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Sr. do Bonfim: UNEB recebe egresso pesquisador que lidera equipe de desenvolvimento de vacinas (USP)

O Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim, vai receber, nos dias 21 e 22 de setembro, o pesquisador Gustavo Cabral de Miranda, líder da equipe que desenvolve vacinas no Departamento de Imunologia da Universidade de São Paulo (USP).

Egresso do curso de Ciências Biológicas do DEDC, o cientista vai participar de encontros com diferentes públicos nas duas datas. Essas são ações do projeto “UNEB: a Universidade de toda Bahia – de portas abertas – por uma Universidade socialmente relevante”.

No primeiro dia, às 9h30, Gustavo vai conversar com professores e estudantes do Ensino Médio do município. Durante a tarde, ele terá encontro com a comunidade acadêmica do campus e de outras instituições de ensino superior, com o tema “A importância da universidade pública e do desenvolvimento da ciência em um projeto de nação: contextos e perspectivas“.

No dia 22, o pesquisador vai dialogar com gestores e profissionais da saúde sobre a temática “Covid-19 e outras doenças emergentes e reemergentes: contexto atual e perspectivas da vacinação no Brasil”.

Pesquisa sobre vacinas

Após concluir a graduação na UNEB, em Senhor do Bonfim, Gustavo alçou novos voos para se tornar um pesquisador de reconhecimento nacional e internacional. Conquistou o título de mestre em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e de doutor pela Universidade de São Paulo (USP).

O cientista realizou também estágios de pós-doutorado nas Universidades de Oxford, na Inglaterra, e de Berna, na Suíça. Nesse período, pesquisou sobre a produção de vacinas utilizando VLPs (virus-like particles) e diagnósticos avançados com a tecnologia de biossensores.

O pesquisador voltou ao Brasil para desenvolver estudos para as vacinas contra Streptococcus Pyogenes (bactérias causadoras da febre reumática e da cardiopatia reumática crônica) e Chikungunya, utilizando VLPs. Com o avanço das contaminações por Covid-19, as ações de pesquisa foram adaptadas para a busca pelo desenvolvimento da vacina contra o novo Coronavírus.

Atualmente, ele integra a Equipe Halo, projeto que envolve dezenas de profissionais ao redor do mundo que trabalham com a pesquisa de imunizantes. O grupo conta com o apoio do Verificado, iniciativa global da Organização das Nações Unidas (ONU) na promoção de informações confiáveis sobre a pandemia e no combate à desinformação.

Informações: DEDC/Campus VII – e-mail nacdedc7@uneb.br.

UNEB divulga informe de orientação geral para servidores com pendência na comprovação vacinal

A Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da UNEB comunica a divulgação de informe para orientação geral dos servidores que ainda não realizaram a comprovação vacinal no Portal de Serviços do Sistema de Recursos Humanos do Estado (RH Bahia).

O documento relata a definição inicial de prazo e a prorrogação até o fim do mês de dezembro, amplamente divulgadas. Também constam as orientações da Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) para regularização da pendência.

Para os servidores que ainda não realizaram a comprovação, basta seguir o passo a passo para registro da autodeclaração e postagem documental no RH Bahia. Após concluir, a PGDP solicita o envio de e-mail para cadastrovacina@uneb.br, informando que o procedimento já foi realizado.

Veja íntegra do informe da PGDP

Para dúvidas, informações e orientações, entre em contato pelo e-mail: ggp@uneb.br.

Imagem (home): Arte de Anderson Freire/Ascom

Tem episódio novo no ar; Vem balburdiar com a gente!

No quarto episódio do Fala, Balbúrdia vamos falar sobre um tema que está na boca e no braço do povo: a vacina contra a Covid-19.

Desenvolvidas por cientistas de todo o mundo, em tempo recorde, as vacinas tem o objetivo de conter a disseminação do vírus e o número de mortes pela doença que, infelizmente, já ceifou mais de 500 mil vidas no Brasil.

