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CONFCOTAS e AFIRMATIVA: Estudantes cotistas da UNEB vão discutir lutas e conquistas: dias 10 a 12/11, em Salvador

A IV Conferência de Estudantes Cotistas (ConfCotas) da UNEB acontece nos próximos dias 10 a 12, trazendo o tema “Movimento: das lutas do ontem às conquistas do agora“,diz integrada com o VII Encontro Afirmativa,o programa de bolsas de pesquisa e extensão para estudantes cotistas da universidade, que se realiza nos dias 11 e 12.

Os eventos, que vão ser sediados no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, reúnem estudantes cotistas negros, indígenas, quilombolas, ciganos, travestis, mulheres trans, homens trans e pessoas não binárias, além de pessoas com deficiência (PcD), transtorno do espectro autista e altas habilidades.

Organizados pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB em parceria com coletivos estudantis da universidade, os encontros vão ser espaços de debates e elaboração democrática de propostas relacionadas às políticas de ações afirmativas na instituição.

Na programação da quarta edição da ConfCotas, a mesa de abertura está agendada para as 14h do dia 10, com a presença de representantes dos coletivos estudantis e de gestores da Proaf e outros setores da universidade. A partir das 17h,  se reúnem grupos de trabalho (GTs), que continuam em atividades durante o segundo dia (11). O momento de integração ConfCotas e Afirmativa vai ocorrer no mesmo dia 11, a partir das 19h30. No último dia (12), pela manhã, se realiza a plenária final da conferência, seguida de palestra de encerramento.

Já a programação da sétima edição do Encontro Afirmativa se concentra dos dias 11 e 12, com apresentação dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas e uma palestra final.

Segundo o discente do curso de Pedagogia Intercultural, ofertado no Campus Intercultural Opará da UNEB, em Jeremoabo, Rodolfo Edivan, um dos delegados eleitos para a ConfCotas, “vivemos uma especificidade no campus Opará por ser destinado a estudantes de povos originários, e uma conferência como essa é a nossa oportunidade de conhecer outras realidades dos cotistas da universidade e refletirmos juntos sobre as ações afirmativas”.

Membro da etnia Kaimbé, na Aldeia Massacará, em Euclides da Cunha, Rodolfo Edivan espera “encontrar uma diversidade de estudantes de vários campi, passando por diferentes necessidades e vivenciando cada um os seus avanços“. “Teremos a oportunidade construir melhores perspectivas para o acesso e permanência dos estudantes cotistas”, afirma.

“A conferência é um espaço importante, pois valoriza a nossa dignidade e abre portas para um futuro mais inclusivo“, avalia Sarah de Sá, estudante mulher trans do curso de Direito do Campus VIII, em Paulo Afonso, também delegada eleita.  

Resultado dos diálogos na primeira edição da ConfCotas em 2016, o Coletivo de Estudantes Cotistas (Cecun) da UNEB continua ampliando a participação discente nos encontros. O coordenador do coletivo, Rick Santos, estudante de História do Campus VI, em Caetité, recebeu neste ano convite para integrar o Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), do governo estadual. “Foi um convite bastante gratificante. Estamos desenvolvendo uma série de ações dentro da universidade e também em outros espaços. É uma oportunidade de demostrar o nosso compromisso com os estudantes, com a comunidade e com todas as pessoas que queiram ser acolhidas nesse espaço”, explica Rick Santos.

Do VII Encontro Afirmativa participam os estudantes cotistas da UNEB contemplados com bolsa de pesquisa, extensão, inovação ou tecnologia do Programa Afirmativa, referente ao Edital 123/2024, da universidade. No encontro, cerca de 300 bolsistas contemplados no edital vão apresentar os resultados de seus projetos.

Texto: Leandro Pessoa/Ascom e Marcus Gomes/Ascom,
com edição de Toni Vasconcelos/Ascom. Imagem: divulgação.

UNEB convoca estudantes a participarem de plenárias para construção da IV CONFCOTAS

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (PROAF), está realizando até o próximo dia 4 de agosto o processo de construção da IV Conferência de Estudantes Cotistas da UNEB (IV CONFCOTAS) que acontecerá entre os dias 10 e 12 de novembro de 2025 sob o tema “Das lutas do ontem às conquistas do agora”.

O processo de construção consiste na realização de plenárias estudantis departamentais, que vem sendo realizados desde o início de julho. Nas plenárias, os estudantes poderão debater as políticas afirmativas da universidade, levantar propostas e eleger os delegados e delegadas que irão participar da etapa final da conferência.

Nesta edição, a IV CONFCOTAS também abrirá espaço para a participação de estudantes cotistas egressos/as/es, que poderão ser indicados pelos departamentos e eleitos por votação entre os delegados/as/es.

