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EDUCAÇÃO PUBLICA VIDA E DEMOCRACIA – MANIFESTO

A educação pública brasileira está no centro das mais graves agressões dirigidas pelo Ministro da Educação Abraham Weintraub e seu chefe, o presidente Bolsonaro, à nação brasileira. Trabalhadores e trabalhadoras da educação, professores e professoras, técnicos e técnicas, estudantes, pesquisadores e pesquisadoras, gestores e gestoras, assim como as ciências, os conhecimentos e os saberes são também vilipendiados nas narrativas palacianas. De uma e outra forma, elas revelam ignorância, desconhecimento e negacionismo, dando prova de que eles não sabem o que significa o lugar que ocupam. A Educação Pública, senhores, tem compromisso com a vida, com as pessoas, com a democracia. Isso mesmo: trata de cada sujeito e, portanto, dos diversos povos que compõem a população brasileira; trata do mundo físico, social e simbólico onde vivemos; trata das relações entre as pessoas e das condições que elas dispõem – ou que lhes faltam – para terem uma vida digna.

Em muitos momentos da nossa história, nós nos reunimos e ou nos associamos a movimentos em defesa da educação, da vida e da democracia. Lembramos aqui o Manifesto dos Pioneiros, o Manifesto Mais Uma Vez Convocados, a luta contra o Golpe Militar e a Ditadura, o engajamento pela Anistia, pelas Diretas Já, pela redemocratização do nosso Brasil e pela consolidação da nossa democracia. A Educação Pública expõe as desigualdades sociais, os limitados alcances das políticas públicas e a negligência de dirigentes para com as experiências de sucesso e os conhecimentos gerados nas universidades e escolas públicas. Lutamos no Brasil, lutamos na Bahia.

O momento atual, agravado pela pandemia do Covid-19, nos alerta sobre as medidas que devemos observar para preservar nossas vidas, de todos e todas. Estimulamos nossa participação nas redes sociais, um espaço público aberto ao debate, de livre manifestação, de vivo respeito à ética da comunicação e de absoluta recusa às fake news. Assim também, em outros espaços – sejam ruas ou salas físicas – nos posicionamos pela manifestação pacífica, com direito à liberdade de associação e de participação, à não-violência, à integridade física, com os cuidados para preservar nossa saúde. Precisamos de todas e todos, não podemos nos perder.

Somos pela mais ampla união em torno da Educação Pública, seguindo os passos do grande Anísio Teixeira – “a escola pública é a máquina que prepara as democracias – e do nosso patrono Paulo Freire – Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

