A Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint) da UNEB está divulgando a abertura da primeira seleção do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul, coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Serão selecionados até 50 estudantes quilombolas ou autodeclarados pretos ou pardos, alunos de licenciaturas a partir do quinto semestre e vinculados a núcleos de estudos afro-brasileiros e indígenas ou correlatos, para intercâmbio de 15 dias na Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo), em Moçambique.
As inscrições de candidatos estão abertas até o dia 4 de janeiro de 2024, por meios de formulário on-line disponível no portal da Capes (Sicapes).
Cada selecionado contará o seguinte com apoio financeiro, sob responsabilidade do MIR: R$ 10.500,00 para diárias, R$ 13.172,00 para passagens aéreas, R$ 520,75 de auxílio seguro-saúde, R$ 257,25 para ajudar na emissão de passaporte e R$ 250,00 para emissão de visto de entrada em Moçambique.
Mais informações e o cronograma da seleção estão disponíveis no Edital conjunto 34/2023, publicado no Diário Oficial da União (DOU), e no portal da Capes.
Com extensa programação, a terceira edição do evento terá atividades remotas, via aplicativo Microsoft Teams, nos dias 12 e 13, e presenciais, no auditório do CPEDR, Campus I da UNEB, em Salvador, no último dia (14).
O colóquio reúne ações dos grupos de pesquisa vinculados ao CPEDR e de pesquisadores convidados, enfatizando a multirreferencialidade e multifaces na diversidade dos territórios de identidades do estado.
As atividades incluem uma edição especial da Terça da Tese, com o tema “Os indígenas Pankará, o rio São Francisco e a barragem de Itaparica (Luiz Gonzaga): movimentos identitários e relações socioambientais no semiárido pernambucano (1940-2010)”, no dia 13, às 16h, pela internet.
A UNEB, por meio do projeto de extensão CINEdebate & História, acaba de divulgar o nono episódio do programa Perspectiva, que traz sob o tema “Alto Sertão da Bahia: escravidão e sociedade” uma entrevista com a professora Maria de Fátima Pires.
Maria de Fátima é ex-professora do curso de História do Campus VI da UNEB, em Caetité, e atualmente é docente do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A entrevistada estuda o processo de escravidão, a resistência e a luta pela liberdade, o comércio interprovincial de escravizados no sertão baiano e na lavoura cafeeira paulista. É autora dos livros Fios da vida: tráfico interprovincial e alforrias nos Sertoins de Sima e O crime na cor: escravos e forros no alto sertão da Bahia.
No episódio, a docente versa sobre sua trajetória de pesquisa, os aspectos historiográficos que envolvem o tema do Alto Sertão da Bahia, arquivos e fontes disponíveis, bem como apresenta algumas possibilidades de novos temas a serem investigados.
O CINEdebate & História é um projeto de pesquisa e extensão vinculado ao Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus VI, tendo como objetivo realizar entrevistas, debates e apresentar informações de conteúdo historiográfico e cultural.
A UNEB, por meio do curso de licenciatura em Teatro, do Campus VII, em Senhor do Bonfim, realiza, entre os dias 13 e 15 de dezembro, a quinta edição do Cidade Palco, projeto de extensão do curso.
A programação é gratuita contará com espetáculos, monólogos, performances, poesia, música, circo, entre outras atividades, e acontecerá no Centro de Artes Professor Marcos Fábio, no centro da cidade.
Realizado a cada final de semestre do curso de Teatro, o Cidade Palco apresenta a produção artística dos estudantes ao longo do semestre, integrando mostras didáticas e exercícios das turmas.
“O projeto é uma devolutiva para a comunidade que acompanha as atividades do nosso curso, que é um curso de arte e que, portanto, tem muito a trocar, tem muito a compartilhar com o território, com a cidade de Senhor do Bonfim”, salienta a professora Karina de Faria, coordenadora do Cidade Palco.
“Esse oitavo Siala já estávamos acertando para fazer em Sergipe, mas felizmente a UNEB se iluminou de novo com a gestão da reitora Adriana e toda sua equipe, que faz um trabalho muito competente”.
A reflexão da professora Yeda Pessoa de Castro, idealizadora do Seminário Internacional Acolhendo as Línguas Africanas (Siala), deu a dimensão da relevância desse evento na universidade, na abertura da oitava edição do evento na noite de ontem (4), no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador.
