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Rede Estrado inicia encontro internacional na UNEB sobre direitos humanos, escola pública e trabalho docente na AL

Na sessão de abertura, no teatro da universidade, os 25 anos da rede foram celebrados

Com o tema “Direitos humanos, escola pública e trabalho docente: crise política, disputas e resistências na América Latina“, teve início na tarde de ontem (11) o XIV Encontro Internacional da Rede Estrado no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador.

Essa edição, que marca os 25 anos de fundação da Rede Latino-americana de Estudos sobre Trabalho Docente (Rede Estrado), está reunindo na UNEB mais de 700 participantes da Bahia e outros estados e de 14 países da região, além de convidados dos Estados Unidos (EUA). O evento tem transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.

Reitora Adriana Marmori destacou compromisso social e interiorização da UNEB

A ampla programação se prolonga até esta sexta-feira (14) em diferentes espaços da UNEB, contemplando conferências, 16 mesas-redondas, duas sessões de conversas, duas de pôsteres e 36 painéis em onze eixos temáticos, além de atividades artísticas e culturais.

Presidindo a mesa de abertura, a reitora Adriana Marmori ressaltou o compromisso social da UNEB e a interiorização da produção de conhecimento na universidade.

“A UNEB, atualmente, possui 64% dos programas de bolsas de pesquisa e pós-graduação distribuídos em nossos campi no interior do estado. Isso significa mudar o lugar de produção de conhecimento. Somos uma universidade popular que também contribui na formulação de políticas públicas, para que possamos construir um mundo mais inclusivo, democrático e igualitário”, destacou Adriana Marmori.

Compuseram também a mesa os coordenadores-gerais da Rede Estrado Elizeu Clementino e Sofía Thisted, o diretor de programas e bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Luiz Pessan, e a diretora de cooperação institucional, internacional e inovação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Dalila Oliveira.

Assista aqui à íntegra da sessão de abertura

Elizeu Clementino: fortalecer defesa da educação pública e dos trabalhadores

Segundo Elizeu Clementino, que é pró-reitor de Pós-Graduação (PPG) da UNEB, essa edição representa um marco para a rede. “Neste ano, além de comemorarmos os 25 anos da Rede Estrado, buscamos refletir sobre as relações entre direitos humanos, escola pública e trabalho docente, considerando o atual contexto de crises política e social na região”, afirmou.

“Nosso objetivo é fortalecer as contribuições e as agendas de defesa da educação pública e dos trabalhadores em educação, por meio do diálogo entre pesquisadores e docentes da academia, professores da educação básica e representantes de movimentos sociais”, contou o coordenador-geral.

A edição registrou 452 trabalhos submetidos, entre comunicações científicas, relatos de experiências e pôsteres, com um alcance internacional expressivo.

Desafios na educação latino-americana

Docente da Universidade de La Plata (Argentina), Sofía Thisted ressaltou o atual contexto de restrições e retrocessos nas políticas científicas e educacionais em seu país. “Na Argentina, enfrentamos um cenário de perseguição ideológica, perda do poder de compra e corte severo de investimentos em ciência e pesquisa. A ausência de recursos ameaça projetos que demandam anos de trabalho”, explicou.

Sofía Thisted, da Argentina, defendeu uma educação voltada para o Sul Global

Na avaliação da coordenadora-geral, “o intercâmbio com o Brasil é essencial para pensarmos estratégias conjuntas de superação e para construirmos futuros alternativos para a educação pública latino-americana”.

“Precisamos promover uma educação voltada para o Sul Global, concebida a aqui no Sul e para os países do Sul. A cooperação entre nações latino-americanas é vital para a defesa da educação pública”, completou Sofía Thisted.

Já o gestor da Capes Luiz Pessan assinalou a relevância do encontro, pontuando que “a educação é o alicerce da soberania nacional de cada país, e todas as áreas do conhecimento dependem de uma base educacional sólida”.

Luiz Pessan (Capes): “Educação é o alicerce da soberania nacional”

“A Capes tem trabalhado para reconstruir políticas públicas, ampliar programas de pós-graduação e reduzir desigualdades regionais. Eventos como esse demonstram o vigor e o compromisso da academia com a transformação social“, avaliou Luiz Pessan.

