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UNEB é primeira universidade da AL a aderir à Declaração de Jena, para sustentabilidade global

Termo de adesão foi firmado em evento com presença de povos originários e comunidade acadêmica

A UNEB é a primeira universidade da América Latina a aderir à Declaração de Jena (The Jena Declaration, TJD), documento internacional apoiado pela Unesco que propõe integrar as humanidades ao debate global sobre sustentabilidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

O Termo de Adesão da UNEB foi assinado, na tarde de ontem (22), no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador, pela reitora Adriana Marmori, o representante da Unesco, Tiago Pinto, o diretor do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do campus, Flávio Dias, e o coordenador do 1º Congresso Internacional de Humanidades e Sustent(h)abilidades da universidade, Elizeu da Cruz, evento vinculado ao DCH que está sendo realizado nesta semana.

A solenidade de assinatura integrou a ampla programação do Humanidades e Sustent(h)abilidades – mais especificamente durante a mesa temática “A UNEB no horizonte das humanidades e da sustentabilidade pública“, da qual participaram a reitora Adriana Marmori e o diretor Flávio Dias, com mediação da docente do departamento Naira Moura.

Reitora Adriana Marmori: compromisso com o presente e as gerações futuras

“Hoje a UNEB vivencia um momento significativo. Somos a primeira universidade da América Latina assinar a Declaração de Jena, reiterando e fortalecendo nosso compromisso institucional com a sustentabilidade e com a preservação da vida, impulsionados por nossa expertise e pela diversidade e capilaridade dos nossos campi. Esse é um ato que reforça o papel das humanidades na construção de um futuro mais equilibrado e sustentável”, destacou Adriana Marmori.

A reitora ressaltou ainda que o documento representa “um chamado à ação para toda a comunidade acadêmica, que deve se engajar em projetos e programas voltados para as humanidades e para a sustentabilidade ambiental”. “A UNEB se une a um movimento global que entende que a sustentabilidade não é apenas um conceito técnico, mas uma vivência cultural e ética. É um compromisso com o presente e com as gerações futuras”, completou Adriana Marmori.

Titular da Cátedra Unesco de Estudos Transculturais de Música, da Universidade de Música Franz Liszt Weimar (Alemanha), Tiago Pinto, salientou a afinidade da universidade com os princípios defendidos na Declaração de Jena: “A UNEB é predestinada a esse documento, porque planeja e cria cursos, programas e projetos que convergem com a proposta da declaração. É uma universidade que valoriza a integração das humanidades e da sustentabilidade”.

Tiago Pinto, representante da Unesco: afinidade da UNEB com documento

Segundo Tiago Pinto, a adesão à Declaração de Jena permitirá à UNEB interagir diretamente com outras universidades globalmente, compartilhando projetos e iniciativas em consonância com os objetivos do documento.

The Jena Declaration (TJD) surgiu na Universidade Friedrich Schiller, na cidade de Jena, na Alemanha, e é atualmente endossada por mais de 200 instituições em todo o mundo. O texto defende que as soluções para os desafios ambientais não podem depender apenas das ciências exatas, mas devem incluir o olhar das humanidades e ciências sociais, valorizando as práticas culturais e o engajamento das comunidades.

“A ideia central do documento é promover uma abordagem mais horizontal e participativa na implementação de medidas de proteção ambiental e sustentabilidade, ajudando a construir políticas mais humanas, inclusivas e efetivas”, disse o representante da Unesco.

Em atividade anterior do evento, Tiago Pinto proferiu a conferência “O impacto da Unesco nos estudos de história do patrimônio vivo: diversidade cultural e sustentabilidade“.

A cerimônia de assinatura foi seguida pela “Festa da União dos Povos“, marcada por apresentações musicais e danças tradicionais, simbolizando a convergência entre cultura, natureza e humanidade.

Saberes dos povos originários

Ainda na diversificada programação do evento Humanidades e Sustent(h)abilidades 2025, em outra mesa temática foi apresentado o tema “Saúde, territórios e saberes originários“, também no Teatro UNEB, na tarde do dia 20, com a participação de convidados do Chile para discutir a integração entre o conhecimento acadêmico e os saberes tradicionais.

Pesquisadora Patrícia Krinsi: ciência do povo indígena cravada no sagrado

A mesa foi iniciada pela médica mapuche e terapeuta ancestral, Lawentuchefe Espinoza, da comunidade Huitaquim Pulu (Chile), e pela médica Silvia Gómez, da comunidade São José de Mapio (Chile), que é diretora da área de saúde da corporação municipal de seu território.