Através desse processo de construção da Conferência, a UNEB reforça a importância da participação ativa dos discentes para a realização de um evento coletivo e representativo. A CONFCOTAS é um espaço de escuta e construção das ações afirmativas da Universidade. Uma oportunidade de reunir diferentes vozes, propostas e caminhos para o fortalecimento das ações.

Confira o Edital do IV CONFCOTAS

Informações: confcotas@uneb.br

APOIO À MATERNIDADE: UNEB institui regime de exercícios domiciliares para estudantes grávidas e em pós-parto

A partir do 8° mês de gestação e durante três meses, a estudante ficará assistida pela resolução.

A UNEB avança, mais uma vez, na implantação de políticas de apoio aos discentes, em especial às estudantes grávidas e em pós-parto.

Iniciativa da Reitoria, a resolução que institui e regulamenta o regime de exercícios domiciliares para alunas gestantes na universidade foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu) na terça-feira (24) e já publicada ontem (25) no Diário Oficial do Estado (DOE).

A norma aprovada assegura que “a estudante em estado de gravidez terá direito a três meses de exercícios domiciliares e, em casos excepcionais devidamente comprovados mediante atestado médico, poderá ser aumentado o período de repouso, antes e depois do parto”.

Reitora Adriana Marmori: “Começamos a
dar saltos importantes para novas ações”.

De acordo com o texto legal, partir do oitavo mês de gestação e durante três meses, a estudante em estado de gravidez ficará assistida pelo regime de exercícios domiciliares. Entende-se por exercício domiciliar, diz o texto, o mecanismo que assegura à discente o direito a tratamento especial sem interrupção das atividades escolares.

“Mais uma decisão histórica e pioneira na nossa instituição. Quero reiterar a extrema importância dessa resolução. Não tínhamos na UNEB até hoje nenhuma normatização que garantisse o direito a atividades domiciliares para mães na gravidez e no pós-parto. O que havia era uma cultura de se fazer atividade domiciliar por apenas por 30 dias – e quem é mãe e que amamenta filho pequeno sabe que um mês não tem condições de você voltar às aulas presenciais nessa situação”, comemorou a reitora Adriana Marmori, presidente do Consu, parabenizando os conselheiros pelo acolhimento da proposta.

Vice-reitora Dayse Lago: melhoria da permanência das nossas discentes.

A reitora destacou que a iniciativa da Reitoria atendeu “demanda apresentada por um coletivo de mães da universidade, a partir de uma ampla discussão na ConfCotas” [terceira edição da Conferência de Estudantes Cotistas da UNEB foi realizada em agosto passado]. “Com essa resolução, começamos a dar saltos importantes para novas ações nesse sentido”, adiantou Adriana Marmori.

A vice-reitora Dayse Lago, que também parabenizou os conselheiros pela aprovação, salientou que a UNEB tem um público majoritário de mulheres. “Nesse sentido, estamos possibilitando a melhoria da permanência das nossas discentes, evitando sua evasão dos cursos, sobretudo quando em período de gravidez ou puerpério. Essa resolução garante que nossas estudantes tenham oportunidade de concluir um curso superior na nossa universidade”, disse a vice-reitora, complementando que “estamos cumprindo com nosso compromisso social e político em emanciparmos uma parcela da população que historicamente tem sido colocada à margem de política públicas”.

Para Gabriela Pimentel (Prograd), medida representa avanço siginficativo.

Também a pró-reitora de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel, considera que “a aprovação da resolução representa um avanço significativo no âmbito das politicas institucionais de inclusão, assistência estudantil e ações afirmativas da universidade”. “Essa medida demonstra o comprometimento da reitora Adriana Marmori e de toda a equipe da gestão em fomentar ações institucionais que garantam o acolhimento, a permanência estudantil, inclusão social e qualidade acadêmica dos cursos de graduação. Essa politica institucional contribuirá para que estudantes gestantes e puérperas tenham assistência e a garantia do direito a tratamento especial e continuidade das atividades acadêmicas, por meio do benefício de acesso ao regime de exercícios domiciliares”, enfatizou a pró-reitora.  

Relatora do processo no Consu, Renata Nascimento, diretora do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XXIII, em Seabra, expressou seu parecer favorável à resolução “pela extrema relevância dessa pauta para esta universidade de maioria de mulheres e que se mostra socialmente comprometida com as pautas feministas“. Na avaliação da relatora, a iniciativa visa garantir às estudantes na gravidez e puerpério “a permanência na instituição bem como a continuidade de seus estudos de forma qualificada e equânime”.

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Imagem: Anderson Freire/Ascom.