Esse cenário caótico e trágico é alimentado pela desinformação, sobretudo, a respeito da eficácia, efeitos colaterais e tipos de vacina. Ainda existem muitas pessoas que insistem em não se vacinar ou em escolher a marca do imunizante que deseja tomar atrasando e enfraquecendo as estratégias de vacinação do Ministério da Saúde, dos governos e prefeituras, o que coloca em risco a saúde de todos nós.

Por isso, nesta edição, vamos fazer barulho com o tema:

Sommeliers da Vacina:
Como a desinformação atrasa o combate à pandemia da Covid-19.

Nosso papo foi com a professora da UNEB, Jeane Magnavita, sanitarista, especialista em saúde coletiva e ex-diretora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.

Vem balburdiar com a gente!

Nos ouça no Spotify, Deezer, Google Podcast e também no IG @oficialuneb e no Canal da TV UNEB, no YouTube.

Reitoria da UNEB comunica suspensão das atividades presenciais por 15 dias e indica exceções

A Reitoria da Universidade do Estado da Bahia comunica que as atividades administrativas e acadêmicas presenciais se mantêm suspensas por mais 15 dias. Essa é uma deliberação da Administração Central em conjunto com os Diretores de Departamento da instituição, após consultas ao Comitê de Biossegurança (COBIO) e à comissão com a finalidade de acompanhar e orientar as condutas institucionais relativas à pandemia da Covid-19, no âmbito da UNEB.

Excetuam-se, desde que sejam respeitadas e cumpridas rigorosamente as diretrizes e os protocolos de biossegurança, aprovados pelo COBIO, e com anuência dos Departamentos, as seguintes atividades:

(1) as atividades acadêmicas de graduação na modalidade internato e de estágio curricular de alunos formandos;

(2) as atividades de pesquisa da pós-graduação executadas em laboratório que tenham protocolos de Biossegurança e planos de trabalho aprovados pelo COBIO;

(3) atividades de manutenção de coleções biológicas (vivas ou com espécimes conservados) e de equipamentos utilizados em pesquisa cuja ausência de manutenção possa comprometer a vida útil;

(4) as ações de segurança física e patrimonial e os serviços de manutenção e limpeza, que poderão ser acionados de maneira escalonada para a preservação do patrimônio da Universidade.

Registra-se também a continuidade dos esforços institucionais, sobretudo junto às representações da Comissão Intergestores Bipartite-BA (CIB), para a viabilização da vacinação de servidores e demais funcionários no seu local de residência, bem como a vacinação de discentes em estágio curricular/internato, nos termos definidos pelas Autoridades de Saúde.

Salvador, 27/05/2021.

José Bites de Carvalho
Reitor

Marcelo Duarte Dantas de Ávila
Vice-Reitor

Campus de Serrinha lança 7º episódio de debates com podcast contra negacionismo

O Ciclo de Debates Contemporâneos Sem Conversa Fiada!, promovido pelo Departamento de Educação (DEDC) do Campus XI, em Serrinha, é um projeto de extensão já́ consolidado na universidade e na região sisaleira desde 2017.

Por meio de encontros, mesas, palestras e eventos diversos, o ciclo possibilita a partilha e reflexões que contemplem a comunidade acadêmica e a comunidade externa.

Desde março de 2020, com a impossibilidade de encontros presenciais devido à pandemia da covid-19, o projeto adquiriu um novo formato: Sem Conversa Fiada! – Podcast, configurando-se, no atual cenário, em um canal de diálogo e informação para a comunidade acadêmica e público em geral.

O projeto é realizado pelo DEDC e o Núcleo de Comunicação do Campus XI, em parceria com demais setores que integram o conjunto de ações que estão sendo realizadas pelo departamento.

O sétimo episódio do Sem Conversa Fiada! – Podcast traz como temática “A ciência contra o negacionismo: vacina, já!”.

Vacinação, movimento antivacinacão, fake news e políticas públicas integram a abordagem da pesquisadora em comunicação e saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Rio de Janeiro), Renata Ribeiro Gómez de Sousa.

Acesse esse e outros episódios do Sem Conversa Fiada! – Podcast nos seguintes canais: 

Deezer

Spotify 

SoundCloud

YouTube  (UNEB Serrinha) 

Imagem: Divulgação.

