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Colóquio aborda profissão docente na atualidade; inscrições abertas!

 A UNEB realiza, por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC), o IV Colóquio Docência e Diversidade na Educação Básica: “Profissão Docente em Questão”.

O encontro acontecerá, por transmissão virtual, entre os dias 17 e 19 de março, e reunirá estudantes, pesquisadores e professores da rede de educação básica.

Os interessados devem se inscrever através de formulário online, disponibilizado no site do evento. O número de participantes é restrito a capacidade de suporte da sala virtual que é de 600 pessoas. Para aqueles que desejam apresentar trabalhos o prazo de inscrição segue até dia 12 de fevereiro (ver regras de submissão)

O evento tem como objetivo articular pesquisadores, professores da Educação Básica e estudantes de graduação e pós-graduação no debate epistêmico-político sobre questões contemporâneas que envolvem a profissão docente na crise sociopolítico, sanitária e educacional do país.

O Colóquio Docência e Diversidade na Educação Básica é um evento nacional promovido pelo Grupo de Pesquisa Docência, Narrativas e Diversidade na Educação Básica (Diverso), vinculado ao PPGEduC.

Informações: jrios@uneb.br

UNEB abre inscrições para concessão de auxílio à inclusão digital; benefício vai contemplar 5 mil estudantes

A UNEB, por meio da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes), vai abrir inscrições para o processo seletivo de concessão de auxílio de suporte emergencial à inclusão digital para os estudantes da universidade, entre os dias 8 e 15 de fevereiro.

O benefício assistencial é direcionado para estudantes regularmente matriculados para o primeiro semestre letivo de 2021 e de programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), na modalidade presencial e de oferta continua.

Os interessados devem realizar inscrição no site www.selecao.uneb.br/inclusaodigital2021.1, de acordo com os critérios e documentação estabelecidos no edital do processo seletivo.

O auxílio visa a manutenção das atividades acadêmicas dos estudantes da universidade, via mediação tecnológica, durante a suspensão das atividades presenciais, em virtude da pandemia da Covid-19.

“Esse auxílio pretende contribuir para a assistência e permanência acadêmica dos estudantes da UNEB, em situação de vulnerabilidade social e econômica, contribuindo também com o processo formativo dos discentes”, explicou a pró-reitora da Praes, Elivânia Reis.

Duas modalidades de auxílio

De acordo com o edital de seleção, o benefício pretende atender cinco mil estudantes e é dividido em duas modalidades: Auxílio Financeiro, com até dois mil discentes contemplados; e o Auxílio Conectividade, com até três mil discentes contemplados.

O Auxílio Financeiro é concedido em parcela única no valor de R$ 800, para aquisição, acesso ou manutenção de equipamentos de tecnologia da informação, com finalidade de acompanhar as atividades acadêmicas, via mediação tecnológica.

Já o Auxílio Conectividade visa concessão de acesso móvel à internet durante seis meses, que será disponibilizado em forma de Gigabytes (GB) adicionais para uso acadêmico, no número do celular com chip e plano de dados ativo informado pelo estudante no ato da inscrição.

O Auxílio Financeiro deve ser requerido por estudantes de primeira graduação. O Auxilio Conectividade pode ser solicitado por discentes de primeira graduação e de programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

O aluno deverá comprovar situação de vulnerabilidade socioeconômica, em consonância com a Política de Assistência Estudantil da Universidade. A análise documental ocorrerá em única etapa e será realizada por comissão constituída pela Praes.

A concessão dos auxílios somente será efetivada após a confirmação da matrícula no semestre letivo 2021.1 via sistema Sagres. Os discentes classificados e contemplados nos processos seletivos anteriores de auxílio à inclusão digital não poderão participar.

Tem dúvidas sobre como preencher o formulário de inscrição?
Acesse aqui o vídeo tutorial!

