O Campus I da UNEB, em Salvador, sediou na manhã de hoje (5) a reunião de lançamento do Programa de Formação de Professores Universitários de Moçambique (BRAMO). O encontro contou com a participação de gestores de diversas universidades públicas do país.
O BRAMO é fruto de articulação entre o Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras (GCUB) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional de Moçambique (MCTESTP), com o apoio da Divisão de Temas Educacionais do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (DCE/MRE) e da Embaixada do Brasil em Moçambique.
De acordo com a diretora executiva do GCUB, Rossana Valéria de Souza, a proposta foi elaborada após diálogos entre a entidade e as parceiras sobre as necessidades educacionais do país africano e a constatação do baixo número de pesquisadores com titulação de mestrado e doutorado nas instituições moçambicanas.
“Uma das metas do grupo é trabalhar com países emergentes, que tem problemas que precisam ser solucionados. O nosso compromisso com a internacionalização não é de simplesmente fazer as pessoas circularem”, salientou a gestora, destacando ainda que a iniciativa busca auxiliar no desenvolvimento, sobretudo, da pesquisa e pós-graduação em Moçambique.
A UNEB foi representada pelo reitor, José Bites de Carvalho, pelo secretário especial de Relações Internacionais (Serint), Marcius Gomes, e pela assessora especial de Relações Internacionais da Reitoria, Jardelina Nascimento.
Professor Bites sinalizou que a universidade irá participar do programa e que deve ofertar bolsas, prioritariamente, para o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC). O reitor aproveitou a oportunidade para convidar gestores do GCUB para uma reunião, ainda no primeiro semestre deste ano, com o Olodum e reitores de universidades africanas, ação do convênio firmado em julho de 2017.
Para o secretário especial de Relações Internacionais, a UNEB cria condições para ampliar as suas ações de internacionalização ao consolidar a sua participação no GCUB. “Os programas específicos do grupo nos possibilitam desenvolver um novo mecanismo junto aos programas de pós-graduação. Não apenas recebemos alunos, mas também possibilitamos que docentes aproveitem os nossos espaços de formação para promover a transformação social em seu local de origem”, ressaltou Marcius.
Diretora de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Gionara Tauchen foi uma das responsáveis pela elaboração da proposta do Bramo e também participou da reunião.
“O programa tem um ponto especial que é ser voltado para a formação de professores em um contexto que demanda, de fato, essa intervenção. Algumas instituições são muitos jovens e demandam essa qualificação do quadro docente. Esta é uma ação de muita solidariedade institucional”, salientou a diretora, destacando a importância da consolidação de trocas entre universidades do hemisfério sul do planeta.
Assim como a UNEB, outras instituições já sinalizaram interesse em participar do programa e ofertar bolsas de metrado e doutorado. Ainda durante o evento, foram apresentadas as demandas dos docentes moçambicanos. As instituições brasileiras tem até o fim deste mês para oficializar a oferta.
Fotos: Danilo Oliveira/Ascom