila Ribeiro ao lago dos docentes da UNEB José Avelino (esq.) e Sérgio Henrique (dir.)
Sérgio Henrique da Conceição, diretor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX, considerou que o curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais “é uma articulação do ensino, pesquisa e extensão. Um nascedouro de propostas mais robustas dos cursos strcito sensu da universidade para o nosso interior do estado da Bahia”, disse.
Também estiveram presentes na aula magna a pesquisadora Carla Akotirene, o docente da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Marinho Soares, a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Ângela Guimarães, e o gerente de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da UNEB, Natanael Bonfim.
O Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX da UNEB, em Camaçari,está com inscrições abertas, até o dia 20 de dezembro, para seleção de aluno regular docurso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS), com ingresso no semestre letivo de 2024.1.
Serão disponibilizadas 20 vagas igualmente distribuídas entre as linhas de pesquisas Direitos fundamentais e Sociais do trabalho e Direitos Humanos e Contexto Social.
Poderão se inscrever candidatos portadores de Diploma de curso superior em Direito, reconhecido ou revalidado. O curso reserva 40% das vagas para negros, 25% para estudantes egressos da instituição, e 10% para técnicos dos quadros da universidade, além da reserva de sobrevagas para candidatos indígenas (5%); candidatos quilombolas (5%); candidatos ciganos (5%); candidatos com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades (5%); e para candidatos transexuais, travestis ou transgêneros (5%).
As etapas do processo seletivo consistem na homologação da inscrição, avaliação e seleção do currículo lattes e avaliação do pré-projeto. O resultado final da seleção será divulgado no dia 6 de março de 2024.
O curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais visa proporcionar aos participantes uma visão teórica e prática para o aperfeiçoamento profissional no campo das ciências jurídicas, de modo a contemplar sua formação humanística e crítica nas áreas dos Direitos Fundamentais do trabalho, Direitos Sociais e Direitos Humanos, como forma de contribuir e combater violações acerca da dignidade da pessoa humana, das desigualdades e injustiças sociais no trabalho, de modo a elaborar instrumentos eficazes a ser adotados pelas políticas públicas governamentais.
Entre os eventos, destacam-se conferência internacional e congresso de IC na Universidade de São Paulo (USP).
Estudantes do curso de Ciências Contábeis, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX, em Camaçari, estão participando de eventos relevantes de iniciação científica (IC) na área.
“Como docente da área, enfatizo aos estudantes a necessidade de organizar as ideias, de preferência inovadoras, que tenham a potencialidade de serem executáveis. Assim, os trabalhos demonstram o diferencial e inovação requeridos pelos eventos e revistas científicas. Confesso sentir uma emoção sem igual quando os trabalhos são aprovados em renomados eventos científicos de Contabilidade, tal como o congresso da USP, da Anpcont, entre outros. Incentivo, acompanho e apoio as apresentações dos discentes. Essa atuação como docente incentivadora de pesquisa, originou-se no meu doutorado e pós-doc. Amo fazer pesquisa”, contou Márcia D’Souza.
A professora também orientou, revisou e foi coautora de artigos apresentados nos eventos pelas discentes:
Débora Nepomoceno Rodrigues, artigo “Perícia contábil previdenciária: importância do perito contábil na tomada de decisão do juízo em ações de aposentadoria por incapacidade permanente” – também aprovado para ser apresentado em congresso de iniciação científica em Contabilidade da Universidade Federal da Santa Catarina (UFSC) agora em setembro;
Iniciativa do colegiado do curso de Direito e do Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH) do departamento, o evento tem o objetivo de promover o debate entre membros da comunidade acadêmica, da sociedade civil e convidados acerca do cenário de insegurança pública e violência letal vivenciado na região.
Segundo a professora Anhamoná Brito, coordenadora do evento, “a alarmante elevação de mortes na Região Metropolitana de Salvador, a ampliação de outros crimes nesta região e o medo que repercute no cenário local justificam a construção desse debate público como demanda prioritária no início deste semestre letivo”.
“Dados estatísticos apontam para um cenário social típico de extermínio, com 120 pessoas assassinadas em chacinas policiais ocorridas em Salvador e região metropolitana entre 1º de julho e 8 de agosto deste ano. O nosso departamento situa-se numa região limítrofe de território tradicional, e toda a comunidade local sofre com os conflitos constantes que envolvem as polícias, células do tráfico de drogas e também posseiros”, apontou a docente.
Para o coordenador do curso de Direito, Jailson Braga, “a articulação do colegiado com instituições de estado e organizações da sociedade civil foi decisiva para a realização desse debate público, que vai coletivizar as discussões sobre o tema e possibilitar que sejam conhecidas as principais medidas adotadas por diferentes instituições e órgãos, visando a reversão do contexto de violência”.
O evento, que tem entrada gratuita, espera contar com a participação de representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Militar, Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos e Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Camaçari, além de organizações da sociedade civil. Também é aguardada a presença de integrantes do Instituto Fogo Cruzado – Seção Salvador e Região Metropolitana, para apresentação de pesquisa sobre violência nesse território de identidade.
Texto: Coordenação do evento, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.