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UNEB emite nota de repúdio pelo assassinato de João Alberto

A Universidade do Estado da Bahia manifesta repúdio ao assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro, de 40 anos, agredido até a morte nas dependências do supermercado Carrefour, na cidade de Porto Alegre, no dia 19 de novembro.

As imagens veiculadas na imprensa e em redes sociais mostram que o fato criminoso foi praticado por dois homens brancos, seguranças do estabelecimento.

A UNEB acredita que o racismo estrutural que perpassa a sociedade brasileira é a causa da seleção desse homem negro como alvo de tamanha violência e se solidariza com a família de João Alberto e de tantos outros homens negros e tantas outras mulheres negras que são vítimas diárias desse tipo de violência.

O genocídio da população negra, especialmente sua juventude, está documentado em pesquisas. O Atlas da Violência de 2019 aponta que 75,5% das pessoas assassinadas no país, em 2017, eram pretas ou pardas – totalizando 49.524 vítimas. No período de 2007 a 2017, a taxa de assassinatos de mulheres negras cresceu 29,9%, enquanto entre mulheres brancas o aumento foi de 4,5%. Entre os LGBTI+, as pessoas negras são as mais expostas, o que evidência e interseccionalidade com raça e sexualidade, ampliando a condição de vulnerabilidade em que vivem.

O crescimento exponencial desses números e a repetição de casos como o de João Alberto, mostram que a perda de vidas negras no Brasil não é um acaso, trata-se de uma condição sociocultural, que naturaliza a violência e o extermínio do povo negro.

O combate ao racismo estrutural, que se expressa tão evidentemente em nosso país, é uma urgência. É preciso ampliar o debate sobre o tema, criar políticas públicas de enfrentamento e acolhimento das vítimas e de seus familiares e, sobretudo, é necessário responsabilizar moral e juridicamente pessoas e instituições que cometem crimes racistas.

A UNEB reafirma o seu compromisso com a luta antirracista e renova diariamente sua disposição para fortalecê-la em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Universidade do Estado da Bahia

Gabinete da Reitoria da UNEB solicita elucidação ao SINTEST/BA-UNEB sobre teor de nota de repúdio

O Gabinete da Reitoria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) informa à comunidade universitária que solicitou elucidação ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau do Estado da Bahia (SINTEST/BA-UNEB) (veja aqui) quanto à nota de repúdio, divulgada nesta segunda-feira (27), sobre suposta reforma administrativa em curso nesta instituição. Comunicamos que não há em tramitação nos conselhos superiores documento com esse teor.

Aguardamos as informações do SINTEST/BA-UNEB para explicitações adicionais.
Chefia de Gabinete da Reitoria da UNEB

UNEB divulga nota de repúdio ao assassinato do militante do MST Márcio Matos, ex-aluno do Pronera/UNEB

A Reitoria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) repudia com veemência o assassinato do jovem Márcio Matos, ocorrido ontem (24) no município de Iramaia, Bahia.

Marcinho, como era conhecido, foi aluno do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA/UNEB), em Teixeira de Freitas. O jovem militante se destacou na defesa da reforma agrária, na Bahia e no Brasil, na luta pela desapropriação de latifúndios e superação das desigualdades sociais.

Atuou como dirigente nacional e estadual do Movimento Trabalhadores sem Terra (MST) e, atualmente, como secretário de Administração do município de Itaetê.

A UNEB espera que os poderes públicos envolvidos apurem os fatos desse crime com celeridade e o rigor da lei, e expressa sua solidariedade e apoio aos familiares e amigos.

Salvador, 25 de janeiro de 2018

Reitoria da UNEB

UNEB divulga nota de repúdio à agressão contra a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

NOTA DE REPÚDIO 

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) vem a público repudiar veementemente a agressão perpetrada contra gestores e docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ontem (6), em operação da Polícia Federal que os conduziu, de forma coercitiva, para depoimento.

A UNEB também expressa grave preocupação em relação a ações policiais e judiciais como essa, que vêm se repetindo ultimamente no país, em especial contra instituições públicas de ensino superior, violando o princípio da autonomia universitária e os direitos individuais resguardados pela Constituição brasileira.

Denúncias de supostos ilícitos e irregularidades devem ser investigadas a fundo, sem privilégios a ninguém, entretanto os órgãos e agentes públicos competentes devem agir sempre no estrito respeito aos ditames constitucionais do estado democrático de direito, evitando-se a condenação prévia e execração pública de investigados e de instituições.

Esta Universidade solidariza-se à indignação e à luta da comunidade acadêmica da UFMG e das demais instituições que sofreram ações similares, reiterando estar vigilante na defesa dos valores da democracia e da autonomia universitária.

Salvador, 7 de dezembro de 2017

José Bites de Carvalho
Reitor da UNEB