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Alfabetização e letramento são tema de ciclo realizado pela UNEB do programa Bahia Alfabetizada Criança

Evento reuniu gestores e coordenadores das universidades estaduais, da SEC e da Undime.

Alfabetização e letramento: compromisso com a formação e aprendizagem das crianças baianas” foi o tema do I Ciclo de Formação Continuada do Eixo 2 do Programa Bahia Alfabetizada Criança, realizado pela UNEB nos últimos dias 16 e 17, em hotel de Salvador.

Reitora Adriana Marmori: “Precisamos dar as mãos”.

O eixo 2 do programa, referente à formação continuada, é desenvolvido em parceria com as universidades estaduais da Bahia (Ueba), a Secretaria estadual da Educação (SEC) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação no estado (Undime-BA), em articulação com os 417 municípios baianos.

A iniciativa integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), coordenado pelo Ministério da Educação (MEC) com a finalidade de garantir o direito à alfabetização das crianças brasileiras até o segundo ano do ensino fundamental e a recuperação das aprendizagens das crianças dos anos seguintes da mesma etapa de ensino afetadas pela pandemia.

Vice-reitora Dayse Lago: cultura digital forte.

O ciclo de formação reuniu gestores da UNEB, coordenadores do programa das quatro universidades estaduais e da Undime-BA, representante da SEC e dezenas de formadores estaduais e regionais representando os 27 territórios de identidade do estado.

“Apesar de vinculado ao governo federal, o programa foi todo construído aqui a partir das experiências e pesquisas dos docentes das quatro universidades estaduais. A Bahia avançou muito nos últimos anos na escolarização, um compromisso do nosso governador, Jerônimo Rodrigues, mas ainda temos um elevado índice de analfabetismo em nossa população mais vulnerável. E, se não dermos as mãos, todos nós, docentes e pesquisadores das universidades, os estudantes, as prefeituras, a SEC e as comunidades de base e grupos sociais organizados para mudar essa realidade, não obteremos êxito nesse grande desafio da alfabetização e letramento“, destacou a reitorada UNEB, Adriana Marmori, que presidiu a abertura do ciclo.

Helaine Souza (SEC): rede potente de alfabetização.

A vice-reitora da UNEB, Dayse Lago, salientou que “pesquisas apontam que nossas crianças estão atualmente com dificuldade de concentração, por conta dessa cultura digital muito forte“. “E até nas universidades, os estudantes não têm muita paciência para ler livros e textos longos. Esse é nosso desafio, que começa nas crianças, mas perpassa todos os níveis de ensino”, disse.

Segundo a superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Helaine Souza, “o governo está construindo uma rede potente de  alfabetização no estado, mas vamos precisar fazer mais: precisamos dialogar com prefeitos e secretários municipais de Educação, porque é necessário muita vontade politica para mudar esse jogo”. “E vocês chegam para reforçar essa rede”, pontuou.

Iêda Silva, coordenadora do programa na UNEB: dia histórico.

“Hoje é um dia histórico para todos nós, parceiros do programa, e para a própria política de alfabetização nos territórios, englobando os 417 municípios da Bahia. As universidades em essência são formadoras de professores. E vamos fazer valer essa nossa larga experiência para a formação dos docentes nesse grande programa”, enfatizou Iêda Silva, coordenadora institucional do programa na UNEB.

Serão mobilizados no programa Bahia Alfabetizada Criança cinco formadores estaduais, 81 formadores regionais e 1.829 formadores municipais, que atuarão na formação de cerca de 17,3 mil professores municipais, beneficiando 311 mil estudantes do primeiro e segundo anos do ensino fundamental em todo o estado.

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.

UNEB seleciona docentes e técnicos para programa Alfabetiza Bahia; 81 vagas em 27 municípios, inscrições prorrogadas até 09/12

A Reitoria da UNEB divulgou edital para seleção pública simplificada de 81 servidores docentes e técnicos administrativos das universidades estaduais da Bahia (Ueba), para atuarem como formadores regionais do programa Alfabetiza Bahia.

Os formadores selecionados participarão da Formação Continuada do programa e serão capacitados para a realização de quatro ciclos formativos destinados aos formadores municipais, com carga horária total de 100 horas.