Informações: www.selecao.uneb.br/inclusaodigital2021.1

Semana de Acolhimento – Semestre 2021.1

Programação Geral

Unidade Acadêmica de Educação a Distância (UNEAD)
Modalidade EaD

Campus I – Salvador
Departamento de Educação (DEDC)
Departamento de Ciências Humanas (DCH)
*Confira programação exclusiva do curso de Relações Públicas
*Confira programação exclusiva do curso de Letras/Espanhol

Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET)
Departamento de Ciências da Vida (DCV)
*Confira programação exclusiva do curso de Farmácia

Campus II – Alagoinhas

Departamento de Educação (DEDC)
Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET)

Campus III – Juazeiro

Departamento de Ciências Humanas (DCH)
Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS)

Campus IV – Jacobina
Departamento de Ciências Humanas (DCH)

Campus V – Santo Antônio de Jesus
Departamento de Ciências Humanas (DCH)

Campus VI – Caetité
Departamento de Ciências Humanas (DCH)

Campus VII – Senhor do Bonfim
Departamento de Educação (DEDC)

Campus VIII – Paulo Afonso
Departamento de Educação (DEDC)

Campus IX – Barreiras
Departamento de Ciências Humanas (DCH)

Campus X – Teixeira de Freitas
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XI – Serrinha
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XII – Guanambi
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XIII – Itaberaba
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XIV – Conceição do Coité
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XV – Valença
Departamento de Educação (DEDC)

Campus XVI – Irecê
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XVII – Bom Jesus da Lapa
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XVIII – Eunápolis
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XIX – Camaçari
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XX – Brumado
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XXI – Ipiaú
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XXII – Euclides da Cunha
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XXIII – Seabra
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

Campus XXIV – Xique-Xique
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT)

 

 

 

 

 

 

 

 

Juazeiro: Mestrado em Horticultura Irrigada inscreve até esta sexta (29)

O Programa de Pós-Graduação em Agronomia: Horticultura Irrigada (PPGHI) do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), no Campus III da UNEB, em Juazeiro, inscreve, até o dia 29 de janeiro, para seleção de aluno regular do curso de mestrado.

Estão sendo oferecidas nove vagas, distribuídas entre duas linhas de pesquisa: “Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita de Plantas Hortícolas” e “Melhoramento e Manejo de Plantas Hortícolas”.

Para realizar a inscrição, os interessados deverão preencher formulário online e, neste mesmo sistema, digitalizar a documentação exigida no edital e enviar em formato PDF.  A taxa de inscrição é de R$ 100.

O processo seletivo é composto por duas etapas: entrevista (que acontecerá por mediação tecnológica) e avaliação do currículo lattes.

O resultado final do certame está previsto para ser divulgado no dia 9 de março de 2021, no site www.ppghi.uneb.br. A matrícula dos aprovados acontecerá entre os dias 15 e 19 do mesmo mês.

Informações: www.ppghi.uneb.br

I Congresso de Extensão Universitária seleciona monitores até 29/01

A Universidade do Estado da Bahia, através da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), seleciona monitores para atuar no I Congresso de Extensão Universitária (CEU) da UNEB.

Os interessados em compor a equipe devem realizar inscrição através de formulário eletrônico até o dia 29 de janeiro.

Serão disponibilizadas 70 vagas, sendo 40 para estudantes de cursos de graduação ou pós-graduação matriculados na UNEB e 30 para colaboradores que atuam na Universidade, sejam servidores administrativos, tutores EAD ou terceirizados, com titulação mínima de graduação.

O evento será realizado entre os dias 22 a 24 de fevereiro, por transmissão online. A atuação dos monitores será por mediação tecnológica, dessa forma o candidato deve dispor de recursos de internet, computador com som e vídeo para o desenvolvimento das atividades de suporte.

Os participantes receberão certificado de acordo com a carga horária cumprida durante o Congresso. Os critérios da seleção podem ser conferidos na chamada publicada pela Proex.

