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Reflexões e troca de experiências marcam início do I Congresso Internacional de Educação Afrocentrada

Evento visa promover debates, reflexões e trocas de experiências sobre práticas educativas afrocentradas.

A UNEB, em parceria com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), deu início na noite da última segunda-feira (5) ao I Congresso Internacional de Educação Afrocentrada, evento que se estenderá até esta sexta-feira (9), promovendo debates, reflexões e trocas de experiências sobre práticas educativas afrocentradas.

A cerimônia de abertura ocorreu no Teatro UNEB, no Campus I, em Salvador, com a presença de pesquisadores, docentes, estudantes e ativistas de diversas regiões do Brasil e de outros países. O congresso também está sediado no Campus dos Malês da Unilab, em São Francisco do Conde, além de contar com uma programação remota transmitida pelo YouTube.

Adriana: “Nosso compromisso é valorizar a ancestralidade e os saberes afro-brasileiros, promovendo uma sociedade mais igualitária”.

Em sua fala na abertura do evento, a reitora da UNEB, Adriana Marmori, destacou a importância da iniciativa: “A realização do I Congresso Internacional de Educação Afrocentrada marca um passo fundamental para a UNEB na construção de uma educação antirracista. Nosso compromisso é valorizar a ancestralidade e os saberes afro-brasileiros, promovendo uma sociedade mais igualitária”.

A reitora ainda reforçou o papel da Universidade como uma instituição engajada na luta por inclusão e diversidade. “Somos uma Universidade plural, diversa e inclusiva, que defende a educação afrocentrada. Esperamos que as pesquisas desenvolvidas reverberem na luta por justiça e respeito ao povo negro. Que este congresso inspire, transforme mentes e corações, e siga adiante na luta por uma sociedade mais igualitária e respeitosa”.

Mírian: “A partir deste espaço de educação afrocentrada, formaremos as novas gerações com uma perspectiva antirracista”.

A diretora do Campus dos Malês da Unilab, Mírian Reis, destacou que o encontro possibilita o fortalecimento da luta antirracista no Brasil e em outros países. “Hoje, celebramos a abertura de um congresso profundamente comprometido com os debates pan-africanos contemporâneos, abordando memória, reparação, patrimônio, preservação e justiça. A partir deste espaço de educação afrocentrada, formaremos as novas gerações com uma perspectiva antirracista, entendendo que uma sociedade só é verdadeiramente democrática quando promove igualdade racial e justiça social para todas as pessoas”.

A coordenadora-geral do evento e do Grupo de Pesquisa Afrocentrar Saúde (UNEB), Suiane Costa, ressaltou o sucesso do congresso. “Este é um momento especial, um espaço de alegria, celebração, encontros, aprendizados e trocas, tudo isso em prol do bem viver do povo preto e de sua libertação. Sintam-se todos e todas bem-vindos e bem-vindas a esse grande evento”.

Evento reúne mais de quatro mil participantes com presença marcante no formato remoto.

Também um dos coordenadores da atividade e do Grupo de Pesquisa em Educação Afrocentrada (Unilab), Ricardo Benedicto, celebrou a grande adesão dos participantes. “Temos mais de quatro mil inscritos, com presença marcante no formato remoto e cerca de mil participações presenciais. Esse sucesso reflete a escolha dos grupos e a proposta do congresso, que conta com a presença de referências internacionais que enriquecem os debates”.

O evento contou ainda com as presenças da vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, da pró-reitora de Ações Afirmativas (Proaf), Dina Maria Rosário, da diretora do Instituto Humanidades e Letras da Unilab, Eliane Gonçalves, do representante do Laboratório de Educação para Relações Étnico-Raciais (UFPE), Emerson do Nascimento, da representante do Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (UFRRJ), Maísa da Silva, e da representante da comissão organizadora do evento, Carolina Barros.

Educação Afrocentrada e as novas narrativas sobre África

A abertura do evento reservou a conferência “Educação Afrocentrada e as novas narrativas sobre África”, que teve a participação do palestrante Molefi Kete Asante, professor do Departamento de Africologia da Temple University, na Filadélfia (EUA), e do conferencista, Ricardo Benedicto, coordenador do Grupo de Pesquisa em Educação Afrocentrada (Unilab). A mediação da conferência foi realizada pela professora da rede municipal de Salvador, Taisa Ferreira.

Molefi: “A partir das nossas experiências históricas, devemos assumir o protagonismo da nossa narrativa”.

“A educação afrocentrada é um tema essencial, pois a afrocentricidade não é apenas uma teoria, é uma metateoria, um sistema que permite o desenvolvimento de outras teorias fundamentadas na ideia de que o povo africano e seus descendentes são dignos e possuem agência própria. A partir das nossas experiências históricas, devemos assumir o protagonismo da nossa narrativa”, afirmou o palestrante Molefi Kete Asante.

O pesquisador ainda reforçou a importância da educação afrocentrada como necessidade de reconhecer a origem africana da civilização e a valorização desse conhecimento na formação das novas gerações.

“Se queremos uma educação verdadeiramente afrocentrada, é imprescindível reconhecer que a origem da civilização está na África. Professores e educadores precisam compreender essa história para transmiti-la com propriedade às novas gerações. Afinal, todos os seres humanos são originários do continente africano. Esse é um fato científico. Antes da migração para fora da África, há mais de 70 mil anos, toda a humanidade era negra. A diversidade étnica que vemos hoje surgiu com as migrações, mas é na África que encontramos o maior número de línguas e culturas do mundo”, frisou o palestrante.

