Terno de Reis Rosa Menina é destaque em palestra especial na UNEB

Atividade integra programação dos 15 anos de existência do TBC Cabula.

A UNEB, por meio do Centro de Estudos e Inovação em Turismo de Base Comunitária (Ceitbc), realizou na última quarta-feira (29), a palestra especial sobre O Terno de Reis Rosa Menina.

O evento reuniu docentes e discentes no Auditório Jurandyr Oliveira, localizado no Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da Universidade, em Salvador.

Na exposição, a palestrante Isabel Doria teve a oportunidade de contar a história do Terno de Reis Rosa Menina – grupo cultural fundado pelo seu pai, Seu Silvano Francisco do Nascimento, que em 2025 completa 80 anos de atividades nas festas populares de Salvador.

“Depois do falecimento dos nossos pais, eu fui escolhida pela família para ser a responsável para dar continuidade ao terno. Estou aqui com Amor e Respeito. Não é fácil, dá muito trabalho, é uma história, mas estou aqui, junto a minha família”, explicou Isabela Doria.

O Grupo Cultural Terno de Reis Rosa Menina é o mais antigo e tradicional terno soteropolitano – dentre os seis ternos em atividade na cidade. Ele fundado em 1º de novembro de 1945 por Seu Silvano, no bairro de Brotas, em Salvador. Dez anos depois, migrou para Pernambués, onde permanece. No bairro, o senhor Silvano conheceu e casou-se com Luiza Cruz do Nascimento. Assim, filhos e netos do casal mantêm a tradição da festa até os dias de hoje.

São nove filhos que se dividem em diferentes funções para manter ativo o Terno de Reis Rosa Menina: direção artística, figurino, administração, contabilidade, música e logística. As músicas apresentadas pelo grupo foram todas compostas por Seu Silvano e em suas letras contam um enredo original da trajetória da Rosa Menino que celebra a chegada do Menino Jesus.

A programação foi complementada pela exposição de Bruno Cerqueira, membro do Coletivo Saídas Culturais Acessíveis, que falou sobre acessibilidade da Cultural. Bruno destacou a importância de se considerar a acessibilidade a partir da Cultura de Acesso, que é o direito das pessoas terem condições de estar nos espaços culturais das cidades. “Antes da deficiência, nós somos pessoas. Precisamos de soluções que nos permitam acessar os espaços culturais. Não é só sobre chegar até os locais, mas também sobre conseguimos permanecer neles”, avaliou Bruno.

O evento contou com apoio do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, e da Fundação Gregório de Mattos. A atividade integra a programação dos 15 anos de existência do projeto de ensino, pesquisa e extensão Turismo de Base Comunitária do Cabula (TBC Cabula), que terá uma extensa comemoração durante todo este ano.

Texto e fotos: Leandro Pessoa/Ascom