 ADUFS/BA
ADUNEB/Ssind
AFUSC/BA-UESC
APLB/BA
Coordenação da ADUNEB/Ssind
Coordenação da Intersindical/BA
CTB/BA
DCE/UNEB
FETRAB
Fórum SINTEST-BA
Intersindical/BA
SINDPOC
SINDSAUDE
SINTAJ
SINTEST-BA/UEFS
SINTEST-BA/UNEB
Adriana dos Santos Marmori Lima – Professora / Pro-Reitora PROEX-UNEB / Coordenadora Nacional do FORPROEX
Alberto dos Santos Miranda-SINTAJ
Amélia Tereza Santa Rosa Maraux – Professora / Pro-Reitora PROAF-UNEB
Ana Margarete Gomes da Silva-UNEB
Aníbal de Freitas Santos Junior – Professor / UNEB
Antônio de Macedo Mota Junior – Professor UEFS
Carlos Eduardo Cardoso de Oliveira – Professor UEFS
Celeste Oliveira-SINTAJ
Celi Zulke Taffarel-UFBA
Célia Tanajura Machado-UNEB
Cesar Barbosa – Professor-UEFS / UNEB
Cristiane Gomes Ferreira-UNEB
Daiana dos Santos Alcântara-SINTEST/BA-UEFS
Dinalva de Jesus Santana Macêdo-UNEB
Edson Rocha-SINTAJ
Elilia Camargo Rodrigues-UNEB
Elisiana Rodrigues Oliveira Barbosa – Professora Rede Estadual/BA
Elivânia Reis de Andrade Alves-Professora/Pro-Reitora PRAES-UNEB
Elizabete Conceição Santana – Professora UNEB
Fernando Luís de Queiroz Carvalho-UNEB
Firmino Júlio de Oliveira Filho Sintest/BA-UNEB
Flávia Lorena de Souza Araújo-UNEB
Gabriel da Costa Ávila – UFRB
Garibaldi Costa Alves-UEFS
Gustavo de Carvalho Vieira-SINTAJ
Ivan Luiz Novaes – Professor UNEB
Jailson Alves-APUB/BA
Joilson Cruz da Silva-UNEB
José Augusto Laranjeiras Sampaio-UNEB
José Bites de Carvalho – Professor/Reitor da UNEB
José Lucio Santos Muniz – Professor UESB
José Ricardo Moreno Pinho-UNEB
Josenildes Santos de Oliveira/ASCOM-UNEB
Jucelho Dantas da Cruz -Cigano da etnia Calon-UEFS
Lídia Boaventura Pimenta – UNEB
Lilian Fatima Barbosa Marinho-UNEB
Luiz Claudio Oliveira-SINTAJ
Luzeni Ferraz de Oliveira Carvalho-UNEB/CAECDT
Luzinete Gama de Oliveira – Técnica Universitária / Auditoria – UNEB
Marcea de Andrade Sales – Professora / PPG-UNEB
Marcelo Duarte Dantas de Ávila– Professor/Vice-Reitor da UNEB
Marcia Virgínia Pinto Bomfim-UNEB
Márcio Lima AFUSC/BA-UESC
Maria Alba Guedes Machado Mello -UNEB
Maria das Graças de Andrade Leal – Professora/Coordenadora do PPGHIS-UNEB
Maria José Silva-FETRAB
Maria Madalena Firmo-CUT-BA
Maria Malva Rodrigues Araújo Bogo-UNEB
Marileide Dias Saba – Professora UNEB
Marize Souza Carvalho-CUT-BA/UFBA
Marluce Freitas de Santana-UNEB
Mary Valda Souza Sales – Professora/Coordenadora do PPGEDUC-UNEB
Moema Maria Badaró Cartibani Midlej – Professora UESC
Nadia Hage Fialho – UNEB
Naira Souza Moura-UNEB
Natanael Reis Bonfim – Professor UNEB
Núbia dos Reis Ramos-UNEB
Paulo Fernando Santos-SINTAJ
Rafael Bertoldo-AFUSC/BA-UESC
Raimundo Nonato Pereira Moreira-UNEB
Ronalda Barreto Silva – Professora UNEB
Rudival Rodrigues-SINTAJ
Sergio Henrique Conceição – Professor UNEB
Sueli Barros-UNEB
Tania Maria Hetkowski – Professora UNEB
Walter Takemoto

Participe!
Assine o abaixo-assinado: change.org.

UNEB lança portal para divulgação de iniciativas desenvolvidas contra a Covid-19

Você já conhece o portal www.coronavirus.uneb.br?

A plataforma foi lançada recentemente pela UNEB com o objetivo de divulgar as iniciativas desenvolvidas pela instituição, voltadas para o combate ao novo coronavírus. A página reúne ações dos 29 departamentos, tornando visível o esforço conjunto e contínuo de toda a instituição no enfrentamento da pandemia.

Neste espaço  virtual é possível encontrar informações sobre pesquisas no campo da inovação como a produção de equipamentos de proteção individual em impressoras 3D e a participação nos estudos para desenvolvimento da vacina, além de ações extensionistas realizadas com o apoio de toda a comunidade acadêmica como cursos e oficinas, campanhas de doação de alimentos e produtos de higiene, e atividades artísticas e culturais.