Discentes cotistas da UNEB debatem políticas de ações afirmativas e permanência estudantil em conferência

Conferência reúne estudantes cotistas para discutir fortalecimento das ações afirmativas

Cerca de 200 estudantes cotistas da UNEB estão reunidos para discutir o fortalecimento e aprimoramento das políticas de ações afirmativas e de permanência estudantil na III Conferência de Estudantes Cotistas (Confcotas) da universidade, que acontece até amanhã (23) no Hotel Fiesta, bairro do Itaigara, em Salvador. 

A abertura do evento foi realizada na tarde de ontem (21) e contou com a presença da vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, da pró-reitora de Ações Afirmativas (Proaf), Dina Maria Rosário, e do pró-reitor de Assistência Estudantil (Praes), Jean Santos

Dayse: “Discutir cotas é reafirmar princípio da democracia na UNEB”

“Estamos comemorando os 21 anos de institucionalização das cotas na UNEB. É essencial reunirmos os nossos estudantes cotistas para pensar o aperfeiçoamento dessas políticas de ações afirmativas e de permanência desses discentes na universidade de forma efetiva. Eu compreendo que discutir as cotas, as ações afirmativas, é reafirmar o princípio da participação e da democracia dentro da nossa instituição”, frisou a vice-reitora. 

Participando de missão internacional da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), na África do Sul, a reitora da UNEB, Adriana Marmori, enviou vídeo de saudação aos estudantes cotistas, exibido no evento. 

Dina: “As cotas significam ocupação dos espaços de poder e de saber dos excluídos”

A pró-reitora da Proaf, Dina Maria Rosário, ressaltou o papel da Confcotas na mobilização política dos estudantes cotistas. “O sistema de cotas é um direito conquistado com muita luta, de ampliação do acesso ao ensino superior público, e precisa estar ligado ao empoderamento dos cotistas por meio dos coletivos de juventude, da formulação de demandas e das agendas de resistência. As cotas significam uma forma de ocupação, de garantia de ocupação de espaços de poder e de saber por populações, povos, pessoas que historicamente foram excluídas da universidade”, declarou. 

Jean: “Confcotas é momento dos discentes pensar sobre seu papel e situação na universidade”

Pró-reitor da Praes, Jean Santos afirmou que a Confcotas é uma iniciativa que mostra a capacidade dos alunos cotistas da universidade. “A Confcotas é um momento em que os estudantes cotistas podem se encontrar e pensar sobre o seu papel e sua situação na universidade. A gente sabe que a permanência estudantil ajuda muito nesse processo de autoconhecimento, porque os estudantes refletem sobre as suas atividades acadêmicas, sobre ser discente do ensino superior e como garantir a continuidade dos seus estudos em uma universidade pública como a UNEB, presente por todo o estado”, salientou. 

A abertura do evento contou ainda com a participação da pró-reitora de Administração (Proad), Rosangela Matos, da gerente de Promoção e Acompanhamento das Ações Afirmativas da Proaf, Irenilza Oliveira, da coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPGED) da universidade, Iris Verena Oliveira, e do coordenador do Centro Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da instituição, Euclides Santos.

Orgulho de ser cotista

A Confcotas, organizada pela pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf), reúne a comunidade universitária da UNEB, em especial estudantes cotistas negros, indígenas, quilombolas, transexuais, travetis e transgêneros, ciganos, pessoas com deficiência e pessoas com transtorno do espectro autista e altas habilidades. 

Jeff: “Alegria ver na Confcotas mais pessoas trans conquistando espaços e direitos”

“Eu me sinto muito orgulhosa da minha trajetória na universidade, pois sou uma trans preta que veio da periferia e de um contexto de exclusão. Eu superei muitos obstáculos e desafios. É uma alegria ver, em eventos como este, mais pessoas trans conquistando seus espaços e direitos”, afirmou Jeff da Silva, estudante do curso de Letras do campus de Ipiaú e representante do Coletivo União de Estudantes Transgêneros, Transsexuais e Travestis (Unitrans+). 

Edivan: “Desejo que os estudantes se engajem nas discussões sobre ações afirmativas”

O estudante do curso de Ciências Biológicas do campus de Senhor do Bonfim Edivan Santana também destacou o orgulho de ser discente cotista na universidade. “Sou filho de ribeirinhos e agricultores familiares e sou o primeiro da minha família a estudar em uma universidade pública. Desejo que os demais estudantes que estão aqui valorizem a Confcotas e se engajem nas discussões sobre as ações afirmativas dentro da UNEB”, ressaltou o discente e representante do Coletivo dos Estudantes Cotistas da UNEB (Cecun). 

Durante os três dias da Confcotas UNEB 2023, a programação está reunindo mesas-redondas, grupos de trabalho, rodas de conversa, apresentações culturais e uma plenária final – todas as atividades tendo como eixo o diálogo sobre as políticas de ações afirmativas voltadas para a inclusão, diversidade e democratização do acesso ao ensino superior, bem como para a permanência dos estudantes cotistas da instituição. A atividade também conta com a participação de coletivos de estudantes cotistas de outras instituições.

