Tag Archives: Democracia

Independência, soberania, autonomia, democracia: UNEB traz importantes reflexões sobre momento atual

Na proximidade das manifestações do Dia da Independência do Brasil, quando o país vivencia ambiente de acirrada disputada ideológica, com ameaças internas e externas às instituições e valores republicanos, a UNEB trouxe importantes reflexões sobre o tema “Democracia e soberania: a universidade pública na conjuntura política“, durante a Semana de Integração 2025.2.

Em conferências e debates com a comunidade acadêmica, realizados nos últimos dias 25 e 27, nos campi de Brumado, Camaçari, Alagoinhas e Salvador, transmitidos ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube, foram abordadas questões como autonomia e democracia universitárias, consolidação e ampliação de ações afirmativas e de políticas de inclusão, diversidade e justiça social, os desafios da ciência e da academia no enfrentamento ao negacionismo e na resistência a forças reacionárias e conservadoras, no Brasil e outros países.

Abaixo, alguns trechos das falas dos conferencistas.

Maria das Graças Leal, docente da UNEB:

Essa temática da democracia e soberania é urgente e necessária, está presente na nossa vida atual e abrange o mundo e o Brasil. Vivemos a ameaça permanente de rupturas democráticas e os avanços da extrema direita, que intenta o regresso às formas tirânicas de governar o mundo.
– A UNEB está garantindo a produção de ciência no ambiente democrático e inclusivo da universidade pública.
– Esse é um perfil de universidade que tem afirmado a defesa dos direitos humanos, civis, políticos, educacionais e acadêmicos, defesa da democracia ampla e irrestrita, democracia social, racial, econômica, política e cultural. Uma democracia plena.
– O mundo está tensionado entre as formas de governo democráticas e multilaterais e as formas imperialistas e despóticas que se apresentam nas disputas ideológicas.
– Precisamos enfatizar a historicidade da soberania da nação brasileira. Fomos, por mais de 300 anos, colônia de Portugal. Fomos uma colônia europeia e isso repercute até os dias de hoje. A imposição de uma cultura europeia formou a estrutura eurocêntrica, de dominação do branco sobre o negro e o indígena, do rico sobre o pobre, da manipulação político-institucional e no modo de pensar e produzir conhecimento,
– Hoje estamos discutindo decolonialidade, quer dizer, é um movimento importantíssimo para entendermos o que nós somos, que temos uma identidade, temos uma história e a construímos a duras penas.
– A inequívoca presença e persistência de princípios e valores coloniais mantém o Brasil eternamente em luta pela independência até os dias atuais.
– A universidade pública é um território de combate a todas as formas de opressão e de retrocesso.

Daniel Fernandes da Silva, professor da UNEB:

Quando a gente pensa em democracia e soberania, são temas muito sensíveis na história brasileira, dizem bastante sobre um passado presente colonial, escravista. E, se a estrutura política da colônia vai embora, fica a colonialidade, fica o gosto amargo das estruturas da colonização.
– Estamos vendo hoje atentados contra a estrutura do Estado democrático de direito, em especial as tentativas de sabotagem do sistema eleitoral brasileiro, de fechamento das instituições, como o que ocorreu no 8 de Janeiro, e as chantagens e ameaças internacionais ao funcionamento das instituições brasileiras e outros tantos fatos.
– A democracia, na modernidade ocidental, é preenchida por uma série de valores importantes, como igualdade política, liberdade de escolha e oposição a regimes autocráticos e autoritários.
– Democracia liberal também é construída, também é elaborada por setores progressistas, ou seja, essa crise também é uma demanda por mais democracia, e não por menos democracia, como querem os movimentos autoritários.
– A adoção de políticas afirmativas como produção de horizontes sociais de esperança são tentativas de reconstruir o que os séculos de brutalidade racial destruíam.
– Outras dimensões da soberania, como a soberania popular, a energética, a alimentar, também vão ruindo quando a soberania do país é fragilizada, quando o próprio regime democrático é fragilizado.
– Não há ciência ou qualquer outra forma de saber neutra. Instituições democráticas de ensino, como deve ser a universidade pública, precisam se entender como espaços que não somente leem o mundo, mas que formam agentes sujeitos que atuam nesse mundo, ou seja, que formam sujeitos políticos, que produzem, que formam a sociedade.