A realização do XIV Encontro Internacional da Rede Estrado na UNEB reforça o protagonismo da universidade como referência na promoção de debates sobre educação, direitos humanos e políticas públicas, consolidando a atuação da instituição no fortalecimento das redes de pesquisa e cooperação acadêmica no Brasil e na América Latina.

A Rede Estrado foi criado em 1999, sendo reconhecida por promover a integração e o intercâmbio entre pesquisadores da América Latina, fortalecendo a produção de conhecimento e o debate sobre o papel docente e a valorização da escola pública nos países da região.

Texto: Marcus Gomes/Ascom, com edição de Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.

Encontro internacional da Rede Estrado na UNEB debate trabalho docente na AL; abertura dia 11/11, em Salvador

A UNEB sediará, em Salvador, entre os dias 11 e 14 de novembro, o  XIV Encontro Internacional da Rede Estrado – iniciativa voltada à consolidação e divulgação dos estudos e pesquisas sobre o trabalho docente na América Latina.  

Esta edição terá como tema “Direitos Humanos, Escola Pública e Trabalho Docente: Crise política, disputas e resistências na América Latina”, e prevê uma programação com 16 mesas redondas, 2 sessões de conversas, duas sessões pôsteres, 36 painéis simultâneos, contemplando participantes de 11 países reunidos a partir de onze eixos temáticos.  

Os interessados em participar podem se inscrever através do site do evento, mediante pagamento de taxa conforme a categoria selecionada. 

Estão previstos também lançamento de livros, atividades culturais e uma assembleia final, em que serão apontados encaminhamentos de contribuições para elaboração e avaliação de políticas públicas relacionadas à formação e valorização docente.  

Pesquisadores da UNEB participam da programação e integram também a comissão organizadora internacional com os professores Michael Daian Pacheco e Elizeu Clementino, que também coordena a comissão científica. 

“O evento é um espaço de discussão, intercâmbio e divulgação da pesquisa em educação, que tem como foco a docência no contexto latino-americano. O tema desta edição reflete o compromisso da Rede Estrado com os atuais desafios de luta pela ampliação de direitos humanos, sociais e na defesa da democratização da educação no contexto latino-americano”, explica o professor Elizeu.  

O encontro será realizado pela UNEB com o apoio institucional da Reitoria da UNEB, da Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG/UNEB), do Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC/UNEB), do Departamento de Educação (DEDC-Campus I), do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET-Campus I) e da colaboração do Grupo de Pesquisa (Auto)biografia, Formação e História Oral (Grafho/UNEB).   

A iniciativa conta também com apoio de agências de fomento, tais como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do INCT GESTRADO – Políticas Públicas e Trabalho Docente, além do apoio da Confederação nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). 

A Rede Estrado é uma rede com pesquisadores latino-americanos que investigam o trabalho docente, promovendo intercâmbio de pesquisas e publicações conjuntas de pesquisadores latino-americanos. Este seminário celebra os 25 anos de existência da rede. 

UNEB sedia encontro metropolitano sobre direito humano à alimentação e nutrição adequadas: dia 11/07, em Salvador; inscrições abertas

A UNEB vai sediar o Encontro Metropolitano pelo Direito Humano à Nutrição e Alimentação Adequadas (EMDHANA), que ocorrerá na próxima quinta-feira (11), das 8h às 18h, no teatro da universidade, no Campus I, Salvador.

As inscrições estão abertas e devem ser efetuadas via formulário online. A participação no evento dá direito a certificado (8 horas).  

O evento é uma parceria entre a Associação Baiana para Educação e Promoção da Segurança Alimentar e Nutrição (ABEPSAN) e o curso de Nutrição do Departamento de Ciências da Vida (DCV) da universidade.

Destinado a gestores e trabalhadores das políticas de alimentação e nutrição, pesquisadores universitários, entidades sociais, estudantes e demais interessados de áreas que mantêm relação com a agenda da Segurança Alimentar e Nutrição (SAN), o “encontro é de extrema relevância para a comunidade, pois visando promover o diálogo e fortalecer as ações relacionadas à SAN em Salvador e região metropolitana”, como afirma o professor Fábio Rodrigo, do curso de Nutrição (UNEB), que participa da organização da iniciativa.

“Nossa intenção é reunir diversos atores sociais, profissionais da área, acadêmicos, gestores públicos e a comunidade em geral, para discutir soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios relacionados as políticas públicas da SAN na região, contribuindo para a garantia do direito humano à alimentação adequada”, explica Fábio Rodrigo.

