A UNEB, em parceria com o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), realizaou o II Seminário Internacional, Democracia e Sustentabilidade (SIDES), nos dias 12 e 13 de maio, na sede do MP, em Salvador.
O evento, que também contou com o apoio da Universidade Católica do Salvador (Ucsal), teve como objetivo discutir questões ligadas à igualdade, democracia e sustentabilidade.
O assessor de Projetos Interinstitucionais para a Difusão Cultural (Apidic) da UNEB, professor Gildeci Leite, participou do painel Enfrentamento à Intolerância Religiosa, com a palestra intitulada Edison Carneiro e a sua contribuição para à cultura afro-brasileira.
“Edison Carneiro foi um grande intelectual e etnógrafo. Sofreu discriminação por ser mulato e discordava da inferioridade dos negros. Fundou a união das seitas brasileiras, demostrando o seu apoio ao candomblé, e teve grande influência na literatura baiana”, destacou o docente.
Outros dois professores da UNEB participaram do evento. O docente João Batista Junior proferiu palestra sobre Base fundiária dos Quilombolas e o olhar o judicial. Já o professor Odilon Goes discorreu sobre o tema Capoeira, resistência educação.
Extensa programação
A mesa de abertura do seminário contou com a participação da procuradora-geral do MP-BA Ediene Lousado, do reitor da Ucsal, padre Maurício Ferreira, da presidente da Comissão Especial de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dandara Pinho, da procuradora do Trabalho do MPT da 5ª região, Adriana Campelo, e do defensor Público do Estado da Bahia (DPE), Pedro Paulo Bahia.
“Esperamos 400 anos para termos uma mulher procuradora-geral de Justiça. É necessário que a igualdade seja respeitada. Não somos minorias. Somos maioria de negros e mulheres. Devemos buscar o nosso espaço para que sejamos respeitados”, salientou a chefe do MP-BA, Ediene Lousado.
O organizador do seminário e coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH) do MP-BA, Clodoaldo Anunciação, considerou que “o Brasil foi o último país a abolir a escravidão no Ocidente. E continua atrasado com acentuada desigualdade social, estritamente alinhada ao racismo sub-reptício e perverso”.
O II Seminário Internacional, Democracia e Sustentabilidade contou ainda com a participação de estudantes, representantes da sociedade civil e líderes religiosos, entre eles, o líder muçulmano na Bahia, Sheik Hamad, e o presidente da sociedade Israelita da Bahia, Luciano Fingergut.