Em defesa do SUS e da vacina, UNEB adere ao Pacto pela Vida e pelo Brasil

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) solidariza-se com familiares e amigos das quase 280 mil vítimas da COVID-19 no Brasil. Não são apenas números, mas, vidas, histórias e famílias perdidas. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, se houvesse eficiência na gestão do governo brasileiro para controle das crises sanitária e de saúde pública.

O Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa da UNEB, reunido no último dia 10 de março, reafirmou para toda a sociedade baiana seu posicionamento em defesa ao Sistema Único de Saúde (SUS) e o compromisso com a Ciência, ao tempo em que solicita medidas urgentes por parte das autoridades competentes para a celeridade da vacinação do povo brasileiro.

Assim, a instituição manifesta apoio ao Pacto pela Vida e pelo Brasil e ao documento produzido pelas instituições signatárias, intitulado “O povo não pode pagar com a própria vida!”.

A UNEB defende que a pandemia não será vencida com insensatez, negacionismo, obscurantismo e discursos raivosos, mas, com o compromisso com a Ciência, a defesa do SUS e de medidas urgentes por parte das autoridades competentes. Urge a necessidade da ampla vacinação do povo brasileiro para a superação da pandemia.

A UNEB entende que este momento demanda união entre a comunidade acadêmica e toda a sociedade, por ações de combate ao vírus, na defesa da vacina e da vida.

17 de março de 2021
Universidade do Estado da Bahia

Cerca de 20 mil baianos já estão imunizados contra a Covid-19; Vacina é comprovadamente segura e eficaz

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Dia 17 de janeiro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac, desenvolvida no Instituto Butantan, com o Laboratório Chinês Sinovac, e a AstraZeneca, produzida através de parceria entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford.

Mesmo já tendo sido autorizadas para uso pelas agências reguladoras dos seus países de origem, os imunizantes passaram por criteriosa análise também da Anvisa, antes de receber o parecer favorável para uso no Brasil.

Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à Covid-19. Na Bahia, a vacinação teve início no dia 19 de janeiro e, de acordo com dados do governo do estado, cerca de 20 mil baianos já foram imunizados.

Fases da Imunização: priorizando quem mais precisa!

Claudilson Bastos: A 1ª fase da vacinação é direcionada para o público com maior risco de contágio.

A princípio, de acordo com a primeira fase prevista no Plano de Vacinação Contra Covid-19 no Estado da Bahia, estão sendo vacinados indígenas, povos e comunidades tradicionais e ribeirinhas, idosos institucionalizados e profissionais de saúde que atuam na linha de frente do tratamento contra a Covid-19.

“A primeira fase da imunização contempla um público com maior risco de contágio por conta da alta exposição, como os trabalhadores da saúde, e também pessoas com baixa imunidade, que vivem em instituições ou comunidades isoladas, como os idosos e indígenas”, explicou o infectologista e professor da UNEB, Claudilson Bastos.

O plano ainda contempla outras três fases, que incluem, por exemplo, idosos com idade entre 60 a 74 anos, pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares, profissionais da educação e pessoas em situação de rua. Detalhes sobre cada fase podem ser consultados no Plano de Vacinação Contra Covid-19 no Estado da Bahia.

Cooperação Mundial: juntos somos fortes!

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A atuação incansável de cientistas, professores, pesquisadores, profissionais e gestores de saúde de todo o mundo foi primordial para que a vacina contra o vírus Sars-COV-2 fosse criada em tão pouco tempo.

“Conscientes da gravidade da situação, pesquisadores, em uma iniciativa global, envidaram esforços para a criação da vacina. Esse comprometimento, somado a experiências anteriores e tecnologias já desenvolvidas, foi imprescindível para a construção de novos conhecimentos e evidências científicas, tornando possível a produção da vacina, em mais de um método, com estudos comprovando sua confiabilidade e eficácia”, destacou a epidemiologista Jeane Magnavita, coordenadora da Comissão de acompanhamento e orientação das condutas institucionais relativas à pandemia da Covid-19 da UNEB.