Segundo o docente, ao final do encontro “será construída uma carta a ser entregue aos prefeitos e vereadores em exercício de mandato e também aos candidatos postulantes a esses cargos nas eleições municipais de 2024 nas 13 cidades que compõem a RMS (região metropolitana da Salvador), podendo ser estendida aos demais municípios do estado”.

Formulário online para inscrição

Texto: ABEPSAN, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.

UNEB recepciona delegação de congressistas afro-estadunidenses para evento sobre primeiro acordo bilateral contra o racismo

A UNEB é uma das instituições apoiadoras do evento “JAPER em Ação: Unindo Congresso e Sociedade Civil pela Igualdade Racial no Brasil e EUA”, a ser realizado no dia 27 de março, em Salvador. 

A iniciativa, que conta com apoio do Grupo de Pesquisa em Instituições e Desigualdades, vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da universidade, irá recepcionar uma delegação de congressistas afro-estadunidenses com o objetivo de ampliar a compreensão sobre o Plano de Ação Conjunto entre Brasil e Estados Unidos para Eliminar a Discriminação Étnica e Racial e Promover a Igualdade – JAPER . 

O evento contará com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB, no YouTube. Os interessados em participar presencialmente deverão realizar inscrição através de formulário online.

O diálogo sobre o plano JAPER e as políticas públicas antirracistas se dará em quatro metas temáticas principais: acesso à educação, acesso à saúde, acesso à justiça e cultura e preservação da memória.  

“Espero elevar as experiências das comunidades afrodescendentes com a desigualdade racial no Brasil e trazer lições para informar a luta contínua do CBC pela justiça racial nos Estados Unidos. Essa viagem irá expor uma nova geração de legisladores dos EUA ao Brasil e ao papel dos EUA no apoio aos direitos humanos e à justiça racial por meio de iniciativas como o JAPER”, declarou Sydney Kamlager-Dove, parlamentar do Congresso Black Caucus (CBC).

Através do Instituto sobre Raça, Igualdade e Direitos Humanos (Raça e Igualdade), a articulação política de parlamentares antirracistas estadunidenses formada por congressistas negros e democratas cumprirá agenda inédita entre os dias 24 e 28 de março, passando por Brasília e Salvador. 

JAPER – Em vigor desde 2008, o JAPER é um acordo bilateral contra o racismo que opera por meio de uma parceria entre comitês da sociedade civil e do setor privado. O plano abrange as disparidades raciais de acesso à educação, saúde, justiça ambiental, igualdade de oportunidades econômicas e acesso igualitário ao sistema de justiça para a população negra e indígena. Através do JAPER, os congressistas atuam para fomentar a provisão de políticas públicas que catalisam reformas sociais e fortaleçam a diversidade, a equidade e a inclusão para as comunidades negras e indígenas no Brasil.

Texto: Leandro Pessoa/Ascom. Imagem (destaque): Divulgação

Djamila Ribeiro palestra em aula magna do curso de pós-graduação em Direitos Humanos e Sociais na UNEB

Estudantes, docentes e pesquisadores lotaram Teatro UNEB para prestigiar palestra da escritora Djamila Ribeiro

Com espaço lotado de estudantes, docentes e pesquisadores, o Teatro UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador, sediou a aula magna de abertura do semestre letivo 2024.1 do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS) da universidade.

O evento, realizado na noite de ontem (14), contou com a palestra da filósofa e escritora Djamila Ribeiro, que foi recebida momentos antes da atividade pela reitora da UNEB, Adriana Marmori.

Djamila Ribeiro (esq.) ao lado da reitora Adriana Marmori (centro) e vice-reitora Dayse Lago (dir.)

“Desejo boas-vindas à pesquisadora Djamila Ribeiro, escritora, educadora, mulher, mãe e uma lutadora por justiça e igualdade racial. A Universidade de toda a Bahia, da inclusão e da diversidade acolhe e abraça a filósofa de reconhecimento nacional. Estamos muito felizes por sua presença entre nós, pela segunda vez em nossa instituição”, ressaltou a reitora.