As convidadas destacaram a importância da medicina tradicional e da harmonia entre seres humanos e natureza. “A saúde dos nossos povos está ligada ao equilíbrio com o planeta. Quando a terra adoece, nós adoecemos juntos“, afirmou Silvia Gómez.

Outras duas participantes dessa mesa foram as pesquisadoras Patrícia Krinsi, do povo indígena pankararé, professora e pesquisadora no Opará – Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação, do campus da UNEB em Jeremoabo, e Débora Santos, egressa da universidade, integrante de comunidade de fundo de pasto na região de Canudos.

“A ciência do povo indígena é cravada no sagrado. Acreditamos que nossos grandes livros e nossas melhores memórias estão nos antepassados e nos encantados, que caminham ao nosso lado. São eles que nos dão direção e força para seguir”, contou Patrícia Krinsi, enfatizando que o conhecimento indígena é profundamente espiritual e relacional.

Débora Santos, egressa da universidade: viver solidário e alegre na comunidade

Débora Santos compartilhou lembranças de sua comunidade e das práticas coletivas que estruturam o modo de vida no sertão. “Na comunidade de fundo de pasto, tudo é feito em conjunto. Quando alguém precisa colher o milho, por exemplo, todos ajudam. É uma forma de viver solidária e alegre, em que o trabalho e o cuidado com o outro caminham juntos”, relatou.

A mesa foi mediada pela docente Márcea Sales, do Departamento de Educação (DEDC) do campus, que destacou a urgência de fortalecer os vínculos entre os saberes tradicionais e a ciência moderna. “Diante da crise socioambiental contemporânea, somos desafiados a repensar nossas práticas de forma coletiva. Precisamos compartilhar conhecimentos, produzidos nas universidades ou nas comunidades ancestrais, porque ambos são cruciais para a preservação da vida em nosso planeta”, avaliou.

Saiba mais:
Congresso internacional tem início tematizando sobre habilidades do viver junto em mundos comuns

Texto: Marcus Gomes/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom e Ingrid Oliveira/Ascom.

JOINPE: inscrições abertas para submissão de trabalhos até o próximo dia 30

Entre os dias 20 e 25 de Outubro, o Departamento de Ciências Humanas, do Campus I, em Salvador, irá realizar o encontro Humanidades e Sustent(h)abilidades 2025.  

O evento reúne três iniciativas com ocorrência simultânea: o I Congresso Internacional de Humanidades e Sustent(h)abilidades (20 a 22 de Outubro), o III Seminário Internacional História e Diversidades (22 a 25 de Outubro) e a XVI Jornada de Pesquisa e Extensão (JOINPE) (20 a 25 de Outubro).

Pesquisadores(as), artistas, estudantes e comunidades que tenham interesse em submeter trabalhos para apresentação tem até o próximo dia 30 para realizá-lo, através do Sistema de Gerenciamento de Eventos da UNEB.  Estão abertas também inscrições para participação como ouvinte, tanto para a modalidade presencial quanto online.

O Encontro terá como tema central “Habilidades do viver junto em mundos comuns”, constituindo-se como uma plataforma de diálogo sobre humanidades, justiça socioambiental e multiespécies. A proposta é reunir saberes acadêmicos e populares, em diferentes áreas do conhecimento.

O público poderá participar de conferências, mesas-redondas, rodas de conversa, ,sessões de pôsteres, grupos de trabalho, oficinas, minicursos e mostras artísticas. Confira a programação do evento.

A JOINPE é um evento científico e acadêmico consolidado, promovido pelo DCH I, da UNEB, em articulação com cursos de graduação e de pós-graduação, grupos de pesquisa, ações extensionistas e comunidades parceiras. Com o objetivo de fomentar a iniciação científica, fortalecer a extensão universitária e promover o diálogo entre saberes acadêmicos e populares, a JOINPE se constitui como espaço de encontro entre estudantes, docentes, pesquisadores(as), artistas e representantes de povos e comunidades tradicionais.

UNEB celebra 42 anos de compromisso com a Educação Superior pública e responsabilidade ambiental

Há 42 anos, a UNEB mostra que uma universidade plural é aquela que conecta pessoas, saberes e territórios. Comprometida com a educação superior pública baiana, nossa instituição é inclusiva, diversa e profundamente comprometida com a transformação social.

Presente em todos os territórios da Bahia, a UNEB articula saberes locais e globais, tradição e inovação, ciência e vivência, em prol da justiça social e do desenvolvimento sustentável. Através do ensino, da pesquisa e da extensão, construímos pontes entre o conhecimento acadêmico e as necessidades reais das comunidades.