O portal disponibiliza ainda notícias sobre todas as ações realizadas pela universidade, comunicados oficiais e orientações referentes ao período de pandemia, além de cartilhas, cards e vídeos produzidos na universidade, para a prevenção do contágio com a COVID-19.

O site conta também com uma agenda de eventos que traz uma intensa e diversificada programação de webseminários, palestras online e lives. Através desses encontros virtuais estudantes, professores e técnicos vem mantendo a comunidade conectada, cultivando interação e ao mesmo tempo produzindo conhecimento.

A página foi desenvolvida pela Assessoria de Comunicação (ASCOM), pela Assessoria Especial da Reitoria (Assesp) e pela Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO).

Todo o material é elaborado a partir das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e resulta em conteúdos que podem ser utilizados pela comunidade para enfrentar de maneira criativa este momento de crise.

Seja nosso parceiro nessa luta, acesse e divulgue: www.coronavirus.uneb.br.

 

UNEB oferta curso básico de italiano para comunidade acadêmica; inscrições de 8 a 14/06

O Centro de Cultura e Língua Italianas da UNEB está ofertando 30 vagas para estudantes, professores e técnicos interessados em iniciar os estudos da língua italiana.

Os interessados devem solicitar inscrição entre os dias 8 e 14 de junho, através do e-mail ppgesa@uneb.br.

O curso será coordenado pelo professor Nicola Andrian e contará com a participação dos estudantes da UNIPD (Itália). Serão trabalhados conteúdos de noções básicas de gramática e cultura italiana, totalizando 10 horas de formação.

As atividades serão realizadas a partir do dia 16 de junho na modalidade online (plataforma ZOOM), cumprindo com o distanciamento social necessário para o enfrentamento da Pandemia da COVID-19.

Informações: ppgesa@uneb.br.

 

UNEB e Maker Lab 3D entregam protetores faciais para profissionais da saúde indígena

Os equipamentos foram entregues no dia 29 de maio em polos de Euclides da Cunha, Feira de Santana, Ibotirama, Ilhéus, Itamaraju, Juazeiro, Pau Brasil, Paulo Afonso, Porto Seguro e Ribeira do Pombal

Como uma das medidas de proteção para evitar a contaminação por COVID-19, os profissionais da saúde indígena irão receber 803 protetores faciais do tipo Face Shield.

A ação faz parte do “eixo 5 – Proteção aos profissionais de saúde”, do projeto UNEB contra o Coronavírus, do Departamento Ciências da Vida (DCV) do Campus I da instituição, em Salvador, em conjunto com a equipe do projeto Face Shield 4life, que está na linha de frente na produção dos protetores faciais.

Os equipamentos, entregues no dia 29 de maio, estão sendo distribuídos para os polos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)-Bahia, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, localizados em Euclides da Cunha, Feira de Santana, Ibotirama, Ilhéus, Itamaraju, Juazeiro, Pau Brasil, Paulo Afonso, Porto Seguro e Ribeira do Pombal, onde atuam os profissionais.

O professor da UNEB e coordenador da iniciativa, Fernando Carvalho frisou a relevância das ações conjuntas das diversas áreas da universidade para o combate da pandemia do coronavírus.

“O trabalho conjunto das diversas áreas da universidade, representado aqui pelos professores, técnicos e estudantes, é a chave para conseguirmos ajudar em variadas frentes do combate à pandemia. Essa iniciativa mostra o quanto à universidade pública, através dos seus pilares de ensino, pesquisa e extensão, permeados pela inovação tecnológica, é fundamental para o desenvolvimento de um povo e também para a sua proteção, principalmente em situações como essa”, destacou o docente, que articulou a ação juntamente com o professor Victor Rocha (UNEB).

Detalhe do protetor facial do tipo Face Shield

O médico do DSEI, Danilo Lobo, que atende no polo de Ilhéus, destaca “a contribuição valorosa da UNEB na doação dos escudos faciais, pois atuamos dentro e fora das aldeias indígenas e podemos ser um agente de contágio para essas comunidades. A utilização dos protetores torna-se fundamental”.