Georgina Gonçalves dos Santos, reitora da UFRB:

A instituição universitária tem um compromisso com a memória. Esta é uma instituição que não pode esquecer. É um compromisso com a cultura, um compromisso com o belo, um compromisso com a vida, mas um compromisso com o não esquecer.
– Quando eu cheguei na universidade [na UCSal], na década de 1980, nós éramos 12 negros na comunidade universitária. Hoje, nós somos 50% dessa comunidade. Naquela época não havia dirigentes mulheres, hoje nós temos uma participação importante.
– Temos que discutir o papel político que a universidade pública tem na atual conjuntura. Apesar de podermos dizer “que bom que temos mais mulheres, que bom que temos mais negros, que bom que temos mais jovens de camadas populares ocupando a universidade”, neste momento, paradoxalmente, essa instituição está sendo atacada em nível internacional.
– Acabar com as políticas afirmativas e inclusivas, como quer a extrema direita, põe em risco a nossa presença na universidade, impediria toda essa nossa comunidade de viver a experiência universitária e poder contribuir para um projeto de nação diferente, um projeto civilizatório diferente.
– Vivemos num país em que temos muito pouco direito lá fora, fora da universidade. A gente tem muito pouca segurança lá fora, a gente tem muito pouco espaço de palavra lá fora. E aqui, na vida universitária, é diferente, conquistamos direitos. A gente tem uma universidade de trabalhadores, de negros, de meninas, de população trans, de ciganos, de quilombolas.
– Temos hoje esta instituição universitária diversa que, se vocês pensarem, é um projeto de nação, é um ensaio de direitos o que a gente está realizando aqui. E é responsabilidade de vocês, que estão chegando agora, construírem essa nação também fora dos muros da universidade.
– O que estamos propondo para este país neste momento é que a elite seja outra, que a elite cuide de educação. Nós queremos ser elite, nós queremos ser poder. E nós teremos poder através do conhecimento, através da mobilização.
– Precisamos defender a instituição universitária tal como ela é, tal como ela vem sendo, fazer com que ela avance, empurrar, provocá-la para que ela avance. É tarefa da calourada voltar para as ruas, para suas comunidades, para defender a universidade pública democrática.

Rita Maria Santos, professora da UNEB:

Precisamos participar dos processos eletivos, já que o nosso modelo é representativo, seja do país, seja aqui da universidade. Porque precisamos fazer valer a nossa universidade pública, gratuita e inclusiva.
– Quando entrei na universidade [na Ufba], eu era a única preta da minha turma. Hoje a cor da UNEB é a cor da Bahia.
– Não vamos enfrentar o passado escravocrata, que não acabou, sozinhos, não vamos conseguir. Precisamos dos aliados, daqueles que não concordam com uma sociedade desigual, que se juntem a nós. Nossa ideia é de inclusão.
– Vamos fazer uma ciência inclusiva, participativa, comprometida, séria, e dar continuidade ao que está dando certo. Construir a democracia, construir a soberania, aprofundar a dinâmica de inclusão, investir cada vez mais no pensamento critico.
– Quero convidar todos vocês para caminharmos juntos nessa tarefa de fazer valer a democracia, de fazer valer a afirmação da soberania, dando continuidade a essa tarefa gloriosa de uma universidade pública, gratuita e inclusiva.

Uirá Menezes de Azevedo, docente da UNEB:

Defendo a universidade como lócus de soberana e democracia. Democracia é indissociável de diversidade, democracia é resistência à homogeneização, é a aceitação da diferença, da pluralidade. A democracia está fundada no livre exercício do pensamento critico, na disputa pública de razões e na administração dos nossos dissensos.
– A universidade é um lugar que precisa ser construído e reconstruído, de comunicação desimpedida, de pluralidade de vozes e de respeito às diferenças.
– Se existe uma função para a universidade é fazer com que possamos ser transgressores. As universidades serão sempre contra qualquer tentativa de inclinação totalitária.
– Essa concepção de universidade plural, democrática e soberana tem uma vocação grande para resistir a intentos totalitários e anti-intelectuais. Todos os movimentos autoritários têm a universidade como inimigo público número um.
– Soberania deve ser entendida como autonomia institucional, mas que não significa em nada isolamento. Devemos afirmar a liberdade de cátedra, a liberdade de pensamento critico. Viva a universidade democrática e soberana! Viva a UNEB!