O resultado será divulgado no dia 4 de fevereiro, no site do evento.

Informações: ceu@uneb.br

Cerca de 20 mil baianos já estão imunizados contra a Covid-19; Vacina é comprovadamente segura e eficaz

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Dia 17 de janeiro a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac, desenvolvida no Instituto Butantan, com o Laboratório Chinês Sinovac, e a AstraZeneca, produzida através de parceria entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford.

Mesmo já tendo sido autorizadas para uso pelas agências reguladoras dos seus países de origem, os imunizantes passaram por criteriosa análise também da Anvisa, antes de receber o parecer favorável para uso no Brasil.

Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à Covid-19. Na Bahia, a vacinação teve início no dia 19 de janeiro e, de acordo com dados do governo do estado, cerca de 20 mil baianos já foram imunizados.

Fases da Imunização: priorizando quem mais precisa!

Claudilson Bastos: A 1ª fase da vacinação é direcionada para o público com maior risco de contágio.

A princípio, de acordo com a primeira fase prevista no Plano de Vacinação Contra Covid-19 no Estado da Bahia, estão sendo vacinados indígenas, povos e comunidades tradicionais e ribeirinhas, idosos institucionalizados e profissionais de saúde que atuam na linha de frente do tratamento contra a Covid-19.

“A primeira fase da imunização contempla um público com maior risco de contágio por conta da alta exposição, como os trabalhadores da saúde, e também pessoas com baixa imunidade, que vivem em instituições ou comunidades isoladas, como os idosos e indígenas”, explicou o infectologista e professor da UNEB, Claudilson Bastos.

O plano ainda contempla outras três fases, que incluem, por exemplo, idosos com idade entre 60 a 74 anos, pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares, profissionais da educação e pessoas em situação de rua. Detalhes sobre cada fase podem ser consultados no Plano de Vacinação Contra Covid-19 no Estado da Bahia.

Cooperação Mundial: juntos somos fortes!

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A atuação incansável de cientistas, professores, pesquisadores, profissionais e gestores de saúde de todo o mundo foi primordial para que a vacina contra o vírus Sars-COV-2 fosse criada em tão pouco tempo.

“Conscientes da gravidade da situação, pesquisadores, em uma iniciativa global, envidaram esforços para a criação da vacina. Esse comprometimento, somado a experiências anteriores e tecnologias já desenvolvidas, foi imprescindível para a construção de novos conhecimentos e evidências científicas, tornando possível a produção da vacina, em mais de um método, com estudos comprovando sua confiabilidade e eficácia”, destacou a epidemiologista Jeane Magnavita, coordenadora da Comissão de acompanhamento e orientação das condutas institucionais relativas à pandemia da Covid-19 da UNEB.

Paulo Barbosa: A expertise do Butantan e da Fiocruz, reconhecida mundialmente, foi essencial para articular parcerias tão importantes.

O professor da UNEB Paulo Barbosa, doutor em Saúde Coletiva, reforçou a importância da parceria com os laboratórios da China e de Oxford. Segundo ele, essas sociedades são de interesse mútuo, cujo objetivo é aumentar a capacidade produtiva para atender a enorme demanda mundial.

“O ponto forte desse acordo é a transferência de tecnologia, ou seja, somos capazes não só de envazar a vacina, mas também de produzi-la aqui. Isso permite atender mais rápido as demandas do país, o que, em um cenário de pandemia, é primordial”, pontuou o pesquisador apontando que a expertise do Butantan e da Fiocruz, reconhecida mundialmente, foi essencial para articular parcerias tão importantes.

Pode confiar! É segura e eficaz

A vacina do Butantan contra a Covid-19 possui 50,4% de eficácia. Já a da Fiocruz a eficácia fica em torno 70,4%. Ambas atendem a porcentagem exigida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para produção e uso de um imunobiológico, que é de 50%.