Para o enfermeiro do DSEI, André Pereira, a parceria com a universidade “demonstra importância que a universidade dá à saúde dos povos indígenas. Ficamos gratos por esse apoio sensível e dedicado. Que essa cooperação seja duradoura”.

De acordo com o professor Paulo Barbosa, coordenador do projeto UNEB Contra o Coronavírus, 1,3 mil viseiras já foram entregues para os profissionais de saúde indígena, para a residência multiprofissional em saúde da UNEB, profissionais dos laboratórios do Hospital Roberto Santos e da Vigilância Sanitária de Salvador.

Projeto Face Shield 4life

O projeto Face Shield 4life tem como objetivo o desenvolvimento de protetores faciais para profissionais de saúde que estão trabalhando no combate ao coronavírus, visando reduzir os riscos de exposição e garantir o aumento da capacidade de atendimento.

O equipamento de proteção individual (EPI) para a face é produzido a partir da tecnologia de impressora 3D. Além de proteger, o acessório de material em acetato, tem a função de aumentar a vida útil das máscaras cirúrgicas e de proteção N95, recomendadas pelo Ministério da Saúde.

A iniciativa é fruto de parceria entre estudantes, professores e pesquisadores da UNEB, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba).

O projeto Face Shield 4life, desenvolvido pela equipe Startup Maker Lab 3D, tem como meta produzir 20 mil protetores faciais e 110 caixas de proteção de intubação do paciente. O projeto foi um dos 11 selecionados de 1.858 propostas brasileiras e canadenses inscritas no edital Vale Desafio COVID-19, do Grupo Vale, que visa financiar ações de inovação para o combate da COVID-19.

“É um desafio produzir 20 mil protetores e 110 caixas de proteção e, ao mesmo tempo, ter a oportunidade de ajudar às pessoas envolvidas no combate à pandemia do coronavírus. A equipe do projeto reconhece a gratidão de poder servir, em um momento onde ajudar faz toda diferença”, ressaltou o professor da UNEB e coordenador do projeto, Hugo Saba.

Além de Hugo Saba, a equipe do projeto é composta pelos docentes Eduardo Jorge e Elton Barreto (UNEB), os estudantes da universidade e integrantes da Startup Maker Lab 3D, Matheus Tanure (Sistemas de Informação) e Peterson Lobato (doutorando em Difusão do Conhecimento), e também dos professores Leandro Brito (Ufob), Márcio Araújo (Ifba) e José Garcia Vivas Miranda (Ufba).

Até o momento, o projeto Face Shield 4life  já entregou 2.311 protetores para os hospitais Prohope e Ernesto Simões Filho, Santa Casa da Bahia, Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Residência Médica UNEB e o Laboratório Central Professor Gonçalo Muniz (Lacen). Nesta semana, serão doadas mais duas mil unidades para as regionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Bahia.

UNEB, 37 anos! Universidade é destaque em pesquisas sobre Ecologia Humana em tempos de pandemia

Professores da UNEB e acadêmicos de outras instituições desenvolvem pesquisas conjuntas que são referências na área da Ecologia Humana.

“O que aprendemos até agora com a COVID-19? Precisamos nos questionar sobre as razões que nos levaram a viver esse cenário de pandemia e, principalmente, nos reconhecer como responsáveis pelo desequilíbrio ecossistêmico que o provocou.”

A reflexão do presidente da Sociedade Latino-americana de Ecologia Humana (Solaeh), Amado Insfrán, nos convida a repensar os nossos modos de vida, as nossas práticas sociais e culturais e, sobretudo, a relação destrutiva que mantemos com a natureza.

Segundo o professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana (PPGEcoH) da UNEB, Artur Lima, as interferências ambientais provocadas pela ação humana e interações com animais silvestres, podem favorecer o surgimento de determinados hospedeiros, vetores e patógenos, a exemplo do novo coronavírus.

