Entre os dias 7 e 12 de julho, acontece a segunda edição da Mostra UNEB Ecofalante de Cinema, com sessões em 10 campi da universidade.
Iniciativa da Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult), da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e da Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain) da instituição, em parceria com o programa Ecofalante Universidades, o evento neste ano traz como tema central “Salvar o futuro”, propondo reflexões sobre os desafios e soluções para a construção de um mundo mais sustentável.
As sessões vão ocorrer simultaneamente nos campi da UNEB e em escolas públicas parceiras, alcançando diferentes territórios de identidade do estado. Os 10 campi são: Campus I (Salvador), Campus III (Juazeiro), Campus V (Santo Antônio de Jesus), Campus X (Teixeira de Freitas), Campus XII (Guanambi), Campus XIII (Itaberaba), Campus XIV (Conceição do Coité), Campus XVII (Bom Jesus da Lapa), Campus XX (Brumado) e Campus XXIII (Seabra).
Em Salvador, além da mostra no campus, com curadoria da professora Lise Arruda, haverá sessão no barracão do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, fortalecendo o termo de cooperação técnica celebrado entre a UNEB e esse importante espaço de resistência afro-diaspórica.
Todas as sessões de cinema terão acessibilidade em Libras, com o apoio da Sain, reforçando o compromisso da UNEB com a inclusão e consolidando os diálogos já realizados na primeira edição da mostra, em 2024.
Nessa edição, a curadoria da mostraé compartilhada entre os campi III, V e X, tendo como representantes os docentes da UNEB Cecílio Bastos, Fábio Silva, Augusto Mendes, Luciana Souza e Liliane Gomes. A curadoria, além de escolher o tema central, montou quatro programas de filmes que tratam de temáticas como sujeitos, memória, territorialidades e tempo.
Para a realização da edição 2025, a Proex e a Ascult firmaram parcerias com projetos extensionistas da universidade que atuam como mediadores, coordenando as ações locais e mobilizando público para as sessões. São projetos parceiros: Xirê de Palavras no Afonjá (Campus I), Curta Juá (Campus III), Geocine (Campus V), Conversê Cineclube (Campus X), A Tela que Brilha (Campus XIII), Cinemão e Agente de Comunicação, Arte e Cultura (Campus XIV), Núcleo de Meio Ambiente e Diversidade (Campus XVII) e Cine UNEB (Campus XX), além do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XXIII.
A Ecofalante é um evento nacional dedicado à exibição gratuita de filmes que abordam temáticas socioambientais, educativas e culturais. Diversas universidades brasileiras têm realizado essa mostra, articulando ações que mobilizam público amplo e diverso. Em 2023, a UNEB firmou parceria com a OSC Ecofalante e, desde então, tem realizado várias ações com exibição de filmes da plataforma Ecofalante na instituição.
Evento abordou práticas inclusivas em prol da convivência nas ações de acessibilidade na UNEB
A UNEB, através da Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), realizou na última terça-feira (10), no Teatro da Universidade, localizado no Campus I, em Salvador, a segunda edição do Fórum da Sain, que teve como tema central “Práticas Inclusivas em prol da Convivência: Ações de Acessibilidade no Âmbito da UNEB”.
Adriana: “O que nos leva à inclusão são as práticas e ações inclusivas”
Com o objetivo de difundir a cultura inclusiva por meio das práticas e as ações de acessibilidade que vêm sendo desenvolvidas na Universidade, o Fórum reuniu estudantes, professores, técnicos e gestores.
A mesa de abertura foi formada pela reitora, Adriana Marmori, vice-reitora, Dayse Lago, pelo coordenador executivo de Programas e Projetos Estratégicos da Secretaria de Educação da Bahia (SEC), José Bites de Carvalho, pelo coordenador de Educação Especial da SEC, Alexandre Fontoura, pela secretaria da Sain, Patrícia Carla da Hora; pelo docente da rede municipal de ensino de Salvador, Marcos Welby e pela discente do curso de Engenharia Civil da UNEB, Sheline Dantas da Silva.
Dayse: “Através da escuta das pessoas com deficiência que poderemos modificar as nossas práticas”
Em seu pronunciamento, a reitora destacou a importância da empatia no enfrentamento das barreiras que impedem a acessibilidade das pessoas aos seus direitos: “Se nós não abraçarmos de fato a necessidade das pessoas, as leis não serão aplicadas. O que nos leva à inclusão são as práticas e ações inclusivas e isso envolve uma abertura para o diálogo, para o entendimento das necessidades do outro e da garantia que o outro possa nos acessar. É preciso promover a inclusão na dimensão atitudinal”, declarou a reitora.