A vice-reitora Dayse Lago, em representação da reitora Adriana na cerimônia de abertura do evento, expressou um caloroso bem-vindo à pesquisadora. “É com grande satisfação que celebramos o regresso de Djamila Ribeiro ao nosso ambiente Unebiano, uma figura de proeminência e influência na luta pelos direitos dos negros e das mulheres”, afirmou. Dayse Lago ainda acrescentou em seu discurso “a importância de amplificar as vozes das comunidades negras e trans, e a necessidade de confrontar e rejeitar o apagamento histórico frequentemente enfrentado por estas populações”.

Epistemicídio como violação dos Direitos Humanos

Na palestra, Djamila Ribeiro salientou que para promover a discussão sobre Direitos Humanos, é necessário falar de intersecciolidade. “Precisamos compreender esse intercruzamento de opressões. Quando falamos de Direitos Humanos, do que estamos tratando? Quando se fala que governamos para todos, quem são esses todos? As pessoas não são uma massa abstrata, elas são marcadas por opressões. É muito importante compreendermos esse intercruzamento de opressões, quando falamos de direitos humanos”, explicou a palestrante.

Escritora palestrou aula magna do curso de Especialização em Direitos Humanos e Sociais

De acordo com Djamila Ribeiro, o epistemicídio, conceito de destruição e conhecimentos e culturas que não são assimiladas pela cultura branca e ocidental viola os direitos humanos.

“Se há o apagamento das produções intelectuais dos pretos e pretas, essas produções só serão apresentadas a partir de uma perspectiva branca, masculina e eurocêntrica. Há todo um apagamento das nossas construções e também como sujeitos da história, que acabam bloqueando nossa capacidade de nos vermos como sujeitos”, finalizou a escritora.

Ao fim da aula magna, a escritora e filósofa promoveu uma sessão de autógrafos das obras literárias de sua autoria.

Especialização em Direiros Humanos e Sociais na UNEB

Lançado em 2023, o curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS) é ofertado no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX da universidade, em Camaçari.

O coordenador do curso, José Avelino Araújo, ressaltou a importância da formação para os profissionais do campo das ciências jurídicas. “O nosso curso de pós-graduação possui duas linhas de pesquisa: ‘Direitos Fundamentais e Sociais do Trabalho’ e ‘Direitos Humanos e Contexto Social’. Ele foi concebido considerando as demandas globais, onde diariamente testemunhamos práticas prejudiciais aos direitos individuais e coletivos das pessoas. Esse debate é crucial e deve ocorrer no ambiente acadêmico para enfrentarmos os desafios da instabilidade social”, explicou o docente.

Djamila Ribeiro ao lago dos docentes da UNEB José Avelino (esq.) e Sérgio Henrique (dir.)

Sérgio Henrique da Conceição, diretor do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX, considerou que o curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais “é uma articulação do ensino, pesquisa e extensão. Um nascedouro de propostas mais robustas dos cursos strcito sensu da universidade para o nosso interior do estado da Bahia”, disse.

Também estiveram presentes na aula magna a pesquisadora Carla Akotirene, o docente da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Marinho Soares, a secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Ângela Guimarães, e o gerente de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da UNEB, Natanael Bonfim.

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom

UNEB promove aula magna do curso de pós-graduação em Direitos Humanos e Sociais com participação da escritora Djamila Ribeiro nesta quinta (14), às 18h30

A UNEB, por meio do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direitos Humanos e Sociais (PPDHS) vai realizar a aula magna de abertura do semestre letivo 2024.1. A atividade será realizada nesta quinta-eira (14), às 18h30, no Teatro da universidade, no Campus I, em Salvador.

O evento contará com a palestra da filósofa e escritora Djamila Ribeiro. A convidada é mestra em Filosofia Política da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e docente do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Catolica de São Paulo (PUC-SP).

A iniciativa, gratuita e aberta ao público, terá a participação de estudantes e docentes do curso, gestores da universidade, além de autoridades.

O curso de especialização em Direitos Humanos e Sociais foi lançado 2023 e é ofertado no Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XIX da universidade, em Camaçari.

A formação visa proporcionar aos participantes uma visão teórica e prática para o aperfeiçoamento profissional no campo das ciências jurídicas, de modo a contemplar sua formação humanística e crítica nas áreas dos Direitos Fundamentais do trabalho, Direitos Sociais e Direitos Humanos, como forma de contribuir e combater violações acerca da dignidade da pessoa humana, das desigualdades e injustiças sociais no trabalho, de modo a elaborar instrumentos eficazes a ser adotados pelas políticas públicas governamentais.