As vagas são distribuídas nos 27 territórios de identidade dos respectivos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) do estado.

Os interessados devem realizar inscrição online até o dia 9 de dezembro. Não será cobrada taxa de inscrição. Os critérios, requisitos e documentação necessária para participação na seleção estão definidos no edital.

Em conformidade com a política de inclusão da UNEB, 40% das vagas previstas serão reservadas para candidatos negros e 5% para candidatos com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades.

O programa Alfabetiza Bahia é uma iniciativa da Secretaria estadual da Educação (SEC) e se insere no Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), do governo federal.

Em parceria com as universidade estaduais (Ueba) e os municípios baianos, o programa tem por objetivo garantir as condições para que todas as crianças no estado sejam alfabetizadas até o final do segundo ano do ensino fundamental.

A seleção pública tem vigência estimada em até 12 meses, prazo que pode ser prorrogado ou reduzido a critério da necessidade do programa. O candidato convocado será enquadrado como bolsista vinculado ao programa Alfabetiza Bahia/UNEB.

Faça sua inscrição

Veja edital completo

Texto: Leandro Pessoa/Ascom. Foto: Divulgação.

Fórum de Reitores das UEBAs divulga nota pública em defesa da alteração do calendário de provas do ENEM 2020

Começaram nesta segunda-feira, dia 11 de maio, e seguem até o próximo dia 22, as inscrições para realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ano 2020. O cronograma do Exame aponta as datas de 01 e 08 de novembro para realização das provas no formato impresso, e 22 e 29 de novembro para as provas no formato digital.

 Assim, para o ano de 2020, o MEC e o Inep mantêm a posição de aplicar o Enem nos mesmos moldes que vem sendo realizado desde 2009, quando as provas deixaram de ser feitas em agosto, como acontecia desde 1998, e passaram a se concentrar entre o final de outubro e início de dezembro.

Em seus 22 anos de história, o Enem se consolidou como principal mecanismo de acesso às vagas oferecidas nos cursos regulares de graduação das instituições universitárias do Brasil. Na Bahia, as quatro Universidades Estaduais – Uefs, Uneb, Uesb e Uesc – oferecem anualmente 11.384 vagas em seus diversos cursos, sendo que, aproximadamente, dois terços destas vagas são preenchidas adotando-se como critério essencial o desempenho do estudante nas provas do Enem.

 O desempenho nas provas do Enem é ainda condição essencial para acesso ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), nos casos de egressos do ensino médio que alcancem vaga em instituições de ensino superior não gratuitas e que venham de famílias cuja renda per capita seja inferior a 3 (três) salários mínimos.

A educação, como todos sabem, é definida pela Constituição Federal de 1988 como um dos direitos sociais que devem ser garantidos pelo Estado a todos os cidadãos e cidadãs (cf. Art. 6º da CF). A Carta Magna também se preocupou em estabelecer os princípios gerais mediante os quais o direito social à educação deveria ser efetivado no Brasil:

 Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

 I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; […]

VII – garantia de padrão de qualidade.

Desta forma, a garantia de padrão de qualidade na educação e de igualdade nas condições de acesso e permanência na escola são diretrizes constitucionais, tanto quanto a coexistência entre instituições públicas e privadas de ensino e o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.

Oito anos depois da Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 9.394/1996) ampliou o leque de princípios essenciais para efetivação do direito social à educação, passando a incluir, entre outros, o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, a “vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais” e a “consideração com a diversidade étnicoracial”. A LDB também se preocupou em definir de forma clara os princípios e os fins da educação nacional: “A educação, […] inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Portanto, o compromisso do Estado frente à educação deve ser guiado, essencialmente, pela lógica da cidadania, da democracia, da liberdade e da solidariedade humana.

Para concluir esta incursão nos princípios e fins essenciais da educação brasileira, tais como expressos em nossa legislação, vale lembrar que a Constituição Federal também estabeleceu a necessidade de construção planos nacionais de educação: “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal” (Art. 214). E o atual Plano Nacional de Educação, instituído pela Lei 13.005/2014, estabelece dentre suas diretrizes, a “superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação”, a “formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade” e a “promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental”.

