Com o lema “Nossos objetivos climáticos num mundo fraturado”, o seminário estará focado no atual modelo de remoção de CO2 sem compensação, visando romper com a lógica limitada dos atuais mercados de carbono e propondo um novo paradigma econômico orientado à regeneração e à justiça climática.
Desde 2023, a UNEB mantém acordo de cooperação acadêmica com a Associação Casa Comum da Humanidade (ACCH), de Portugal, com o objetivo, entre outros, de promover a aproximação e articulação com universidades e instituições científicas parceiras da ACCH sobre temas como o sistema biogeofísico-químico terrestre e as mudanças climáticas e ambientais.
Texto: organização do evento, com edição da Ascom. Imagem: divulgação.
Programa visa promover a educação e a transformação social
A UNEB agora faz parte da Rede UNITWIN/Cátedra UNESCO: Cidade que Educa e Transforma. A cerimônia de instalação foi realizada na última segunda-feira (25), no Centro de Estudos dos Povos Afro-Índígenas-Americanos (Cepaia) da universidade, em Salvador.
Dayse considerou fundamental formar redes para discutir educação e desenvolvimento social
O evento contou com a presença da vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, da presidente da Assembleia de Delegados da Cátedra, Jaqueline Moll, do presidente do Comitê Internacional da Cátedra, Rui Fonseca, da coordenadora dos grupos de trabalho na Cátedra, Patrícia Tavares, e da delegada da Cátedra/UNESCO pela UFBA, Silvia Maria de Almeida.
“É uma proposta importante da Cátedra/UNESCO porque coaduna com os princípios da UNEB de formar cidadãos e cidadãs, pessoas e profissionais. Considero fundamental formarmos redes para discutir as questões que envolvem a educação e o desenvolvimento social, não só em nível nacional, mas também com outras universidades e países. Juntos e juntas, iremos refletir e acredito que os compromissos e as ações políticas assumidas por essa rede certamente terão a possibilidade de ser mais efetivos por conta do envolvimento das universidades”, ressaltou a vice-reitora da UNEB, Dayse Lago.
Jaqueline destacou a importância da atuação das universidades em parceria com o programa
A presidente da Assembleia de Delegados da Cátedra/UNESCO, Jaqueline Moll, destacou a importância da atuação das universidades em parceria com o programa. “Precisamos cada vez mais pensar a educação de forma interdisciplinar e intersetorial. Nós ainda somos um país de muita pobreza. É preciso que a assistência social, a saúde, a cultura, o meio ambiente, o urbanismo, todas essas áreas venham a se compor. E as universidades podem dar uma grande contribuição com metodologia científica e estudos para que possamos ir além e enfrentar as questões estruturais de racismo e homofobia, para que possamos conviver em sociedade de forma mais justa e igualitária”.
A inserção da UNEB na rede teve grande articulação das docentes da universidade, Rosemária de Souza e Marinalva Nunes, em conjunto com Juliane Amorim, diretora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus VI, em Caetité.
Juliane Amorim foi uma das docentes que articulou a incersão da UNEB na rede
“Houve uma aproximação com o Comitê da Cátedra/UNESCO e surgiu a oportunidade de agregarmos ao programa devido aos trabalhos desenvolvidos pelos docentes do Campus de Caetité. Observamos que tínhamos a ver com o objetivo da Cátedra. Surgiu o convite para integrarmos a iniciativa. A partir de agora, estamos aderindo a outros projetos dos professores dos cursos de graduação e mestrado justamente para fazermos parte de um plano de trabalho, que são todas as ações que já desenvolvemos mas que agora estaremos colocando dentro do objetivo da Cátedra, pensando na questão da educação em tempo integral e transformação social”, explicou Juliane Amorim.
A cerimônia de instalação da Cátedra/UNESCO na UNEB contou ainda com a presença da secretária Especial de Relações Internacionais (Serint), Fernanda Camelier, da pró-reitora de Ensino de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel, e da coordenadora da Agência UNEB de Inovação (AUI), Suely Messeder.
Rede UNITWIN/Cátedra UNESCO “A Cidade que Educa e Transforma”
É um programa de cooperação internacional que visa promover a educação e a transformação social através do desenvolvimento de cidades educadoras. Liderada pelo Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) de Lisboa, a rede reúne 12 instituições de ensino superior de Portugal, Brasil e Guiné-Bissau.