Ricardo: “Abdias do Nascimento afirmava que o poder negro no Brasil deve ser democrático e organizado a partir de princípios africanos”.

Em sua participação na conferência, o docente Ricardo Benedicto salientou a relevância do pensamento do escritor e ativista Abdias do Nascimento na construção de uma sociedade afrocentrada no Brasil. “Ao estudar o quilombismo proposto por Abdias do Nascimento, percebo que ele não apenas enfrentou o racismo, mas também sugeriu a construção de uma sociedade africana no Brasil. Diferentemente dos Estados Unidos, somos maioria aqui, e Abdias afirmava que o poder negro no Brasil deve ser democrático e organizado a partir de princípios africanos”.

O congresso reúne diversas atividades como minicursos remotos e presenciais, submissão de trabalho em sessões temáticas para apresentação oral, publicação dos trabalhos nos anais do congresso, tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), além de tradução simultânea inglês-português e transmissão online das mesas-redondas.

Texto e fotos: Danilo Cordeiro/Ascom

UNEB e Unilab realizam primeiro congresso internacional de educação afrocentrada: de 05 a 09 de maio

A UNEB, em parceria com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), realizará o I Congresso de Educação Afrocentrada.

O evento será realizado entre os dias 5 e 9 de maio, no Campus I da UNEB, em Salvador, no Campus dos Malês da Unilab, em São Francisco do Conde, e também de forma remota, com transmissão ao vivo pelo YouTube.

O congresso tem a finalidade de promover uma articulação entre profissionais da educação básica, docentes do ensino superior, pesquisadores(as), estudantes, ativistas do Brasil e de outros países, povos de terreiro e quilombolas, sobre conhecimentos e experiências em torno das diferentes dimensões e formas de prática da educação afrocentrada em diversos espaços educativos.

Os(as) interessados(as) em participar da atividade devem realizar inscrição, gratuitamente, no site do evento, até o dia 5 de maio.

programação contará com minicursos remotos e presenciais; submissão de trabalho em sessões temáticas para apresentação oral; publicação dos trabalhos nos anais do congresso; tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras); além de tradução simultânea inglês-português e transmissão online das mesas-redondas. A mesa de abertura do evento será no dia 5 de maio, às 17h, no Teatro UNEB, localizado no Campus I da instituição, em Salvador.

O Congresso terá a presença de professoras e professores dos Estados Unidos e da África do Sul, bem como de pesquisadores(as), docentes e estudantes de diversas regiões no Brasil.

O evento é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Aforcentrar Saúde: Ilera Dudu (UNEB) e do Grupo de Pesquisa em Educação Afrocentrada (Grupeafro/Unilab Malês), em parceria com o Laboratório de Edducação para Relações Étnico-Raciais (UFPE) e com o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (UFRRJ).

Os grupos que promovem o congresso têm produzido pesquisas com ênfase nas discussões sobre formação docente, práticas pedagógicas, educação para as relações étnico-raciais, educação afrocêntrica, educação em saúde e sua articulação com a educação básica e o ensino superior.

Informações: Instagram – @congreduafrocentrado

Texto: Leandro Pessoa/Ascom

UNEB e Unilab realizam primeiro congresso internacional de educação afrocentrada; inscrições de trabalhos devem ser solicitadas até 01/03

A UNEB, em parceria com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), participará da realização do I Congresso de Educação Afrocentrada.

O evento será realizado entre os dias 5 e 9 de maio de 2025, no Campus I da UNEB, em Salvador, no Campus dos Malês da Unilab, em São Francisco do Conde, e também de forma remota.

O Congresso irá atuar para promover uma articulação entre profissionais da educação básica, docentes do ensino superior, pesquisadores(as), estudantes, ativistas do Brasil e de outros países, povos de terreiro e quilombolas, sobre conhecimentos e experiências em torno das diferentes dimensões e formas de prática da educação afrocentrada em diversos espaços educativos.

Os(as) interessados(as) em submeter trabalhos já podem inscrevê-los no site do evento, até o dia 1º de março de 2025. Os participantes ouvintes devem realizar inscrição gratuitamente até o dia 5 de maio de 2025.

A programação contará com minicursos remotos e presenciais; submissão de trabalho em sessões temáticas para apresentação oral; publicação dos trabalhos nos anais do congresso; tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras); além de tradução simultânea inglês-português e transmissão online das mesas-redondas.

O Congresso terá a presença de professoras e professores dos Estados Unidos e da África do Sul, bem como de pesquisadores(as), docentes e estudantes de diversas regiões no Brasil.

O evento é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Aforcentrar Saúde: Ilera Dudu (UNEB) e do Grupo de Pesquisa em Educação Afrocentrada (Grupeafro/Unilab Malês) , em parceria com o Laboratório de Edducação para Relações Étnico-Raciais (UFPE) e com o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (UFRRJ). Estes grupos têm produzido pesquisas com ênfase nas discussões sobre formação docente, práticas pedagógicas, educação para as relações étnico-raciais, educação afrocêntrica, educação em saúde e sua articulação com a educação básica e o ensino superior.

Texto: Leandro Pessoa/Ascom