É notório que o avanço da pandemia da Covid-19 em nosso País, à parte seus impactos dramáticos em vidas que nos são tomadas e no funcionamento dos fundamentos da economia, também provocou sérios efeitos nas relações de ensino e aprendizagem.

Com a impossibilidade de manutenção das atividades presenciais, as ações de ensino se encontram hoje dependentes de iniciativas passíveis de ser efetivadas nos ambientes privados e domésticos dos estudantes. Nestas condições, as disparidades e desigualdades sociais impactam decisivamente na efetividade e qualidade das ações de ensino. Famílias caracterizadas pela presença de pais com alta escolaridade e com acesso assegurado a equipamentos e tecnologias de informática e comunicação se mostram em condições muito mais favoráveis de manutenção de ações educacionais do que as famílias que não contam com nenhum adulto com escolaridade em nível médio ou superior, que não têm acesso a computadores ou aparelhos celulares com capacidade para utilização de aplicativos específicos e nem acesso assegurado à internet.

As instituições privadas de ensino médio, até por meio do valor de suas anuidades, efetuam um recorte e definem um perfil econômico-social de seu alunado, ao contrário das instituições públicas que têm a obrigação de atender a todos e a todas que os procuram, em nome do princípio constitucional da educação como dever do Estado e como direito do cidadão e da cidadã. Decorre daí, em plena pandemia, um enorme abismo entre o desenvolvimento de ações educacionais por instituições privadas e por instituições públicas de ensino médio.

Com a pandemia, a casa, o lar, se tornou o lócus essencial da educação. E na história social do Brasil, a casa, o ambiente privado, sempre foi uma das marcas essenciais da distinção social, da afirmação de hierarquias de prestígio, de acesso diferenciado a bens materiais e culturais.

Neste cenário, não concordamos com o posicionamento que vem sendo adotado pelas autoridades competentes do Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no sentido de manutenção do cronograma tradicional de realização do Enem 2020. Tais autoridades têm evocado dificuldades operacionais e logísticas para admitir o adiamento das provas do Enem, ou, ainda mais incompreensível, afirmado que o Enem não visa “corrigir injustiças”, mas sim “selecionar as pessoas mais qualificadas e mais inteligentes”.

A se manter tal entendimento entre as autoridades educacionais brasileiras, entendemos que se estará atacando frontalmente os princípios e fins da educação brasileira, que focam justamente a dimensão humana, cidadã, social e solidária das ações pedagógicas e não a sua redução a uma perspectiva operacional e individual que sugere que os resultados observados em provas como o Enem são apenas expressão de capacidades e aptidões individuais, quando, na realidade, ressaltam o resultado de uma lógica social prévia, que é injusta, desigual, falsamente meritocrática e essencialmente antidemocrática.

Em todo o mundo, países que adotam exames de ensino médio semelhantes ao Enem, como critério a vagas no ensino superior, estão adiando suas provas em reconhecimento da impossibilidade de se manter uma rotina técnica de desenvolvimento das ações educacionais sem levar em conta os diversos dramas que a Covid-19 impôs na vida de milhões de estudantes e de suas famílias. Por isso, nós, reitores das Universidades Estaduais da Bahia, manifestamos nossa veemente posição contrária à manutenção do calendário de provas previsto para o Enem 2020. Não sabemos exatamente as condições econômicas, sociais e políticas que deveremos enfrentar quando a ameaça da pandemia da Covid-19 estiver afastada. Mas, com toda certeza, quando chegarmos a este momento, não reputamos que será bom para o País constatarmos que prevaleceu o desprezo pelos princípios científicos, sociais e éticos da educação, que deveriam nortear a construção de uma sociedade com mais saber e menos injustiça e desigualdade, em favor de uma lógica individualista e operacional da educação.

Bahia, 11 de maio de 2020

Luiz Otávio de Magalhães
Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Uesb

Evandro do Nascimento Silva
Reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana – Uefs

José Bites de Carvalho
Reitor da Universidade do Estado da Bahia – Uneb

Alessandro Fernandes de Santana
Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc

Reivindicações dos docentes e técnicos e execução orçamentária é pauta de reunião do Fórum de Reitores das Ueba

Reitores priorizaram pautas dos movimentos dos professores e técnicos administrativos. Foto: Toni Vasconcelos/Ascom

O Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) se reuniu na tarde de hoje (30), nas instalações da UNEB no edifício Multicab, próximo ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Na agenda do encontro, dois temas que estão na ordem do dia das quatro universidades: as atuais reivindicações dos docentes e dos técnicos administrativos, e a situação da execução orçamentária das instituições.