“A humanidade está vivendo com maior frequência as epidemias. Tivemos a primeira do coronavírus no início da década 2000, com o vírus da Sars. Estamos passando novamente pelo mesmo surto no século XXI. O processo de desmatamento, o crescimento desordenado da população nas grandes cidades, o processo de globalização, as migrações internacionais e o turismo são fatores oportunos para o desenvolvimento de epidemias”, afirmou o docente.

Nesse contexto, para além das medidas de combate à COVID-19, é importante que reconheçamos a nossa responsabilidade diante deste cenário e mudemos a nossa relação com a natureza. “Precisamos de uma reação coletiva e sistêmica de proteção às áreas naturais e de medidas urgentes de restauração dos ecossistemas”, reforçou o pesquisador Amado Insfrán.

Implicações psíquicas e sociais na pandemia

Dentro de um cenário de pandemia é importante destacar as implicações psíquicas e sociais que podem surgir. Com o isolamento social e a disseminação desenfreada de informações, nem sempre verdadeiras, cria-se um ambiente de medo e insegurança, que pode comprometer a saúde mental das pessoas.

As incertezas sobre a COVID-19, a mudança nas rotinas e a ausência do contato físico e social com outras pessoas podem causar diversos problemas relacionados à saúde mental, como estresse, ansiedade, depressão, quadro que tem sido favorecido pela propagação sistêmica de informações falsas.

“Vejo um cenário de medo e insegurança se instalando, com impacto direto na saúde mental das pessoas. Estamos vivendo um tempo histórico em que as informações estão sendo disseminadas de forma intensa, a partir de fontes nem sempre confiáveis. A humanidade ainda não aprendeu a lidar com esse fluxo informacional de forma consciente e crítica, o que acarreta diversos problemas de compreensão da realidade e dos eventos decorrentes de uma sociedade pandêmica”, avaliou professor do PPGECOH da UNEB, Anderson Armstrong.

O docente destacou ainda que essa conjuntura de desinformação e medo desvia o nosso olhar do que realmente importa, nos impedindo de refletir sobre o momento crítico que estamos vivenciando e sobre o nosso papel no desenvolvimento de ações resolutivas.

A presidente da Society for HumanEcology (SHE), Iva Pires, coaduna com Armstrong e afirma que a pandemia da COVID-19 é uma oportunidade de reflexão sobre o que a humanidade deseja para o futuro. “A sociedade evolui pela sua capacidade de flexibilidade e este momento serve para refletirmos sobre o que fizemos no passado e o que queremos para o futuro em uma escala global”, frisou a dirigente.

Relação do homem com as epidemias

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), cerca de 60% das doenças infecciosas humanas são zoonóticas, ou seja, transmitidas através de animais. Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Fernando Ávila Pires, explicou que os vírus e bactérias se modificaram ao longo do tempo e passou a ser transmitidos para o ser humano.

“As doenças da espécie humana foram adquiridas de animais silvestres durante a caça, a retirada de couro e pele, e na alimentação. Com o tempo, os vírus e bactérias se modificaram, de modo que se não recolonizam aos seus antecessores animais. Isso aconteceu com o sarampo, por exemplo. Admite-se que a doença descendeu dos cães na pré-história, cujo vírus se modificou e hoje é exclusivo dos humanos, e não reinfecta seus supostos reservatórios naturais históricos”, ilustrou o cientista.

Além da COVID-19, a PNUMA listou algumas doenças causadas por vírus que surgiram recentemente no mundo: Ebola, a Gripe Aviária, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), o Vírus Nipah, a Febre do Vale Rift, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a Febre do Nilo Ocidental, e o Zikavírus. E, para Ávila Pires, a COVID-19 não será a última pandemia a surgir entre os humanos.

“A condição humana na contemporaneidade, nossos modos de vida e a forma como nos relacionarmos uns com os outros e com o meio ambiente oportuniza o surgimento de novas epidemias, e com o contato direto e rotineiro entre pessoas de várias partes do mundo, a evolução do cenário para uma pandemia é facilitado”, explicou Pires.