Em aula magna unificada, cursos de Direito da UNEB dialogam sobre Direito Internacional

Em formato inédito, aula magna reuniu os oito cursos de Direito da UNEB

Discentes e docentes dos oito cursos de Direito da UNEB estiveram reunidos na última quarta-feira (7), para participarem, em formato inédito, da aula magna unificada do semestre letivo 2024.1. O encontro aconteceu presencialmente no Teatro da UNEB, no Campus I, em Salvador, e contou com transmissão online para os outros campi, através do canal da TV UNEB no YouTube.

Estudantes do curso de Direito da universidade participaram da atividade, no Campus I

A mesa de abertura teve a participação da reitora Adriana Marmori, diretor do DCH-I, Flávio Dias, coordenadora do Colegiado do Curso de Direito do Campus I, Ainah Hohenfeld Neta, coordenador do Colegiado do Curso de Direito do Campus XIX, em Camaçari, Jailson Brandão, e do assessor técnico da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd), Tiago Martins.

“A pluralidade e a diversidade dos nossos estudantes é que fazem a diferença em nossas pesquisas, porque trazem o olhar de pertencimento junto às comunidades. O nosso estudante de direito é diferenciado porque ele vai pra comunidade com uma perspectiva de contribuição, de colaboração e de serviço”, declarou a reitora Adriana Marmori, em sua saudação aos estudantes.

Segundo Ainah Hohenfeld, a proposta da atividade é promover a integração dos cursos de direito, que, apesar de suas especificidades regionais, têm muito em comum. “Juntos, somos grandiosos, precisamente porque temos cursos distribuídos por todo o estado. A ideia é que, nas próximas edições, a aula magna unificada seja realizada em outros campi, permitindo que o encontro presencial circule entre as unidades do interior”, explicou.

Direito Internacional dos Direitos Humanos

A aula magna teve como tema o “Direito Internacional dos Direitos Humanos em tempos de crise”, proferida pela professora Tatiana Squeff, docente das Universidades Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Federal de Uberlândia (UFU) e da Federal de Santa Maria (UFSM).

Palestrante Tatiana Squeff ministrou aula sobre Direito Internacional dos Direitos Humanos

Tatiana apresentou um panorama das principais crises internacionais atuais envolvendo os Direitos Humanos, abrindo o leque de conflitos para além daqueles de maior cobertura midiática, como o que ocorre entre o Estado de Israel e o Hamas, bem como entre a Rússia e a Ucrânia.

“Diversos direitos humanos vem sendo atacados nesses conflitos, como, por exemplo, o direito à alimentação, à moradia, ao trabalho, à educação. Há conflitos em que moradias vêm sendo destruídas, em que escolas estão sendo utilizadas como alvo – e isso viola direitos internacionais dos direitos humanos para situações de guerra, em que as escolas deveriam na verdade funcionar como abrigo para as populações”, explanou a palestrante. 

A pesquisadora tratou então das ferramentas atualmente disponíveis no direito internacional para interrupção dessas violações de direitos humanos, distinguindo entre as jurisdicionais (tribunais internacionais que buscam reparação aos direitos humanos junto aos Estados e grupos envolvidos nos conflitos) e as quase-juridicionais (comitês oriundos dos tratados internacionais no âmbito da Organização das Nações Unidas).

“Com isso eu faço um convite a vocês, estudantes, para que desfrutem em sua formação das disciplinas de Direito Internacional, pois isso faz com que vocês não só ampliem sua forma de ver o mundo, mas também possam efetivamente buscar formas de reparar violações eventuais que vocês notam no dia a dia de vocês e que podem ser levadas às representações jurídicas do direito internacional”, concluiu Tatiana.

Texto e fotos: Leandro Pessoa/Ascom

UNEB realizará aula magna unificada dos cursos de Direito dia 06/03, em Salvador

A UNEB realizará a aula magna unificada dos cursos de Direito da universidade, no dia 6 de março, às 9h, no Teatro da instituição, no Campus I, em Salvador.

A atividade terá como objetivo promover a troca de experiências e conhecimentos entre os oito colegiados do curso de Direito localizados nos campi da instituição.