Por unanimidade, os reitores reafirmaram o compromisso de continuar acompanhando de perto as pautas tanto do movimento docente – em greve desde o último dia 9 – quanto dos servidores do quadro técnico junto ao governo do estado, buscando apoiar, dentro de suas competências, os encaminhamentos que visem solucionar pendências e impasses.

Na avaliação dos gestores das Ueba, é muito importante a valorização das duas categorias profissionais que cotidianamente constroem as quatro universidades, com seu trabalho e dedicação, qualificando as ações das próprias instituições.

Na mesma linha das notas recém-divulgadas pelas reitorias da UEFS, da UNEB e da UESB, o diálogo democrático, amplo e permanente, segundo os reitores, é o melhor caminho para se alcançar o entendimento entre as partes envolvidas.

Acesse aqui nota da UEFS                                             

Acesse aqui nota da UNEB 

Acesse aqui nota da UESB

Em relação à execução orçamentária das universidades, o Fórum compreende ser necessária uma revisão dos valores de concessão nas rubricas de custeio e de investimento, salientando que já estão em andamento tratativas com a Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz) no sentido de consolidar esses encaminhamentos.

Reitora Adélia Pinheiro deve assumir Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti)

Participaram da reunião os reitores Evandro do Nascimento Silva (UEFS), presidente do Fórum, José Bites de Carvalho (UNEB), Luiz Otávio de Magalhães (UESB) e Adélia Maria Pinheiro (UESC).

Essa possivelmente foi a última sessão da entidade que contou com a participação de Adélia Pinheiro como reitora, pois ela deve assumir o comando da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado (Secti), a convite do governador. Na reunião, a reitora esteve acompanhada do pró-reitor de Graduação da sua instituição, Elias Lins Guimarães, que tomará posse como vice-reitor pro tempore, enquanto o atual vice-reitor, Evandro de Sena Freire, estará à frente da Reitoria da UESC, após o desligamento de Adélia.

Foto menor: Divulgação.

Fórum de Reitores emite nota sobre alteração no Estatuto do Magistério Superior

Nota Pública

Dentre as várias medidas encaminhadas pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa da Bahia, no final do ano passado, uma delas, que acabou aprovada na forma da Lei 14.039, de 20 de dezembro de 2018, trouxe em seu bojo um artigo (Art. 12) que alterou de forma significativa as condições de trabalho dos professores das Universidades Estaduais em regime de dedicação exclusiva.

Este dispositivo revogou o Art. 22 da Lei 8.352/2002 (a Lei do Estatuto do Magistério Superior) que previa que “os docentes em regime de tempo integral com dedicação exclusiva poderão ter diminuída a sua carga horária de aulas semanal, respeitado o mínimo de 08 (oito) horas-aula, se comprovarem a realização de trabalhos de pesquisa ou extensão, a critério dos respectivos Departamentos”.

Na prática, significa que o Executivo Estadual fez aprovar medida pela qual, a partir de agora, os docentes em regime de dedicação exclusiva, com ou sem desenvolvimento de projetos de pesquisa ou extensão, passam a ser regidos exclusivamente pelo § 3º do Art. 21 da Lei 8.352/2002, que diz: “Aos docentes em regime de tempo integral com dedicação exclusiva será atribuída a carga horária mínima de 12 (doze) horas e máxima de 16 (dezesseis) horas-aula semanais”. O resultado indireto da alteração legal é o desestímulo à pesquisa, inovação e extensão, com sério risco de transformar Universidades jovens, ainda em fase de consolidação, em grandes escolas. A medida atinge a natureza da Instituição Universitária.

O Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia informa que esta medida não foi, em momento algum, objeto de discussão entre os representantes do Governo do Estado e os Dirigentes das Universidades, e manifesta seu estranhamento pelo fato de que um assunto de tamanha importância, com repercussão sobre a ciência, tecnologia e extensão, tenha sido tratado mediante um artigo isolado, inserido no bojo de um projeto de lei que tratava de assuntos estranhos tanto à gestão acadêmica das Universidades Estaduais Baianas quanto aos direitos consolidados no Estatuto do Magistério Superior da Bahia.