Como universidade pública, fortalecemos práticas pedagógicas que empoderam as pessoas em situação de vulnerabilidade, com excelência desde a graduação até a internacionalização do conhecimento. Em nossos projetos e ações, promovemos a valorização da diversidade, a equidade e o cuidado com o meio ambiente.

Nosso compromisso com o futuro também se expressa na produção de tecnologias sociais e sustentáveis, voltadas para o enfrentamento das mudanças climáticas e para o uso responsável dos recursos naturais. A UNEB é espaço de criação e de resistência, onde o saber se alia à esperança e à responsabilidade com o planeta.

Celebramos, neste 1º de junho, uma universidade que pulsa nos territórios, que forma profissionais éticos e críticos, e que é protagonista na construção de políticas públicas transformadoras.

“Ao celebrarmos os 42 anos da UNEB, reconhecemos uma trajetória marcada pelo compromisso com a educação pública, com a inclusão social e com o desenvolvimento sustentável. Agradecemos a todas as pessoas que contribuíram e contribuem para construir essa universidade presente em todos os territórios da Bahia, respeitando as culturas locais, os saberes tradicionais e o meio ambiente. Parabenizo nossa comunidade acadêmica — estudantes, técnicos e docentes — que, com dedicação e excelência, fortalecem diariamente essa instituição. A UNEB é motivo de orgulho por sua atuação transformadora, que alia conhecimento científico, responsabilidade ambiental e justiça social. Seguimos firmes, enfrentando desafios e contribuindo para um futuro mais justo, diverso e sustentável para o povo baiano”, destaca a reitora Adriana Marmori.

Para celebrar seus 42 anos de história, a Universidade de Toda a Bahia apresenta sua nova identidade visual, destacando o compromisso com a tecnologia verde e sustentável — temas centrais nos debates globais sobre o futuro do planeta. A universidade se consolida como protagonista em ações e iniciativas voltadas ao interesse público e à preservação ambiental.

Os elementos presentes na arte reafirmam o compromisso da instituição com a valorização dos recursos naturais, refletindo sua atuação responsável e inovadora em prol de um mundo mais justo e sustentável.

Além da nova identidade visual, ao longo deste mês comemorativo pelos 42 anos da UNEB, serão compartilhados conteúdos audiovisuais e matérias especiais que evidenciam as ações e iniciativas da universidade em cinco eixos estruturantes: Graduação, Pós-graduação, Extensão, Ações Afirmativas e Internacionalização. As produções visam reforçar o papel da UNEB como uma instituição que muda realidades por meio do conhecimento, aliando inovação tecnológica ao compromisso socioambiental, destacando a contribuição da instituição para soluções inovadoras nos diversos biomas e territórios de identidade da Bahia.

Parabéns, UNEB! Que os próximos anos sejam de ainda mais compromisso com a educação, a ciência, o povo baiano e a construção de um futuro justo, sustentável e transformador.

UNEB inicia curso de extensão com foco em permacultura e agroecologia em Viveiro Ecopedagógico no Campus de Salvador

Formação integra vivência prática com conhecimentos em permacultura, agroecologia e sustentabilidade.

A UNEB deu início às atividades do curso de extensão no espaço do Viveiro Ecopedagógico, localizado no Campus I, em Salvador.

A formação, iniciada na última terça-feira (27), tem como objetivo promover uma metodologia de vivência prática, integrando conhecimentos em permacultura, agroecologia e sustentabilidade.

“O curso visa proporcionar aos participantes uma experiência prática e teórica sobre permacultura, agroecologia e sustentabilidade. A proposta é que os estudantes compreendam como funciona a organização de um viveiro, aprendam técnicas de plantio e reflitam sobre o papel da permacultura dentro de um contexto mais amplo”, explicou o professor Diógenes Silveira, um dos coordenadores da ação e docente da UNEB.

Durante a formação, os participantes têm contato direto com a terra e aprendem práticas voltadas à agricultura sustentável. “Com a participação nesse curso, minha expectativa é influenciar o maior número possível de pessoas a enxergar a importância do cuidado com a natureza e levar esse olhar para dentro de casa, para os nossos ambientes cotidianos”, disse Rillari Doria, estudante da formação e do curso de Turismo e Hotelaria da UNEB.

O curso conta com a participação de cerca de 20 pessoas e possui carga horária de 20 horas.

