“Ancestralidade e resistência do povo negro”. Esse foi o tema que norteou a quinta edição do AfroCultura, evento de iniciativa dos servidores do Teatro UNEB, realizado no último dia 13 de novembro, no Campus I da universidade, em Salvador.
A atividade contou com a participação atenta e curiosa dos estudantes da rede pública de ensino. Eles foram o público-alvo da iniciativa, que teve como objetivo rememorar a histórica luta pela igualdade racial na Bahia e no Brasil e romper na atualidade os legados racistas que perduram e violentam o povo negro.
O encontro teve a mesa de abertura na presença da reitora da universidade, Adriana Marmori, da vice-reitora, Dayse Lago, da representante da Secretaria estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Aline Teles, e do técnico do Teatro, Edson Pinto.
Em seu discurso aos alunos presentes, a reitora Adriana Marmori os incentivou a se engajarem nos processos de mudança social. “A educação pública é um direito de todos e todas, e a identidade de cada um e cada uma é uma riqueza que deve ser respeitada. Valorizem a sua família. Somente com essa valorização e com o fortalecimento pessoal no coletivo é que nós podemos realmente transformar o mundo, transformar as coisas”, ressaltou a reitora.
A vice-reitora Dayse Lago destacou a participação dos servidores do Teatro na organização do evento: “Esse protagonismo é o que a gente almeja, que cada um e cada uma seja protagonista, formando uma rede de promoção da educação, em que a gestão apoia as iniciativas de servidores, estudantes e professores”, afirmou Dayse.
O técnico do Teatro Ailton Lima Ferreira, conhecido como Baé, destaca o papel da cultura negra na construção da consciência social para superar o racismo: “Na cultura está a ancestralidade e a resistência do povo negro, ela é uma forma de libertar, da gente aprender e da gente ensinar.”, explicou Baé.
Também participaram da mesa a assessora Especial de Cultura e Artes (Ascult) da universidade, Nelma Aronia, da pró-reitoria de Ações Afirmativas (Proaf), Dina Maria Rosário, do secretário especial de Relações Interinstucionais (Seai), Ricardo Moreno, e do diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau da UNEB (SIntest/BA), Firmino Oliveira.
Extensa programação
O evento reservou uma extensa programação, entre elas, a primeira roda de conversa que abordou o tema “Promoção da Igualdade e Combate ao Racismo no dia a dia”, com reflexões pertinentes ao enfrentamento cotidiano do preconceito racial que ainda se faz presente na sociedade. As ideias ainda estavam sendo digeridas quando o grupo de capoeira Mangangá subiu ao palco para a representação dos aspectos de resistência e beleza da cultura negra.
A segunda roda de conversas tratou do assunto “Educação, Inclusão e oportunidades: ‘Como ingressar na UNEB?’”. As atividades contaram com apresentação contemplando a cultura negra, ao som de um grupo de Samba-Reggae. A programação também teve a mostra Ecofalante de Cinema e uma sessão de contação de história.
Os estudantes prestigiaram a performance do projeto Dendê, do Coral Cantares, do Coral Oyá Igbalé, do grupo de capoeira Sete Quedas e do grupo Defesa e Ataque. O encerramento ficou por conta do grupo de samba Balão de Ouro.
O V AfroCultura teve o apoio da Secretaria Especial de Articulação Interinstitucional (Seai), Pró-Reitorias de Ações Afirmativas (Proaf) e de Extensão (Proex), assessorias de Comunicação (Ascom) e Especial de Cultura e Artes (Ascult), editora EdUNEB, Uati, sindicatos dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau da Bahia (Sintest UNEB) e da Associação dos Docentes (Aduneb) da universidade.
As secretarias estaduais da Educação (SEC) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e a Superintendência dos Desportos do Estado (Sudesb) também apoiaram o evento.
Texto: Leandro Pessoa/Ascom. Fotos: Leandro Pessoa e Danilo Oliveira/Ascom