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UNEB lança projeto de cooperação internacional Sul-Sul, com palestra do reitor da UniLuanda

Palestrantes do evento foram apresentados pela reitora Adriana Marmori na sede do Cepaia/UNEB.

A UNEB avançou mais uma vez em sua política institucional de internacionalização.

Na tarde dessa segunda-feira (2), a universidade lançou o projeto Gestão Universitária: Diálogos Sul-Sul, uma iniciativa da Reitoria e Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), na sede do Centro de Estudos dos Povos Afro-Indígenas Americanos (Cepaia), no centro histórico de Salvador.

O lançamento foi marcado com a palestra “Cooperação internacional Sul-Sul global“, proferida pelo reitor da Universidade de Luanda (UniLuanda), Alfredo Buza, e pela diretora executiva do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB), Rossana Souza.

Reitora Adriana Marmori: integração entre universidades brasileiras e africanas.

Com mediação da reitora Adriana Marmori, a palestra reuniu reitores e pró-reitores de várias universidades estaduais e federais da Bahia, representantes de órgãos públicos do estado, docentes e discentes africanos. Da UNEB, prestigiaram também o evento a vice-reitora Dayse Lago, o secretário especial Elizeu Clementino (Serint), a diretora do Cepaia, Lilian Encarnação, e outros gestores, além de professores, estudantes e técnicos de diferentes campi. O encontro teve transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube. 

“Este é um momento muito relevante para a UNEB, por estarmos reunindo aqui em nossa casa importantes universidades estaduais e federais e a UniLuanda, de Angola, para refletirmos sobre formas de aproximação e integração entre nossas instituições e as africanas. Refletirmos sobre como valorizar e aprofundar as relações acadêmicas, científicas, culturais e epistemológicas nessa cooperação Sul-Sul”, destacou a reitora Adriana Marmori.

Lembrando o pioneirismo da UNEB na implantação do sistema de cotas para negros em 2002, a reitora salientou que “temos esse compromisso assumido há mais de 20 anos e esse debate vai continuar e avançar em muitos outros eventos, projetos e ações, na perspectiva de maior integração entre a Bahia e Angola e outros países da África“.       

Cooperação começa pela educação

No começo de sua fala, o reitor da UniLuanda assinalou que “estamos aqui fazendo diplomacia acadêmica e científica, estamos a construir uma caminhada para as gerações futuras que será um legado muito importante”.

Reitor Alfredo Buza (UniLuanda) propôs aulas remotas e pesquisas conjuntas entre países.

“Quero agradecer à magnifica reitora Adriana Marmori e à UNEB por este momento de reflexão. Quando falamos de cooperação Sul-Sul, devemos questionar por que o Sul global, que detém os maiores recursos do planeta, continua a olhar uma relação Sul-Norte? – alguma coisa não está ajustada nisso, não está bem”, considerou Alfredo Buza.

O desafio para reverter essa realidade, segundo o reitor da UniLuanda, começa pela educação: “Não vamos falar de cooperação Sul-Sul se não tivermos a cooperação educacional”. Propondo sair mais da teoria e ir para a prática, Alfredo Buza elencou algumas possibilidades de cooperação entre a UNEB e sua instituição: intercâmbio e mobilidade estudantil, pesquisas científicas conjuntas, aulas remotas de professores de Angola em cursos aqui e vice-versa e promover eventos artísticos, culturais e acadêmicos entre as universidades e os países.

Rossana Souza (GCUB): cooperação como espaço de resistência contra-hegemônico.

Em sua participação, a diretora executiva do GCUB, Rossana Souza, apresentou o conceito e breve histórico da Cooperação Sul-Sul (CSS): “Trata-se de uma designação simbólica, não geográfica, porque ocorre entre países em desenvolvimento tanto do Hemisfério Sul quanto do Hemisfério Norte. Configura-se como um espaço de resistência híbrido, contra-hegemônico”.

A diretora executiva informou que o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, fundado em 2008, “é uma associação sem fins lucrativos, de caráter acadêmico, científico e cultural, que promove missões internacionais, seminários internacionais, programas de mobilidade internacional, publicações, treinamentos, entre outras atividades”.

No início do evento, os reitores Adriana Marmori e Alfredo Buza assinaram um aditivo de mobilidade estudantil ao convênio de cooperação técnica entre a UNEB e a UniLuanda em vigência. Também foi assinada a prorrogação do acordo de cooperação entre a universidade angolana e a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), representada pela reitora Amali Mussi.

Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.

INTERNACIONALIZAÇÃO: Docentes da UNEB participam de intercâmbio e colaboração acadêmica interinstitucional em Angola

Missão internacional dos professores inclui duas instituições de ensino superior em Luanda.

Os professores da UNEB Ivaldo Marciano, do Departamento de Educação (DEDC) do Campus II, em Alagoinhas, e Everton Carneiro, do DEDC do Campus XV, em Valença, vão participar de uma missão internacional de intercâmbio e colaboração interinstitucional em Angola.