A vice-reitora, Dayse Lago, destacou a importância do evento para a prática inclusão das pessoas com deficiência. “Esse evento é fundamental, pois constitui mais uma oportunidade em que as pessoas com deficiência têm a oportunidade de expressar seus desejos e necessidades, é através da escuta delas que poderemos modificar cotidianamente as nossas práticas”, disse.
PatrÍcia celebrou o encontro como uma oportunidade da Educação
A secretaria da Sain, Patrícia Carla celebrou o encontro como uma oportunidade da Educação: “É um motivo de festa estarmos mais uma vez reunidos para falar de educação, ainda mais de educação inclusiva – um tema tão importante para a comunidade unebiana como também para a sociedade, pois que diz respeito às vidas, uma reflexão que busca mostrar para essas vidas que a sociedade é acessível para elas”, explicou Patrícia, que também apresentou as principais ações da Sain desde a sua constituição em 2022 como uma das Políticas de Acessibilidade e Inclusão da UNEB.
A abertura do Fórum foi celebrada também com duas apresentações musicais: primeiro com o Coral Inclusivo do Colégio Estadual da Bahia (Central) que reuniu seus estudantes à banda Afrodescendente da Barroquinha. Em seguida com o Coral Vozes da Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati), formado por estudantes, que encantou o público com uma releitura de Canto do Povo de Um Lugar, composição do cantor Caetano Veloso.
Práticas pedagógicas inclusivas no ensino superior
O evento ainda teve a palestra do professor Washington Cesar Shoiti Nozu sobre as Práticas Pedagógicas Inclusivas na Educação Superior: possibilidades e experiências. Washington iniciou com um apanhado histórico da política nacional de inclusão e abordou os primeiros passos de alguns órgãos na construção de uma cultura institucional de inclusão.
Washington: “A acessibilidade materializa a inclusão”
“A acessibilidade materializa a inclusão. Não é somente o número de alunos matriculados com deficiência que identifica o perfil inclusivo de uma instituição, mas a quantidade de barreiras que esta instituição consegue superar”, explicou o palestrante. O pesquisador dialogou ainda com o público sobre algumas dessas barreiras que precisam ser superadas, principalmente no âmbito da educação.
Os participantes tiveram a oportunidade ainda de conferir mais quatro palestras em diferentes temáticas relativas à acessibilidade: “O Processo de Permanência de Estudantes Autistas na Universidade, ministrada pela professora Luciana Vieira Mariano; “Desenho Universal para a Aprendizagem no Ensino Superior”, ministrada pela professora Fernanda Matrigani de Queiroz; “Processos e Práticas de Inclusão na UNEB, DCH-IX, em Barreiras”, ministrada pela docente Carla Cassiana Lima Ribeiro; e a palestra show com o professor Marcos Welby.
O 2º Fórum da Sain contou ainda com momento de escuta dos relatos de discentes que possuem deficiência e a apresentação artística das Sambadeiras da Uati.
Texto: Leandro Pessoa/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira e Leandro Pessoa/Ascom
A UNEB, por meio da Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), vai realizar a 2ª edição do Fórum Sain, no dia 10 de setembro, no Teatro da Universidade, localizado no Campus I, em Salvador.
O evento visa difundir a cultura inclusiva por meio de experiências sociais e ações efetivas realizadas na UNEB, que possibilitam a construção coletiva de conhecimentos, atitudes e saberes sobre a acessibilidade e inclusão, embasadas no respeito às diferenças e na dignidade humana.
A realização do evento justifica-se em função da criação de momentos de diálogos na Universidade, que promovam palestras e debates acerca de experiências e práticas inclusivas voltadas para pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista, altas habilidades e outras necessidades específicas temporárias e permanentes de caráter acadêmico e laboral no âmbito da instituição.
A iniciativa ainda pretende apresentar as iniciativas da instituição que visam à acessibilidade e a inclusão por meio de ações desenvolvidas pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), pelos Núcleos de Acessibilidade e Inclusão (NAI´s), e por docentes, estudantes, servidores e toda comunidade acadêmica em prol da consolidação de um espaço inclusivo na instituição.
O 2º Fórum da Sain contará com programação que inclui palestras, discussões, apresentações culturais e de trabalhos científicos, a fim de proporcionar trocas de experiências e conhecimentos entre pesquisadores, acadêmicos, profissionais e estudantes, promovendo um ambiente de aprendizado e inovação. O evento terá transmissão ao vivo do canal da TV UNEB, no YouTube,
Realizado pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), evento debateu sobre compromissos e ações na área
“Três elementos fundantes que devem estar nas nossas práticas a partir deste fórum, em todas as dimensões acadêmicas e administrativas: a acessibilidade, a inclusão e a permanência.”