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom

Conferência reúne estudantes cotistas da UNEB para dialogar sobre políticas de ações afirmativas: de 21 a 23/08

A Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB realiza, entre os dias 21 e 23 de Agosto, a III Conferência de Estudantes Cotistas (CONFCOTAS).

O encontro acontecerá no Hotel Fiesta, no bairro do Itaigara, em Salvador, e irá reunir cerca de 200 estudantes, entre delegados e ouvintes, com participação de representantes de diferentes departamentos da universidade.

Na programação estão previstas mesas, grupos de trabalho, rodas de conversa, atividades culturais e uma plenária final – todas as atividades tendo como eixo o diálogo sobre as políticas de ações afirmativas voltadas para a inclusão, diversidade e democratização do acesso ao ensino superior, bem como a permanência dos/as/es estudantes cotistas da Instituição.

O CONFCOTAS tem como finalidade reunir a comunidade universitária da UNEB, em especial estudantes cotistas negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, pessoas com transtorno do espectro autista e altas habilidades, transexuais, travetis e transgêneros.

Neste ano, o evento também vai comemorar 21 anos da institucionalização do Sistema de Cotas para acesso aos cursos de graduação e pós-graduação na UNEB. A atividade contará ainda com a participação de coletivos de estudantes cotistas de outras instituições.

Informações: (Proaf) – tel. (71) 3406-4611 ou e-mail – confcotas@uneb.br

Texto: Leandro Pessoa/Ascom

UNEB convoca estudantes para plenárias departamentais para eleição das representações da CONFCOTAS

A Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB está convocando, até o dia 6 de abril, estudantes para formação de plenárias departamentais para eleição de delegados da III Conferência de Estudantes Cotistas (CONFCOTAS).

A inscrição dos delegados departamentais ocorrerá após serem eleitos nas plenárias. Os dados dos representantes eleitos devem ser enviados, até o dia 12 de abril, para a Proaf através do e-mail confcotas@uneb.br, juntamente com a documentação exigida no edital.

Também estão abertas as inscrições, até o dia 6 de abril, para estudantes egressos e discentes da Unidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead) fora da sede. A inscrição deverá ser solicitada através do e-mail confcotas@uneb.br.

A terceira edição do CONFCOTAS será realizada entre os dias 22 e 24 de maio, em Salvador. Este ano, a iniciativa tem como tema “20 anos das cotas, conquistas e desafios”, em alusão as duas décadas de implantação das cotas na instituição.

O evento tem a finalidade de reunir, institucionalmente, a comunidade universitária da UNEB, em especial, os estudantes cotistas negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, transexuais, travestis e transgêneros, com o intuito de discutir as condições de ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação para estudantes cotistas da instituição.

Veja edital da CONFCOTAS

Informações: Tel. (71) 3612-1353 ou e-mail – confcotas@uneb.br

Imagem (destaque): Divulgação

18 anos de Cotas na UNEB: Conquistas e Reverências à Ancestralidade

Em 2020, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) celebra os 18 anos da aprovação do seu Sistema de Cotas. Para além de estabelecer um marco para essa história de lutas e garantia de direitos, a instituição cria novas oportunidades para reverenciar muitas outras histórias, sobretudo, da ancestralidade.

A UNEB criou o órgão e o integrou à sua Administração Central em 2014

Marco fundamental para o avanço da gestão e do acompanhamento das políticas de reparação histórica na instituição, a implantação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB foi autorizada, em 2014, pelo Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa (Resolução nº 1020/2014).

Já no mesmo ano, a primeira gestão foi assumida pela professora Marluce Macêdo. Do momento da implantação em diante, sucederam-se debates institucionais sobre os caminhos para as ações afirmativas na universidade, o ingresso e a permanência qualificada e as formas possíveis de combate ao segregacionismo intencional e historicamente construídos no país.

Em 2016, já sob a gestão do professor Wilson Mattos, foi promovida a I Conferência Universitária de Estudantes Cotistas da UNEB (CONFCOTAS), com o objetivo de produzir um processo democrático de discussão com vistas à elaboração de um Programa de Permanência para Estudantes Cotistas.

O Programa de Bolsas de Pesquisa e Extensão para Estudantes Cotistas – AFIRMATIVA foi lançado no mesmo ano, após aprovação do Conselho Universitário (Consu) da instituição (Resolução nº 1.214/2016).

Para fortalecer o debate sobre a permanência discente, evento foi realizado em 2016

A iniciativa, que permanece ativa, garante a inserção de discentes ingressantes pelo sistema de reserva de vagas/sobrevagas no desenvolvimento inicial, orientado e supervisionado de atividades de elaboração e execução de projetos de pesquisa, extensão e de difusão do conhecimento.

