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Batuque UNEB: Comunidade universitária leva alegria às ruas do Centro Histórico de Salvador

Estudantes, técnicos, professores, gestores e parceiros saíram do Largo do Santo Antônio e seguiram até o Cepaia

Se “o baiano é Carnaval”, como anuncia “Chame Gente“, eternizada nas vozes do saudoso Moraes Moreira e de Armandinho Macêdo, e a UNEB é a universidade de toda a Bahia, então, nada mais natural do que a comunidade universitária fazer a festa, com alegria, brilho e afeto, em “cada esquina” da folia e, em especial, no Centro Histórico de Salvador.

Adriana: universidade além dos muros

A instituição colocou ontem (15) o seu bloco Batuque UNEB na rua, com estudantes, técnicos, professores, gestores e parceiros. Em cortejo, de abadás e fantasias, os unebianos saíram do Largo do Santo Antônio Além do Carmo e seguiram até o Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da universidade, no mesmo bairro, embalados pelas bandas Escola Olodum e Cores e Tambores.

“A UNEB é essa universidade diversa, múltipla. É uma instituição que está enraizada em todos os cantos da Bahia, valorizando a cultura, as tradições e a alegria. É uma marca da nossa gestão estarmos presentes em todos esses momentos com a nossa comunidade acadêmica e a comunidade externa. Então, este é um grande movimento para levar à sociedade baiana o que é a universidade para além dos seus muros”, destacou a reitora, Adriana Marmori, que colou com a comunidade em todo o circuito.

Dayse confidenciou que Anelita é a verdadeira foliã

Vice-reitora da instituição, Dayse Lago também garantiu a sua camisa e customizou a sua fantasia. A docente foi para a festa com uma companhia especial: a sua mãe, Enelita Lago. “Confesso que a foliã é ela. Alegria em tê-la comigo e em vê-la ao lado de queridos amigos da universidade“, disse, em meio à música.

As gestoras registraram ainda que a presença da UNEB nas ruas e espaços do Centro Histórico da capital é cotidiana, sobretudo, com as ações de ensino, pesquisa e extensão do Cepaia e dos Centros de Estudos em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (Cegres Diadorim) e de Referencia em Desenvolvimento e Humanidade (CRDH), por isso, é ainda mais importante visibilizar esses equipamentos, a sua produção e congregar a comunidade na região.

Pedro: momento írmpar, que vai virar tradição!

Integração da UNEB com as festas populares

A animação e a efervescência da comunidade acadêmica no bloco chamaram atenção dos moradores e transeuntes do bairro do Santo Antônio Além do Carmo. O estandarte da agremiação foi conduzido com grande entusiasmo pelo chefe de Gabinete da Reitoria, Pedro Daniel Souza, que também coordenou a organização da presença institucional.

Nelma: resistência para dar lugar à alegria

“Com o apoio da nossa reitora e a parceria da Ascult (Assessoria Especial de Cultura e Artes) e da Ascom (Assessoria de Comunicação), organizamos a participação da UNEB no carnaval de Salvador. A presença expressiva de nossa comunidade no bloco, em seu primeiro ano, representou um momento de grande integração e consistiu na reafirmação do desejo dos e das unebianos e unebianas de estarem presentes nas festas e atividades culturais de nosso estado. Foi um momento ímpar para todos nós e vai virar tradição!”, celebrou o gestor.

A organização do bloco “Batuque UNEB” contou também com o apoio do Cepaia, da Pró-Reitoria de Administração (Proad) da universidade e da Prefeitura Municipal de Salvador.

Rita: organização desafiadora e gratificante

Para a assessora da Ascult, Nelma Aronia, a participação da UNEB no carnaval é um momento “de resistência e de outro olhar para a festa, no sentido de destituir todos os poderes, a seriedade, a opressão, o preconceito, e de dar lugar à alegria e à gargalhada”.

Rosângela: instituição que interage com a sociedade

Assessora especial da reitoria, Rita Carvalho também esteve à frente da organização do bloco. “O processo de organização foi desafiador, mas, estar aqui e ver a festa acontecer é um sentimento de dever cumprido. É mais do que merecido a UNEB, como instituição popular e inclusiva, marcar presença neste espaço tão importante, que é o carnaval“. 