Os docentes, que viajam amanhã (24), realizarão diversas atividades acadêmicas em duas instituições de ensino superior em Luanda, capital angolana: a Universidade de Luanda (UniLuanda) e o Instituto Superior Politécnico Tocoista (ISPT).

Essa ação internacional faz parte de convênios firmados recentemente entre a reitora da UNEB, Adriana Marmori, e os dirigentes das duas instituições angolanas.  

A programação dos docentes no país africano inclui palestras e conferências sobre a construção de projetos de pesquisa e de metodologias da pesquisa, para professores das duas instituição angolanas.

Os dois professores também irão ministrar um curso para a chancelaria de Angola, intitulado “Noções básicas de heráldica, falerística e numismática”, além de discutirem questões alusivas à nacionalidade angolana com integrantes da diplomacia do país.

Entre outras atividades previstas, os docentes da UNEB vão discutir os meios e mecanismos para o avanço da pós-graduação em Angola, refletindo sobre a implantação de currículos digitais, semelhantes ao Lattes brasileiro, e de agências de atribuição de ISSN (para periódicos) e de ISBN (para livros) para o país africano, além da criação de revistas eletrônicas nas instituições de ensino superior.

“Essa colaboração entre as instituições angolanas e a UNEB não apenas representa uma parceria acadêmica, mas também reflete o comprometimento mútuo com a construção de um ambiente educacional mais abrangente e inclusivo. A troca de conhecimentos, a reflexão conjunta e a busca por estratégias inovadoras são passos significativos na consolidação de um ensino superior mais qualificado e adaptado às demandas contemporâneas, reafirmando o papel essencial da educação na construção de sociedades mais justas e desenvolvidas”, avalia Ivaldo Marciano.

A iniciativa das atividades de formação docente e na chancelaria angolana conta com o apoio da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB.

Para Everton Carneiro, “a UNEB, enquanto universidade de vanguarda, inserida em diversos tratados alusivos aos mecanismos de apoio e solidariedade aos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), irá fornecer sua expertise para a construção de programas de pós-graduação stricto sensu em Angola”.

Ivaldo Marciano e Everton Carneiro são lideres, respectivamente, dos grupos de pesquisa África do Século XX (DEDC/Campus II) e Estudos Africanos e Representações da África (DEDC/Campus XV), ambos registrados no CNPq.

A missão dos docentes no país africano se estende até o próximo dia 15 de dezembro.

Saiba mais:
Docentes da UNEB ministram curso de edição de periódicos científico-acadêmicos para Universidade de Luanda

Texto: Ivaldo Marciano, com edição da Ascom. Imagem: Anderson Freire/Ascom.

Docentes da UNEB ministram curso de edição de periódicos científico-acadêmicos para Universidade de Luanda

Além da UniLuanda, curso será oferecido a instituições de outros países africanos e Timor-Leste.

Começa nesta quarta-feira (11), a primeira etapa do curso de formação para criação de periódicos científico-acadêmicos na plataforma Open Journal Systems (OJS), destinado a docentes e técnicos da Universidade de Luanda (UniLuanda).

O curso, que integra as atividades do convênio firmado este ano entre a UNEB e a UniLuanda, será ministrado pelos professores Ivaldo Marciano, do Departamento de Educação (DEDC) do Campus II, em Alagoinhas, editor dos periódicos África(s) e Cadernos de África Contemporânea, e Everton Carneiro, do DEDC do Campus XV, em Valença.

O curso vai ocorrer remotamente, via plataforma Teams. Essa primeira parte abordará o processo de criar um periódico, formar conselho editorial, gerenciamento e demais questões sobre o funcionamento de revistas científico-acadêmicas.

A segunda etapa do curso, em data a ser definida, terá a finalidade de transferir expertise para docentes e técnicos da UniLuanda operarem a OJS.

A ação está sendo promovida pela UNEB, por intermédio dos dois departamentos de Educação, cujos diretores Aldrin Castellucci (DEDC/Campus II) e Angélica Lopes (DEDC/Campus XV) consideram muito relevante a iniciativa, pois vai potencializar o processo de internacionalização das respectivas unidades acadêmicas.

O curso tem também o apoio dos grupos de pesquisa África do Século XX, sediado no DEDC/Campus II e registrado no CNPq, e Estudos Africanos e Representações da África, sediado no DEDC/Campus XV.

Segundo o professor Ivaldo Marciano, a proposta do curso foi uma orientação da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), vinculada à Reitoria da UNEB, por meio do secretário especial Elizeu Clementino, “que viu na ação uma importante iniciativa da UNEB no processo de formação de docentes vinculados às universidades dos PALOPs (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e do Timor Leste”.

O docente acrescenta que esse curso também será oferecido, em breve, para outras instituições de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, em datas a serem agendadas.

Texto: Ivaldo Marciano/DEDC/Campus II, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.