O programa tem por objetivo possibilitar a esses estudantes uma forma específica de associação e ambientação coletiva, que dê suporte material, intelectual e subjetivo ao desenvolvimento satisfatório de suas respectivas trajetórias acadêmicas, fortalecendo os seus processos formativos.

“Caminhamos muito nessa direção de fortalecimento das políticas de ações afirmativas na universidade, desde as gestões da professora Marluce e do professor Wilson. A pró-reitoria promove política, a partir de uma articulação acadêmica e social, porque tudo o que fazemos envolve os movimentos sociais, que dão corpo às nossas ações”, explica a atual pró-reitora, Amélia Maraux.

Fortalecimento das vivências estudantis

Como consequência das ações de consolidação das ações afirmativas na UNEB, o Programa AFIRMATIVA foi reformulado em 2019, na gestão da atual pró-reitora, Amélia Maraux.

Com a ampliação do número de bolsas, os discentes participantes passaram a receber em 12 parcelas. O conjunto de área temáticas prioritárias também foi ampliado, e a “Faixa B” foi criada (temáticas livres), visando prestigiar projetos e subprojetos cujas abordagens sejam do interesse de investigação acadêmica dos proponentes.

Amélia Maraux: pró-reitoria promove política, a partir de uma articulação acadêmica e social

O fortalecimento da ação pôde ser notado pelo expressivo número de inscrições de projetos, o que garantiu o preenchimento de todas as 100 vagas oferecidas, fato inédito para o programa. A partir desse resultado, a Proaf já formalizou a solicitação para ampliação da oferta, que tramita nos conselhos superiores da universidade.

Ainda no último ano, a Proaf passou por reestruturação, aprovada pelo Conselho Universitário (Resolução Consu nº 1.397/2019). A nova organização e distribuição de competências entre os setores da pró-reitoria busca impulsionar e robustecer as ações afirmativas na instituição, através da construção de políticas, programas e projetos.

Outra ação de destaque foi a construção do livro/coletânea “Série Ações Afirmativas: Educação e Direitos Humanos”, que se destina à divulgação da produção acadêmica relacionada aos campos de gênero, sexualidades, feminismos, masculinidades, questões étnico-raciais, comunidades quilombolas, educação inclusiva, cultura cigana, africanidades, interculturalidade, Lei 11.645/06, direitos humanos, racismo, lgbtfobia, ações afirmativas, inclusão de pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades.

Espaço para publicação de artigos sobre ações afirmativas no Brasil

“Entendemos, com a proposta da Série, a urgência de publicizar os debates acadêmicos possibilitados pela experiência acumulada com as Ações Afirmativas na UNEB, através do diálogo com outras instituições do país, para formulação de políticas públicas de acesso e permanência de estudantes cotistas, assim como vivências no ensino, pesquisa e extensão, em níveis de graduação e pós-graduação”,  ressalta a coordenadora do projeto, Iris Verena Oliveira.

Em seu volume I, publicado no último ano em parceria com a Editora da UNEB (EdUNEB), a Série teve como tema “Diferenças e Práticas Formativas”, destacando experiências de pesquisa, ensino e extensão em espaços formais e não-formais de educação, na educação básica e superior, comprometidas com práticas interculturais, pós-coloniais, interseccionais, decoloniais, atravessadas pelo eixo: educação e direitos humanos.

O segundo volume da série, a ser publicado no primeiro semestre de 2021, trará o tema “Acesso e permanência de estudantes cotistas no ensino superior”, com a pretensão de socializar artigos que tratem do ingresso de estudantes pelo sistema de cotas; ações voltadas para permanência estudantil; e discussões sobre o cotidiano de estudantes cotistas na graduação e pós-graduação.

Assim, a Proaf intenta criar um espaço para publicação de artigos sobre ações afirmativas no Brasil, demarcando o importante papel cumprido pela UNEB na história do sistema de cotas para o ensino superior no país.

Inclusão e maior acompanhamento

Para que sucessivos avanços fossem possíveis, em recapitulação, o ano de 2018 inaugurou um novo marco histórico para as políticas institucionais de ações afirmativas na UNEB.

Em profunda articulação com os movimentos populares e se mantendo firme pela inclusão das populações histórica e socialmente discriminadas, a Proaf apresentou uma proposta de ampliação para o Sistema de Cotas, que foi aprovada por unanimidade pelo Consu (Resolução Consu nº 1339/2018).

Já no Vestibular UNEB 2019, com provas realizadas ainda no ano anterior, puderam também concorrer aos 5% de sobrevagas, em todos os cursos ofertados pela universidade: quilombolas; ciganos; pessoas com deficiência, com transtorno do espectro autista e com altas habilidades; transexuais e travestis, contabilizadas as cotas separadamente para cada grupo.