A pró-reitora (Proad) da instituição, Rosângela Mattos, salientou a importância da universidade participar das manifestações do povo baiano. “É uma alegria imensa presenciar que a universidade está participando dos festejos tradicionais e populares da Bahia. Isso mostra que a nossa instituição é envolvida, integrada, alegre e interage com a sociedade“.   

Presença de parceiros institucionais

A folia foi comandada pelos tambores, que ecoaram durante os quase dois quilômetros de percurso, com canções do ritmo Samba Reggae e do Axé Music, reconhecidas pelo grande público.

João: sensação maravilhosa de tocar com a UNEB

“Eu me sinto muito feliz em participar do carnaval, levando a alegria em forma de música para o povo. É uma alegria enorme.  E hoje estar aqui, junto com o bloco ‘Batuque UNEB’, me traz uma sensação maravilhosa”, entusiasmou-se o integrante da banda, João Isaias.

O bloquinho também foi acompanhado por representantes da sociedade civil organizada e de movimentos populares, dos Grupos de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa Bahia), Mulheres Maravilhas, e do projeto Adupé Oxum, da Associação Solidários Pela Vida.

“Maravilhoso participar deste evento. É uma integração, um abraço e uma comunicação muito forte com a sociedade. Isso é importante porque a comunidade sente que está sendo acolhida, e vindo da UNEB é especial por ser uma instituição que realmente acolhe, é transparente e igualitária”, comemorou Terezinha da Silva, integrante da associação, que fica localizada no bairro do Cabula, em Salvador.

Parceiros institucionais participaram do bloco

Este ano a folia de momo é especial. Afinal, foram dois anos sem a festa por conta das imposições da pandemia da Covid-19. Além de marcar o importante retorno, esta edição inaugura um novo momento: o Carnaval sem o essencial Moraes Moreira, falecido em 2020. Em sua merecida homenagem, o Governo do Estado da Bahia promoverá ações com o tema “Balança o Chão da Praça” nos próximos dias de programação.

Veja a programação do Carnaval no Pelô!

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom
Fotos: Danilo Oliveira/Ascom

Coronavírus: Infectologista da UNEB orienta sobre cuidados para curtir o Carnaval 2020

Professor do curso de Medicina, Claudilson Bastos concedeu entrevista sobre o Coronavírus. Fotos: Danilo Cordeiro/Ascom

“Já pintou verão. Calor no coração. A festa vai começar”. O clima carnavalesco já tomou a Bahia. Festejos de pré-Carnaval arrastam multidões na capital e no interior do estado. E os foliões já estão com suas programações a todo o vapor.

Larissa Almeida: “Eu vou para o Carnaval e espero que saia de lá ilesa”

O cenário tem sido o mesmo: muita gente, música e paquera. Mas, até para aqueles que desejam devotamente que “essa fantasia fosse eterna”, uma preocupação inesperada surge para a folia em 2020: o novo Coronavírus (SARSCoV2).

Nas ruas, o clima é de incerteza. Ainda sem muitas informações sobre o novo problema de saúde internacional, tem os que se apegam à fé e prometem não abandonar a festa.

Esse é o caso da estudante da UNEB Larissa Almeida, que acredita que o temor não deve interferir intensamente na folia. “A gente já teve períodos assim, de ficar com medo de um surto, como com o H1N1. Eu vou para o Carnaval e espero que saia de lá ilesa. Mas, que dá uma tensão, dá”, afirmou a discente.

Tem também os que prometem não pôr os pés na rua. Como será para a assistente administrativa Jamile Oliveira, que já prepara uma programação mais caseira para o período.

“Acho perigoso. Acredito que nesse período tem algum risco, porque tem muito turista aqui. Eu vou ficar em casa, mas, não tenho nada contra o Carnaval, não”, salientou a jovem.

Jamile Oliveira: “Eu vou ficar em casa, mas, não tenho nada contra o Carnaval, não”

Os primeiros casos de contaminação pelo Coronavírus de 2019 foram registrados na cidade de Wuhan, na China, em dezembro. Hoje, já são mais de 70 mil casos registrados em 26 países da Ásia, Europa, África e Oceania.

