A Feira de Economia Criativa e Cidadania da UNEB reuniu, na última quinta-feira (12), no Largo Tereza Batista, no Pelourinho, mais de 300 trabalhadores criativos que empreendem nas áreas de moda, gastronomia, design e cultura.
O evento, que está em sua quarta edição, trouxe para reflexão do público o tema “Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável”.
“A criatividade é o fundamento da diversidade. O Brasil é um país que precisa reconhecer o seu potencial para empreender a partir da diversidade humana, social, cultural. E a feira é esse ambiente de troca de conhecimentos e experiências entre os empreendedores da economia criativa”, explicou José Cláudio Rocha, coordenador do Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH), órgão que realiza o evento.
Desenvolvimento sustentável
A Feira de Economia Criativa e Cidadania é um ambiente de inovação que vem se consolidando como espaço em que a UNEB exerce o seu compromisso social de fazer da pesquisa, da ciência, da tecnologia e da inovação eixos para o desenvolvimento sustentável.
Entre os expositores que tiveram a oportunidade de apresentar o seu produto na feira estava Rosane de Oliveira, natural de Bananeiras, em Ilha de Maré, que faz dos resíduos de peixes matéria-prima para a confecção de biojóias.
“Esse é um trabalho que envolve a cultura marisqueira local para, de forma coletiva e colaborativa, aproveitar os elementos que integram a realidade da nossa comunidade”, destacou a artesã.
O público presente pôde conferir as apresentações dos 20 artistas que se revezaram no palco da praça. A iniciativa contou ainda com o Espaço Cidadão, estande que contou com balcão jurídico, exame de glicemia capilar, aferição de pressão arterial e distribuição de preservativos.
Economia criativa
A feira concedeu a premiação Economia Criativa para os empreendedores que se destacaram ao longo do ano nas categorias Design e Moda, Gastronomia, Artes Visuais e Serviços Inovadores.
“Esse é o resultado de um trabalho que o CRDH realiza com os empreendedores, ofertando um suporte técnico/jurídico e de fortalecimento das redes de economia criativa”, reforçou Mário Melo, um dos empreendedores criativos que trabalhou na logística do evento.
Na saída da praça, o visitante era convidado a levar pra casa uma muda ou semente de planta para iniciar o seu cultivo de alimentos orgânicos. Essa foi uma iniciativa da Fundação Verde Albert Daniel que, através do projeto Atenda o Verde, distribui cartilhas e realiza a formação de grupos interessados em transformar os espaços ociosos da cidade em hortas comunitárias.
“Há na sociedade um aumento na demanda por alimentos saudáveis que sejam naturais e orgânicos. O nosso objetivo é ampliar a oferta desses produtos para acabar com o mito de que o produto orgânico é inacessível”, frisou Vânia Almeida, expositora do Atenda o Verde.
A Feira de Economia Criativa e Cidadania contou com o apoio da Secretaria de Cultura do estado (Secult), do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).