Fortalecer os caminhos para a garantia dos Direitos Humanos, Educacionais e da Inclusão.
Esse é o objetivo do Projeto UPT POP RUA, fruto de uma parceria entre Secretaria estadual da Educação (SEC), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Defensoria Pública do Estado (DPE) e o Movimento da População em Situação de Rua (Movimento PopRua).
A iniciativa, que integra as ações do Programa Universidade para Todos (UPT), é voltada para pessoas em situação de rua e busca oportunizar o retorno à escola; proporcionar novas expectativas de futuro; e preparar esses jovens e adultos para processos seletivos de ingresso ao Ensino Superior, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O novo projeto foi lançado com aula inaugural na última terça-feira (12), no Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios Severino Vieira (Ceep), no bairro de Nazaré, em Salvador.
“O UPT/UNEB, seguindo a sua vocação da inclusão e fortalecimento das ações afirmativas, abraçou esse novo projeto com muito entusiasmo. Construímos a quatro mãos (SEC, UNEB, DPE e Movimento POP Rua) uma metodologia individualizada para que pudéssemos atuar na formação dessas pessoas de modo mais especializado e eficiente”, destacou Simone Wanderley, coordenadora geral do UPT/UNEB.
A primeira turma conta com 20 alunos, que possuem ensino médio comprovado, como prevê os critérios do programa. Todos receberam material didático, fardamento e terão acesso à alimentação escolar. Além disso, há um espaço para acolher os filhos dos cursistas.
Renny Silva, coordenador do Movimento Pop Rua, frisou: “A escola é para todos e a gente, que vem da trajetória de rua, não tem essa visibilidade, de estar dentro da faculdade. Então, é um sonho entrar em uma faculdade, algo público, e ter acesso ao conhecimento e a autonomia do sujeito. É entrar na universidade e garantir uma qualidade de ensino, para que possa ter um emprego melhor, mais dignidade”.
De acordo com José Bites de Carvalho, o Universidade para Todos vem desenvolvendo cada vez mais ações voltadas para comunidades vulneráveis. “Em mais uma iniciativa inclusiva, visamos formar pessoas para que tenham oportunidade de desenvolver habilidades, consolidar uma formação cidadã e profissional, e participar de processos seletivos com dignidade e equidade”, afirmou.
O defensor público Armando Fauaze explicou a participação da DPE na iniciativa. “A Defensoria atua na identificação dos alunos, para que tenham a oportunidade de crescimento e de inserção qualificada no mercado de trabalho.
As aulas serão ministradas por professores monitores da Universidade de Estado da Bahia (UNEB), a maior executora do Programa UPT na Bahia. Serão ofertados os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Redação, Literatura, História, Geografia e Matemática. As atividades serão realizadas durante três dias na semana até dezembro deste ano.
**Com informações do GOVBA