A fala da reitora Adriana Marmori, durante a abertura do I Fórum Sain de Acessibilidade e Inclusão da UNEB, realizado ontem (1º), no teatro da universidade, no Campus I, em Salvador, traduziu a centralidade desse tema na atual gestão universitária.
O evento, realizado pela recente Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), debateu sobre os compromissos e ações institucionais da universidade acerca da temática, reunindo gestores, docentes, técnicos, estudantes e egressos, além de representantes de instituições e órgãos públicos que atuam na área dos direitos das pessoas com deficiência (PcDs).
Adriana Marmori (ao microfone): amplo processo formativo para construir e consolidar cultura de respeito e valorização à PcD
“Estamos em uma grande universidade pública e multicampi. Somente com um amplo processo educativo e formativo, envolvendo toda a comunidade acadêmica e comunidade externa é que vamos conseguir construir e consolidar essa cultura de respeito e valorização das pessoas com deficiência, de fato e de direito, da mesma forma que conquistamos com outros marcadores sociais que a UNEB agrega”, ressaltou Adriana Marmori.
Convocando os gestores e comunidade para esse desafio, a reitora ressaltou que “existem coisas que não podem esperar, que precisam ser melhoradas já, a exemplo das pistas táteis e dos profissionais apoiadores para nossos estudantes com deficiência nas salas de aula, em todos os campi”.
Com relação a preconceitos e intolerância, a reitora expressou seu veemente repúdio às declarações xenofóbicas e racistas proferidas recentemente por um vereador no Rio Grande do Sul contra trabalhadores baianos. “Nossa reverência e respeito ao povo baiano e aos povos indígenas na Bahia”, enfatizou Adriana Marmori.
Citando o lema internacional da luta das pessoas com deficiência — “Nada sobre nós sem nós“, base orientadora do evento e referência da Política de Acessibilidade e Inclusão da UNEB, implantada recentemente —, a coordenadora da Sain, Jaciete Barbosa, agradeceu a participação dos diretores de departamento, equipe da gestão central e comunidade acadêmica da universidade, dos núcleos de acessibilidade e inclusão (NAIs) da instituição e parceiros externos, a exemplo dos centros de apoio pedagógicos sediados em vários municípios do estado.
Jaciete Barbosa informou que carta de intenções da UNEB sobre o tema está sendo construída coletivamente com a comunidade
“Esse fórum é uma grande conquista para todas e todos nós. Estamos realizando uma construção coletiva de nossas ações institucionais com o apoio de tantos parceiros. Tenho certeza que esse é o primeiros de muitos fóruns e iniciativas nessa área que realizaremos“, destacou Jaciete Barbosa.
A coordenadora da Sain informou que está sendo construída coletivamente uma carta de intenções da UNEB, na qual constarão os compromissos da universidade para levar à prática efetiva os princípios e diretrizes da Política de Acessibilidade e Inclusão.
Compuseram a mesa de abertura do evento, além da reitora e da titular da Sain, a coordenadora de Educação Especial da Secretaria estadual da Educação (SEC), Marlene Cardoso, a promotora de Justiça Cínthia Guanaes, do Ministério Público do Estado (MP-BA), a coordenadora do Núcleo de Educação Especial (Nede) da universidade, Sandra Farias, e os representantes do Fórum de Diretores e Diretoras de Departamento, Érica Macedo, e da Associação dos Docentes (Aduneb) da UNEB, José Augusto.
O fórum foi transmitido ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube e contou com o trabalho de guias-intérpretes de Libras e outros profissionais de apoio às pessoas com deficiência. Por motivo de saúde, a vice-reitora Dayse Lago participou remotamente do evento. A iniciativa prestou homenagem especial à técnica administrativa da universidade Ana Batista, pioneira na condução do Nede e nas ações institucionais nessa área.
“Temos que subverter a ordem excludente”
Para Douglas Christian (à esq.), o problema são os impedimentos sociais colocados para as pessoas com deficiência
Pessoa com deficiência visual por baixa visão, Douglas Christian Melo, doutor em Educação e docente da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), abordou o tema “Acessibilidade e inclusão na universidade: estabelecendo compromissos e ações institucionais”, na conferência de abertura do fórum, que proferiu.