Paulo Barbosa: A expertise do Butantan e da Fiocruz, reconhecida mundialmente, foi essencial para articular parcerias tão importantes.

O professor da UNEB Paulo Barbosa, doutor em Saúde Coletiva, reforçou a importância da parceria com os laboratórios da China e de Oxford. Segundo ele, essas sociedades são de interesse mútuo, cujo objetivo é aumentar a capacidade produtiva para atender a enorme demanda mundial.

“O ponto forte desse acordo é a transferência de tecnologia, ou seja, somos capazes não só de envazar a vacina, mas também de produzi-la aqui. Isso permite atender mais rápido as demandas do país, o que, em um cenário de pandemia, é primordial”, pontuou o pesquisador apontando que a expertise do Butantan e da Fiocruz, reconhecida mundialmente, foi essencial para articular parcerias tão importantes.

Pode confiar! É segura e eficaz

A vacina do Butantan contra a Covid-19 possui 50,4% de eficácia. Já a da Fiocruz a eficácia fica em torno 70,4%. Ambas atendem a porcentagem exigida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para produção e uso de um imunobiológico, que é de 50%.

Dizer que a eficácia da Coronavac é de 50,4%, por exemplo, significa que, estando imunizado por essa vacina, o indivíduo tem 50,4% de chance de não adoecer quando exposto ao vírus. Em um contexto de pandemia, esse é um salto muito importante, uma vez que, além da proteção individual, resguardará também o outro, já que não será mais transmissor do vírus. Assim será possível quebrar essa cadeia infinita de transmissão no mundo.

Vale ressaltar que a eficácia da vacina Coronavac varia a depender da gravidade do caso. Em casos moderados e graves, por exemplo, a eficácia do imunizante é de 100%. O que significa dizer que o indivíduo vacinado, mesmo que seja infectado pelo vírus, não desenvolverá a forma grave da doença, que requer internamentos prolongados, desobstruindo o sistema de saúde.

Porque duas doses?

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A Coronavac, a AstroZeneca, assim como todas as demais vacinas contra a Covid-19 que estão sendo produzidas no mundo, precisam de duas doses para imunização.

Essa metodologia é necessária para reforçar a memória imunológica contra o vírus e buscar uma resposta mais rápida. Ou seja, após o organismo ser adequadamente vacinado, ao ser exposto ao vírus, o seu sistema imunológico responderá melhor, protegendo-o da infecção e ou doença.

“Nos estudos e experimentos realizados durante o processo de criação da vacina, os cientistas perceberam que, com a primeira dose já ocorria a produção de anticorpos, mas com a segunda, em um intervalo definido de tempo, essa produção era potencializada, tornando a vacina ainda mais eficaz”, explicou a epidemiologista.

Vacinação em massa, quando?

Jeane Magnavita: A vacina é segura e eficaz. Precisamos dela para a manutenção da vida humana.

O mundo inteiro está precisando de vacina. Trata-se de uma demanda gigantesca que precisa ser atendida com celeridade. Contudo, além do empenho dos pesquisadores, instituições e laboratórios, é essencial que as pessoas acreditem na ciência e se vacinem, como destaca a professora Jeane:

“A vacina é segura e muito eficaz. Precisamos dela para a manutenção da vida humana. Todo o processo de criação, produção e distribuição está sendo feito com cautela e muito cuidado, respeitando os critérios de produção, as etapas de testagem e, sobretudo, a análise, monitoramento e avaliação das agências reguladoras de cada país. Quanto mais vacinas ao redor do mundo forem validadas com eficácia e segurança, mais rápido iniciaremos a vacinação em massa” afirmou a epidemiologista.

A vacina chegou! Como ficam as atividades na UNEB?

A saúde pública mundial deu um enorme passo com a criação, produção e distribuição da vacina em tempo recorde. Contudo, o caminho ainda é longo.

De acordo com orientações da OMS, para que as atividades voltem definitivamente ao normal, finalizando o isolamento social, a transmissão local da Covid-19 deve estar controlada. É essencial ter muito domínio sobre a doença e sobre as repercussões e tempo da eficácia do imunizante.