Confiamos na reversão da alteração legal, reafirmamos a disposição para o diálogo e nos mantemos firmes na construção cotidiana da excelência acadêmica, na observação do princípio do interesse público, garantindo assim a preservação da natureza e missão da Instituição Universitária.

Evandro do Nascimento Silva
Reitor e Presidente do Fórum
Universidade Estadual de Feira de Santana

Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro
Reitora
Universidade Estadual de Santa Cruz

José Bites de Carvalho
Reitor
Universidade do Estado da Bahia

Luiz Otávio de Magalhães
Reitor
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Veja nota em .pdf

Gestores e pesquisadores das Ueba propõem legislação para ações afirmativas na Educação Superior Baiana

Representantes das Pró-Reitorias e das Coordenações ligadas às ações afirmativas nas Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) se reuniram na última quinta-feira (6), no Campus I da UNEB, em Salvador.

O encontro teve como pautas a proposição de legislação específica que ampare as políticas afirmativas na educação superior do estado; o Programa Mais Futuro, do Governo do Estado; e a organização do II Seminário de Ações Afirmativas nas Universidades Brasileiras.

As politicas afirmativas, no âmbito das ações reparativas, se constituem enquanto realidade nas universidades brasileiras. No contexto baiano, não há legislação específica que possa assegurar tal política na condição de ação de estado.

Ao considerar a sua importância no âmbito da reparação social e da democratização do acesso, permanência e conclusão do ensino superior, pesquisadores e gestores da UNEB, Uefs, Uesb e Uesc discutiram a criação de dispositivos legais que assegurem às Ueba condições para a oferta de serviços que concretizem as ações afirmativas.

Como desdobramento das discussões promovidas durante o evento, foi agendado um novo encontro para o próximo mês de fevereiro, no qual as universidades vão apresentar propostas de minuta para a Lei Estadual de Políticas Afirmativas.

Após deliberação no I Seminário Nacional Políticas de Ações Afirmativas nas Universidades Brasileiras, no último mês de agosto, a UNEB assumiu a responsabilidade de realizar a segunda edição do evento, em 2019. A iniciativa será coordenada pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas da instituição.

*Fotos e informações: Michele Menezes/Proaf

Fórum de Reitores reúne com secretário estadual da Administração para tratar de progressões e promoções dos servidores

Secretário informou que serão autorizadas as progressões de técnicos e as promoções e progressões de docentes das Ueba

Dando continuidade às iniciativas que buscam o atendimento às necessidades e agendas das Universidades Estaduais da Bahia, o Fórum de Reitores realizou reunião na manhã de hoje (29), na Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB).

Durante a reunião, o secretário da Administração, Edelvino Góes, informou que serão autorizadas as progressões dos servidores técnico-administrativos e as promoções e progressões de docentes das universidades estaduais. Na próxima semana, o secretário informará aos Reitores os procedimentos para efetivar a implantação.

No que se refere à promoção dos técnicos-administrativos, Góes informou que está em finalização a minuta do decreto de regulamentação da avaliação de desempenho funcional.


José Bites de Carvalho

Presidente do Fórum de Reitores
Reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Adélia Maria Carvalho Pinheiro
Reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Paulo Roberto Pinto Santos
Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Evandro do Nascimento Silva
Reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Foto (home): Ícaro Rebouças/UNEB

Fórum de Reitores divulga carta aberta em defesa dos servidores das Ueba


Carta Aberta do Fórum de Reitores em defesa dos
servidores técnico-administrativos das Universidades Estaduais

O Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia – composto pelos reitores das universidades do Estado da Bahia (UNEB) e das estaduais de Feira de Santana (UEFS); do Sudoeste da Bahia (UESB) e de Santa Cruz (UESC) – vem a público manifestar o seu posicionamento em relação às pautas de reivindicações apresentadas pelos servidores técnico-administrativos frente ao atual cenário enfrentado por nossas instituições.