Dizer que a eficácia da Coronavac é de 50,4%, por exemplo, significa que, estando imunizado por essa vacina, o indivíduo tem 50,4% de chance de não adoecer quando exposto ao vírus. Em um contexto de pandemia, esse é um salto muito importante, uma vez que, além da proteção individual, resguardará também o outro, já que não será mais transmissor do vírus. Assim será possível quebrar essa cadeia infinita de transmissão no mundo.

Vale ressaltar que a eficácia da vacina Coronavac varia a depender da gravidade do caso. Em casos moderados e graves, por exemplo, a eficácia do imunizante é de 100%. O que significa dizer que o indivíduo vacinado, mesmo que seja infectado pelo vírus, não desenvolverá a forma grave da doença, que requer internamentos prolongados, desobstruindo o sistema de saúde.

Porque duas doses?

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A Coronavac, a AstroZeneca, assim como todas as demais vacinas contra a Covid-19 que estão sendo produzidas no mundo, precisam de duas doses para imunização.

Essa metodologia é necessária para reforçar a memória imunológica contra o vírus e buscar uma resposta mais rápida. Ou seja, após o organismo ser adequadamente vacinado, ao ser exposto ao vírus, o seu sistema imunológico responderá melhor, protegendo-o da infecção e ou doença.

“Nos estudos e experimentos realizados durante o processo de criação da vacina, os cientistas perceberam que, com a primeira dose já ocorria a produção de anticorpos, mas com a segunda, em um intervalo definido de tempo, essa produção era potencializada, tornando a vacina ainda mais eficaz”, explicou a epidemiologista.

Vacinação em massa, quando?

Jeane Magnavita: A vacina é segura e eficaz. Precisamos dela para a manutenção da vida humana.

O mundo inteiro está precisando de vacina. Trata-se de uma demanda gigantesca que precisa ser atendida com celeridade. Contudo, além do empenho dos pesquisadores, instituições e laboratórios, é essencial que as pessoas acreditem na ciência e se vacinem, como destaca a professora Jeane:

“A vacina é segura e muito eficaz. Precisamos dela para a manutenção da vida humana. Todo o processo de criação, produção e distribuição está sendo feito com cautela e muito cuidado, respeitando os critérios de produção, as etapas de testagem e, sobretudo, a análise, monitoramento e avaliação das agências reguladoras de cada país. Quanto mais vacinas ao redor do mundo forem validadas com eficácia e segurança, mais rápido iniciaremos a vacinação em massa” afirmou a epidemiologista.

A vacina chegou! Como ficam as atividades na UNEB?

A saúde pública mundial deu um enorme passo com a criação, produção e distribuição da vacina em tempo recorde. Contudo, o caminho ainda é longo.

De acordo com orientações da OMS, para que as atividades voltem definitivamente ao normal, finalizando o isolamento social, a transmissão local da Covid-19 deve estar controlada. É essencial ter muito domínio sobre a doença e sobre as repercussões e tempo da eficácia do imunizante.

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Enquanto isso não acontece é preciso manter todos os cuidados já amplamente orientados. Ainda não é possível dispensar, mesmo aqueles que já estão vacinados, o uso de máscara, a higienização constante das mãos e o distanciamento social. Esses cuidados devem ser mantidos por toda a sociedade, por todas as instituições, inclusive as escolas e universidades.

Caroline Tannus: A Cobio está estudando as medidas necessárias para resguardar ao máximo a saúde da comunidade unebiana.

Segundo a Comissão de Biossegurança (Cobio) da UNEB, ainda é cedo para falar sobre retorno presencial das atividades. Após aprovação do uso das vacinas produzidas pelo Butantan e Fiocruz, muitos fatores precisam ser avaliados, como previsão de vacinação que contemple um contingente significativo da população, redução do número de casos que necessitam de internação na Bahia, adequação das instalações da UNEB para retomada presencial das atividades, entre outros.