Comitê da Cátedra/UNESCO se reuniu para instalação da rede na UNEB
A rede integra o programa de Cátedras da UNESCO, iniciativa das Nações Unidas que visa o desenvolvimento das instituições de ensino superior nas áreas da pesquisa, do ensino e da extensão por meio intercâmbio e da partilha dos saberes em nível regional, nacional e internacional. Ao todo, a rede envolve 850 instituições localizadas em 117 países.
As Cátedras atuam de maneira inter/transdisciplinar e trabalham de forma conjunta com organizações não governamentais (ONGs), fundações e organizações do setor público e privado.
A visita dos estudantes reservou demonstração das produções científicas do Acso da UNEB
Com objetivo de promover troca de experiências e conhecimento, estudantes dos cursos de Ciências da Computação e de Engenharia Elétrica da Ostfalia University visitaram o Centro de Pesquisa em Arquitetura de Computadores, Sistemas Inteligentes e Robótica (Acso) da UNEB, localizado no Campus I da instituição, em Salvador.
Docentes Josemar Rodrigues (UNEB) e Denise Dick (Ostafalia University) estiveram presentes na visita
A visita, realizada entre os dias 13 e 17 de setembro, reservou demonstração das produções científicas do Acso, campeonato de robô de sumô e de futebol, palestras sobre competições científicas e apresentação do projeto de Iniciação Científica Junior de robótica da UNEB.
“O principal objetivo dessa visita é promover a rede de relacionamentos entre professores e estudantes da Ostfalia University e a UNEB. A partir dessa convivência, estamos mostrando do que a nossa Universidade é capaz de produzir cientificamente na área da robótica. Receber a visita dos estudantes da Ostfalia é muito importante porque eles vêm conhecer como desenvolvemos nossas produções científicas e também firmar parcerias em projetos de pesquisa ligados à robótica”, ressaltou o coordenador do Acso, Josemar Rodrigues.
Discente Kilian Kozal destacou a importância de troca de experiências com estudantes da UNEB
Acompanhando os discentes da Ostafalia University, a docente Denise Dick ressaltou o motivo da vinda à UNEB. “Estamos aqui criando uma parceria entre as duas universidades para promover intercâmbios. Queremos receber estudantes da UNEB e enviar nossos discentes para cá, para que conheçam a UNEB e a cultura da Bahia e do Brasil. Da mesma forma, queremos receber os estudantes da UNEB na nossa instituição, possibilitando que eles conheçam a cultura alemã”, disse a professora.
Estudante do curso de Ciências da Computação da Ostfalia University, Kilian Kozal, salientou a importância de visitar a UNEB. “É muito importante essa troca de conhecimento e experiências com os estudantes da UNEB para descobrirmos as produções científicas dos nossos colegas, além de termos a oportunidade de conhecermos a cultura baiana, a vida fora da universidade, e também o sistema educacional do Brasil, que é um pouco diferente do sistema educacional alemão”, pontuou o discente.
Gabriele ressaltou que a visita dos estudantes da Ostfalia University é uma experiência enriquecedora
Para a discente do curso de Sistemas da Informação da UNEB, Gabriele Carvalho, receber estudantes de outros países é uma experiência enriquecedora. “Nós conseguimos identificar como outras pessoas estão trabalhando e pesquisando. Podemos trocar informações, ver o que eles pensam sobre determinados assuntos e compartilhar nossas ideias também. É muito interessante porque eles trazem muitas coisas diferentes e nós também conseguimos contribuir, falando não apenas sobre a universidade, mas também sobre nosso grupo de pesquisa”, contou a estudante.
A visita foi acompanha da também da equipe da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB.
Fundada em 1971, a Ostfalia University é uma universidade de ciências aplicadas localizada na Alemanha. A Ostfalia oferece uma ampla gama de programas acadêmicos em diversas áreas, incluindo engenharia, negócios, ciências sociais e saúde. Além disso, a instituição mantém diversas parcerias internacionais e colaborações científicas com outras universidades ao redor do mundo.
Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Danilo Cordeiro e Antônio Carvalho/Ascom
Palestrantes do evento foram apresentados pela reitora Adriana Marmori na sede do Cepaia/UNEB.
