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Juazeiro: Mestrado e doutorado em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental reabrem seleção para alunos regulares

O Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, republicou o edital de seleção de alunos regulares para o Mestrado e Doutorado do Programa em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH).

Estão sendo disponibilizadas 35 vagas, sendo 20 para o Mestrado e 15 para o Doutorado, referentes à primeira turma do semestre 2021.2.

Os interessados devem realizar inscrição através do site do Sistema de Seleção Discente de Pós-Graduação (SSPPG) entre os dias 24 e 30 de Agosto, mediante pagamento da taxa de inscrição de R$120 (mestrado) ou R$ 150 (doutorado) e enviar de documentação conforme orientações estipuladas no edital do certame.

Professores e servidores técnico-administrativos da UNEB serão isentos do pagamento da taxa de inscrição, devendo apresentar documentação que comprove vínculo empregatício.

No ato da inscrição o candidato deverá optar pelo nível do curso, Mestrado ou Doutorado, e indicar uma das Linhas de Pesquisa do PPGEcoH: 1. Ecologia Humana e Saúde; 2. Ecologia Humana e Educação; 3. Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável.

A seleção consistirá de três etapas: Homologação das inscrições; Análise e Avaliação de Currículos; e Análise e Avaliação dos Anteprojetos de Pesquisa e Entrevistas (serão realizadas em salas virtuais).

A divulgação do resultado final da seleção está prevista para o próximo dia 30 de setembro.

Os Cursos de Mestrado e Doutorado do PPGEcoH têm por objetivo formar profissionais que pretendam adquirir ou aprofundar conhecimentos na área de Ecologia Humana numa perspectiva multidisciplinar, adquirindo as competências necessárias que lhes permitam desenvolver projetos de investigação no ramo científico da Ecologia Humana bem como para planejamento e tomada de decisões no que concerne às complexas situacionalidades, que envolve a relação de seres humanos com os ecossistemas, com a natureza, na atualidade.

O mestrado será realizada no período máximo de 24 meses, correspondendo a 4  semestres letivos, somando total geral de 855 horas-aula. Já o curso em nível de doutorado, será cumprido no período máximo 4 anos, totalizando 1.305  horas-aula.

 

 

 

 

Pesquisadores lançam livro sobre ecologia humana e consequências da Covid-19 dia 20/08

Ecologia humana e pandemias: consequências da Covid-19 para o nosso futuro. Esse é o título da obra coletiva que reúne produções dos pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) da UNEB.

A publicação, que será lançada no dia 20 de agosto, às 19h, no YouTube., é organizada pelos professores Juracy Marques e Artur Lima e destaca temas como As lições do Coronavírus para a ciência, a pandemia da Covid-19 na perspectiva da ecologia médica; A destruição dos ecossistemas como paradigma da civilização moderna; e o papel da Covid-19 no aumento das desigualdades sociais.

Além dos pesquisadores da UNEB, o livro conta com produções de cientistas nacionais e internacionais. A obra está disponível no formato e-book e recebe o selo da Editora da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh).

A obra é fruto do encontro internacional virtual “Covid-19: o que diz a Ecologia Humana?”, realizado em maio deste ano, pelos professores do PPGEcoH da universidade.

O evento teve o  objetivo de mobilizar intelectuais no campo da Ecologia Humana, particularmente os profissionais ligados à Ecologia Médica, para analisar o fenômeno da Covid-19 e a relação da espécie humana com os ecossistemas.

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Em junho, a Assessoria de Comunicação da UNEB elaborou uma matéria especial sobre ecologia humana em tempos de pandemia. A publicação, assinada pelo repórter Danilo Cordeiro, integra o elenco de produções que compõe o livro Ecologia humana e pandemias: consequências da Covid-19 para o nosso futuro.

UNEB, 37 anos! Universidade é destaque em pesquisas sobre Ecologia Humana em tempos de pandemia

Professores da UNEB e acadêmicos de outras instituições desenvolvem pesquisas conjuntas que são referências na área da Ecologia Humana.

“O que aprendemos até agora com a COVID-19? Precisamos nos questionar sobre as razões que nos levaram a viver esse cenário de pandemia e, principalmente, nos reconhecer como responsáveis pelo desequilíbrio ecossistêmico que o provocou.”