“Estamos acompanhando todos os dados e realizando reuniões semanais para discutir os novos cenários e traçar as medidas de Biossegurança necessárias para resguardar ao máximo a saúde da comunidade unebiana”, explicou a presidenta da Cobio, professora Caroline Tannus.

Acredite na segurança e eficácia da vacina!
E quando chegar a sua vez, vacine-se!

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Quer conhecer um pouco mais sobre o trabalho de nossos pesquisadores?

Ms. Caroline Tannus
Dr. Clausilson Bastos
Ms. Jeane Magnavita
Dr. Paulo Barbosa

Informações: www.coronavirus.uneb.br

Carta aberta aos médicos e médicas baianos sobre a pandemia do coronavírus e o posicionamento do Cremeb

Em 10 de março de 2016, nós do movimento Médicos e Médicas pela Democracia, em Carta Aberta assinada por 270 profissionais, manifestamos nosso sentimento de estranheza diante do fato de a diretoria do Conselho Regional de Medicina da Bahia estar convocando participação de seus membros em manifestações políticas que visavam o impeachment da Presidente eleita.

Desde então, deteriorou-se sensivelmente a situação política, econômica e sanitária do país. O impeachment (na verdade, um golpe jurídico-político-midiático) foi consumado e a Presidente Dilma foi substituída pelo vice, Michel Temer. Ainda no governo de Michel Temer, foi aprovada a PEC dos Gastos, que impôs forte restrição aos investimentos e ao custeio da saúde, desde então.

Com a eleição de Jair Bolsonaro, a situação agravou-se ainda mais, devido ao descompromisso do novo governo com as diretrizes do Estado Social estabelecidos na Constituição Cidadã de 1988.

A pandemia do coronavírus apenas aprofundou a crise, e o Brasil foi acumulando dados negativos, tornando-se, diante de todo o mundo, o país que a enfrentou da maneira mais inconsequente, destacando-se em número de casos e de mortes.

O presidente Bolsonaro, desde o início da pandemia, tratou com menosprezo a gravidade da situação e desdenhou de todas as medidas preconizadas pela Organização Mundial de Saúde. Por inépcia e por deliberado descompromisso com a saúde, trabalhou contra o distanciamento social e o uso de máscara e higiene das mãos como estratégias de mitigação dos riscos da pandemia.

Pari passu, estabeleceu a falsa dicotomia entre “isolamento social X manutenção da atividade econômica” e “vacina X tratamento precoce”, mesmo sabendo-se que, mundialmente, as drogas indicadas para o referido “tratamento precoce” estavam descartadas com base em inúmeros estudos científicos.

Dentre as drogas que fazem parte do que convencionou-se chamar de “kit tratamento precoce” estão a cloroquina e hidroxicloroquina, adotadas sistematicamente em pronunciamentos do presidente da República. As drogas citadas, além de não apresentarem nenhuma ação no tratamento da COVID-19, apresentam inúmeros efeitos colaterais, sendo recomendada cautela em seu uso para tratamento das doenças em que são indicadas.

Ao invés de estimular a população a cumprir as medidas preconizadas pela OMS e trabalhar interna e externamente na busca pela vacina, o presidente agiu de forma irresponsável, criando um clima de insegurança e de caos, fazendo com que o Brasil totalize 10% das mortes do mundo, sendo que temos apenas 2% da população mundial.

Ficamos no final da fila da vacina, que somente foi aprovada recentemente, pela força do SUS, representado nesse episódio pela atuação do Instituto Butantan, da Fundação Oswaldo Cruz e da ANVISA, que agiu respeitando a ciência e se blindando contra interferências políticas indevidas.

Em que pese ter havido posicionamentos firmes das Sociedades de Especialidades, notadamente a Sociedade Brasileira de Infectologia (reforçados hoje por nota conjunta da Associação Médica Brasileira – AMB – e da Sociedade Brasileira de Infectologia – SBI) diante da insistência do governo em falsos tratamentos, os Conselhos Federal e Estaduais de Medicina omitiram-se até a presente data e continuam omitindo-se em se posicionar diante de condutas reprováveis de médicos e médicas pelo Brasil.