“Venceram os movimentos sociais, venceu o movimento negro, venceu a democracia. Hoje pululam leis, decretos e normativas que legislam e legitimam a política de reparação das pessoas, povos, grupos e comunidades que foram e são diuturnamente violentadas pelos racismos, capacitismos e sexismos que imperam no país”, celebra a gerente de Promoção e Acompanhamento das Ações Afirmativas da Proaf, Dina Maria Rosário, coordenadora do projeto que culminou na proposta apresentada ao Conselho Universitário.

Segunda edição ocorreu durante o IV Encontro Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

Frente às conquistas, às quais se soma a II Conferência dos Cotistas da UNEB, fortaleceram-se também as ações de acompanhamento do acesso ao sistema de cotas já empreendidas pela pró-reitoria.

No mesmo ano de 2018, como fruto do trabalho de um grupo  composto por docentes pesquisadores, técnicos e analistas, estudantes, representantes das pró-reitorias acadêmicas e representantes de movimentos sociais houve a  regulamentação das Comissões Central e Departamentais de Validação para Acesso ao Sistema de Cotas.

Por meio dessa ação, a matrícula de candidatos optantes pelo sistema de cotas passou a contar com duas etapas: a validação da autodeclaração e demais documentos comprobatórios e a própria efetivação da matrícula.

A validação é realizada por comissões que passaram a atuar junto às coordenações acadêmicas nos processos de matrícula de aprovados pelo Vestibular UNEB ou pelo Sistema de Seleção Unificado (SiSU), do Ministério da Educação (MEC).

“É a primeira vez, na história da universidade, que a gente tem comissões voltadas para o acompanhamento in loco dos ingressantes. Caminhamos nesse desafio que não é só da UNEB, porque nós dialogamos bastante com os movimentos sociais para construir esse caminho”, ressalta professora Amélia Maraux.

Além da criação das comissões, a Proaf iniciou um processo de formação para elas, através de curso mediado por tecnologias intitulado “Deslimites”. Assim como compôs um grupo de trabalho (GT) para acompanhamento do sistema de cotas.

Ainda no mesmo ano, a pró-reitoria realizou uma atualização do questionário socioeconômico-cultural, parte integrante da inscrição do Processo Seletivo Vestibular, como estratégia para qualificar e refinar as informações acerca do perfil dos candidatos inscritos, aprovados e matriculados na UNEB; subsidiar decisões institucionais e embasar pesquisas acadêmicas.

“Lutamos diariamente contra o racismo, o capacitismo, a LGBTfobia e a transfobia, então, temos ainda um caminho no sentido da consolidação das políticas de ações afirmativas. E isso perpassa, também, pela consciência institucional com relação à existência desses outros sujeitos dentro da universidade, esse é um caminho, uma luta, um processo”, registra Amélia.

Ainda de acordo com a pró-reitora, está em processo de conclusão a Política de Acessibilidade e Inclusão da UNEB. Construída com participação de pesquisadores da área, cuja escuta qualificada garantiu o rigor técnico-científico da proposta. A política concretiza o compromisso da instituição com a garantia dos direitos da pessoa com deficiência. A proposta deverá ser encaminhada ao Consu ainda neste ano.

Seis resoluções do Conselho Universitário que atualizaram o Sistema de Cotas da UNEB

Desafios, transformações e perspectivas

“Antes, nós tínhamos uma cota de 100% para pessoas não negras na universidade”, lembra a professora Ivete Sacramento, enquanto registra as violências institucionais da história do Brasil, o que considera “ações afirmativas contrárias”, a saber:

Ivete Sacramento: “Antes, nós tínhamos uma cota de 100% para pessoas não negras”

Lei que proibia escravizados e descendentes de escravizados de frequentar a escola pública (1837); Lei de Terras (1850); Lei do Ventre Livre (1871); Lei dos Sexagenários (1885); Lei Áurea (1888), logo sucedida pelo Decreto Nº 847 (1890), que estabelecia o Código Penal da época, criminalizando a prática da capoeira, por exemplo; e a Lei do Boi (1968).

“O sistema de cotas como ação afirmativa é um direito conquistado. É isso que tem que ser interiorizado pelos estudantes. É um direito dos nossos antepassados, que lutaram muito para que a gente os tivesse na contemporaneidade”, defende o professor Wilson Mattos.

Após 18 anos de experiência na UNEB, e a oportunidade de rememorar e reverenciar outras tantas histórias, foram fomentadas inovações nas formas de sociabilidade entre discentes de diferentes realidades socioeconômicas, culturais e étnico-raciais e contribuições para mudanças da cultura acadêmica da universidade.

José Bites: ações afirmativas buscam promover a equidade e a valorização da diversidade

“Entendemos que os programas de ações afirmativas precisam ser mantidos, sobretudo, porque buscam promover a equidade e a valorização da diversidade. E é importante garantir, enquanto princípio institucional, essas agendas, a participação e a difusão dessas discussões para a conscientização de todos da comunidade acadêmica e da sociedade baiana”, destaca o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho.