O evento contará com a palestra “Direito Internacional dos Direitos Humanos em tempos de crise”, que será ministrada por Tatiana Squeff, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A atividade acadêmica será transmitida ao vivo pelo canal da TV UNEB, no YouTube.

Reitora da UNEB toma posse como titular da Comissão Nacional de Políticas Educacionais em Direitos Humanos; Docente de Stº Antônio também integra colegiado

A reitora Adriana Marmori representa a Abruem na comissão. Fotos: Divulgação.

A Reitora da UNEB, professora Adriana Marmori, tomou posse nesta terça-feira (21), como membro da Comissão Nacional de Políticas Educacionais em Direitos Humanos (CNPEDH), do Ministério da Educação (MEC).  A solenidade aconteceu durante o evento Gestão democrática da política de educação em direitos humanos, realizado em Brasília.

A reitora foi indicada pela Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem).

Para Adriana, os direitos humanos e a educação são pilares fundamentais para construção de uma sociedade justa, diversa, equânime. E as universidades têm um papel estratégico e estruturante nesse processo democrático.

“Somos universidades públicas, nossa existência, permanência e resistência se dará sempre em favor da sociedade, pela via mais pulsante que sabemos muito bem fazer: “a produção de ciência”, a “contribuição aos processos formativos” e “o diálogo com a sociedade pelas portas da extensão”, em especial junto aos territórios e regiões mais vulneráveis do país, com as pessoas que compõem às camadas populares, que clamam por respeito e garantia do direito à Educação Superior pública. O protagonismo na produção e difusão da ciência, deve, portanto, se colocar sempre a serviço da formulação de políticas públicas”, pontuou.

A reitora destacou seu entusiasmo em integrar a comissão e frisou que será um espaço de reflexão em direitos humanos e de proposição de políticas nacionais a serem construídas de forma participativa, dialógica, sem deixar ninguém para trás. “Somos pessoas diversas com nossas marcas, trajetórias históricas, modos de vida e experiências a serviço da nação brasileira, felizmente, em processo de reconstrução”, celebrou.

Professora Aline e reitora Adriana são titulares da comissão; posse aconteceu em Brasília

Além da Reitora, a professora Aline Mascarenhas, do campus de Santo Antônio de Jesus, também tomou posse na comissão, fortalecendo a participação da UNEB e da Bahia no colegiado. Aline representa a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos.

A UNEB – A Universidade do Estado da Bahia tem atuado de forma intensa e decisiva, ao longo de suas quatro décadas de existência, para a construir e fortalecer uma cultura de direitos humanos. Muitas são as iniciativas nesse sentido, como o pioneirismo na defesa das Ações Afirmativas, quando implantamos o sistema de cotas raciais com 40% das vagas para negros e negras no vestibular, 12 anos antes da Lei nacional das Cotas.

As discussões também avançam na extensão para a garantia de propostas afirmativas que contemplem as ações extensionistas com maior participação das comunidades negra, quilombola, LGBTQIAP+, movimentos negros, movimentos sociais e movimentos de luta pela terra, das bases históricas de nos espaços/ territórios identitários diversos.

Investimos em assistência e permanência através de editais específicos, programas de bolsas e auxílios, que acolhem os estudantes, permitindo que concluam os cursos com qualidade, inclusão e dignidade.

As comissões – Vinculadas à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), as comissões são compostas com paridade de gênero, representação das cinco regiões do país e mínimo de 20% de pessoas autodeclaradas pretas e pardas. A participação nas atividades das comissões é considerada função relevante e não tem remuneração.

O objetivo desses colegiados é reforçar as esferas de participação social do Ministério da Educação, assessorando a equipe técnica nas políticas educacionais da área.

Seminário discute importância da perspectiva antirracista na formação dos profissionais de saúde 

Evento reuniu estudantes e docentes dos cursos de saúde da universidade

Fomentar discussão e subsidiar a formação de futuros profissionais dos cursos da área de saúde, com a perspectiva antirracista em saúde sexual e reprodutiva e direitos. Esse é o objetivo do seminário “Sem deixar ninguém para trás: uma perspectiva antirracista em saúde”.  

O evento foi sediado nos últimos dias 8 e 9 de novembro, no auditório do Centro de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Regional (CPEDR), no Campus I da UNEB, em Salvador. 

A iniciativa, promovida em parceria entre a UNEB, Secretaria estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), contou com a participação de estudantes e docentes dos cursos da área de saúde da universidade, além de representantes parceiros do evento. 