A reflexão do presidente da Sociedade Latino-americana de Ecologia Humana (Solaeh), Amado Insfrán, nos convida a repensar os nossos modos de vida, as nossas práticas sociais e culturais e, sobretudo, a relação destrutiva que mantemos com a natureza.

Segundo o professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana (PPGEcoH) da UNEB, Artur Lima, as interferências ambientais provocadas pela ação humana e interações com animais silvestres, podem favorecer o surgimento de determinados hospedeiros, vetores e patógenos, a exemplo do novo coronavírus.

“A humanidade está vivendo com maior frequência as epidemias. Tivemos a primeira do coronavírus no início da década 2000, com o vírus da Sars. Estamos passando novamente pelo mesmo surto no século XXI. O processo de desmatamento, o crescimento desordenado da população nas grandes cidades, o processo de globalização, as migrações internacionais e o turismo são fatores oportunos para o desenvolvimento de epidemias”, afirmou o docente.

Nesse contexto, para além das medidas de combate à COVID-19, é importante que reconheçamos a nossa responsabilidade diante deste cenário e mudemos a nossa relação com a natureza. “Precisamos de uma reação coletiva e sistêmica de proteção às áreas naturais e de medidas urgentes de restauração dos ecossistemas”, reforçou o pesquisador Amado Insfrán.

Implicações psíquicas e sociais na pandemia

Dentro de um cenário de pandemia é importante destacar as implicações psíquicas e sociais que podem surgir. Com o isolamento social e a disseminação desenfreada de informações, nem sempre verdadeiras, cria-se um ambiente de medo e insegurança, que pode comprometer a saúde mental das pessoas.

As incertezas sobre a COVID-19, a mudança nas rotinas e a ausência do contato físico e social com outras pessoas podem causar diversos problemas relacionados à saúde mental, como estresse, ansiedade, depressão, quadro que tem sido favorecido pela propagação sistêmica de informações falsas.

“Vejo um cenário de medo e insegurança se instalando, com impacto direto na saúde mental das pessoas. Estamos vivendo um tempo histórico em que as informações estão sendo disseminadas de forma intensa, a partir de fontes nem sempre confiáveis. A humanidade ainda não aprendeu a lidar com esse fluxo informacional de forma consciente e crítica, o que acarreta diversos problemas de compreensão da realidade e dos eventos decorrentes de uma sociedade pandêmica”, avaliou professor do PPGECOH da UNEB, Anderson Armstrong.

O docente destacou ainda que essa conjuntura de desinformação e medo desvia o nosso olhar do que realmente importa, nos impedindo de refletir sobre o momento crítico que estamos vivenciando e sobre o nosso papel no desenvolvimento de ações resolutivas.

A presidente da Society for HumanEcology (SHE), Iva Pires, coaduna com Armstrong e afirma que a pandemia da COVID-19 é uma oportunidade de reflexão sobre o que a humanidade deseja para o futuro. “A sociedade evolui pela sua capacidade de flexibilidade e este momento serve para refletirmos sobre o que fizemos no passado e o que queremos para o futuro em uma escala global”, frisou a dirigente.

Relação do homem com as epidemias

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cerca de 60% das doenças infecciosas humanas são zoonóticas, ou seja, transmitidas através de animais. Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Fernando Ávila Pires, explicou que os vírus e bactérias se modificaram ao longo do tempo e passou a ser transmitidos para o ser humano.

“As doenças da espécie humana foram adquiridas de animais silvestres durante a caça, a retirada de couro e pele, e na alimentação. Com o tempo, os vírus e bactérias se modificaram, de modo que se não recolonizam aos seus antecessores animais. Isso aconteceu com o sarampo, por exemplo. Admite-se que a doença descendeu dos cães na pré-história, cujo vírus se modificou e hoje é exclusivo dos humanos, e não reinfecta seus supostos reservatórios naturais históricos”, ilustrou o cientista.