Viveiro Ecopedagógico – É uma iniciativa vinculada ao Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I, com apoio da Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra) da Universidade.

“O espaço, que começou com a produção de mudas sob uma mangabeira, hoje é um ponto de visitação constante. As pessoas vêm, colocam a mão na terra, ajudam na produção. É um espaço vivo, que envolve tanto a comunidade acadêmica quanto a externa”, ressaltou Alexsandro Santos, integrante do projeto.

Com cerca de 1.500 metros quadrados, o Viveiro, localizado no Campus I da Universidade, em Salvador, abriga espécies nativas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. As mudas produzidas são utilizadas em ações de reflorestamento e também doadas para comunidades do interior do estado.

Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Adonis Carvalho/Ascom

Projeto da UNEB promove brechó ecosolidário com trocas sustentáveis

A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB, realiza no próximo dia 13 de dezembro, às 9h30, no prédio Jequitaia (3º Andar), a abertura do projeto “Brecho Ecosolidário UNEB – rede de apoio mútuo através de saberes plurais, consumo e práticas conscientes para a sustentabilidade”.  

A iniciativa, que se estende ao longo da semana, tem como objetivo estimular práticas de consumo consciente e sustentável, desenvolvendo ações envoltas pelo espírito de colaboração e coletividade.  

“Para além de uma estrutura de trocas, é um espaço coletivo, colaborativo e multireferencial que visa, por meio de ações de caráter educativo, promover a saúde e a qualidade de vida da comunidade da UNEB”, explica a gerente de Qualidade de Vida da PGDP, Manuela Barreto.  

Os participantes poderão adquirir os produtos em exposição a partir do uso de moedas ecosolidárias. Para conquistar as moedas é necessário realizar a doação de alimentos não perecíveis ou materiais de higiene pessoal e/ou limpeza, possibilitando assim a troca por produtos do brechó, de acordo com o valor estipulado. 

O Brechó também aceitará doações de materiais diversos que estejam em perfeito estado e higienizados. As entregas deverão ser realizadas junto à Gerência de Qualidade de Vida e Promoção da Saúde da PGDP.  

Informações: E-mail – pgdp.qualivida@uneb.br 

Projeto Elas nas Exatas participa da SNCT 2023 com mesa-redonda sobre meninas e mulheres na ciência: dia 16/10

Mesa-redonda integra programação da SNCT 2023 na Bahia.

O projeto Elas nas Exatas, vinculado ao Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I da UNEB, em Salvador, vai participar da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2023) na Bahia com a mesa-redonda “Meninas e mulheres na ciência: igualdade e sustentabilidade“.

A atividade acontecerá no Auditório José Rocha Larangeira, no DCET, no próximo dia 16, das 15h às 16h30, com participação das docentes Cristina Elyote – professora do departamento e coordenadora do projeto juntamente com a colega Vânia Brito – e Ana Percontini, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), e mediação da também professora Soraia Brito, do Instituto Federal da Bahia (Ifba).

Informações sobre o projeto: @elasnasexatas_ssa (Instagram).

Texto: Coordenação do projeto, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.

UNEB realiza I Simpósio de Ciência do Solo no campus de Juazeiro (dias 28 e 29)

Evento vai reunir comunidade acadêmica da UNEB e de outras instituições.

O colegiado do curso de Engenharia Agronômica, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, e a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da universidade promovem o I Simpósio de Ciência do Solo (SIMCS): Solos e sustentabilidade dos agroecossistemas, nesta quarta e quinta-feira (28 e 29), no auditório Antônio Carlos Magalhães (ACM), do mesmo departamento.

O evento é aberto ao público, com acesso gratuito, e tem programação intensa nos dois dias, com palestras, mesas-redondas, debates, exposições de trabalhos e lançamento de livro.

De acordo com o coordenador do simpósio, professor Emanuel Ernesto Santos, a iniciativa é uma oportunidade de divulgação de conhecimentos, atualização e integração da comunidade acadêmica da UNEB e de outras instituições.

Logo após a abertura do evento (28, às 14h), acontecem as palestras “Desertificação no semiárido brasileiro”, com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) Iêdo Bezerra Sá, e “Emissões de gases de efeito estufa na agropecuária”, com a também pesquisadora da Embrapa Semiárido, Diana Signor Deon.

No dia 29, a programação tem início às 8h, na biblioteca do campus, com a exposição de trabalhos sobre o tema “Importância dos fertilizantes no desenvolvimento de plantas” e a exposição de cartilhas que abordam a temática “Morfologia do solo e educação ambiental”.