Texto e edição: Toni Vasconcelos/Ascom.
Fotos: prints TV UNEB. Imagem: Ascom.

Semana de Integração 2025.2 multicampi da UNEB debate democracia e soberania: até dia 27/08 – NOVO HORÁRIO EM SALVADOR; aberto ao público

Nos dias 25 e 27 de agosto, a UNEB recebe os novos discentes e veteranos para o início do semestre letivo, na Semana de Integração 2025.2.  

Como parte das ações de acolhimento aos estudantes, a UNEB convida a sociedade para pensar sobre “Democracia e soberania: a universidade pública na conjuntura política“, com a realização de conferências nos campi de Brumado (dia 25, às 14h30), Camaçari (dia 26, às 14h30), Alagoinhas (dia 26, às 18h30) e Salvador (dia 27, às 15h – VEJA ALTERAÇÃO) .

Veja programação completa

A escolha do tema tem como objetivo fomentar e contribuir para a compreensão da tessitura de fatos e acontecimentos que, analisados enquanto produtores da história do tempo presente, orientam explicações das realidades política, econômica e social nos dias de hoje.

As conferências – abertas a todos os interessados – reúnem pesquisadores da universidade e convidados especiais, como reitora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Georgina Gonçalves.

As conferências serão transmitidas ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.

Texto: organização do evento, com edição da Ascom. Imagem: Ascom.

Semana de Integração 2025.2 multicampi da UNEB debate democracia e soberania: dias 25 a 27/08; aberto ao público

Nos dias 25 e 27 de agosto, a UNEB recebe os novos discentes e veteranos para o início do semestre letivo, na Semana de Integração 2025.2.  

Como parte das ações de acolhimento aos estudantes, a UNEB convida a sociedade para pensar sobre “Democracia e soberania: a universidade pública na conjuntura política“, com a realização de conferências nos campi de Brumado (dia 25, às 14h30), Camaçari (dia 26, às 14h30), Alagoinhas (dia 26, às 18h30) e Salvador (dia 27, às 9h).

Veja programação completa

A escolha do tema tem como objetivo fomentar e contribuir para a compreensão da tessitura de fatos e acontecimentos que, analisados enquanto produtores da história do tempo presente, orientam explicações das realidades política, econômica e social nos dias de hoje.

As conferências – abertas a todos os interessados – reúnem pesquisadores da universidade e convidados especiais, como a promotora de Justiça Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação, do Ministério Público da Bahia.

As conferências serão transmitidas ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.

Texto: organização do evento, com edição da Ascom. Imagem: Ascom.

UNEB realiza Audiência Pública sobre Cultura, Artes e Movimentos Democráticos no Campus de Seabra: dias 10 e 11/07

Neste mês de julho, a UNEB realizará uma nova rodada de escuta e diálogo com a comunidade acadêmica e comunidade externa, com a realização das Audiências Públicas sobre Cultura, Artes e Movimentos Democráticos na Extensão Universitária, no campus XXIII da instituição, em Seabra.

Nos dias 10 e 11 deste mês, a programação do encontro na unidade contará com apresentações artísticas, roda de conversa sobre a territorialização das políticas extensionistas em cultura, artes e movimentos democráticos, além de grupos de trabalho (GTs) que discutirão temas relacionados a Cultura, Direitos Humanos, Meio Ambiente e Saúde, sempre considerando as especificidades e demandas locais.

A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a interação com a sociedade, estimular a troca de saberes e construir políticas extensionistas cada vez mais participativas e inclusivas.

As Audiências Públicas são abertas à comunidade universitária, artistas, coletivos culturais, movimentos sociais e trabalhadores da cultura, proporcionando um espaço para o diálogo, a colaboração e o planejamento conjunto de ações que atendam às necessidades dos territórios.