Passados quase seis anos, e sem obter nenhuma resposta do CREMEB, somos surpreendidos com a entrevista de Julio Braga, vice-presidente do CREMEB e Conselheiro Federal do CFM pelo Estado da Bahia ao site Bahia Noticias, em que ele fala sobre o não posicionamento do Conselho sobre a prescrição da cloroquina e outras drogas para tratamento da COVID-19 e “denuncia” a politização da discussão sobre o tema.

O primeiro equívoco é o que busca reduzir o papel do Conselho a punir ou não punir médico. A principal função dos Conselhos de Medicina é o de proteger a sociedade de práticas danosas à saúde da população. Punição ou não é consequência. No debate sobre “tratamento precoce”, os Conselhos teriam a obrigação de agir preventivamente, alertando a sociedade de que as drogas que fazem parte do “kit tratamento precoce” não trazem nenhum benefício ao paciente e podem colocar sua saúde em risco. Aos médicos, os Conselhos deveriam dizer que são condenáveis os atos médicos que estiverem em desacordo com a ciência e que comprometam a segurança do paciente.

Comparar o uso de medicamentos sabidamente nocivos ao uso de chás é, no mínimo, tergiversar sobre esse grave problema.

O segundo equívoco é colocar a autonomia do médico acima do que já está definido pela ciência e que, via de regra, deve nortear a boa pratica médica. A prescrição de medicamentos e outras terapêuticas não pode ficar subordinada a achismos e sua mera discussão entre o profissional e o paciente, devendo ser baseada em evidências cientificas disponíveis.

Tratando-se da cloroquina, o próprio médico francês Didier Raoult, mundialmente conhecido pela defesa da hidroxicloroquina para tratar a Covid-19, foi denunciado pela Sociedade de Patologia Infecciosa de Língua Francesa (SPILF), por promoção indevida do medicamento. Recentemente, assumiu que o medicamento não reduz o agravamento nem a mortalidade pela doença.

Equivoca-se também o Conselheiro quando diz que ainda existe no mundo a discussão sobre o uso das drogas do “kit tratamento precoce”. Não há mais essa discussão em parte alguma do mundo. A própria ANVISA, agência governamental responsável pela área, enterrou essa discussão no Brasil, sendo esse um dos motivos para autorizar o uso emergencial das vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca, no domingo próximo passado.

Por fim, o referido conselheiro afirma que o CREMEB não irá intervir se não ocorrerem “casos em que o profissional recomenda medicamentos visando lucro e enriquecimento pessoal, quando há interesse político, e quando prejudique a população, além dos casos de prescrição em massa.

Nesse aspecto, o CREMEB é, certamente, conhecedor de diversos casos de uso midiático da defesa do “kit tratamento precoce”, alguns compartilhados pelo presidente da República, de pacotes de medicamentos embalados em sacos plásticos, sob o falso discurso de “precisamos salvar vidas”. É pública e notória a utilização do tema com interesse politico, tendo sido fartamente noticiada pela imprensa.

Diante do exposto, nós, Médicos e Médicas pela Democracia, denunciamos que, mais uma vez, o nosso Conselho profissional abre mão do seu papel fiscalizador e orientador da categoria médica e se alinha ao negacionismo que compromete a boa prática médica e põe em risco a saúde da população.

Reafirmamos que o único caminho para vencermos a pandemia e retornarmos à normalidade é o do distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene das mãos, aliados à vacinação em massa da nossa população.

Salvador, 19 de janeiro de 2021
Médicos e Médicas pela Democracia da Bahia

SESAB seleciona IES baianas para concessão de vagas de estágio obrigatório em estabelecimentos de saúde

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) realiza chamamento público, junto às instituições de ensino superior público da Bahia, para seleção de vagas de estágio obrigatório nos estabelecimentos de saúde durante o ano de 2021.

