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Festa de Iemanjá: Fé e devoção marcam participação da UNEB para reverenciar a Rainha do Mar

Comunidade acadêmica da UNEB participou dos festejos em homenagem à Iemanjá

Momentos de fé e devoção marcaram a última sexta-feira, dia 2 de fevereiro, na festa popular de saudação à Iemanjá, na praia do Rio Vermelho, em Salvador.

Pedro: “UNEB mostra compromisso e valorização da cultura e religiosidade do povo baiano”

E como já é tradição, a comunidade acadêmica da UNEB se fez mais uma vez presente nos festejos. Gestores, discentes, técnicos e professores estiveram em comunhão para participar das atividades de celebração à Rainha do Mar.

“Mais uma vez reafirmamos o espaço da nossa universidade nessa celebração de fé à Iemanjá. É muito importante ver estudantes, servidores técnicos e docentes aqui presentes participando dessa atividade. É a UNEB mostrando o seu compromisso e valorização da cultura e religiosidade do povo baiano”, destacou o chefe de gabinete da Reitoria, Pedro Daniel Souza.

Nelma; “A UNEB respeita as manifestações religiosas, culturais e artísticas”

A participação da universidade na festa foi promovida pela Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult) da instituição. “A UNEB é uma universidade que valoriza as diferenças, que defende as políticas afirmativas, que respeita as manifestações religiosas, culturais e artísticas, e que busca envolver a comunidade nesse processo. A universidade abrange todas as áreas do conhecimento, da arte, da cultura e da ciência”, afirmou a assessora da Ascult, Nelma Aronia.

Para presentear a mãe de todos os orixás, foi confeccionado um balalo com itens biodegradáveis, contendo flores, fitinhas, colares e o cheiro de alfazema. “Tivemos ideia de preservar as cores predominante e da história de Iemanjá, em um processo criativo da montagem do balaio confeccionamos o manto com aspectos que representa o mar e a rede para simbolizar os pescadores, já que a Rainha do Mar é também mãe dos pescadores”, contou Sabrina Carvalho, responsável pela construção do balaio.

Sabrina foi a responsável pela confecção do balaio de presentes para a Rainha do Mar

Como um gesto de agradecimento e devoção, a comunidade acadêmica da universidade carregou o balaio cheio de presentes para Iemanjá e o entregou em uma embarcação que foi até o mar aberto onde foi depositado a oferenda.

Festas para as divindades dos rios e das águas existem em diversos países das américas e da África, em diferentes momentos do fim ou do início dos anos. Com data fixa no 2 de fevereiro, os festejos para Yemanjá nasceram no Rio Vermelho, e é quando os pescadores fazem as suas ofertas à Rainha do Mar e pedem proteção e abundância.

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Cordeiro e Antonio Carvalho/Ascom

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Cordeiro e Antonio Carvalho/Ascom

Ciclo de debates reúne comunidade acadêmica para celebrar memória e arte afro-brasileiras

Servidores, estudantes e pesquisadores dialogaram sobre a música sacra negra e participaram ainda de atividades culturais

A memória e a arte afro-brasileiras estiveram no centro dos debates promovidos pela comunidade acadêmica da UNEB durante o II Ciclo de Debates Memória, Música e Devoção: Omolu, o rei da Terra.

Julice Oliveira: “Procuramos valorizar os nossos intelectuais negros”

Conferências, sessões de comunicação, palestras e apresentações culturais foram realizadas gratuitamente, entre os dias 21 e 23 de agosto, no Campus I da instituição. O evento integrou a programação oficial do Centenário de Mestre Didi.

“Estamos discutindo, sobretudo, a música sacra e trazemos o Coro Oyá Igbalé para apresentar essa tradição. Homenagear o Mestre Didi é uma honra, só temos a nos orgulhar. Procuramos perpetuar a difusão do conhecimento com responsabilidade e valorizar os nossos intelectuais negros”, destacou a docente Julice Oliveira, coordenadora do ciclo.

Artista plástico, escritor e líder espiritual. O baiano Deoscóredes Maximiliano dos Santos, popularmente conhecido como Mestre Didi (1917-2013), deixou vasta produção artística inspirada nos objetos de cultos ligados à tradição nagô. Suas esculturas e livros lhe renderam reconhecimento internacional.

A secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, esteve presente na mesa de abertura do evento e destacou a importância de reforçar, nas instâncias acadêmicas, o debate sobre a preservação da cultura e valorização dos legados do povo negro ao longo da história: “A iniciativa é extremamente importante, inclusive no resgate da memória do Mestre Didi”.

Gildeci Leite: “É importante se apropriar e se reapropriar de todas as obras de Mestre Didi”

O homenageado também foi reverenciado pelo assessor especial de Projetos Interinstitucionais para a Difusão da Cultura (Apidic) da UNEB, Gildeci Leite, que participa da coordenação das celebrações oficiais em homenagem ao centenário.

“Ele não foi um homem que teve curso superior, mas foi um excelente monografista, contista e artista plástico. É importante se apropriar e se reapropriar dos escritos e de todas as obras de Mestre Didi para compreender a cultura afro-brasileira e a afro-baianidade”, salientou o gestor, que ainda ministrou a conferência “Edison Carneiro e o Samba”, na tarde da última terça-feira (22).

Pró-reitor de Ações Afirmativas da universidade, Wilson Mattos parabenizou a organização da iniciativa pela promoção da cultura, da arte e da memória afro-brasileira. “Ações Afirmativas e Umbutu” foi o título da atividade coordenada por ele também no segundo dia de evento.

A segunda edição do ciclo foi promovida pelo Grupo de Estudos Estética e Contracultura (GEEC) e pelo Grupo Estudos e Pesquisa da Memória Afro-Baiana (GEPMAB), ambos do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB, na capital.

Memória Afro-brasileira

A coordenadora do Grupo Estudos e Pesquisa da Memória Afro-Baiana (GEPMAB), Cecília Soares ministrou a primeira conferência do evento, que teve como tema “Memória Afro-brasileira e História: Obaluaê, o Rei da Terra”.

Cecília Soares: “desmitificar a negação da história de negras e negros”

“A memória em comunidades terreiros assume fundamental importância na rememoração de acontecimentos que elevam a alto estima do grupo. Ela registra celebrações e costumes, mas, também processos de transições para mudanças das tradições”, explicou a pesquisadora.

Ainda de acordo com Cecília, as identidades religiosas podem ser reconstruídas nesses locais, a partir da memória referenciada. Assim, reforçando o pertencimento do negro em sua totalidade.

“Dessa forma, a memória tem um lugar de extrema importância ao ser responsável pela sua continuidade e, de forma paradoxal, desmitificar a negação da história de negras e negros na formação da sociedade baiana, em particular”, salientou a pesquisadora.

O evento contou com o apoio da Proaf, das Pró-Reitorias de Extensão (Proex) e de Pesquisa e Ensino Pós-Graduação (PPG), do DEDC, do Cepaia, da APIDIC, do Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Regional (CPEDR), da Secretaria Especial de Articulação Interinstitucional (Seai), todos da UNEB, e da Irmandade Beneficente e Religiosa de Ojés, Ogãs e Tatas (Siobá).

Confira mais fotos do evento em nosso Flickr.

 

Ciclo de Debates destaca Memória, Música e Devoção; inscrições abertas!

O Grupo de Estudos Estética e Contracultura (GEEC), vinculado ao Grupo Estudos e Pesquisa da Memória Afro-Baiana (GEPMAB) do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB, em Salvador, vai realizar o II Ciclo de Debates Memória, Música e Devoção: Omolu, o rei da Terra.

O evento, que acontecerá entre os dias 21 de 23 de agosto, no Auditório Jurandyr Oliveira, do Departamento de Educação (DEDC), no campus, propõe a difusão de conhecimento de natureza multidisciplinar relativo ao tema da Memória com enfoque especial para à reflexão sobre o objeto de arte (música, artes plásticas, cinema e literatura) e culto do Orixá Omolu na cultural e religiosa de matriz afro-brasileira.

A iniciativa, gratuita e aberta ao público, reserva conferências, sessões de comunicação, palestra e apresentações culturais. Os interessados em participar podem realizar inscrição na página do evento.

O II Ciclo de Debates integra a programação oficial do Centenário de Mestre Didi, Deoscóredes Maximiliano dos Santos (1917-2013), artista plástico, escritor (Contos Negros da Bahia e Contos Nagô [1961], Porque Oxalá Usa Ekodidé [1997]), ativista cultural (fundou o Afoxé Troça Carnavalesca Pai Buruko no final da década de 30”) e religioso do Candomblé (possuía o cargo de Assobá de Omolu).

Informações: geeg.uneb@gmail.com.