A iniciativa é organizada pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), Assessoria de Cultura (Ascult) e Gabinete da Reitoria – Assessoria Especial Territorial (Assesp). O evento tem apoio fundamental do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) e da Direção do Departamento do campus de Seabra, responsáveis por mobilizar a comunidade acadêmica e externa, fortalecendo a participação de movimentos sociais e coletivos artístico-culturais da região.

Desde 2024, as Audiências vêm percorrendo diferentes campi da UNEB, com o objetivo de consolidar a presença da universidade nos territórios de identidade da Bahia e adequar os programas extensionistas às demandas locais. Entre abril de 2024 e abril de 2025, já foram realizadas nove audiências nos campi de Juazeiro, Brumado, Bom Jesus da Lapa, Barreiras, Lauro de Freitas, Ipiaú, Alagoinhas, Irecê e Xique-Xique.

As Audiências se configuram, assim, como instrumentos fundamentais para o fortalecimento da relação entre a UNEB e a sociedade, assegurando que as políticas extensionistas sejam construídas de forma democrática e participativa.

Confira programação completa das Audiências Públicas no Campus de Seabra

Texto Proex, com infirma

VIDEOCONFERÊNCIA: Ministra Cármen Lúcia participará de aula magna na UNEB nesta sexta-feira (28)

A Semana de Integração da UNEB, atividade que marca o início do período letivo 2025.1 da Universidade, contará com a aula magna intitulada “A Universidade e os desafios da democracia e da justiça na contemporaneidade”. A palestra será proferida, por videoconferência, pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha.

O evento acontecerá nesta sexta-feira (28), às 17h, após a realização da mesa institucional. A transmissão ao vivo será feita pelo canal da TV UNEB, no YouTube.

Para participar da atividade, os(as) interessados(as) devem se inscrever, até o dia 28 de março, por meio do Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da universidade. Os(as) participantes receberão certificado.

Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), formada em Direito e mestre em Direito Constitucional, Cármen Lúcia é defensora ativa da igualdade de gênero e figura destacada no combate às fake news. Além de advogada e professora, a ministra ocupa atualmente a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), instância máxima da Justiça Eleitoral no Brasil.

Documentário do cineasta Silvio Tendler será lançado nesta terça (17) no Campus I da UNEB, em Salvador

Evento será gratuito e aberto ao público

Será lançado nesta terça-feira (17), às 16h, o documentário “O Caso Pizzolato: Por uma Questão de Justiça”, no Teatro da UNEB, no Campus I, em Salvador.

De autoria do cineasta Silvio Tender, o filme será apresentado no evento seguido do debate sobre o lawfare e o uso da justiça como instrumento de perseguição política.

Estarão presentes o personagem do longa e sindicalista, Henrique Pizzolato, e a coordenadora da Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia, Hadassa Freire. O cineasta Silvio Tendler participará do lançamento de forma online.

Silvio Tendler iniciou sua trajetória no cinema através do Movimento Cineclubista, em meados dos anos sessenta.

É conhecido como “o cineasta dos vencidos” ou “o cineasta dos sonhos interrompidos” por abordar em seus filmes personalidades como os então presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek e o político baiano Carlos Marighella.

Tendler é também fundador da Caliban Produções, produtora direcionada para biografias históricas de cunho social. Sua trajetória revela décadas de pesquisas que deram origem a seu acervo particular de imagens, com mais de 80 mil títulos sobre a História do Brasil e do Mundo dos últimos 60 anos, sendo, possivelmente, o maior do gênero existente no Brasil.

O evento é realizado em parceria com o Núcleo de Estudos da América Latina (Neal) da UNEB, a produtora Caliban Produções, e o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia (Sindipetro).

*Matéria atualizada às 11h28, do dia 17/09/24

UNEB sedia 10ª edição do Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (Cipa); abertura atrai centenas de pesquisadores do Brasil e exterior

Mesa de abertura do evento teve participação de gestores, pesquisadores

A UNEB está sediando, no Campus I, em Salvador, a décima edição do Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (X Cipa), entre os dias 20 a 23 de maio.

A abertura do evento, na manhã de ontem (20), lotou o teatro da universidade, com a presença de centenas de docentes, discentes, pesquisadores, gestores e convidados da UNEB e de instituições da Bahia, do Brasil e de outros países. O congresso também está sendo transmitido ao vivo pela internet, no canal da TV UNEB, no YouTube.