Continuando a programação do dia 29, às 10h, no auditório ACM, ocorre a palestra “Interpretação da análise de solo”, com o pesquisador da Embrapa Semiárido, Magnus Dall Igna Deon. Às 11h, está agendado o lançamento do livro Manejo e conservação do solo e da água no semiárido, de autoria do professor do DTCS Carlos Alberto Batista. Em seguida, o Programa Escola Verde, do DTCS, entrega ao departamento os contentores de coleta de baterias e pilhas.

Ainda na programação do dia 29, a partir das 14h, no auditório ACM, tem início a mesa-redonda “Manejo e conservação do solo e da água”, que será coordenada pelos discentes do componente curricular de mesmo nome, do curso de Engenharia Agronômica.

O I Simpósio de Ciência do Solo conta com o apoio dos programas de pós-graduação em Horticultura Irrigada (PPGHI), em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental (PPGEcoH) e em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT), do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe), do Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (Caerdes), todos vinculados ao DTCS, além da Embrapa Semiárido.

Os participantes receberão certificado do evento.

A programação completa e outras informações podem ser acessadas no perfil @simcsuneb (Instagram). 

Texto: Ianne Lima/Nucom/DTCS, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.

Estudantes e professores da UNEB promovem seminário interdisciplinar de gestão sustentável: dia 05/06

Estudantes e professores do curso de Administração do campus I da UNEB, em Salvador, vão promover o II Seminário Interdisciplinar de Gestão Sustentável, no dia 5 de junho, às 18h30, de forma online.

A iniciativa, gratuita e aberta ao público, abordará o tema “Inovação para Sustentabilidade”. Os interessados em participar devem realizar inscrição no site da Sympla. Os participantes receberão certificado com carga horária de três horas.

O evento vai contar em sua programação com palestras do analista de Relações Internacionais e consultor de inovação, Paulo Pietrobon; a especialista em Desenvolvimento Humano, ESG e Sustentabilidade, Cristina Sant’anna; e a graduanda em Ciências Socioambientais, Larissa Costella.

A iniciativa ainda contará com quiz interativo e jogos de caça-palavra. Os vencedores serão premiados com kit sustentável e e-book.

O seminário é fruto da disciplina Gestão Ambiental e Sustentabilidade do curso de Administração da universidade.

Informações: IG – @seminariouneb

Imagem (destaque): Divulgação

Reitoria divulga carta aberta em defesa da autonomia e sustentabilidade da UNEB

 

CARTA ABERTA À COMUNIDADE DA UNEB

A Universidade em tempos de crise: a defesa da autonomia e da sustentabilidade

 No cenário de crise econômica atual, as dificuldades para manutenção das Universidades públicas estaduais têm se acirrado progressivamente. No caso da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), considerando a sua atuação em 19 Territórios de Identidade e a amplitude das suas ações, são muitos os desafios. O principal desses refere-se, sem dúvida, a sua sustentabilidade, entendida como autonomia universitária, financiamento adequado e condições reais de governabilidade.

Os constantes contingenciamentos impostos às Instituições de Educação Superior (IES) públicas estaduais têm limitado a atuação dessas instituições em diversas frentes, reduzindo o seu potencial de efetivar uma educação mais qualificada e apta a contribuir de forma decisiva com o desenvolvimento do Estado da Bahia. Na UNEB, os contingenciamentos têm afetado diretamente o cumprimento das atividades finalísticas de ensino, pesquisa, extensão, ações afirmativas e assistência estudantil. Esse impacto é sentido na grande dificuldade imposta para garantia de recursos para investimentos na manutenção e melhorias na infraestrutura, na aquisição de equipamentos, na contratação de serviços, na contratação e qualificação de pessoal, dentre outros trâmites administrativos indispensáveis à continuidade regular da vida acadêmica.

O posicionamento em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, reafirmando a necessidade de revisão das formas de financiamento e de governança das Universidades Estaduais, tem sido demarcado desde o início da nossa primeira gestão. Em nossa concepção, esse posicionamento significa, primeiramente, retomar e garantir a autonomia orçamentária, financeira e de gestão, alinhada aos planejamentos das próprias IES. Entendemos que são as IES que devem definir e aprovar suas prioridades na consecução dos objetivos das suas atividades finalísticas nos diversos âmbitos dos entes federativos, sem reduzir, contudo, a responsabilidade do seu principal mantenedor.

