A UNEB vai sediar, na próxima quinta-feira (13), às 9h, o lançamento do selo Selo Lilás, iniciativa que visa reconhecer e certificar empresas que promovem o enfrentamento da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho.
A solenidade, que acontece no Teatro UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador, contará com a presença da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, do governador do Estado, Jerônimo Rodrigues, e da reitora da UNEB, Adriana Marmori.
“Ressaltar e valorizar a atuação das mulheres nos diferentes espaços é, antes de tudo, assumir posturas não machistas também nas relações de trabalho. Esse selo é educativo na medida em que amplia o debate sobre gênero, contribui para denunciar violências, racismos e aponta para um futuro de respeito, que é o que todas buscamos historicamente”, destaca a reitora Adriana Marmori.
A certificação, uma iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), é uma importante ferramenta para incentivar o compromisso e engajamento das empresas na construção de um ambiente mais seguro, acolhedor e que valorize a contribuição das mulheres.
O projeto de lei de autoria da deputada Neusa Cadore (PT) foi aprovado pelo plenário, criando a Lei 13.434/2021, sancionada este ano por decreto do governador Jerônimo Rodrigues e regulamentada pela SPM.
Como conseguir a certificação?
Os critérios para a certificação serão descritos em edital, que será publicado no Diário Oficial do Estado. Podem participar empresas dos mais diversos portes e segmentos. Uma comissão irá avaliar os processos, projetos e políticas desenvolvidos no ambiente organizacional, que contemplem a promoção, a equidade e o bem-estar de suas funcionárias.
O Selo Lilás tem o objetivo de reconhecer e certificar as empresas que promovem ações de valorização da mulher e enfrentamento da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho, fomentando uma nova cultura antidiscriminatória e de defesa de garantia dos direitos das mulheres.
Mulheres no mercado de trabalho
A Bahia tem 48,6% mulheres na força de trabalho no mercado formal e informal e as desempregadas correspondem a 19,3%. Dentre as mulheres que estão fora dessas relações, compondo 51,4% desse mercado, estão aquelas que chegaram à condição de desalentadas, totalizando 11%, segundo pesquisa do IBGE/PNAD Contínua, de 2022.
Esse é um cenário especialmente nocivo para a mulher porque, sem emancipação econômica, ela está mais vulnerável e sujeita à violência.