Colóquio reúne professores, estudantes e pesquisadores para discutir diferenças e desigualdades no ambiente escolar

O reitor José Bites, que presidiu a mesa de abertura do evento, ao lado da superintendente de Políticas para a Educação Básica, Vanusa Maria Saraiva, do diretor do DEDC I, Valdélio Santos, além de outros gestores e pesquisadores da universidade

Diferenças e Desigualdades no Cotidiano Escolar. Esse foi o tema do III Colóquio Docência e Diversidade na Educação Básica, que aconteceu entre os dias 7 e 9 de junho, no Teatro UNEB, no Campus I, em Salvador.

O evento foi realizado pela UNEB, por meio do grupo de pesquisa Docência, Narrativas e Diversidade (Diverso) do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do campus.

Jane Vasconcelos (esq.) ao lado da pesquisadora Vera Candau, que ministrou a conferência de abertura do evento.

A iniciativa, voltada para professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação, visou  promover discussões acerca das diferenças e desigualdades que atravessam o cotidiano escolar e a formação docente, além de intercambiar experiências produzidas na Educação Básica e na universidade, considerando a diversidade presente nas formas contemporâneas de educar.

O reitor da UNEB, José Bites de Carvalho, presidiu a mesa de abertura do evento. “É preciso estreitar os laços entre a universidade  e as escolas, e esse evento desenvolve ações e debates nessa perspectiva, trazendo os professores da educação básica para o centro das discussões e convidando-os a ressignificar suas práticas em sala de aula atentos à valorização da diversidade, das diferenças”, frisou.

A mesa solene contou ainda com a presença da coordenadora do grupo Docência, Narrativas e Diversidade (Diverso), Jane Vasconcelos, da superintendente de Políticas para a Educação Básica, Vanusa Maria Saraiva, do diretor do DEDC I, Valdélio Santos, além de outros gestores e pesquisadores da universidade.

Jane Vasconcelos destacou a importância do evento para discutir as diferenças e desigualdades no cotidiano escolar. ‘’Desde 2016 que o nosso grupo de pesquisa se debruça sobre essa temática, que é uma demanda que emerge da própria escola. No cenário político atual a questão da desigualdade e da diferença é fundante para a formação do professor e para a discussão do cotidiano escolar”, destacou a coordenadora.

Extensa programação

A mesa temática Gênero, sexualidade e geração na escola, mediada pelo professor da UNEB Elizeu Clementino, contou com a participação dos pesquisadores Fernando Seffner (esq.), Josimara Aparecida e do professor da educação básica Silvano Suzart.

A conferência de abertura foi ministrada pela pesquisadora Vera Maria Ferrão Candau, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), que abordou o tema Diferenças e desigualdades no cotidiano escolar.

‘’A escola tem muita dificuldade em incorporar na sua prática as desigualdades e diferenças presentes em seu contexto. Se quisermos uma educação com qualidade social, capaz de reconhecer as especificidades dos diferentes grupos precisamos buscar ultrapassar toda a tendência de homogeneização e padronização que ainda está muito presente na educação escolar. Precisamos valorizar as diferenças e trazê-las para o contexto pedagógico, destacou a pesquisadora.

O evento reservou diversas apresentações culturais.

O evento contou ainda com mesas temáticas sobre temas diversos como Gênero, sexualidade e geração na escola, composta pelo pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Seffner, pela pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (Ufba),  Josimara Aparecida Delgado, e pelo professor da educação básica,  Silvano Suzart Oliveira Costa. A atividade foi mediada pelo professor da UNEB Elizeu Clementino.

O docente Silvano Suzart Oliveira Costa relatou as suas experiências enquanto professor do ensino básico. ‘’Convivi com diversos estudantes que não só sofriam com conflitos de aceitação em casa, mas também na escola com práticas de bullying e homofobia, por exemplo. A escola precisa se envolver e articular planos e projetos que oportunizem debates sobre o tema nas salas de aula, no dia a dia escolar do aluno”,  relata o professor.

A programação do colóquio contou com conferências, mesas-redondas, sessões de comunicação oral, relato de experiências, lançamento de livros e apresentações culturais.

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