Centrada no tema “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica: democracia, narrativas e outros modos de vida“, essa edição é segunda que a UNEB recepciona (a primeira foi em 2006), comemorando os 20 anos de história do congresso, que foi inaugurado em 2004.

O X Cipa é promovido pela UNEB em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (Biograph) e o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da universidade.

A mesa da abertura foi composta pela reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB, Elizeu Clementino, que preside o X Cipa, a diretora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da universidade, Carla Liane, o discente Ângelo Dantas, da comissão de estudantes do PPGEduC, e a presidente da Biograph, Rosvita Bernardes.

Reitora Adriana Marmori saúda os participantes: educação emancipatória e antirracista.

“Parabéns todas e todos vocês que fazem pesquisa, em especial na área da educação, em nossa UNEB e demais instituições. Acreditamos em uma educação que seja emancipatória, antirracista, uma educação que trate das relações com o planeta e com todos os seres vivos. Aproveito para saudar as pedagogas e pedagogos aqui presentes no nosso dia [20 de maio, Dia do(a) Pedagogo(a)] e registar nossa inteira solidariedade aos educadores povos do Sul do Brasil, que passam por este momento de calamidade”, destacou a reitora Adriana Marmori, parabenizando a equipe organizadora do evento.

Dayse destacou o esforço da gestão na formação dos servidores e docentes

Ao dar as boas-vindas aos participantes do congresso, a vice-reitora Dayse Lago enfatizou “o esforço grande da nossa gestão não apenas de buscar estruturar a UNEB como também investir na formação de pessoas e dos nossos servidores docentes e técnicos”.

Já o presidente do X Cipa, Elizeu Clementino, expressou agradecimentos especiais a pesquisadores e gestores que “contribuíram muito para esse nosso movimento chegar até aqui”. O titular da Serint fez um resumo de cada edição do Cipa nos 20 anos de história do evento.

Elizeu agradeceu todas as pessoas envolvidas que fizeram acontecer o X Cipa

“Tivemos, nesta edição, um total de 1.016 inscritos, dos quais 896 são associados da Biograph; 603 inscritos submeteram trabalhos em diferentes modalidades do congresso. A participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros – do Canadá, Portugal, França, México, Colômbia, Argentina, Chile –, de estudantes de pós-graduação e de graduação, de professores da educação básica e de movimentos sociais atesta a capilaridade do Cipa para discussões sobre diferentes domínios e interfaces da pesquisa (auto)biográfica”, assinalou Elizeu Clementino, agradecendo à Reitoria, às assessorias de Comunicação (Ascom) e de Cultura e Arte (Ascult) da universidade pelo amplo apoio ao evento.

A mesa solene contou também com a presença do pró-reitor de Infraestrutura (Proinfra), João Rocha, representando o grupo gestor da administração central da UNEB; da diretora regional Sudeste da Biograph, Ecleide Furlanetto, das representantes do conselho fiscal, Carmem Passos, e do conselho de publicação, Filomena Monteiro, da associação; e das representantes da Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (RBPAB), Dislane Moraes, e do grupo GIS Le Sujet dans la Cité (França), Christine Delory-Momberger.

A abertura foi precedida da apresentação artística da Escola Olodum e do Tripé Mágico.

Vozes insubordinadas

A conferência de abertura, ainda na manhã do ontem, foi proferida pelo veterano pesquisador francês Gaston Pineau, da Université de Tours, pioneiro nos estudos dessa área.

Gaston apresentou balanço da trajetória das pesquisas divulgadas no âmbito da história da Biograph e do Cipa

O estudioso apresentou um balanço da trajetória das pesquisas e das publicações no âmbito da história da Biograph e do Cipa. “Para trabalhar esse objetivo de construção de sentido da vida e para a própria vida, os movimentos de pesquisas (auto)biográficas e de histórias de vida e formação pretendem evitar um desperdício planetário e mortificante de experiências humanas  vividas e se inscrevem em movimentos cidadãos e polêmicos sobre a ciência”, concluiu Gaston Pineau.

No turno vespertino do primeiro dia do congresso, o teatro universitário recepcionou a mesa “Artes de viver conhecer e formar: vozes insubordinadas“.