Rosane: “Fundamental que o currículo acadêmico reflita a diversidade racial e de gênero”

“É fundamental que o currículo acadêmico reflita a diversidade racial e de gênero da nossa sociedade, e que as mulheres negras tenham voz e vez na questão da saúde, que é um direito de todos e todas. Também é importante que o currículo aborde as questões de orientação sexual, pois vivemos em um mundo plural e complexo, onde não há uma única forma de ser e estar. Por isso, esse evento é uma oportunidade de pensarmos coletivamente em como as instituições podem contribuir para a formação de profissionais da saúde comprometidos com a inclusão e a justiça social“, destacou a pró-reitora de Extensão (Proex) da UNEB, Rosane Vieira, que representou a reitora da universidade no seminário. 

A representante da Sepromi, Ubiraci de Jesus, destacou a importância do debate sobre os direitos reprodutivos e sexuais da população negra nas universidades públicas.

Ubiraci: “Desafiador debate dos direitos reprodutivos das mulheres negras”

“É um grande desafio fazer com que o corpo docente das universidades compreenda a importância desse debate com o recorte racial. Não há possibilidade de termos um profissional qualificado sem ele ter conhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos das pessoas negras. A academia tem o papel fundamental na implantação das políticas públicas e no combate ao racismo institucional“, frisou Ubiraci

Para a representante da UNFPA, Michele Dantas, o seminário permite a possibilidade de discussão do racismo na vida e na saúde das pessoas negras dentro da universidade.

Michele: “Seminário possibilita discussão do racismo na vida e na saúde das pessoas negras”

“Esse evento favorece trazer a discussão da saúde sexual e reprodutiva para dentro da universidade e aprofundá-las com futuros profissionais da saúde de como poder eliminar barreiras para que toda a população negra possa ter os seus direitos garantidos”, afirmou Michele

A iniciativa também visou a contribuição para acelerar três resultados transformadores do UNFPA – zero necessidade não atendida de planejamento reprodutivo, zero morte materna evitável e zero violência e prática nociva contra mulheres e meninas – até 2030 em população e desenvolvimento sustentável. 

Direitos sexuais e reprodutivos das mulheres 

O seminário reservou a aula magna “Os direitos sexuais e reprodutivo das mulheres no Brasil”, ministrada por Ionara Magalhães, docente da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Segundo a palestrante, os direitos sexuais e reprodutivos são parte dos direitos humanos, mas nem sempre foram reconhecidos como tal.  

Ionara: “Direitos sexuais e reprodutivos são parte dos direitos humanos”

“A dificuldade para esse entendimento existe por vários obstáculos para a efetivação desses direitos, como a oposição de setores conservadores, as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, as situações de discriminação e violência, e as divergências de ordem moral, ética e religiosa. É preciso que a sociedade supere esses desafios e seja garantido que todas as pessoas possam exercer sua sexualidade e reprodução com liberdade, dignidade e respeito“, destacou a pesquisadora. 

A vice-presidente da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Andréia Almeida, participou da atividade e ressaltou a importância de preparar os futuros profissionais da saúde para atuarem de forma antirracista.

Andréia: “Debate oportuno para futuros profissionais pensar na perspectiva antirracista”

“É uma oportunidade de promovermos o debate entre os novos profissionais que estão se formando e ingressando no mercado e de pensar nessa perspectiva antirracista. Precisamos compreender que saúde não é apenas cuidar do doente. Mas também envolve a questão do acesso, acolhimento e escuta. A luta por uma sociedade antirracista não é uma luta individual, mas sim coletiva”, afirmou Andréia.  

Nos dois dias de evento, cinco eixos orientaram os debates: eixo 1 – os três resultados transformadores na perspectiva antirracista; eixo 2 – atenção e cuidado sobre a saúde da população negra; eixo 3 – dentro e fora dos muros: como as universidades podem incorporar a transversalidade racial para avançar na promoção da saúde sexual e reprodutiva; eixo 4 – Consenso de Montevidéu sobre População e Desenvolvimento: impacto da crise climática na saúde sexual e reprodutiva da população negra, povos e comunidades tradicionais; e eixo 5 – os estudantes negros e negras: seus rostos e vozes.

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Cordeiro e Leandro Pessoa/Ascom