A UNEB avançou mais uma vez em sua política institucional de internacionalização.
Na tarde dessa segunda-feira (2), a universidade lançou o projeto Gestão Universitária: Diálogos Sul-Sul, uma iniciativa da Reitoria e Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), na sede do Centro de Estudos dos Povos Afro-Indígenas Americanos (Cepaia), no centro histórico de Salvador.
Reitora Adriana Marmori: integração entre universidades brasileiras e africanas.
Com mediação da reitora Adriana Marmori, a palestra reuniu reitores e pró-reitores de várias universidades estaduais e federais da Bahia, representantes de órgãos públicos do estado, docentes e discentes africanos. Da UNEB, prestigiaram também o evento a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial Elizeu Clementino (Serint), a diretora do Cepaia, Lilian Encarnação, e outros gestores, além de professores, estudantes e técnicos de diferentes campi. O encontro teve transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube.
“Este é um momento muito relevante para a UNEB, por estarmos reunindo aqui em nossa casa importantes universidades estaduais e federais e a UniLuanda, de Angola, para refletirmos sobre formas de aproximação e integração entre nossas instituições e as africanas. Refletirmos sobre como valorizar e aprofundar as relações acadêmicas, científicas, culturais e epistemológicas nessa cooperação Sul-Sul”, destacou a reitora Adriana Marmori.
Lembrando o pioneirismo da UNEB na implantação do sistema de cotas para negros em 2002, a reitora salientou que “temos esse compromisso assumido há mais de 20 anos e esse debate vai continuar e avançar em muitos outros eventos, projetos e ações, na perspectiva de maior integração entre a Bahia e Angola e outros países da África“.
Cooperação começa pela educação
No começo de sua fala, o reitor da UniLuanda assinalou que “estamos aqui fazendo diplomacia acadêmica e científica, estamos a construir uma caminhada para as gerações futuras que será um legado muito importante”.
Reitor Alfredo Buza (UniLuanda) propôs aulas remotas e pesquisas conjuntas entre países.
“Quero agradecer à magnifica reitora Adriana Marmori e à UNEB por este momento de reflexão. Quando falamos de cooperação Sul-Sul, devemos questionar por que o Sul global, que detém os maiores recursos do planeta, continua a olhar uma relação Sul-Norte? – alguma coisa não está ajustada nisso, não está bem”, considerou Alfredo Buza.
O desafio para reverter essa realidade, segundo o reitor da UniLuanda, começa pela educação: “Não vamos falar de cooperação Sul-Sul se não tivermos a cooperação educacional”. Propondo sair mais da teoria e ir para a prática, Alfredo Buza elencou algumas possibilidades de cooperação entre a UNEB e sua instituição: intercâmbio e mobilidade estudantil, pesquisas científicas conjuntas, aulas remotas de professores de Angola em cursos aqui e vice-versa e promover eventos artísticos, culturais e acadêmicos entre as universidades e os países.
Rossana Souza (GCUB): cooperação como espaço de resistência contra-hegemônico.
Em sua participação, a diretora executiva do GCUB, Rossana Souza, apresentou o conceito e breve histórico da Cooperação Sul-Sul (CSS): “Trata-se de uma designação simbólica, não geográfica, porque ocorre entre países em desenvolvimento tanto do Hemisfério Sul quanto do Hemisfério Norte. Configura-se como um espaço de resistência híbrido, contra-hegemônico”.
A diretora executiva informou que o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, fundado em 2008, “é uma associação sem fins lucrativos, de caráter acadêmico, científico e cultural, que promove missões internacionais, seminários internacionais, programas de mobilidade internacional, publicações, treinamentos, entre outras atividades”.
No início do evento, os reitores Adriana Marmori e Alfredo Buza assinaram um aditivo de mobilidade estudantil ao convênio de cooperação técnica entre a UNEB e a UniLuanda em vigência. Também foi assinada a prorrogação do acordo de cooperação entre a universidade angolana e a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), representada pela reitora Amali Mussi.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.
A UNEB, por meio do Gabinete da Reitoria e da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), lançará o projeto Gestão Universitária: diálogos Sul-Sul, no dia 2 de setembro, às 15h30, com transmissão ao vivo no canal da TV UNEB, no YouTube.