As vagas são destinadas às instituições do Estado e da Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale Médio São Francisco – rede PEBA – com graduações na área de saúde em modalidade presencial.

O número de vagas varia de acordo com a disponibilidade das unidades e serão destinadas à ocupação de espaço físico, com carga horária de 4 a 12 horas por dia, ou na modalidade de internato com 40 horas semanais.

Os estudantes, orientados pelos professores, irão atuar em estabelecimentos de saúde, de administração direta e indireta, bem como em estabelecimentos de saúde parceiros que firmarem convênio, acordo ou ajuste com o Estado durante o período.

O processo seletivo consiste em duas etapas. Na primeira, a instituição de ensino superior deverá realizar inscrição, cadastramento, identificação de demandas e sinalização das vagas de estágio em que tem interesse através do Sistema de Gestão de Estágios Obrigatórios (SGEO).

Após a inscrição será publicada uma lista com as instituições consideradas habilitadas e não habilitadas no processo seletivo. Em seguida, as vagas serão distribuídas de acordo com a classificação obtida por cada habilitada.

Os critérios de seleção e os trâmites para inscrição e distribuição das vagas estão descritos no Edital.

Informações: ciet.coordenacao@saude.ba.gov.br.

Agência UNEB de Inovação integra projeto que irá implantar rede de Inteligência Artificial na Bahia

A UNEB, através da Agência de Inovação, participou do desenvolvimento do projeto de inteligência artificial Espaço BAH.IA, aprovado pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) no último dia 13 de janeiro.

O projeto, que é desenvolvido em parceria com a Uefs, Uesc, Uesb, Ufba, Senai Cimatec, Ifba,  foi apresentado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (Secti), proponente da iniciativa, e obteve o primeiro lugar na seleção.

A proposta é implantar, ao longo deste ano, uma Rede de Referência de Inteligência Artifical, envolvendo instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado.

O Espaço BAH.IA pretende ofertar formação e capacitação na área de inteligência artificial tendo como público os docentes de instituições públicas de ensino superior, discentes dos cursos de formação/capacitação, além de estudantes de escolas pública do ensino médio e superior.

“A formação de profissionais com competências e habilidades voltadas para as novas tecnologias é uma necessidade. E, com a implementação desse projeto, temos uma oportunidade de ajudar a formar mais pessoas nessa área, aqui na Bahia”, explica José Gileá, coordenador da Agência de Inovação da UNEB.

A iniciativa prevê ainda a produção de conteúdo e metodologia sobre Inteligência Artificial, qualificando o acesso público à informações sobre tecnologias.

 

 

UNEB realiza pesquisa sobre uso das tecnologias da informação e comunicação na universidade

A UNEB, por meio da Unidade Acadêmica de Educação à Distância (Unead), convida os técnicos, docentes, discentes e terceirizados a participarem de pesquisa sobre o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) na universidade.

questionário eletrônico  está disponível até o próximo domingo (17).

Ao participar, a comunidade colabora com a identificação das principais demandas da instituição nesta área. A partir dos resultados dessa consulta, serão desenvolvidas ações para qualificar a comunidade universitária para o desenvolvimento das atividades do semestre remoto/emergencial em curso que demandam o uso de TIDCs.

A coordenadora da Unead, Tânia Benevides, destaca que a enquete também reserva um espaço para que os professores compartilhem suas experiências no uso das TIDCs.

“Esse retorno vai ser o ponto de partida para o planejamento de ações que viabilizem a socialização de experiências de forma colaborativa entre docentes. Na oportunidade, os nossos saberes serão compartilhados e retroalimentados através de redes”, explica a coordenadora.

Queremos ouvir você!
Clique aqui e participe!

Informações: unead@uneb.br.