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Enquanto isso não acontece é preciso manter todos os cuidados já amplamente orientados. Ainda não é possível dispensar, mesmo aqueles que já estão vacinados, o uso de máscara, a higienização constante das mãos e o distanciamento social. Esses cuidados devem ser mantidos por toda a sociedade, por todas as instituições, inclusive as escolas e universidades.

Caroline Tannus: A Cobio está estudando as medidas necessárias para resguardar ao máximo a saúde da comunidade unebiana.

Segundo a Comissão de Biossegurança (Cobio) da UNEB, ainda é cedo para falar sobre retorno presencial das atividades. Após aprovação do uso das vacinas produzidas pelo Butantan e Fiocruz, muitos fatores precisam ser avaliados, como previsão de vacinação que contemple um contingente significativo da população, redução do número de casos que necessitam de internação na Bahia, adequação das instalações da UNEB para retomada presencial das atividades, entre outros.

“Estamos acompanhando todos os dados e realizando reuniões semanais para discutir os novos cenários e traçar as medidas de Biossegurança necessárias para resguardar ao máximo a saúde da comunidade unebiana”, explicou a presidenta da Cobio, professora Caroline Tannus.

Acredite na segurança e eficácia da vacina!
E quando chegar a sua vez, vacine-se!

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Quer conhecer um pouco mais sobre o trabalho de nossos pesquisadores?

Ms. Caroline Tannus
Dr. Clausilson Bastos
Ms. Jeane Magnavita
Dr. Paulo Barbosa

Informações: www.coronavirus.uneb.br

Egresso da UNEB lidera projeto de pesquisa para possível vacina contra COVID-19

Gustavo Cabral é graduado pelo curso de Ciências Biológicas, do Campus VII (Senhor do Bonfim). Foto: Arquivo Pessoal

Cientistas brasileiros, vinculados ao Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), trabalham no projeto para uma possível vacina contra o novo Coronavírus (COVID-19).

Líder da iniciativa, o pesquisador Gustavo Cabral é egresso do curso de Ciências Biológicas, do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim.

Pesquisa em desenvolvimento pela equipe do Incor conta com fomento da Fapesp

A pesquisa é desenvolvida por meio da plataforma tecnológica de mRNA, que se baseia na inserção na vacina de moléculas de RNA mensageiro (mRNA), que contém as instruções para produção de alguma proteína reconhecível pelo sistema imunológico.

A ideia, que é diferente das que têm sido utilizadas por outros grupos de pesquisa e por indústrias farmacêuticas, é que o sistema imunológico reconheça essas proteínas artificiais para posteriormente identificar e combater o coronavírus real.

A plataforma que será utilizada pelos pesquisadores do Incor é fundamentada no uso de partículas semelhantes a vírus VLPs (sigla em inglês para: virus like particles).

“Em geral, as vacinas tradicionais, baseadas em vírus atenuados ou inativados, como a do Influenza, causador da gripe, têm demonstrado excelente imunogenicidade, e o conhecimento das características delas serve de parâmetro para o desenvolvimento bem-sucedido de novas plataformas vacinais”, explica o pesquisador.

Ainda de acordo com o cientista, o novo vírus “é pouco conhecido e, por questões de segurança, precisa evitar inserir material genético no corpo humano, para evitar efeitos adversos. Por isso, as formas alternativas para o desenvolvimento da vacina anti-COVID-19 devem priorizar, além da eficiência, a segurança”.

Nos próximos meses, os cientistas esperam acelerar o desenvolvimento da pesquisa, realizando testes em animais. O projeto tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Trajetória unebiana

Gustavo Cabral foi discente do curso de Ciências Biológicas, do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim, onde estagiou no antigo laboratório de Parasitologia.

Enquanto estudante universitário, realizou atividades acadêmicas no “lixão” do município, auxiliando no tratamento dos catadores de lixo em situação vulnerável de saúde.

Artur Lima: “Exemplo vivo das mentes brilhantes que frequentam a universidade pública”

Depois, contribuiu com ações de saúde nas comunidades quilombolas da região, atividade que resultou no seu projeto de iniciação científica na universidade.