O que é Ecologia Humana? – Segundo o site da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), a Ecologia Humana pode ser compreendida como uma ciência que estuda as relações humanas, individuais e coletivas com seu entorno. Trata-se de um cruzamento de ciências, um campo epistemológico aberto ao diálogo entre as ciências sociais e naturais.

Segundo Juracy Marques, também professor do PPGECOH, a Ecologia Humana é a mais interdisciplinar das ciências que estudam o fenômeno humano. Esse campo de conhecimento teve como precursores os trabalhos de Emile Durkheim, Charles Darwin e de Sigmund Freud.

A primeira pessoa a usar o termo “Ecologia Humana”, em 1892, foi a química estadunidense, pioneira da área da engenharia sanitária, Ellen Swallow. Em 1907 ela escreveu: “Ecologia Humana é o estudo do entorno dos seres humanos nos efeitos que eles produzem na vida dos homens”.

Essa ciência adisciplinar, destaca Juracy Marques, pode dizer muito sobre o futuro da humanidade, não apenas sobre a problemática das epidemias e pandemias, mas, sobretudo, quanto ao desenho civilizatório que nossa espécie arquitetou para nós e as futuras gerações.

Ecologia Humana na UNEB

O Programa de Pós–Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental  da UNEB é vinculado ao Departamento de Tecnologias e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da universidade, em Juazeiro.

Foi criado há 10 anos, a partir dos esforços de grupos de pesquisadores, liderado pelo professor da UNEB e sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh), Juracy Marques.

Nessa década de atuação, o programa já formou 103 mestres em duas áreas de concentração de pesquisa: “Ecologia Humana e Gestão Socioambiental” e “Agroecologia e Saúde Humana”.

Em 2018, o doutorado do programa recebeu aprovação do Conselho Técnico e Científico (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para iniciar suas atividades, sendo o primeiro do continente americano.

O PPGECOH é atualmente coordenado pelo professor Carlos Alberto dos Santos e visa formar profissionais para atuar em diferentes campos de ação, sobretudo diante dos problemas socioambientais complexos que envolvem o comportamento da espécie humana e sua relação com o ambiente e a natureza.

O programa também faz parte da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana (Sabeh) e da Sociedade Latinoamericana de Ecologia Humana (Solaeh).

 

 

Projeto reúne virtualmente estudantes de biologia para produção de conhecimento científico

Os professores e estudantes do curso de biologia do campus de Teixeira de Freitas participam através de encontros virtuais. 

Promover o bem-estar emocional e social dos estudantes da UNEB durante o período de interrupção das aulas presenciais por conta da pandemia da COVID-19.

Esse é o objetivo do projeto Diálogo Aberto, desenvolvido no Departamento de Educação (DEDC) do Campus X da UNEB, em Teixeira de Freitas.

A proposta é implementar um laboratório experimental para ensino-pesquisa, reunindo estudantes curso de Biologia em encontros virtuais para o desenvolvimento de atividades à distância.

A iniciativa é da professora Adriana Helena Moreira, e, neste primeiro momento, conta com a participação de estudantes das disciplinas de Química-Bioquímica e Anatomia-Fisiologia. Desde abril o grupo vem atuando para implementar minicursos em uma plataforma de ensino à distância.

A ideia é produzir conhecimento tendo como eixo principal a neurociência/neurobiologia com enfoque no comportamento e emoções humanas decorrentes do isolamento social.

Estão sendo elaborados também projetos voltados para o ensino/pesquisa e formação acadêmica. “Essa é uma forma de manter os estudantes de biologia do campus motivados e integrados durante o período de confinamento social, além de despertar aptidões e habilidades na formação acadêmica. É uma iniciativa para aproximar os alunos dos semestres iniciais da graduação dos fundamentos da Iniciação Científica”, explica Adriana.