É importante afirmar que o Fórum se posiciona favorável ao atendimento das demandas apresentadas pelos servidores técnico-administrativos e reafirma a legitimidade das pautas apresentadas na busca por melhores condições de trabalho. Por esta razão, entende a premência de discutir e encontrar soluções que valorizem a atuação destes profissionais e que qualifiquem as atividades de todos na construção das Universidades. Este posicionamento marca o reconhecimento do Fórum da importância do exercício e do empenho de cada servidor técnico-administrativo, no dia a dia dessas instituições ao cumprir com suas finalidades administrativas e acadêmicas.

Nesse sentido, o Fórum de Reitores tem buscado ampliar a interlocução com órgãos do governo do Estado e com o poder público em geral, com vistas a consolidar sua atuação na construção de agendas e projetos estratégicos que qualifiquem o trabalho dos servidores. Também no âmbito interno, cada Universidade busca o constante diálogo com as entidades representativas a fim de receber as reivindicações e discutir encaminhamentos que signifiquem melhorias efetivas para esta categoria.

Deste modo, cumpre ratificar a nossa posição de defesa dos seguintes pontos:

  • Publicação e implementação de todos os processos de promoções, progressões e alteração de carga horária;
  • Incentivo à produção científica como forma de valorizar o trabalho de pesquisa desenvolvido pelos profissionais e de consolidar as políticas de formação em todos os níveis;
  • Ampliação da participação dos servidores técnico-administrativos nas instâncias consultivas, deliberativas e de gestão das Universidades como forma de ampliar a democratização nos processos decisórios e de condução dos espaços institucionais;
  • Ampliação da quantidade de cargos comissionados a fim de reconhecer a atuação destes profissionais e sua representatividade no funcionamento das Universidades;
  • Realização de concurso público para atender à crescente demanda pela ocupação dos postos de trabalho no âmbito administrativo e melhorar a qualidade do serviço prestado pelas Universidades à sua comunidade e à sociedade em geral.

Além da permanente defesa pela resolução destas demandas, o Fórum tem dialogado com o poder público, marcando seu posicionamento pela implementação de medidas estruturais que revertam o quadro de perda de autonomia das Universidades, diante do crescente controle da gestão orçamentária, financeira e administrativa, com repercussão sobre a gestão didático-pedagógica destas instituições. Trata-se, assim, de garantir a sustentabilidade e, portanto, de revisar as formas de financiamento e governança das Universidades, retomando a autonomia orçamentária, financeira e de gestão, alinhados aos planejamentos das próprias Instituições de Ensino Superior (IES). É relevante enfatizar que o Fórum defende a autonomia das Universidades para a definição e aprovação de suas prioridades na consecução dos objetivos das suas atividades finalísticas sem, contudo, reduzir a responsabilidade do seu principal mantenedor.

O Fórum de Reitores entende que a governança de Universidades deve estar assegurada por uma regulamentação que viabilize a autonomia de gestão. Por isso, o Fórum defende uma revisão jurídica desta regulamentação de modo a permitir a resolução célere de questões como as que estão postas pelos servidores técnico-administrativos em relação à sua remuneração e aos demais aspectos da sua vida funcional. O encaminhamento de demandas desta natureza é indispensável para se fazer jus à relevância de cada servidor.

O Fórum de Reitores tem ciência da sua responsabilidade em prezar pelo regular funcionamento e qualidade das atividades desenvolvidas pelas Universidades e da imprescindível participação dos servidores técnico-administrativos no cumprimento das nossas missões institucionais. Por isso, se posiciona ao lado da sua comunidade e dos servidores e reafirma sua postura de abertura ao diálogo e do seu constante empenho na busca por melhores alternativas de qualificação do trabalho, bem como de estímulo à defesa do patrimônio público e à atuação de todos os servidores na construção coletiva das nossas Universidades.

Veja documento em .PDF


José Bites de Carvalho

Presidente do Fórum de Reitores
Reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Adélia Maria Carvalho Pinheiro
Reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Paulo Roberto Pinto Santos
Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

Evandro do Nascimento Silva
Reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Reitor dialoga com estudantes indígenas e servidores no Campus de Juazeiro

Planos de carreira, promoção e progressão funcionais, regime de trabalho e concurso foram questões discutidas em reuniões

Na noite da última sexta-feira (26), o reitor da Universidade do Estado da Bahia, José Bites de Carvalho, esteve no Campus III da instituição, em Juazeiro, para participar da abertura do II Encontro de Estudantes Indígenas da UNEB, realizada no Departamento de Ciências Humanas (DCH).

