“A pandemia foi um momento desafiador para o campo da educação, marcado por mudanças violentas, pois professores e estudantes não tiveram escolhas diante da necessidade de se adaptarem às aulas através de mediação tecnológica. Tivemos de sair de um paradigma para entrar em outro, em que o presencial – aquilo que era conhecido – precisou ser suspenso”.
A análise é de autoria da professora Edméa Santos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Ufrrj), e foi apresentada durante a Aula Magna do semestre 2022.2 da Universidade do Estado da Bahia, no Teatro UNEB, no Campus I, em Salvador.
A atividade teve como tema “Redes de Conhecimento e Formação: A Universidade na Contemporaneidade”, foi mediada pela professora Kathia Marise, e prestigiada por estudantes, técnicos, professores e gestores da instituição, presencialmente ou por meio da transmissão ao vivo no canal da TV UNEB, no YouTube (veja íntegra).
A aula prosseguiu com a contextualização das mudanças vivenciadas por docentes e discentes durante o período de isolamento social, a partir da perspectiva da cibercultura.
“Ficou claro que o nosso principal desafio ainda é a garantia do acesso e da acessibilidade aos meios digitais, é oferecer aos sujeitos as possibilidades de se tornarem protagonistas dentro do universo da contemporaneidade, da cibercultura. A universidade é o locus privilegiado dessa inclusão digital”, afirmou a professora.
Durante a atividade, Edméa discutiu ainda sobre possibilidades de alterações no currículo, nas avaliações e no estágio supervisionado, considerando as mudanças provocadas pelo ensino remoto emergencial, fenômeno decorrente do confinamento social.
”Vamos jogar fora aquilo que a gente aprendeu, aquilo que construímos e forjamos durante a Pandemia? Experiência é aquilo pra não se jogar fora, mas, sim, algo para refletir, ser valorizado em sua importância e continuar sendo inovado”, provocou a pesquisadora.
Boas-vindas à comunidade
Uma mesa de abertura antecedeu a aula, composta pela reitora da UNEB, Adriana Marmori, pela vice-reitora, Dayse Lago, pelo professor Raimundo Nonato, pela técnica Ana Cleide e pela estudante Fernanda Pereira.
As diferentes representações dedicaram as suas falas ao acolhimento e à contextualização do momento em que o semestre se inicia, pontuando o seu caráter histórico e as oportunidades que o retorno da presencialidade apresenta à comunidade acadêmica.
“Vivenciamos um momento diferente, pulsando em rede de forma remota, e agora é hora de pulsarmos em rede presencialmente, habitando os espaços, os encontros e os afagos da universidade. Somos corpos diferentes que fazem parte de um único corpo, que é a UNEB. E é isso que dá vida a nossa universidade”, destacou a reitora, Adriana Marmori.
Vice-Reitora da instituição, Dayse Lago reafirmou a compreensão da universidade inclusiva, que tem como princípio a acolhida dos diferentes, das pessoas e das formas de agir. “Precisamos construir saídas, por meio do diálogo, para o melhor da universidade. Que a gente possa, no nosso cotidiano, através das nossas atividades, traduzirmos esse princípio da inclusão e que essa acolhida sempre ocorra”, ressaltou a gestora.
Para o semestre 2022.2, a UNEB manterá os protocolos de biossegurança vigentes na universidade: limpeza e higienização de ambientes; higienização das mãos; uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados; e comprovação de esquema vacinal completo para acesso às dependências (veja comunicado da Reitoria).
As aulas da graduação, nas modalidades presencial e a distância (EaD), e da pós-graduação da instituição tiveram início no dia 15 de agosto e seguem até o dia 17 de dezembro, de acordo com o Calendário Acadêmico vigente.
Texto e fotos: Leandro pessoa/Ascom