As atividades têm duração máxima de seis horas semanais, distribuídas em reuniões remotas (2h) e estudo individual (4hs). Elas são adaptadas às realidades dos estudantes no que se refere ao uso das tecnologias: métodos de estudos são ofertados à necessidade dos temas desenvolvidos nos grupos de alunos. Cada turma possuirá até 20 alunos e, ao término das atividades, novas vagas serão ofertadas.

A primeira turma do projeto já está em curso e conta ainda com 6 vagas disponíveis para estudantes do curso de Biologia do Campus X. Os interessados em participar podem solicitar inscrição através do e-mail ahmoreira@uneb.br  até o próximo dia 10 de junho A proposta é que ao longo do processo as ações sejam ampliadas para outros cursos e campi.

Informações: ahmoreira@uneb.br

Projeto realiza encontros virtuais sobre narrativas, saberes e vivências indígenas: inscrições abertas!

O Colegiado de História do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XVIII da UNEB, em Eunápolis,  promove, através do projeto de extensão Indianizar a universidade: conhecer e aprender com narrativas, saberes e vivências indígenas, um encontro virtual entre discentes e docentes da universidade com intelectuais, lideranças e mestres do povo Pataxó para construir uma experiência de troca de saberes e promoção dos conhecimentos indígenas.

Os encontros, que acontecerão sempre às terças-feiras, às 19h, na plataforma de interação Google Meet, reservam rodas de conversa, utilizando como metodologia a ideia Pataxó Muká Mukaú- que significa “unir e reunir”. Assim, o projeto propõe experimentar uma prática ancestral dos povos indígenas de ajuntamento ao redor da fogueira, para reunir, de forma virtual, os participantes e uni-los a vivências, narrativas e saberes das comunidades Pataxó, com o objetivo de contribuir com os processos de reflexão e práticas de decolonização da universidade.

O curso é destinado aos estudantes do curso de história, aos professores da educação básica e aos estudantes de graduação e pós-graduação das demais instituições de ensino superior.

Os interessados podem realizar inscrição online até esta sexta-feira (5).

 

UNEB informa sobre atividades acadêmicas na modalidade EaD

O estado de pandemia decorrente da Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, provocado pelo novo coronavírus (COVID-19) impôs a suspensão das atividades presenciais de forma geral. Acompanhando a mencionada Declaração e os Decretos Estaduais nº 19.529 e nº 19.532 de 16 e 17 de março de 2000, a Universidade do Estado da Bahia, por meio da Resolução do Conselho Universitário (CONSU) nº 1.406/2020, publicada no D. O. de 19/03/2020, suspendeu as atividades presenciais por prazo indeterminado.

Neste contexto, as atividades de ensino no âmbito da Unidade Acadêmica de Educação a Distância (UNEAD) também foram suspensas, já que o calendário institucional é único. 

Após suspensão as atividades foram analisadas pelo CONSU, que optou pelo não retorno às atividades por mediação tecnológica. Após tomar ciência dessa decisão a Unidade Acadêmica de Educação a Distância fez uma consulta a Câmara de Educação a Distância da ABRUEM e verificou que outras Universidades Estaduais no Brasil mantiveram as atividades da Modalidade EaD. Nesse caso, somente os encontros presenciais foram substituídos por encontros mediados por tecnologia, não interferindo no cumprimento da carga horária e nem na execução das atividades avaliativas.

Considerando que após a suspensão das atividades os discentes vinculados aos diferentes cursos EaD enviaram mensagens por redes sociais e e-mail solicitando o retorno das atividades letivas; que há suporte legal para a atuação por mediação tecnológica; e que a UNEAD dispõe de modelo pedagógico adequado para a condução das atividades por mediação tecnológica, fez-se um pleito à Câmara de Ensino do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNEB, solicitando o retorno das atividades na modalidade de educação a distância (EaD). O pleito foi atendido e já foi publicada a Resolução CONSEP nº 2.027/20 que garante o retorno às aulas na EaD. O calendário já está sendo construído e em Julho se iniciará o semestre de 2020.1.