Professor do curso de Medicina da UNEB, Artur Lima foi um dos docentes do egresso e manifesta orgulho por ter contribuído para a formação do pesquisador.

”É uma honra ver Gustavo ter conseguido alcançar o mais alto nível científico mundial. E saber que tudo isso começou na nossa instituição. Ele é um exemplo vivo das mentes brilhantes que frequentam a universidade pública, em especial a UNEB”, ressaltou o docente.

Ainda segundo Artur, a trajetória do egresso evidencia caminhos que devem ser trilhados pelo país: “quanto mais investimos nas universidades públicas, mais solucionamos nossos inúmeros problemas sociais em saúde humana e ambiental”.

Pesquisa sobre vacinas

Após concluir a graduação na UNEB, Gustavo alçou novos voos para se tornar um pesquisador de reconhecimento nacional e internacional. Conquistou o título de mestre em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e de doutor pela Universidade de São Paulo (USP).

O cientista tem também pós-doutorados pelas universidades de Oxford, na Inglaterra, e de Berna, na Suíça. Nesse período, pesquisou sobre a produção de vacinas utilizando VLPs (virus-like particles) e diagnósticos avançados com a tecnologia de biossensores.

Por meio de projeto fomentado pela Fapesp, o pesquisador voltou ao Brasil para desenvolver estudos para as vacinas contra Streptococcus Pyogenes (bactérias causadoras da febre reumática e da cardiopatia reumática crônica) e Chikungunya, utilizando VLPs.

Com o avanço das contaminações por COVID-19, as ações de pesquisa foram adaptadas para a busca pelo desenvolvimento da vacina contra o novo Coronavírus.

“É uma sensação muito boa estar na linha de frente deste projeto, vai além da minha carreira. O importante dessa pesquisa é a oportunidade de se produzir conhecimento, dar outros passos no projeto e atuar no combate a essa pandemia. Isso tudo para mim, como ser humano, não tem preço”, destacou Gustavo.

*Com informações da Agência Fapesp e fotos de arquivos pessoais e do Blog da Saúde (Ministério da Saúde)

Campanha Nacional de Vacinação contra gripe inicia hoje (23); veja quem pode ser vacinado

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) divulga que teve início hoje (23) a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, que é a gripe geralmente provocada por três cepas do vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B).

Prevista para o próximo mês de abril, a iniciativa foi antecipada para não mascarar o quadro de pacientes com o novo coronavírus (COVID-19) e evitar a superlotação nos hospitais e unidades básicas de saúde.

A imunização é gratuita e pode ser encontrada nos postos municipais. Neste primeiro momento, devem receber a vacina apenas os profissionais de saúde e as pessoas com mais de 60 anos, conforme orientações ministeriais.

A indicação visa reduzir aglomerações nos locais de atendimento em todo o país e garantir o direito aos públicos de risco ou diretamente expostos em suas atividades profissionais.

Todos os que podem receber a dose devem averiguar, junto à secretaria de saúde do seu município, os locais e a metodologia que serão utilizados. Lembre-se de apresentar documento de identificação e carteira de vacinação, se possuir.

A vacina não possui eficácia contra o coronavírus (COVID-19), entretanto, consiste em uma maneira de auxiliar a triagem realizada por profissionais e acelerar o diagnóstico para os casos da nova doença.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), de janeiro até a última quinta-feira (12), foram registrados no estado 38 casos e duas mortes causadas pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), provocada pelo vírus Influenza A (H1N1).

Próximos públicos

A Campanha de Vacinação contra o Influenza seguirá na Bahia. A partir do dia 16 de abril, poderão receber a imunização professores, profissionais das forças de segurança, salvamento e pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, asma, entre outras.

No dia 9 maio será realizado o “Dia D”, na data terão direito à vacina crianças com idades entre seis meses e seis anos incompletos, pessoas entre 55 e 60 anos incompletos, gestantes, puérperas (mulheres em período de pós-parto) e indígenas.

Foto: Reprodução / Sesab