Nessa perspectiva, tal responsabilidade não pode impor às Universidades uma lógica de controle baseada em uma racionalidade econômica que inviabilize o cumprimento das atividades finalísticas e que desrespeite os princípios de formação e de funcionamento de cada Universidade. Desse modo, a sustentabilidade deve preservar a governança das Universidades de forma a permitir que sua autonomia também esteja presente em um diálogo mais qualificado com as diversas instâncias do poder público.

Essa compreensão está alinhada aos textos constitucionais do Brasil e da Bahia. De fato, a Constituição brasileira afirma no Artigo 207 que “as Universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Enquanto a Constituição da Bahia, no seu Artigo 262, responsabiliza o Estado pela manutenção do ensino superior e reitera a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, bem como a autonomia das Instituições Estaduais de Ensino Superior que integram o sistema estadual de educação.

O Plano Estadual de Educação – previsto no Artigo 250 da Constituição baiana e implantado por meio da Lei Estadual 13.559, de 11 de maio de 2016 –, por sua vez, estabelece diversas metas e estratégias para a Educação Superior, cujas consecuções passam, prioritariamente, pela garantia de sustentabilidade e governança autônoma das Universidades.

Nesse sentido, defendemos que é preciso garantir a sustentabilidade universitária, em conformidade com os dispositivos legais e, ainda, por meio de medidas como:

1 –  o investimento dos 7% da receita líquida de impostos (RLI) na educação superior;

2 –  a revisão da legislação, a fim de permitir às Universidades outras formas de financiamento público e a instrumentalização jurídica do Estado e das Universidades, potencializando os avanços que podem ser alcançados a partir do novo marco legal da ciência, tecnologia e inovação (Lei 13.243/16), o qual amplia a autonomia dos pesquisadores; e

3 –  regulamentações que permitam maior celeridade na tramitação dos processos e na execução dos projetos de pesquisa, ensino, extensão e/ou inovação.

Assim, reiteramos que a própria existência da Universidade pública e das suas missões institucionais depende da sua manutenção e dos investimentos indispensáveis ao cumprimento das suas atividades finalísticas.

Os decretos de contingenciamento e seus impactos na Universidade

Os contingenciamentos de recursos, instituídos por meio de decretos do Governo do Estado, têm estabelecido procedimentos específicos para a execução orçamentária e financeira no âmbito da administração direta e autarquias do Estado desde 2011 (Decreto 12.583, de fevereiro de 2011). Em 2013, por meio do Decreto 14.710, o Governo estabeleceu medidas para a gestão das despesas e controle do gasto de pessoal e de custeio, no âmbito da Administração Pública do Poder Executivo Estadual.

A partir do ano de 2014, por meio do Decreto 15.624, diversas “despesas públicas” relacionadas ao exercício de atividades administrativas foram suspensas, o que impactou diretamente no cumprimento das atividades finalísticas das Universidades. Desde então, os contingenciamentos continuaram a ocorrer. Em 2015, os Decretos 15.924 e 16.417, respectivamente de fevereiro e novembro, estabeleceram “diretrizes para contenção de despesas de custeio e de pessoal” (Decreto 16.417).

Ainda por meio do Decreto 16.593, de fevereiro de 2016, o Governo do Estado estabeleceu que “ficam contingenciados no Orçamento do Poder Executivo Estadual do exercício de 2016, aprovado pela Lei nº 13.470, de 30 de dezembro de 2015, os valores alocados nas dotações de manutenção, de projetos e atividades finalísticas dos órgãos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes e dos fundos a eles vinculados, conforme indicado no Anexo Único deste Decreto”.  De acordo com a medida, “os ordenadores de despesas poderão ser responsabilizados pela realização de gastos ou assunção de compromissos, bem como pela geração de passivos contingentes, à conta de recursos das fontes de que trata este Decreto”.

Embora os decretos de contingenciamento afirmem a necessidade das medidas, “considerando a necessidade da limitação de empenho e movimentação financeira, com o objetivo de manter, na execução orçamentária, o equilíbrio das contas públicas e o cumprimento das metas fiscais estabelecidas para o exercício financeiro” (Decreto 16.593, de fevereiro de 2016) – razão que reconhecemos legítima em tempos de aprofundamento da crise econômica –, é preciso assegurar o pleno funcionamento das Universidades públicas, tendo em vista suas especificidades e relevância para o desenvolvimento estrutural da sociedade baiana. A excepcionalidade da Educação está prevista, inclusive, no parágrafo 1º do Artigo 2º do Decreto 16.417, de novembro de 2015, que afirma que a suspensão das despesas públicas previstas no próprio decreto não se aplica “aos serviços públicos essenciais das áreas de saúde, segurança pública e educação e demais serviços voltados diretamente para o atendimento à população, condicionando-se, entretanto, a prática de tais atos à existência de disponibilidade orçamentária e à manifestação prévia da SAEB e da SEFAZ”.