Evento teve a presença do cacique Juvenal Payayá, indicado ao título de doutor honoris causa da UNEB

Com mediação do professor Michael Ramos, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPGED) da UNEB, relataram breve histórico de suas trajetórias de vida e lutas o cacique Juvenal Payayá, que este ano vai receber o título de doutor honoris causa da universidade (já aprovado pelo Conselho Universitário); a doutoranda Thiffany Odara, mestra pelo PPGEduC, mulher trans negra, ialorixá e ativista; a triatleta, cantora e multiartista Ira Vilaronga, atuante em defesa dos direitos das pessoas cegas e de baixa visão, também mestra pelo PPGEduC.

Antes de sua fala, o cacique Payayá chamou ao palco sua esposa, Edilene Payayá, para realizarem uma cerimônia de reverência aos ancestrais e ao grande espírito do seu povo. Membro fundador do Movimento Associativo Indígena Payayá (Maip), o cacique publicou 12 livros, entre romances, contos, crônicas e poesia.

O X Cipa se estende até esta quinta-feira (23), com diversificada programação acadêmico-cientifica e artístico-cultural no campus da universidade. Essa edição tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira e Danilo Cordeiro/Ascom.

UNEB e Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica realizam congresso internacional, em Salvador: de 20 a 23/05

A UNEB vai promover o X Congresso Internacional de Pesquisa (Auto)Biográfica (Cipa), entre os dias 20 e 23 de maio, no Campus I da instituição, em Salvador.

O evento, com temática “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica: democracia, narrativas e outros modos de vida”, visa debater avanços teórico-metodológicos, difundir a produção científica, intercambiar práticas de formação e modos de articulação entre diversas áreas do conhecimento, que investigam o humano, com base em narrativas da experiência vivida.

“Nossa expectativa é que o Cipa fortaleça a ciência, refletindo sobre tecnologias educativas, democracia, pandemia e inovação. Buscamos ampliar o diálogo entre redes de pesquisa e criar interfaces de conhecimento entre Educação e nas Ciências Humanas, Sociais e de Saúde. Nosso foco está nas relações do indivíduo com aprendizagem, mobilidade, socialização, formação, inclusão/exclusão social, envelhecimento e adoecimento”, destaca Elizeu Clementino, presidente do Cipa e secretário Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB.

A iniciativa é destinada para pesquisadores universitários de diferentes países, pós-graduandos, graduandos, professores, membros de associações científicas nacionais e internacionais. Os interessados em participar como ouvintes devem realizar inscrição no site do evento. A taxa varia entre R$ 70 e R$ 550, dependendo do perfil do público (estudantes ou professores).

A programação contará com conferências, mesas-redondas, simpósios temáticos, sessões de grupos de pesquisa, comunicações, sessões de conversa e pôsteres, Assembleia da Biograph, lançamentos de livros e atividades culturais.

O X Cipa é realizado em parceria entre a UNEB, o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da instituição e a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (Biograph). O evento conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Informações: xcipa.biograph.org.br

HISTÓRICO: Com a presença do governador do estado, UNEB empossa diretoras e diretores de departamento para mandato 2024-2026

Cerimônia empossou diretoras e diretores de departamento que foram eleitos e reeleitos em dezembro de 2023

Em dia histórico para a democracia da UNEB, a reunião extraordinária do Conselho Universitário (Consu) empossou diretoras e diretores de departamento eleitos e reeleitos para o biênio 2024-2026, na noite da última quinta-feira (22), no Teatro da instituição, no Campus I, em Salvador.

Governador Jerônimo parabenizou os gestores departamentais empossados

A solenidade contou com a presença do governador do estado Jerônimo Rodrigues que, ao lado da presidente da mesa e reitora da universidade, Adriana Marmori, concedeu a certificação de posse aos novos gestores de departamento.

“Parabenizo os diretores empossados e quero destacar que cada um de vocês fazem chegar em cada canto que a UNEB tem um campus, o ensino, a pesquisa e a extensão. E minha presença aqui reafirma o compromisso com o financiamento do ensino de qualidade”, afirmou o chefe do executivo estadual.