A iniciativa será inaugurada com a palestra “Cooperação Internacional Sul-Sul Global”, que contará com a participação de Rossana Valéria Silva, diretora executiva do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB), e de Alfredo Buza, reitor da Universidade de Luanda (UniLuanda), com mediação da Reitora da UNEB, Adriana Marmori.
O projeto visa dialogar sobre a perspectiva da cooperação internacional entre as instituições universitárias da América do Sul e da África numa relação de solidariedade, de inclusão e na formação de parcerias acadêmicas.
A palestra é gratuita e aberta ao público.
Cooperação Sul-Sul Global na Gestão Universitária
A cooperação Sul-Sul é uma forma de cooperação técnica internacional entre países em desenvolvimento que partilham desafios e experiências semelhantes. Na área da educação, pode ser utilizada para potenciar boas práticas universitárias.
No contexto da gestão universitária, a cooperação engloba uma ampla gama de ações, tais como troca de experiências, mobilidade acadêmica, desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos e fortalecimento de redes de conhecimento.
A UNEB, por meio da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), relançou chamada pública para estudantes de pós-graduação que tenham interesse em participar de mobilidade internacional, promovida pelo programaErasmus+, ao qual a universidade é associada.
A iniciativa visa ofertar uma (1) vaga para discente regularmente matriculado em programa de pós-graduação da UNEB interessado em cursar um período de dois (2) meses no primeiro semestre do ano letivo de 2025, na Universidade do Egeu (University of the Aegean – UAegean), na Grécia, instituição também associada ao programa.
Para se candidatar, o estudante deve encaminhar formulário de inscrição (modelo na chamada), entre os dias 30 de agosto e 20 de setembro próximos, para o e-mail selecaoserintcme@uneb.br, devidamente preenchido e acompanhado da documentação exigida na chamada pública.
O processo seletivo constará de duas fases: na primeira, homologação da documentação enviada e análise do currículo Lattes, carta de intenção e plano de trabalho (modelos na chamada); na segunda, entrevista virtual via plataforma Microsoft Teams. O resultado final da seleção está agendado para ser divulgado no dia 24 de outubro, na página da Serint.
O estudante selecionado no programa terá como benefícios duas bolsas de apoio individual no valor de 850€ (oitocentos e cinquenta euros), bolsa-auxílio no valor de 820€ (oitocentos e vinte euros) para despesas de viagem e isenção de taxas acadêmicas.
Os recursos e bolsas referentes à chamada pública serão oriundos do Erasmus+, programa da União Europeia (EU) destinado a apoiar a educação, a formação de jovens e o desporto naquele continente.
Foram homologadas 38 vagas para participação da UNEB no Programa Move la América, vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A iniciativa visa complementar os esforços de internacionalização das Instituições de Ensino Superior brasileiras por meio da atração de discentes vinculados a instituições de ensino e pesquisa estrangeiras da América Latina e Caribe, permitindo-se o fortalecimento dos Programas de Pós-Graduação (PPG) e a criação de um ambiente institucional internacional.
O programa concederá bolsas para estudantes de Mestrado ou Doutorado vinculados a instituições de ensino e pesquisa estrangeiras da América Latina e Caribe, nas modalidades mestrado e doutorado sanduíche no Brasil com vistas a realizarem estágio, pesquisas, atividades de extensão e, eventualmente, cursarem disciplinas em Programas de Pós-Graduação (PPG) de Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, Institutos Federais ou Institutos de Pesquisa, sempre em áreas relacionadas à sua área de atuação.
A seleção será realizada de forma coordenada, pela Capes, conforme critérios e normas internas e, pelas instituições brasileiras, que analisarão os candidatos, também de acordo com seus critérios e normas internas.
O processo de seleção ocorrerá em quatro etapas: inscrição do candidato no Sistema Capes considerando as vagas disponibilizadas pelos Programas de Pós-Graduação (PPG’s) das IES participantes, seleção dos candidatos pelas IES Brasileiras no Sistema Capes, análise documental realizada pela Capes e resultado final.
Para participar, os candidatos devem atender aos requisitos exigidos no edital de seleção. A inscrição deverá ser realizada no Sistema de Inscrições da Capes, até às 17h, do dia 8 de agosto.