Estudantes indígenas realizaram o ritual Awê durante o evento

O evento, que reuniu representantes dos povos Tuxá, Truká, Tumbalalá, Chiquitano, Kaimbé, Pataxó e Atikum Umã, teve como tema A presença indígena na universidade: acesso e permanência ainda é um desafio e discutiu as dificuldades enfrentadas pelos discentes indígenas, com colaborações do Núcleo Indígena da UNEB (NIU), composto também por estudantes.

A atividade foi fruto de parceria entre o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UNEB, o Centro de Pesquisa em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (Opará) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Reuniões com técnicos administrativos

Ainda durante a visita, o reitor participou de reuniões com os servidores técnicos administrativos do Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS) e do DCH, acompanhado pelo então Pró-reitor de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP), Marcelo Ávila, recentemente nomeado Pró-reitor de Administração (Proad), e pelo diretor do DCH do Campus IV da instituição, em Jacobina, João Rocha.

O reitor participou de reuniões com os técnicos administrativos do DCH e do DTCS

Durantes as reuniões, assuntos como a fragilidade dos planos de carreira dos técnicos administrativos, promoção e progressão funcionais, alterações no regime de trabalho e concurso público foram tratados entre os gestores e a categoria.

De acordo com o professor Bites, as questões apresentadas já foram discutidas no dia anterior (25), durante a reunião entre os Fóruns dos Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e dos representantes dos Técnicos Administrativos das instituições, e estão sendo encaminhadas.

Reunião entre fóruns

Os Fóruns dos Reitores das Ueba e dos representantes dos Técnicos Administrativos das instituições se reuniram, na última quinta-feira (25), para discutir as pautas internas e externas da categoria.

Durante o encontro foi deliberado que os gestores vão encaminhas aos sindicatos a apresentação do orçamento das universidades relacionado às questões do segmento, o custo relativo e a projeção do impacto das progressões e promoções funcionais de 2016 nas folhas de pagamento das instituições.

Reitores e técnicos discutiram e encaminharam pautas internas e externas da categoria

Também foi acordado que os técnicos administrativos serão informados sobre a situação dos pedidos de aumento de carga horária de 30h para 40h, com o referente impacto no orçamento e a viabilidade orçamentária, projetando o impacto na tabela da Gratificação de Suporte Técnico Universitário (GSTU).

Além disso, o Fórum de Reitores se comprometeu em lançar nota se posicionando sobre a necessidade urgente de realização de concurso público, sobre a não inclusão em folha dos valores referentes às progressões, sobre a ausência de instrução para promoção dos servidores e defendendo que haja uma nova regulamentação para permitir celeridade na ampliação dos cargos comissionados.

O Fórum de Técnicos considerou que o diálogo foi importante, salientando que o exercício de alteridade deve orientar a atuação dos gestores e dos sindicatos.

Fotos: Ícaro Rebouças/Reitoria

Reitoria e governo tratam de articulação com educação básica e demandas emergenciais

O reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, reuniu-se com o governador Rui Costa, no salão de reuniões da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, nessa segunda-feira (27).

Na pauta do encontro, foram debatidas as possibilidades de implementação de projetos estratégicos de fortalecimento da articulação da universidade com a educação básica, por meio da implantação de centros universitários integrados de educação básica em cidades onde a UNEB possui campus no interior do estado.

Na posição de presidente do Fórum  dos Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), o reitor José Bites também detalhou para o governador Rui Costa as dificuldades por que têm passado as universidades estaduais da Bahia, solicitando maior sensibilidade e efetividade do governo no atendimento às demandas emergenciais da UNEB e das outras instituições.

Entre essas demandas específicas da UNEB, o reitor destacou a garantia  do orçamento integral em 2017, inclusive de investimento, e a necessidade de atender o mais rápido possível a pauta referente às promoções e progressões dos servidores das universidades estaduais, especialmente dos técnicos administrativos.

Participaram da reunião o secretário e o subsecretario estaduais da Educação (SEC), Walter Pinheiro e Nildon Pitombo.