Além dos decretos, outras modalidades de contingenciamento têm impactado na sustentabilidade das Universidades. Embora o Decreto Financeiro 1, de janeiro de 2018, estabeleça em seu Artigo 1º que fica aprovada a execução orçamentária e a financeira relativas às despesas com pessoal e encargos sociais, outras despesas correntes e investimentos, objetivando assegurar o cumprimento das metas fiscais na execução dos orçamentos fiscal e da seguridade social, em conformidade com o Artigo 3º da Lei 13.833, de 10 de janeiro de 2018, na prática, a disponibilidade financeira mensal não ocorre na proporção prevista no decreto. Isso fica evidente na percentagem de recursos repassados para a UNEB até o presente momento deste ano. As concessões liberadas para o custeio foram de 47,88% do previsto, enquanto para os investimentos na Universidade foram de apenas 8,35% da previsão orçamentária total.

Os efeitos do contingenciamento sobre a missão social da Universidade e perspectivas de atuação

Essas medidas comprometem a qualificação das atividades da Universidade e sinalizam para a comunidade acadêmica e à sociedade um reconhecimento ainda frágil sobre o relevante papel da IES por parte do poder público. É sempre importante destacar que a trajetória das Universidades Estaduais na Bahia tem sido marcada, principalmente, pela forte atuação social – com a inclusão, no sistema estadual de educação superior, de uma parte significativa da população que, historicamente, esteve excluída do acesso – e pela determinante contribuição para o desenvolvimento dos diversos Territórios de Identidade, sobretudo, pela sua principal política: a interiorização da Educação Superior nos últimos 40 anos. De fato, as Universidades têm sido um importante instrumento público de implementação de políticas sociais e educacionais estaduais e federais.

A expansão, a interiorização e a consolidação da Educação Superior pública, gratuita e popular na Bahia são fruto da presença da UNEB nos diversos Territórios de Identidade. A oferta de cursos de graduação (bacharelado e licenciatura) e pós-graduação (lato e stricto sensu) nas modalidades presencial e à distância; a formação de professores; a pesquisa; o desenvolvimento de produtos, patentes e tecnologias; as políticas de Inclusão, extensão e o forte diálogo com a sociedade têm marcado a identidade da UNEB como Instituição de Ensino Superior. Essas ações alinhadas às demandas e projetos estratégicos dos Territórios de Identidade, através da execução e qualificação de processos formativos, consequentemente, articulados com as propostas do Governo, têm sido refletidas em documentos como o Plano Estadual de Educação, o qual reconhece o papel da Educação no desenvolvimento da sociedade.

Diante disso, entendemos que esse reconhecimento precisa se traduzir no comprometimento político do poder público em atuar, permanentemente, em defesa de um sistema estadual de educação superior legalmente formalizado. Esse sistema deve responder tanto às necessidades geradas pelas mudanças demandadas pela sociedade, quanto à qualificação da formação, com garantias à sua sustentabilidade. Isso significa potencializar a atuação de ações já realizadas pela UNEB e que contribuem fortemente para o desenvolvimento, tais como:

1 –  a articulação constante da Universidade com a Educação Básica, buscando qualificar docentes e potencializar projetos de formação;

2 –  a articulação com os arranjos produtivos locais na produção de conhecimentos e de tecnologias sociais que favoreçam a geração de renda e de desenvolvimento territorial;

3 –  a revisão conceitual e operacional da noção de transversalidade da formação, que possibilita a formação em todos os níveis e instâncias nas quais a Universidade atua, o que inclui a realização exitosa de diversos programas, como o de alfabetização e capacitação de jovens e adultos em situação de risco social, o Programa Todos pela Alfabetização (TOPA); o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC); o Programa Universidade para Todos (UPT); o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA); a Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena (LICEEI); o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (PARFOR) e Especializações em Gestão da Educação e Metodologia do Ensino (SUPROF).

Dessa forma, os investimentos na Universidade precisam ser suficientes para a manutenção da sua missão social e tempestivos para assegurar as metas previstas nos seus documentos de planejamento. A devida atenção à sustentabilidade das IES possibilita às Universidades aprimorar e operacionalizar proposições já postas ao poder público, como o fortalecimento do consórcio das Instituições de Educação Superior, com vistas à consolidação do Sistema de Educação Superior.

