Encontro de Ciência, Tecnologia e Inovação inicia atividades no Parque Tecnológico da Bahia; programação segue até amanhã (16)

Evento apresenta produções tecnológicas de projetos de pesquisadores da universidade e instituições parceiras

Cerca de 100 pessoas entre gestores, pesquisadores de instituições de ensino superior baianas, docentes e estudantes de cursos da área de CT&I, além de gestores de startups participaram da abertura do Encontro Baiano de Ciência, Tecnologia e Inovação realizada na manhã desta quinta-feira (15), no Parque Tecnológico da Bahia (Tecnocentro), no bairro do Trobogy, em Salvador. 

O evento teve como objetivo debater e difundir os principais temas que estruturam a Agência UNEB de Inovação (AUI); apresentar as produções tecnológicas de projetos de pesquisadores da universidade e instituições parceiras; e criar ambiência de articulação com o Parque Tecnológico e suas startups.

A vice-reitora da UNEB, professora Dayse Lago, destacou que o encontro visibiliza as produções científicas baianas, sobretudo da UNEB e das instituições parceiras presentes.

Dayse Lago: “debates suscitados aqui oportunizam o encontro dos sujeitos diversos”

Quando lançamos luz sobre a imensidão e potência da nossa produção científica, fortalecemos e estimulamos novas pesquisas, novas ações no campo da tecnologia e inovação. Os debates suscitados aqui oportunizam o encontro dos sujeitos diversos e suas necessidades igualmente diversas, o que reafirma o princípio fundamental da produção de ciência, que é o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso povo”, enfatizou a vice-reitora.

Suely Messeder: “O encontro é aprofundar nossas entranhas da baianidade”

A coordenadora da AUI, Suely Messeder, reforçou que o evento é o aprofundamento “em nossas entranhas da baianidade, é nos entender no âmbito das matrizes africanas e indígenas, sem ignorar quem nos colonizou e sem mesmo ignorar o centro do capitalismo extrativista, e daí ser efetivamente crítica em querer formar pessoas humanas e não recursos, bem como entender a natureza não como recurso, mas sim como um elo, novamente um encontro”, destacou a docente.

Consolidar parcerias

O evento foi realizado pela UNEB, por meio da AUI, em parceria com a Secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Áity Incubadora de Empresas.

Péricles Nogueira: “Universidades geram conhecimento e fomentodas pesquisas”

 “Não é possível pensar em um ecossistema de inovação sem a existência dos atores governamentais que formam as políticas de inovação e dão apoio ao nosso projeto. E, nesse sentido, as universidades são fundamentais na geração de conhecimento e no fomento das pesquisas científicas e desenvolvimento das tecnologias”, ressaltou o diretor executivo do Parque Tecnológico da Bahia, Péricles Nogueira Júnior.

Bárbara Carole, diretora de Inovação e Competitividade da Secti, que representou o secretário da pasta, André Joazeiro, destacou a importância da parceria com a UNEB.

Bárbara Carole: “Plantamos uma semente com instituições para produções de CT&I

“Esse evento é uma marca da assertividade e de uma parceria forte entre a UNEB, a Secti e o Parque Tecnológico da Bahia. Hoje, plantamos uma semente na formação de redes com outras instituições para ampliar as possibilidades e oportunidades de desenvolver as produções de ciência, tecnologia e inovação em nosso estado”, afirmou a diretora.

O guardião da tecnologia

A conferência de abertura abordou o tema “Tecnologia sobre uma outra narrativa mítica: uma narrativa sobre o guardião da tecnologia, Ogum“, proferida pelo professor Eduardo de Oliveira, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Eduardo de Oliveira: “Ogum é guardião e patrono da ciência e da tecnologia”

O pesquisador destacou Ogum enquanto patrono da ciência e da tecnologia. “Me parece uma ótima junção do campo das sensibilidades com o da razão. Curiosamente, aquilo que diz respeito às tradições de matriz africana fica sempre no campo religioso, como aquilo que não é científico e que não respira tecnologia e inovação, um lugar subdesenvolvido atrasado, primitivo e arcaico. Essa é uma leitura absolutamente ideológica, uma maneira radical de negar o conhecimento do outro e o conhecimento mínimo das religiões de matriz africana”, defendeu.

O encontro, que segue até esta sexta-feira (16), reserva ampla programação com mesas-redondas, apresentação de grupos de trabalho e oficinas. Todas as atividades serão transmitidas pelo Canal da TV UNEB, no YouTube.

Veja aqui programação completa

Destaque para a conferência final do encontro, “A geração de startups e a gestão do conhecimento”, será proferida pelo docente Filipe Antunes, da Universidade de Coimbra (Portugal), no dia 16h, às 14h50.

Texto: Danilo Cordeiro e Wânia Dias/Ascom

Fotos: Danilo Cordeiro/Ascom