De acordo com a recente “Pesquisa UNEB 2020: Nós por Nós”, realizada entre os últimos meses de agosto e setembro, com contribuições de todos os segmentos institucionais, 78,9% dos 14.512 estudantes respondentes se identificaram como negros, pardos ou indígenas.

As mudanças são também registradas nas atividades de ensino, pesquisa e extensão: “Vemos emergir eixos de conhecimentos que questionam esse lugar de uma epistemologia ocidental, branca, masculina, abrindo caminhos para a consolidação de outros referenciais teóricos e metodológicos”, ressalta a pró-reitora Amélia.

Última edição da iniciativa preencheu todas as vagas disponíveis para estudantes cotistas

Para o professor Wilson, a presença dessas populações, que eram ausentes da vida universitária, física, verbal, cultural e simbolicamente, de maneira inequívoca acabam por provocar mudanças significativas nas agendas da universidade.

Outra importante transformação institucional sinalizada pela professora Dina Maria Rosário é a fundação, após a implantação do Sistema de Cotas, de centros, núcleos, laboratórios e grupos de pesquisa e/ou extensão que desenvolvem estudos na temática das ações afirmativas na UNEB, a exemplo dos:

Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (CEPAIA);
Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (OPARÁ);
Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural e da Temática Indígena (CEPITI);
Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH);
Centro de Estudos em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (CEGRES/Diadorim);
Núcleo de Educação Especial (NEDE).

A UNEB segue comprometida com a institucionalização das ações afirmativas

Como atesta a professora Amélia Maraux, a implementação dessas iniciativas, voltadas para as temáticas afeitas às ações afirmativas, contribui sobremaneira para os enfrentamentos e desafios impostos pelas diferentes formas de preconceitos e violências, que impactam a vida de estudantes, professores e técnicos-administrativos negros, quilombolas, deficientes, LGBTI+.

“Neste ano de 2020, com o impacto da pandemia e o aprofundamento das desigualdades, os desafios postos para a gestão universitária se colocam de maneira mais contundente. Devemos pensar, portanto, os caminhos possíveis para a permanência estudantil como um grande desafio, neste momento em que a universidade implementa a oferta de ensino remoto”, destaca a gestora.

Portanto, “nesta celebração dos 18 anos, a universidade se mantém comprometida com a institucionalização das ações afirmativas”, conclui a pró-reitora de Ações Afirmativas da UNEB, Amélia Maraux.

Leia também à 1ª parte desta reportagem: “18 anos de Cotas na UNEB: Histórias de Lutas e Garantia de Direitos”

UNEB convida estudantes cotistas para II CONFCOTAS

A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (PROAF), convida todas as pessoas cotistas, regularmente matriculadas, para participarem das atividades preparatórias da II Conferência dos/as Cotistas (II CONFCOTAS), nos dias 17 e 18 de outubro, no Campus I da universidade, em Salvador.

A II CONFCOTAS tem a finalidade de convocar e reunir, institucionalmente, a comunidade universitária da UNEB, em especial, os(as) estudantes cotistas negros, indígenas; quilombolas; ciganos(as); pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades; transexuais, travestis e transgêneros, com o intuito de discutir as condições de ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação para estudantes cotistas da instituição.

ORIENTAÇÃO PARA ESCOLHA DE DELEGADOS(AS)

 Para a escolha de delegados/as, as/os estudantes cotistas deverão realizar em seu departamento uma plenária, onde serão escolhidos 7 cotistas, sendo dois estudantes negros e um de cada categoria conforme orientações gerais.

A PROAF arcará com as despesas (hospedagem, alimentação, translado) dos(as) estudantes cotistas oriundos dos departamentos do interior.  Para a participação dos delegados/as escolhidos em assembleia faz-se necessário o cumprimento das seguintes orientações:

– Realização das plenárias de cotistas nos Departamentos;
– Envio da ata da plenária departamental para o e-mail confcotas@uneb.br;
– Envio de fotos e registros audiovisuais das Plenárias Departamentais;
– Preenchimento de formulário de inscrição no CONFCOTAS; formulário de passagens e formulário de hospedagem para o e-mail confcotas@uneb.br

CONFIRA DOCUMENTO ORIENTADOR DAS PLENÁRIAS 

Informações:  Proaf – tel. (71) 3406-4608/4611 ou e- mail: confcotas@uneb.br.

