Desenvolver práticas de estudo, pesquisa e extensão em Arte no âmbito da universidade. Esse é o objetivo do II Encontro do Fórum Permanente de Arte Educação (FAE), que está sendo realizado até esta sexta-feira (1º), no Teatro da UNEB, no Campus I, em Salvador.
O evento, criado pelo grupo de trabalho de Formação Criativa da Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult) da universidade, foi aberto na tarde de ontem (29), e contou com as presenças da coordenadora da iniciativa, Edineiram Maciel, a assessora da Ascult, Nelma Aronia, e da assessora da Coordenação Executiva de Programas e Projetos Estratégicos da Secretaria da Educação (SEC), Tânia Benevides.
“O ensino de arte é um direito de todos os estudantes da educação básica, mas ainda enfrentamos muitos desafios para garantir essa prática nas escolas. Por isso, a UNEB se compromete a formar e capacitar professores de arte, desde à graduação até à pós-graduação e à pesquisa. Queremos que esse fórum seja um espaço de troca e reflexão sobre arte e educação como um instrumento de transformação social”, disse a coordenadora do evento.
A assessora da Coordenação Executiva de Programas e Projetos Estratégicos da SEC, Tânia Benevides, destacou a importância do fórum como um espaço de inovação e transformação da universidade e das comunidades onde ela atua. “É essencial formar mais docentes em licenciaturas ligadas às diversas áreas das artes para transformar a educação básica e valorizar a formação continuada dos profissionais da educação”, frisou a representante da SEC.
Representando a reitora da UNEB, Adriana Marmori, a Assessora da Ascult Nelma Aronia defendeu que o FAE é uma oportunidade de debater a arte em suas dimensões política e estética. “Temos que questionar o papel da arte e sua expressão estética, buscar as razões porque temos tão poucos cursos de Arte na região Nordeste. Queremos compreender o espaço da arte na nossa região, pois ela é essencial, é um sistema vivo e independente do sistema acadêmico. A arte não é uma ciência, e sim uma consciência”, salientou.
A abertura do fórum contou também com a participação da pró-reitora de Extensão (Proex) da UNEB, Rosane Vieira, da gerente de Apoio à Cultura e às Ciências (GACC) da Proex, Daniela Galdino, do gerente de Pesquisa da Pró-Reitoria de Ensino de Pesquisa e Pós-graduação (PPG), Eduardo Jorge, e do assessor técnico para Assuntos de Implantação e Reconhecimento de Cursos (Astep) da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd), Thiago Martins.
Do pensamento primitivo ao contemporâneo
No primeiro dia de atividades, o evento contou com a conferência “Do pensamento primitivo ao contemporâneo – A desumanização da arte”, ministrada por Marcus Vinícius Medeiros, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A palestra foi mediada pela docente Edineiram Maciel.
“A escola é mais do que um espaço de aprendizagem, é também um espaço de afeto, de respeito e de transformação. Ela nos ajuda a resgatar o que há de mais humano em nós, que é a capacidade de criar e de se relacionar. A arte é uma ferramenta poderosa para isso, pois ela nos faz ver o mundo com outros olhos, olhos de admiração, de crítica, de mudança. Ela nos inspira a buscar caminhos alternativos para sair da lógica destrutiva que nos aprisiona”, analisou o conferencista.
O encerramento do primeiro dia de atividades do fórum contou com apresentação do espetáculo “Um Atlântico, um Recôncavo”, do artista Anderson Brasil e banda.
Durante os quatro dias de evento, o público poderá conferir a programação que engloba conferência, mesas de discussão sobre música, artes visuais, teatro, dança e circo, apresentação de trabalhos, exposições, grupos de trabalhos por área, oficinas e apresentações artísticas.
Texto e fotos: Danilo Cordeiro/Ascom