Além da COVID-19, a PNUMA listou algumas doenças causadas por vírus que surgiram recentemente no mundo: Ebola, a Gripe Aviária, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), o Vírus Nipah, a Febre do Vale Rift, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a Febre do Nilo Ocidental, e o Zikavírus. E, para Ávila Pires, a COVID-19 não será a última pandemia a surgir entre os humanos.

“A condição humana na contemporaneidade, nossos modos de vida e a forma como nos relacionarmos uns com os outros e com o meio ambiente oportuniza o surgimento de novas epidemias, e com o contato direto e rotineiro entre pessoas de várias partes do mundo, a evolução do cenário para uma pandemia é facilitado”, explicou Pires.

O que é Ecologia Humana? – Segundo o site da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), a Ecologia Humana pode ser compreendida como uma ciência que estuda as relações humanas, individuais e coletivas com seu entorno. Trata-se de um cruzamento de ciências, um campo epistemológico aberto ao diálogo entre as ciências sociais e naturais.

Segundo Juracy Marques, também professor do PPGECOH, a Ecologia Humana é a mais interdisciplinar das ciências que estudam o fenômeno humano. Esse campo de conhecimento teve como precursores os trabalhos de Emile Durkheim, Charles Darwin e de Sigmund Freud.

A primeira pessoa a usar o termo “Ecologia Humana”, em 1892, foi a química estadunidense, pioneira da área da engenharia sanitária, Ellen Swallow. Em 1907 ela escreveu: “Ecologia Humana é o estudo do entorno dos seres humanos nos efeitos que eles produzem na vida dos homens”.

Essa ciência adisciplinar, destaca Juracy Marques, pode dizer muito sobre o futuro da humanidade, não apenas sobre a problemática das epidemias e pandemias, mas, sobretudo, quanto ao desenho civilizatório que nossa espécie arquitetou para nós e as futuras gerações.

Ecologia Humana na UNEB

O Programa de Pós–Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental  da UNEB é vinculado ao Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da universidade, em Juazeiro.

Foi criado há 10 anos, a partir dos esforços de grupos de pesquisadores, liderado pelo professor da UNEB e sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), Juracy Marques.

Nessa década de atuação, o programa já formou 103 mestres em duas áreas de concentração de pesquisa: “Ecologia Humana e Gestão Socioambiental” e “Agroecologia e Saúde Humana”.

Em 2018, o doutorado do programa recebeu aprovação do Conselho Técnico e Científico (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para iniciar suas atividades, sendo o primeiro do continente americano.

O PPGECOH é atualmente coordenado pelo professor Carlos Alberto dos Santos e visa formar profissionais para atuar em diferentes campos de ação, sobretudo diante dos problemas socioambientais complexos que envolvem o comportamento da espécie humana e sua relação com o ambiente e a natureza.

O programa também faz parte da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh) e da Sociedade Latinoamericana de Ecologia Humana (Solaeh).

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom

Professores da UNEB promovem debate sobre relação entre COVID-19 e Ecologia Humana     

Professores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGECOH) da UNEB e a Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), promoveram, no último domingo (3), o encontro internacional “COVID-19: o que diz a Ecologia Humana?”.

A iniciativa, realizada por meio de transmissão ao vivo pelo Facebook, teve o objetivo de mobilizar intelectuais no campo da Ecologia Humana, particularmente os profissionais ligados à Ecologia Médica, para analisar o fenômeno da COVID-19 e a relação da espécie humana com os ecossistemas.

No encontro foram discutidos temas ligados à concepção de saúde humana na relação com os ecossistemas, a dimensão do mundo dos vírus, o papel das pandemias e epidemias na história da humanidade, a relação da destruição dos ecossistemas e as doenças humanas.

Além de debates sobre a ecologia do vírus da COVID-19 e suas implicações biológicas, sociais e psíquicas, foram discutidas também a experimentação da humanidade no mundo pós-pandemia do novo coronavírus e a relação da ecologia humana com o capitalismo.

O encontro, que totalizou 1,3 mil visualizações, teve a presença da presidente da Society for Human Ecology (SHE), Iva Pires; do presidente da Sociedade Latino-americana de Ecologia Humana (Solaeh), Amado Insfran, o médico e escritor Ávila Pires; e os professores do PPGECOH da UNEB, Artur Lima, Anderson Armstrong e Juracy Marques.