 

Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf)
Universidade do Estado da Bahia

Conferência discute política de permanência com estudantes cotistas dos 24 campi

Danilo Cordeiro
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

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Pró-reitor (Proaf), Wilson Mattos, entrega homenagem a Ivete Sacramento, ex-reitora da UNEB

A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) e do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia), realizou, nos dias 2 e 3 de agosto, a 1ª Conferência de Estudantes Cotistas (CONFCOTAS 2016) da universidade, em Salvador.
O evento reuniu a comunidade acadêmica com o propósito de discutir a elaboração de um Programa de Permanência para Estudantes Cotistas, que referencie e oriente todas as atividades relativas ao Sistema de Cotas na instituição.
O reitor da UNEB, professor José Bites de Carvalho, presidiu a mesa de abertura e destacou a consolidação do sistema de cotas na universidade.
“A UNEB se recriou a partir da implantação do Sistema de Cotas.Temos que lutar para que esse sistema seja consolidado enquanto princípio institucional e para construirmos coletivamente uma política de permanência eficiente”, ressaltou o reitor.
Segundo o pró-reitor da Proaf, Wilson Mattos, essa é uma nova fase para o desenvolvimento das ações afirmativas na universidade.
“Nosso objetivo é sair dessa conferência com um documento que subsidie uma política de permanência para os estudantes cotistas, com a finalidade de otimizar as condições acadêmicas, socioeconômicas e de saúde desses discentes”, destacou o pró-reitor.
A mesa de abertura do evento contou ainda com a presença da vice-reitora, Carla Liane Nascimento, da coordenadora do Cepaia, Marluce Macedo, e da ex-reitora da UNEB, Ivete Sacramento.
Ivete Sacramento destacou o pioneirismo da UNEB na implantação do Sistema de Cotas, processo que se iniciou durante a sua gestão como reitora.
“Recordo que no ano de implantação das cotas na UNEB, apenas 1% de jovens negros estudavam aqui. Era uma época de muito preconceito em torno desses estudantes, que não podiam se afirmar cotistas para não sofrer com a discriminação de colegas e professores. Muito mudou de lá para cá, contudo, ainda presenciamos situações dessa natureza. Temos que empoderar e visibilizar esses alunos e conscientizar a comunidade do papel desafiador do jovem negro na sociedade”, reforçou Ivete Sacramento, atual secretária de Reparação de Salvador (Semur).
Na ocasião, Ivete Sacramento leu uma carta anônima com conteúdo racista e discriminatório, que recebeu quando reitora, no ano de 2002, um dia após a aprovação da implantação do Sistema de Cotas, pelo Conselho Universitário (CONSU) da instituição.
“Já apresentei essa carta em vários países e congressos afro-brasileiros, mas é a primeira vez que a apresento na UNEB. Fomos muito perseguidos após a aprovação do sistema e essa carta marca esse período difícil, mas também simboliza o estopim da mudança, de um novo momento para a sociedade brasileira”, relembrou a ex-reitora, que foi homenageada no evento pelo trabalho e luta no processo de implantação do Sistema de Cotas na instituição.
Também prestigiaram a abertura do evento a pró-reitora de Ensino de Graduação (Prograd), Khatia Marise Sales, a pró-reitora de Extensão (Proex), Maria Celeste Castro, o pró-reitor de Assistência Estudantil (Praes), Ubiratan Menezes, o diretor do Departamento de Educação (DEDC), Valdélio Silva, e o assessor de Comunicação (Ascom) da universidade, Tiago Sampaio.

Extensa programação

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A conferência de abertura foi ministrada pelos pesquisadores Nilma Lino Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais (Ufmg), e Ronaldo Crispim Barros, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb).

“As políticas afirmativas têm estimulado e fortalecido a presença dos estudantes cotistas no interior das universidades, trazendo um espaço inclusivo, que antes era guetizado. Esses jovens trazem sua cultura e expressões, tornando as instituições mais abertas e populares”, considerou a pesquisadora Nilma Gomes, ex-ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Para o pesquisador Ronaldo Barros, as cotas são um projeto social que podem modificar significativamente a vidas das pessoas e corrigir desigualdades históricas.

“A política de cotas é uma radicalização do processo democrático, não só de acesso, mas também de oportunidade e igualdade”, avaliou o palestrante, ex-secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

O estudante do curso de Letras do campus de Barreiras Rangel Araújo prestigiou a conferência de abertura.

“Este é um evento de grande importância para a conscientização e sensibilização dos estudantes cotistas sobre os seus direitos e o seu papel na sociedade, além de desqualificar o preconceito arraigado, que ainda persevera na comunidade”, afirmou o discente.

O Confcotas reservou ainda em sua programação debates, grupos temáticos e plenárias. Destaque para a participação do estudante do curso de Letras do Campus I da Universidade, Geilson dos Reis, que apresentou um emocionante manifesto intitulado Carnificina.

Foto (home): Tainan Mattos, com edição de Anderson Freire/Ascom
Fotos internas: Juliana Cardoso/Ascom