“Por causa da minha deficiência, me disseram que eu não poderia correr, e eu corri. Me disseram que não poderia andar de bicicleta, e eu andei. Me disseram que eu não chegaria à graduação muito menos a ser professor universitário, mas eu cheguei. Temos que subverter essa ordem social excludente, que destrói nossas aspirações e sonhos“, afirmou o conferencista.
Segundo Douglas Christian, uma pessoa com deficiência tem alguma dificuldade “orgânica” (entre aspas, ele ressalva), mas esse não é o problema: “O problema são os impedimentos sociais que estão colocados para essas pessoas”.
“Já sabemos há muito tempo o que precisa ser feito e implantado, como pistas táteis, rampas, etc. Então, por que não foram feitas ainda? A deficiência não é um muro, o muro é da sociedade, que provoca a exclusão. Portanto, não se trata de uma questão técnica, trata-se de um questão política“, acrescentou o docente.
Para avançar nas conquistas desses direitos, avalia Douglas Christian, é fundamental entender que “o tema da acessibilidade e da deficiência é transversal a todas e todos, desde a educação infantil até a terceira idade, perpassando por todas as minorias sociais, como LGBTQIA+, negros, quilombolas, indígenas, mulheres e outras”.
Abordando a questão da legislação a respeito do tema, a promotora de Justiça Cínthia Guanaes assegurou que o Brasil já possui todo um arcabouço legal sobre inclusão e acessibilidade, a começar pela Constituição Federal.
“Temos uma lei brasileira de inclusão que vem reforçar que a educação constitui direito da pessoa com deficiência. Porém, temos ainda muitas barreiras para romper, muitas dificuldades. Por exemplo, precisamos garantir não apenas o acesso à universidade, mas também a permanência com qualidade do estudante com deficiência do início ao fim de seu curso“, pontou a representante do Ministério Público estadual, ponderando que “infelizmente somos uma sociedade que ainda não acredita que a pessoa com deficiência tem capacidade de ser um profissional, de se formar”.
Reitora cumprimentou advogado Matheus Martins (OAB-BA) pelas relevantes reflexões que apresentou no fórum
Outro convidado para o fórum foi o advogado Matheus Martins, representando a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), que é ativista pela inclusão no segmento da PcD.
Louvando o MP-BA pela atuação em prol dos direitos humanos, o advogado lembrou que “foi graças à luta dos ativistas aqui e no exterior que o Estatuto da Pessoa com Deficiência do Brasil conseguiu ser mais oportunizador e menos protetivo”.
“Não queremos ser privilegiados, não queremos proteção. Queremos igualdade de oportunidade. Não defendemos o direito de ser um profissional no dobro do prazo do curso ou da formação, devido a qualquer dificuldade; queremos ser um profissional com as mesmas oportunidades dos demais”, complementou Matheus Martins.
Texto: Toni Vasconcelos / Ascom. Fotos: Danilo Oliveira / Ascom.
O evento tem como objetivo envolver a comunidade unebiana na articulação de ações que assegurem a presença e a participação efetiva dos estudantes, professores e funcionários com deficiência, autismo, altas habilidades e demais públicos-alvos da educação inclusiva na universidade, implementando a política de acessibilidade e inclusão aprovada em 2021.
O evento, gratuito e aberto ao público, vai abordar ao tema “Inclusão e Acessibilidade na UNEB: estabelecendo compromissos e ações institucionais”.
A programação da iniciativa vai contar com conferências, mesas temáticas e apresentações culturais. Destaque para a conferência de abertura que será proferida pelo professor Douglas Christian Ferrari de Melo, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
De acordo com a organização do fórum, a programação do evento foi elaborada tendo como foco a prerrogativa presente na Convenção Internacional da Pessoa com Deficiência: “Nada Sobre Nós Sem Nós”, em que todas as ações devem ser implementadas mediante diálogo e cooperação com as relevantes organizações representativas de pessoas com deficiência.
A proposta da iniciativa é discutir, refletir e propor ações efetivas para que a política de inclusão e acessibilidade possa ser concretizada na universidade.
No encerramento do evento, será elaborada uma Carta de Intenções para que a UNEB possa se organizar e se comprometer no sentido de que a política de acessibilidade e inclusão seja efetivada a partir da ação da Sain e da implementação dos Núcleos de Acessibilidade e Inclusão (Nais).
A iniciativa contará com a presença da equipe de gestão da universidade, dos estudantes com deficiência da UNEB, dos representantes de sindicatos dos docentes (Aduneb) e dos servidores técnicos (Sintest), além do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição.
O evento é realizado pela Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain), com apoio da Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult) da UNEB.