E agora?

Que as ruas cheias de gente e longas horas de festa criam um ambiente propício para a transmissão de doenças infectocontagiosas, ninguém duvida. Mas, será que há riscos de um surto dentro da folia? Há motivos para pânico?

Para responder a essas e a outras perguntas, o infectologista e professor do curso de Medicina da UNEB, Claudilson Bastos, aceitou o convite da Assessoria de Comunicação (Ascom) da universidade e concedeu entrevista sobre o tema.

Para o pesquisador, não há motivo para pânico, “mas, há uma situação de precaução, de cuidados e de atenção”, sobretudo, quando o assunto é a maior festa de rua de todo o planeta.

Ele destaca que não há registro de diagnósticos positivos em território nacional e que medidas de vigilância epidemiológica estão sendo promovidas em aeroportos e em outros locais de grande circulação de pessoas.

Claudilson Bastos: “A higienização das mãos é o ponto chave, e o melhor remédio é a educação”

Em Salvador, por exemplo, a equipe do aeroporto internacional já apresentou, em parceria com a Anvisa, um plano de contingência para o novo Coronavírus. Os passageiros são orientados periodicamente por mensagens sonoras e todos têm acesso a álcool em gel e a informativos.

“É impossível ter o controle de 100%. Teria que ser um policiamento das pessoas. Mas, essas ações são cientificamente comprovadas para o controle epidemiológico em qualquer governo. Então, isso tem uma eficácia grande”, explica o professor.

Ainda segundo o epidemiologista, o álcool em gel merece destacada menção como dica para os dias de Carnaval: “O uso dele é muito importante por ser um meio seguro e eficaz para situações de risco, como após cumprimentar pessoas. Mas, ele não é indicado depois do banheiro. Quando tem sujidade, é indicado água e sabão. A higienização das mãos é o ponto chave, e o melhor remédio é a educação”.

Riscos na folia

Em todo o mundo, a doença causada pelo novo Coronavírus, nomeada Covid-19, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), já vitimou aproximadamente 1,7 mil pessoas.

Segundo o professor Claudilson Bastos, para evitar o contágio e a proliferação, os cuidados devem ser o mesmos para se precaver de uma gripe: não espirrar nas mãos, usar periodicamente álcool em gel e evitar grande aproximação física com pessoas que manifestem sintomas gripais.

Circuito Barra-Ondina durante o Carnaval 2019. Foto: Mateus Pereira/GOVBA

Ao ampliar as orientações, o pesquisador alerta os foliões também para diversos riscos à saúde:

Mononucleose Infecciosa (Vírus do Beijo)
Herpes Simples
Hepatite A
Meningite
– Contaminação alimentar por Salmonella ou Shigella (infecções bacterianas diarreicas)
HIV, Sífilis, Gonorréia – ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)

Outra dica é que as pessoas avaliem criteriosamente o local onde irão se alimentar, sobretudo, durante o Carnaval. “Os alimentos, se mal preparados ou crus, podem apresentar diversos riscos no consumo. Não do Coronavírus em si, mas de outras infecções, sejam elas virais ou bacterianas”, salientou o infectologista, ressaltando que todos podem curtir, “mas, com essas limitações e exigências”. 

Imagem microscópica do coronavírus MERS-COV. Foto: CDC/Unsplash

Novo Coronavírus

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do Coronavírus (SARS-CoV-2) foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China.

Os principais sintomas são febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. Em casos mais graves, há ainda registros de pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave.

O período de incubação do vírus varia de 1 a 14 dias. Ou seja, os sintomas devem ser manifestados por indivíduos infectados dentro desse prazo. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa.

Os coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito dessa forma, em virtude do seu perfil microscópico, que se assemelha com uma coroa.

A iniciativa institucional de debate e divulgação sobre o novo Coronavírus é coordenada pela Ascom, pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e pelo Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I da UNEB, em Salvador.

Veja também a matéria da TV UNEB sobre o Coronavírus

Foto (home): Fernando Vivas/GOVBA