Abril não é apenas um mês de luta. É tempo de afirmação, de presença e de retomada. Os povos indígenas não estão à margem: estão no centro da transformação, em movimento, ocupando espaços, ressignificando narrativas e tecendo futuros.
Sob o tema “Territórios e Resistência”, a UNEB dá início à campanha do Abril Indígena 2025 como um chamado à escuta atenta, ao reconhecimento das vozes originárias e à ação coletiva.
Essa não é só uma pauta de direitos, é um projeto político-epistêmico que coloca estudantes indígenas como protagonistas de uma reapropriação dos espaços acadêmicos historicamente negados. A luta pelo território não se limita à terra, ela atravessa os corredores da universidade, os currículos, as práticas e os discursos, reescrevendo os sentidos do saber e do ensinar.
A UNEB se soma a esse movimento de resistência e reexistência, reafirmando seu compromisso com a justiça social, a valorização da diversidade e a descolonização do conhecimento.
Reconhecer os territórios indígenas: na terra, no corpo, na palavra e no saber, é reconhecer outras formas de mundo. É entender que resistir não é apenas sobreviver: é seguir criando, ensinando e transformando.
Que este Abril nos desloque.
Que nos desconcerte e nos reeduque.
Porque resistir é existir de outro modo. E caminhar ao lado é um gesto de compromisso com o futuro que queremos fazer possível.
Arte (destaque): Marina Marques/Ascom
Modelo: Hyan Apetxienã – indígena Pataxó/estudante do curso de Agronomia, no Campus de Juazeiro