A lista de vagas disponíveis por instituição brasileira está disponível no edital e o manual de inscrição poderá ser acessado no site da Capes.
Terão prioridade na seleção os bolsistas que indicarem as Instituições de Ensino Superior (IES) das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.
Os estudantes estrangeiros contemplados no programa serão beneficiados com a bolsa de estudo mensal, acrescido de auxílio-deslocamento, auxílio-instalação e auxílio seguro-saúde.
A UNEB, por meio da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), publicou um Geomapa online, disponível em português, espanhol e inglês, com a localização das IES Estrangeiras e as informações dos acordos de cooperação internacional existentes na Universidade.
A ferramenta foi desenvolvida pela equipe da Coordenação de Acordos Internacionais e facilita com alguns cliques a visualização de cada um dos 57 acordos atualmente vigentes, com 37 instituições de ensino superior, em 17 países, em quatro continentes.
Além da fácil localização, estão disponíveis também as informações básicas de cada acordo, como tipo, objetivo, vigência e responsáveis diretos pela sua execução.
“Com o Geomapa, a Serint espera facilitar ainda mais à comunidade acadêmica, a consulta sobre os acordos em curso. O fortalecimento das ações de internacionalização no campo da cooperação acadêmica, tem sido um importante objetivo da UNEB”, explica o secretário da Serint, professor Elizeu Clementino.
A abertura do evento, na manhã de ontem (20), lotou o teatro da universidade, com a presença de centenas de docentes, discentes, pesquisadores, gestores e convidados da UNEB e de instituições da Bahia, do Brasil e de outros países. O congresso também está sendo transmitido ao vivo pela internet, no canal da TV UNEB, no YouTube.
Centrada no tema “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica: democracia, narrativas e outros modos de vida“, essa edição é segunda que a UNEB recepciona (a primeira foi em 2006), comemorando os 20 anos de história do congresso, que foi inaugurado em 2004.
A mesa da abertura foi composta pela reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB, Elizeu Clementino, que preside o X Cipa, a diretora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da universidade, Carla Liane, o discente Ângelo Dantas, da comissão de estudantes do PPGEduC, e a presidente da Biograph, Rosvita Bernardes.
Reitora Adriana Marmori saúda os participantes: educação emancipatória e antirracista.
“Parabéns todas e todos vocês que fazem pesquisa, em especial na área da educação, em nossa UNEB e demais instituições. Acreditamos em uma educação que seja emancipatória, antirracista, uma educação que trate das relações com o planeta e com todos os seres vivos. Aproveito para saudar as pedagogas e pedagogos aqui presentes no nosso dia [20 de maio, Dia do(a) Pedagogo(a)] e registar nossa inteira solidariedade aos educadores povos do Sul do Brasil, que passam por este momento de calamidade”, destacou a reitora Adriana Marmori, parabenizando a equipe organizadora do evento.
Dayse destacou o esforço da gestão na formação dos servidores e docentes
Ao dar as boas-vindas aos participantes do congresso, a vice-reitora Dayse Lago enfatizou “o esforço grande da nossa gestão não apenas de buscar estruturar a UNEB como também investir na formação de pessoas e dos nossos servidores docentes e técnicos”.
Já o presidente do X Cipa, Elizeu Clementino, expressou agradecimentos especiais a pesquisadores e gestores que “contribuíram muito para esse nosso movimento chegar até aqui”. O titular da Serint fez um resumo de cada edição do Cipa nos 20 anos de história do evento.
Elizeu agradeceu todas as pessoas envolvidas que fizeram acontecer o X Cipa
“Tivemos, nesta edição, um total de 1.016 inscritos, dos quais 896 são associados da Biograph; 603 inscritos submeteram trabalhos em diferentes modalidades do congresso. A participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros – do Canadá, Portugal, França, México, Colômbia, Argentina, Chile –, de estudantes de pós-graduação e de graduação, de professores da educação básica e de movimentos sociais atesta a capilaridade do Cipa para discussões sobre diferentes domínios e interfaces da pesquisa (auto)biográfica”, assinalou Elizeu Clementino, agradecendo à Reitoria, às assessorias de Comunicação (Ascom) e de Cultura e Arte (Ascult) da universidade pelo amplo apoio ao evento.