Reitora Adriana ressaltou o papel social que os diretores de departamento exercem

Reitora Adriana Marmori destacou o compromisso e responsabilidade social que os diretores de departamento têm como umas das representações da universidade. “O diretor de departamento é a liderança local, que assume o compromisso com a comunidade acadêmica e com a cidade de fazer valer o que é a universidade pública tem. É a pessoa que lidera, coordena e organiza a comunidade local para fazer ensino, pesquisa e extensão. A multicampia permite essa capilaridade, promovendo a interiorização do ensino superior”, ressaltou.

Adélia destacou a importâcia da UNEB para o fortalecimento da educação no estado

A mesa solene da cerimônia também teve a presença da secretária estadual da Educação (SEC), Adélia Pinheiro, vice-reitora, Dayse Lago, o representante do Conselho Estadual da Educação (CEE-BA), Luiz Paulo Neiva, e representantes dos segmentos da comunidade acadêmica.

“Nos seus 40 anos, a UNEB se faz forte, presente, em todo o interior do estado da Bahia e também na capital, fortalecendo as políticas de educação, o acesso ao ensino superior e a produção do conhecimento, reunindo, portanto, a condição e a força de quem contribui para o desenvolvimento da Bahia”, salientou Adélia Pinheiro.

Dayse celebrou a posse dos novos diretores de departamento eleitos e reeleitos

Dayse Lago celebrou com entusiamo a posse dos novos diretores de departamento. “Um momento de celebração e felicidade para nossa instituição. Depois de intensos dias de planejamentos e discussões sobre a universidade com os novos gestores departamentais. A expectativa é que continuemos nos reunindo e pensando na universidade e que este conselho universitário possa ter grandes decisões ao longo de 2024 para a instituição”, frisou.

29 diretoras e diretores de departamento foram empossados

Com braço direito estendido, 29 diretoras e diretores de departamento da UNEB – de um total de 31 – fizeram parte do juramento de posse no cargo, lido pela também empossada Maria de Fátima Bastos, eleita diretora do departamento do Campus XXIII (Seabra).

Em discurso, Vinicius defendeu uma UNEB que garanta ampliação de futuros para baianos

Devido a diferenças nas datas de encerramento, dois gestores não tomaram posse por conta do seus mandatos ainda encontrar-se vigentes.

Com mandato de dois anos, os gestores foram eleitos ou reeleitos pelo voto da comunidade acadêmica dos respectivos departamentos, em eleição direta realizada em dezembro do ano passado.

Representando os colegas empossados, Vinicius Santos, diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VIII, em Paulo Afonso, celebrou o processo democrático de posse dos novos diretores de departamento.

Érica desejou sucesso e serenidade aos novos gestores departamentais empossados

“É um momento de festa, mas também de celebração da democracia da universidade. Precisamos apontar o futuro para a UNEB, que esteja calçado no pensar ao próximo, na formação dos baianos e pensar nessa política já madura e instalada na nossa instituição que pode ampliar e prototipar sonhos, futuros, desejos e consolidar aquilo esperamos de um estado que garanta a educação de qualidade”, disse o gestor.

Em nome dos diretores que estavam finalizando o mandato, Érica Macedo, que comandou o departamento do Campus II (Alagoinhas), agradeceu os seus colegas e desejou sucesso aos novos gestores empossados. “Desejo aos colegas que encerram comigo a gestão departamental sucesso em seus novas caminhadas. Aos novos gestores, almejo votos de serenidade, equilíbrio, bom senso nas tomadas de decisões e que possamos sempre defender a educação pública, gratuita e inclusiva para a nossa nação”, afirmou.

Veja a lista de diretoras e diretores eleitos(as) e reeleitos(as) para o biênio 2024-2026

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom

Evento promove socialização de experiências de bolsistas da UNEB na iniciação científica

Atividade integra comunidade científica da universidade para apresentação de resultados dos projetos de pesquisa

As Pró-Reitorias de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) e de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB estão promovendo, até esta sexta-feira (1º), a XXVII Jornada de Iniciação Científica, o II Colóquio de Pesquisa e Pós-Graduação e o V Encontro Afirmativa, no Hotel Fiesta, no bairro Itaigara, em Salvador. 