A UNEAD reforça que o início das atividades de ensino na modalidade EaD, em 2020, alinha-se com a responsabilidade social da Universidade, que vem lutando para garantir o direito das pessoas à educação superior, mesmo na situação de pandemia.

Unidade Acadêmica de Educação a Distância
Universidade do Estado da Bahia

Programa Afirmativa oferece dicas para bolsistas

O Programa Afirmativa, da Pró-Reitoria de Ações Afirmativa (PROAF), que concede bolsas de pesquisa e extensão para estudantes cotistas da UNEB, continua em funcionamento e disponibiliza “Dicas Afirmativa” durante o isolamento social.

Devido a pandemia provocada pelo novo coronavírus, as atividades da UNEB passaram a acontecer em home office. Diante disso, a PROAF manteve o pagamento das bolsas do Programa Afirmativa e buscou criar um vínculo direto com os(as) bolsistas, a partir das “Dicas Afirmativa”.

Através das “Dicas Afirmativa” a Gerência de Ações e Programas Estratégicos sob a responsabilidade da professora Iris Verena Oliveira, apresenta estratégias para auxiliar bolsistas na escrita e coleta de dados, com o uso da internet.

O material gráfico, elaborado pelo estagiário Caio Santos Sena, também apresenta informações sobre saúde mental e autocuidado, com o intuito de aliviar as tensões intensificadas nesse momento.

As dicas são atravessadas pelos marcadores sociais, de raça-etnia, gênero, classe e sexualidades e o envio do material é feito uma vez por semana para todos(as) os(as) bolsistas, via aplicativo WhatsApp.

Confira as Dicas Afirmativa:

Dicas de Leitura;

Repositórios Institucionais;

Podcasts;

Museus Online;

Não é Não;

Saúde Mental e Auto Cuidado;

Playlist.

 

 

Secretaria da Educação do Estado abre 6.710 vagas do Pronatec para cursos on-line de qualificação profissional

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) abriu, nesta terça-feira (2), as inscrições para 6.710 vagas em cursos de qualificação profissional, pelo Programa Nacional de Acesso do Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os cursos são de Formação Inicial e Continuada (FIC), na modalidade de ensino não presencial de Educação à Distância (EAD), ou seja, serão realizados de forma on-line.

As inscrições podem ser realizadas gratuitamente no Portal da Educação, até o dia 11 de junho. Os cursos são para estudantes ou egressos da Rede Pública de Educação da Bahia, nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Com um investimento de R$ 3.825.220 milhões, estão sendo ofertados os cursos de Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural; Agricultor Familiar; e Agricultor Orgânico (Eixo de Recursos Naturais), além dos cursos de Assistente de Recursos Humanos; Microempreendedor Individual (MEI); e Promotor de Vendas (Eixo de Gestão e Negócios).

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, destacou a importância desta oferta. “A oferta alcança 99 municípios de 26 Territórios de Identidade. Contamos com o engajamento dos diversos segmentos da Educação para que possamos mobilizar a participação em massa dos baianos. Esta é mais uma oportunidade viabilizada pelo Governo do Estado para a formação dos estudantes e egressos da rede pública, mesmo em um momento de muitas dificuldades durante a pandemia”, afirmou.

Entre os requisitos para a inscrição, o candidato deve ser residente e domiciliado no Estado da Bahia e, preferencialmente, no município de oferta do curso; ser integrante de família com renda per capita mensal de até meio salário mínimo e/ou de até três salários mínimos totais; e possuir conta de e-mail Enova ou Google válida. No ato da inscrição, o candidato deverá preencher por completo e corretamente o formulário e o questionário socioeconômico disponibilizado.

Conforme o edital publicado no Diário Oficial desta terça-feira, o processo de seleção dos candidatos inscritos será feito por Sorteio Eletrônico no dia 12 de junho. O resultado parcial será divulgado na mesma data do sorteio e o resultado final, no dia 15 de junho, ambos no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br). As aulas começam no dia 22 de junho (cursos do Eixo de Gestão e Negócios) e 29 de junho (cursos do Eixo de Recursos Naturais).