Nessa direção, temos defendido ideias para o aprimoramento dos projetos estratégicos de expansão e interiorização da educação superior no Estado, incluindo nessa interiorização os bairros periféricos da Região Metropolitana e do subúrbio de Salvador, que ainda carecem de melhores oportunidades de acesso à Educação Superior pública. Essa ação que pode figurar como uma das medidas estratégicas para a Educação Superior nos próximos 10 anos, com estabelecimento de diretrizes e metas que garantam, entre outras ações, planos de investimento que assegurem a ampliação do acesso e permanência e a qualificação da infraestrutura, tomando como modelo projetos de campi de referência baseados em conceituação e condições específicas.

Também temos defendido que a expansão e a interiorização da Educação Superior precisam abarcar, além do investimento no ensino de graduação, a pesquisa e a pós-graduação stricto sensu em todo o Estado; o fortalecimento da Educação a Distância (EaD) como estratégia de ampliação e democratização do acesso; o desenvolvimento de tecnologias sociais, bem como o fortalecimento da extensão e a articulação de projetos estratégicos associados às potencialidades econômicas de cada território.

Para que essas diretrizes se convertam em metas viáveis, é imprescindível a valorização da Universidade e, sobretudo, daqueles que a constroem, com o investimento nas formas de qualificação do trabalho. Assim, é relevante o crescimento das políticas de assistência estudantil, que deve incluir o acompanhamento biopsicossocial sistemático; a revisão dos planos de carreira; a ampliação das políticas de formação para o quadro administrativo (técnicos e analistas); e o estabelecimento de políticas de reconhecimento do trabalho docente e de fixação docente no interior, o que somente pode ocorrer com o investimento em condições adequadas para o desenvolvimento de todas as dimensões das suas atividades profissionais.

A viabilidade de todas essas proposições depende do fortalecimento da própria Universidade e da qualificação do seu diálogo com a sociedade e com o poder público, a fim de visibilizar as suas atividades e fortalecer a legitimidade das metas dos seus projetos estratégicos. Reiteramos, no entanto, que a efetivação desses projetos tem estreita relação com a garantia da sustentabilidade das Universidades, o que significa resguardar a sua autonomia, a qual permite a execução do planejamento das suas atividades finalísticas com qualidade, e o financiamento e a governança, que potencializam os resultados dessas atividades e favorecem a participação da comunidade. Esse entendimento perpassa a própria ampliação da noção de desenvolvimento, que inclui o viés econômico, mas contempla também as ações democráticas e coletivamente construídas. A prioridade no investimento das Universidades é, portanto, matriz de desenvolvimento em todos os seus níveis, uma vez que, por meio da educação pública e de qualidade, os sujeitos se emancipam, produzem novos conhecimentos e criam as condições para a produção de transformações sociais estruturais.

Diante desse contexto, chamamos a comunidade acadêmica à discussão em seus coletivos e instâncias de governança universitária, no sentido de fortalecer a unidade em torno da defesa da Universidade pública e autônoma. A consolidação da participação, neste momento, é imprescindível para firmar o posicionamento em prol de uma UNEB gratuita, democrática e de qualidade no cumprimento de todas as suas atividades finalísticas. Para isso, também temos buscado formas de intensificar o diálogo com o poder público, a fim de assegurar a sustentabilidade por meio das garantias dos recursos necessários em investimento, custeio e pessoal. Devemos, assim, construir todos os caminhos para a manutenção e fortalecimento da UNEB, por todas as contribuições da Universidade pública para o Estado e pelo patrimônio que representa para todas as baianas e todos os baianos.

Reitoria da Universidade do Estado Bahia (UNEB)

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Pesquisadores lançam coletânea de artigos no Campus I (Salvador)

Pesquisadores vinculados aos Programas de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (Gestec) e em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB vão lançar, no próximo dia 11 de abril, o livro Educação Profissional, Território e Sustentabilidade.

O evento de lançamento será realizado, às 16h, no Auditório Milton Santos (Prédio da Pós-Graduação), localizado no Campus I da universidade, em Salvador.

A publicação, que leva o selo da Editora CRV, consiste em uma coletânea de artigos dos pesquisadores e busca discutir aspectos relacionados com as políticas públicas, o desenvolvimento territorial, a gestão socioambiental dos territórios e os novos desafios da educação.

O livro conta com recursos do Programa de Estudos do Trabalho (Proet), através da parceria entre a UNEB e a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), por meio da Superintendência de Educação Profissional (Suprof).

Imagem (home): Divulgação