Dia Nacional da Ciência e do(a) Pesquisador(a) Científico(a): “E se não fosse a Ciência UNEBIANA…” (Adriana Marmori)

E se não fosse a Ciência UNEBIANA…

A Universidade do Estado da Bahia há 40 anos faz história por sua atuação responsável na formação profissional de mais de 96 mil pessoas.

Tal compromisso, atestado pela maioria daquelas(es) que pela Universidade passaram, aponta notadamente para um diferencial: o reconhecimento de sua multicampia e interiorização para acesso à Educação Superior, pois, segundo essas pessoas: “se não fosse a UNEB, eu não teria acesso à Universidade”, “sem a UNEB, não teria racializado, nem ‘generificado’, os meus estudos. Seria ainda, talvez, pesquisadora sem corpo”.

O mesmo tom referenciado socialmente vem daqueles/as que cursaram e ou cursam a Pós-Graduação (Especialização, Mestrados e Doutorados), o que nos leva a afirmar que a produção de Ciência na UNEB é multiterritorial, multicultural e multidisciplinar, considerando as diferentes áreas do conhecimento abordadas e condizentes com os territórios de identidade nos quais a Universidade está inserida.

Se não fosse a UNEB, não aprofundaríamos os estudos arqueológicos na região de Paulo Afonso, assim como as pesquisas na área de Engenharia de Pesca.

Se não fosse a UNEB, não conheceríamos a fundo a Geografia da Caatinga ao Cerrado, do Sertão à Mata Atlântica, com os estudos da Biologia e da cultura presente nos territórios.

Se não fosse a UNEB, não estaríamos fortemente nas escolas (municipais e estaduais) atuando na formação docente, analisando cientificamente os dados e contribuindo, através das Licenciaturas e das Pedagogias, com um outro pensar/fazer Educação Básica.

Se não fosse a UNEB, não veríamos as saídas apontadas pela Saúde, fortemente presente durante a pandemia, pelos estudos das áreas de Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Enfermagem, Nutrição e Fonoaudiologia.

Se não fosse a UNEB, não adentraríamos nos estudos da Ecologia Humana, nas dimensões da sustentabilidade de todos os seres vivos.

Se não fosse a UNEB, não teríamos o reconhecimento baiano internacional na área da Robótica, fruto das pesquisas e dos resultados do Centro de Pesquisa em Arquitetura de Computadores, Sistemas Inteligentes e Robótica (ACSO).

Se não fosse a UNEB as pesquisas nas áreas agrárias e agroecológicas, notadamente com movimentos sociais e comunidades, no que tange à agricultura familiar, de forma diversificada e com aporte científico local para o desenvolvimento coletivo.

Se não fosse a UNEB, a defesa das Ações Afirmativas ancoradas em 20 anos de pesquisa-intervenção, reconhecidas mundialmente e referência para outras instituições, não propagaríamos essa dimensão acadêmico-social tão necessária e ainda em construção/enfrentamento.

Pretensão da UNEB essas afirmações? Longe disso! Reconhecemos o papel de todas as universais públicas baianas em produção e difusão científica, mas, é preciso lembrar diuturnamente e visibilizar a potência da nossa capacidade, capilaridade e multicampia para o desenvolvimento do Estado da Bahia, consolidada por várias mãos, olhares e lugares, em mais de 170 opções de curso na Graduação, em 26 Programas de Pós-Graduação e em centenas de ações extensionistas.

Sigamos fazendo Ciência, persistindo mesmo com todos os desafios que se apresentam nesse percurso, e cumprindo com a nossa missão institucional de:

“§ 1º Produção, difusão, socialização e aplicação do conhecimento nas diversas áreas do saber.” Viva os(as) nossos(as) pesquisadores(as)! Viva os(as) nossos(as) bolsistas! Viva as nossas pesquisas! Viva a Ciência Contextualizada! Viva a Universidade do Estado da Bahia!

Em 08/07/2013, Dia Nacional da Ciência e do(a) Pesquisador(a) Científico(a).

Adriana Marmori
Reitora