Confira a gravação do encontro.

Juazeiro: UNEB abre inscrições para doutorado em ecologia humana e gestão socioambiental

A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) do Campus III, em Juazeiro, está com inscrições abertas, até o dia 30 de junho, para o curso de doutorado na categoria aluno regular.

Estão sendo ofertadas 15 vagas, distribuídas entre as seguintes linhas de pesquisa: Ecologia humana e Saúde; Ecologia Humana e Educação; e Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável.

Os interessados devem preencher ficha de inscrição online e enviar a documentação especificada no edital para a secretaria do PPGEcoH, pelos Correios, via Sedex. A taxa de inscrição é de R$ 120.

A seleção consiste em  análise do projeto de pesquisa e análise de currículo. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 31 de julho, no site do programa.

Informações: portal.uneb.br/ppgecoh.

UNEB e instituições parceiras realizam evento internacional em Portugal sobre sustentabilidade ecológica

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) da UNEB e a Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), apoiados por diversos parceiros nacionais e internacionais, realizam o IV Seminário Internacional de Ecologia Humana, nesta quinta e sexta-feira (5 e 6), em Lisboa, Portugal.

O seminário tem o objetivo de pautar os principais temas emergentes a respeito do comportamento humano na busca da sustentabilidade ecológica do planeta.

Segundo Carlos Alberto Santos, coordenador do PPGEcoH, trata-se do maior encontro sobre ecologia humana da América Latina. “Este é o momento de apontar caminhos e refletir, a partir da ecologia humana e da sua visão multidisciplinar, sobre os principais problemas que podem comprometer o destino do planeta e da civilização, discutindo possíveis soluções”, afirma.

O evento antecederá a XXIII Conferência Internacional da Society for Human Ecology (SHE), que será realizada entre os dias 7 e 10 de julho, com o tema “Navigating complexity: human-environmental solutions for a challenging future” (Navegando na complexidade: soluções humanoambientais para um futuro desafiante).

Para Carlos Alberto, essa proximidade permitirá criar sinergias entre os participantes dos dois eventos, permitindo a troca de experiências com pesquisadores de quase 40 países, onde a ecologia humana se faz presente.

De acordo com Juracy Marques, docente do PPGEcoH, coordenador científico do seminário internacional e membro da comissão científica da conferência da SHE, trata-se de um momento de aproximação dos pesquisadores da rede latino-americana de ecologia humana com outros investigadores de diferentes continentes, a exemplo da América do Norte, África, Ásia, Europa e Oceania.

“Entendo, como afirmou Juan José Tapia, que a ecologia humana é uma ética para a vida. Hoje, mais do que nunca, superar os modelos disciplinares de pensamento sobre a humanidade e seus comportamentos tornou-se uma urgência à sustentabilidade planetária, sobretudo neste novo século, em que já discutimos, em todos os cantos do mundo, o surgimento de uma nova espécie humana, fabricada pela emergência das tecnologias genéticas e inteligência artificial”, avalia Juracy, acrescentando que, nos encontros em Lisboa, haverá um panorama mundial sobre a ecologia humana e os envolvidos terão a responsabilidade de pautar o lugar da América Latina neste momento da história.

O seminário e a conferência internacionais acontecerão na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCSH), da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Para a presidente da SHE, Iva Pires, que coordena o Doutorado em Ecologia Humana nessa instituição portuguesa, a realização dos dois encontros mostra como a ecologia humana está, atualmente, enraizando-se pelo mundo.

“Sabemos como os problemas sociais complexos que afetam a humanidade requerem que pensemos, também, em escalas globais. Daí a importância desse encontro entre a rede mundial de ecologia humana (SHE) e a rede latino-americana, criando oportunidades para trocar ideias e experiências”, ressalta Iva.

Já a presidente da Sabeh, Alzeni Tomaz, destaca que os participantes dos eventos refletirão sobre as principais questões socioambientais que podem comprometer o destino da espécie humana e da vida em todas as suas dimensões. “A vida pensada a partir da ecologia humana nos desafia a afirmar uma ética na perspectiva do bem viver”, conclui.

* Com informações da assessoria da Sabeh.