
Será realizada no dia 16 de outubro de 2026, às 12h15, pelo perfil @oficialuneb (Instagram) a Live de Lançamento da mobilização UNEB em Marcha pelos caminhos da Reparação e Bem Viver.
Com o tema “Por que estamos em Marcha?“, esse momento simboliza a abertura de um espaço de conversa entre movimentos sociais, ativistas, pesquisadoras e representações institucionais que lideram coletivos e comitês universitários sobre a importância do envolvimento de toda a sociedade com a questão da mulher negra no Brasil e no mundo.
Para a Live de Lançamento da campanha UNEB em Marcha, a Reitora da universidade, Adriana Marmori, recebe Valdecir Nascimento e Amanda Oliveira, lideranças do Instituto Odara, uma das organizações responsáveis por organizar a marcha presencial das mulheres negras, que acontecerá em Brasília, no dia 25 de novembro de 2025.
As convidadas vão comentar os significados de Reparação e Bem Viver: lemas desta II Marcha das Mulheres. Valdecir Nascimento é historiadora, Mestra em Educação, cofundadora do Odara – Instituto da Mulher Negra e Amanda Oliveira é uma jovem liderança quilombola da Chapada Diamantina e técnica nos projetos de enfrentamento à violência contra as mulheres, integrante do núcleo de Juventudes Negras no Odara.
Na UNEB, essa construção se dá por meio do diálogo entre os centros, grupos de pesquisa e coletivos universitários Candaces, Cepaia, Diadorim, Flores do Sisal, Rhecado, Sankofa e os movimentos sociais Odara – Instituto da Mulher Negra e Rede de Mulheres Negras da Bahia.

A Marcha não é concebida como ato de protesto. “É uma ação pedagógica, política e espiritual: ocupar o espaço público para dizer que as feridas do passado precisam ser tratadas e que um futuro mais justo só se constrói com consciência histórica, solidariedade e novas formas de viver juntos”, afirma a professora Joana Leôncio, do Coletivo Candaces (UNEB).
Esta Marcha celebra os dez anos do movimento das mulheres e convoca, mais uma vez, a sociedade brasileira a reconhecer a centralidade das vozes e dos corpos das mulheres negras na disputa por reparação, democracia, justiça e a possibilidade de futuro.
A mobilização em direção à Marcha, dá continuidade ao processo iniciado no Julho das Pretas 2025 (https://agenciadecomunicacao.uneb.br/tag/julho-das-pretas/.), quando foram realizadas as Giras de Reparação e Bem-viver.
No dia 25 de novembro de 2025, em Brasília, o grupo organizado pela UNEB soma-se à marcha nacional por reparação e Bem Viver. A instituição colabora com a participação das mulheres negras que manifestaram interesse e preencheram o formulário disponibilizado durante as giras de reparação e Bem Viver.
Bem Viver – a 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver foi realizada em 18 de novembro de 2015 e levou mais de cinquenta mil mulheres de todas as regiões do país às ruas de Brasília. Mais que um ato histórico de mobilização popular, foi compreendida como ato inédito das mulheres negras como sujeito político coletivo, que inscreveu no espaço público a denúncia contra o racismo estrutural, o sexismo e a exploração de classe, ao mesmo tempo em que reivindicou o Bem Viver como horizonte civilizatório.




Texto: Scheilla Gumes/Ascom