A abertura do evento, realizada ontem (28), contou com a presença de estudantes da iniciação científica e de pós-graduação, professores, gestores da UNEB e da reitora da universidade Adriana Marmori

Adriana: “A nossa ciência unebiana é pautada na humanizaçao e metodologia do diálogo”

A UNEB é a universidade pública que faz ciência com a liberdade e sempre pautando a democracia. A nossa ciência unebiana se preocupa com a metodologia do diálogo, pautada na humanização, que faz emergir diferentes identidades e respeita as diferentes opiniões do contraditório. Parabéns a todos vocês, estudantes, que chegaram até aqui produzindo saberes, comprometidos com o processo formativo cidadão de todas as pessoas, a partir do processo multiplicador e pensam na coletividade e deixam suas marcas nas vidas de pessoas de dentro e fora da UNEB”, afirmou a reitora. 

Com muita satisfação, a pró-reitora da PPG, Tânia Hetkowski, acolheu os professores e orientadores que participaram do evento. “A iniciação científica é o berço dos grandes pesquisadores do nosso Brasil e da nossa universidade. É importante ressaltarmos que a pesquisa só se faz com ensino e extensão. Agradeço todos os docentes que apoiam os discentes da iniciação científica nessa jornada de formação”, disse. 

A pró-reitora da Proaf, Dina Maria Rosário, falou sobre o valor do Programa Afirmativa para os estudantes cotistas da universidade. “O Afirmativa é uma oportunidade de criar conhecimentos profundamente ligados à nossa baianidade, de fazer ciência na nossa universidade, com a nossa identidade, com as nossas particularidades, de representar os estudantes cotistas, negros, quilombolas, indígenas, ciganos, pessoas com deficiência, transforma espectro autista, altas habilidades, travestis, homens trans e mulheres trans”, ressaltou. 

Liberdade na Ciência em Defesa da Democracia

Nesta edição, o evento aborda o tema “Liberdade na Ciência em Defesa da Democracia” e integra a comunidade científica da universidade através de apresentação de resultados dos seus projetos de pesquisa e das suas ações de produção de conhecimento, inovação e transformação social. A vice-reitora da universidade, Dayse Lago, participou da atividade e ressaltou a relevância de discutir a liberdade na ciência no âmbito acadêmico. 

Dayse: “Fundamental que possamos exercer a liberdade da ciência nas nossas pesquisas”

“É fundamental que possamos exercer a liberdade da ciência nas nossas pesquisas e na universidade, sem nos submetermos a governos que desrespeitem os direitos humanos, a cidadania e a democracia, alimentados pelo ódio, como infelizmente presenciamos nos últimos anos em nosso país”, afirmou Dayse Lago. 

Para a presidente do Comitê Nacional de Iniciação Científica, Alexa Coelho, a temática abordada no evento torna-se pertinente “porque a liberdade científica é você ter liberdade individual de investigação, troca de ideias, liberdade para chegar a conclusões científicas defensáveis, liberdade institucional também para aplicar padrões que são coletivamente científicos de validade, replicabilidade e precisão”, disse. 

Bolsista da iniciação científica, Neiane Santos, compartilhou a sua satisfação de fazer parte do processo científico para o seu desenvolvimento como futura pesquisadora. “Sou oriunda de comunidade rural e adentrar ao processo científico é razão de muita luta pessoal e social, por isso agradeço por mim e por todos a grande oportunidade que estou tendo de me qualificar para ser uma futura pesquisadora”, declarou a estudante do curso de Letras-Língua Portuguesa do campus VI da UNEB, localizado em Caetité. 

Roda de conversa entre Helder Bomfim, Dina Rosário e Tânia Hetkowski

No primeiro dia, o evento ainda reservou a roda de conversa entre as pró-reitoras Tânia Hetkowski, Dina Maria Rosário e o docente da UNEB Helder Bomfim. A iniciativa, realizada na modalidade híbrida, reúne em sua programação apresentação de artigos, encontro de líderes de grupo de pesquisa, apresentações dos bolsistas e voluntários. A iniciativa ainda irá reservar premiação aos estudantes no dia 1º de dezembro. 

A atividade é realizada pelo Programa Institucional de Iniciação Cientifica (Picin) da UNEB, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira e Leandro Pessoa/Ascom