A mesa solene contou também com a presença do pró-reitor de Infraestrutura (Proinfra), João Rocha, representando o grupo gestor da administração central da UNEB; da diretora regional Sudeste da Biograph, Ecleide Furlanetto, das representantes do conselho fiscal, Carmem Passos, e do conselho de publicação, Filomena Monteiro, da associação; e das representantes da Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (RBPAB), Dislane Moraes, e do grupo GIS Le Sujet dans la Cité (França), Christine Delory-Momberger.
A abertura foi precedida da apresentação artística da Escola Olodum e do Tripé Mágico.
Vozes insubordinadas
A conferência de abertura, ainda na manhã do ontem, foi proferida pelo veterano pesquisador francês Gaston Pineau, da Université de Tours, pioneiro nos estudos dessa área.
Gaston apresentou balanço da trajetória das pesquisas divulgadas no âmbito da história da Biograph e do Cipa
O estudioso apresentou um balanço da trajetória das pesquisas e das publicações no âmbito da história da Biograph e do Cipa. “Para trabalhar esse objetivo de construção de sentido da vida e para a própria vida, os movimentos de pesquisas (auto)biográficas e de histórias de vida e formação pretendem evitar um desperdício planetário e mortificante de experiências humanas vividas e se inscrevem em movimentos cidadãos e polêmicos sobre a ciência”, concluiu Gaston Pineau.
Evento teve a presença do cacique Juvenal Payayá, indicado ao título de doutor honoris causa da UNEB
Com mediação do professor Michael Ramos, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade (PPGED) da UNEB, relataram breve histórico de suas trajetórias de vida e lutas o cacique Juvenal Payayá, que este ano vai receber o título de doutor honoris causa da universidade (já aprovado pelo Conselho Universitário); a doutoranda Thiffany Odara, mestra pelo PPGEduC, mulher trans negra, ialorixá e ativista; a triatleta, cantora e multiartista Ira Vilaronga, atuante em defesa dos direitos das pessoas cegas e de baixa visão, também mestra pelo PPGEduC.
Antes de sua fala, o cacique Payayá chamou ao palco sua esposa, Edilene Payayá, para realizarem uma cerimônia de reverência aos ancestrais e ao grande espírito do seu povo. Membro fundador do Movimento Associativo Indígena Payayá (Maip), o cacique publicou 12 livros, entre romances, contos, crônicas e poesia.
O X Cipa se estende até esta quinta-feira (23), com diversificada programação acadêmico-cientifica e artístico-cultural no campus da universidade. Essa edição tem financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira e Danilo Cordeiro/Ascom.
O evento, com temática “Insubordinações da pesquisa (auto)biográfica: democracia, narrativas e outros modos de vida”, visa debater avanços teórico-metodológicos, difundir a produção científica, intercambiar práticas de formação e modos de articulação entre diversas áreas do conhecimento, que investigam o humano, com base em narrativas da experiência vivida.
“Nossa expectativa é que o Cipa fortaleça a ciência, refletindo sobre tecnologias educativas, democracia, pandemia e inovação. Buscamos ampliar o diálogo entre redes de pesquisa e criar interfaces de conhecimento entre Educação e nas Ciências Humanas, Sociais e de Saúde. Nosso foco está nas relações do indivíduo com aprendizagem, mobilidade, socialização, formação, inclusão/exclusão social, envelhecimento e adoecimento”, destaca Elizeu Clementino, presidente do Cipa e secretário Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB.
A iniciativa é destinada para pesquisadores universitários de diferentes países, pós-graduandos, graduandos, professores, membros de associações científicas nacionais e internacionais. Os interessados em participar como ouvintes devem realizar inscrição no site do evento. A taxa varia entre R$ 70 e R$ 550, dependendo do perfil do público (estudantes ou professores).
A programação contará com conferências, mesas-redondas, simpósios temáticos, sessões de grupos de pesquisa, comunicações, sessões de conversa e pôsteres, Assembleia da Biograph, lançamentos de livros e atividades culturais.
O X Cipa é realizado em parceria entre a UNEB, o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da instituição e a Associação Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica (Biograph). O evento conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).