Uma das mais conceituadas etnolinguistas do país e fundadora do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Cultura (NGEALC/UNEB), realizador do seminário, Yeda Castro não escondeu seu contentamento em participar da mesa do evento: “Recebo esse convite como um presente, no momento em que comemoro quase 90 anos de idade, a metade dos quais dedicada aos meus estudos entre Brasil e África”.
“É uma alegria ver o Siala de volta a esta casa, onde ele nasceu. A UNEB trouxe para a academia o que nós chamamos de o povo de santo. E isso é uma vitória, uma verdadeira retribuição desta universidade por tudo que esse povo de santo tem feito para sobreviver e resistir a todo tipo de perseguição e a todo o regime escravocrata”, destacou a docente.
A etnolinguista contou que foi na UNEB que encontrou o espaço adequado para produzir e pesquisar sobre línguas e culturas africanas: “Em 2006, no reitorado do saudoso professor (Lourisvaldo) Valentim, com a professora Adriana Marmori como pró-reitora de Extensão (Proex), tivemos todo o apoio para fazer a primeira edição do Siala”.
Evento bianual, foi sediado na UNEB até a quinta edição, lembrou Yeda Castro. “Depois não encontramos mais o apoio necessário, e tivemos que realizar duas edições em outros estados. Até sermos novamente acolhidos agora pela gestão atual da universidade”.
Presidindo a mesa de abertura do VIII Siala, a reitora Adriana Marmori reforçou as palavras da etnolinguista: “Falar do oitavo Siala é falar de uma história. O retorno desse grande evento para a UNEB foi um retorno com muita luta. E com esta edição, esse seminário internacional está se sedimentando como um espaço político importante de discussão sobre as línguas africanas na Bahia e no Brasil”.
“O Siala foi original e pioneiro na academia e tem inspirado outras experiências e eventos semelhantes no país. Cada vez mais precisamos estudar e preservar essa diversidade linguística que temos, que é o nosso maior patrimônio cultural e imaterial”, afirmou Adriana Marmori, acrescentando pensamento da filósofa, professora e escritora Lélia Gonzalez sobre o legado das lutas dos povos negros: “Foi dentro da comunidade escravizada que se desenvolveram formas politico-culturais de resistência que, hoje, nos permitem continuar uma luta plurissecular de libertação“.
Ao lado da reitora e da etnolinguista, compuseram também a mesa de abertura Mãe Ana de Xangô, ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, e Nengua de Nkice, sacerdotisa do Terreiro Tumbenci, ambas casas de candomblé em Salvador, e a pesquisadora Andréa Adour, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Muita felicitação estar aqui para falarmos das religiões de matriz africana, da sua essência, das memorias, patrimônio e cultura. Falar desses temas é falar de ancestralidade. E de lembrar de Mãe Stella de Oxóssi, doutora honoris causa da UNEB, a quem tive a honra de suceder e que implementou e valorizou a cultura da costura, do tecer fios, do pano do Alaká. O pano da costa é o pano de acolhe, que cobre o ventre da mulher”, contou Mãe Ana de Xangô, já adentrando o tema da mesa-redonda que daria continuidade à noite de abertura.
De volta ao Teatro UNEB pouco dias após a homenagem que recebeu em celebração aos 50 anos de sua iniciação no Terreiro Tumbenci, Nengua de Nkice (Mameto Lembamuxi) disse de sua “grande satisfação de estar nesta mesa do Siala, convidado pelo reitora Adriana e sua equipe; que esse seminário seja de muitas vitórias para a universidade e para todos e todas nós”.
A noite de abertura do seminário foi concluída com a mesa-redonda “Os fios da memória negra tecidos no Alaká“, com a participação de Yeda Castro e Mãe Ana de Xangô e coordenação da professora Eumara Maciel, do NGEALC. Os pesquisadores Muniz Sodré, da UFRJ, e Raul Lody, da Fundação Gilberto Freyre, que também participariam da mesa, enviaram mensagem por vídeo.
No começo das atividades, houve apresentação do Coral Universitário da UNEB, sob regência de André Lopes, docente da universidade.
A ampla programação do VIII Siala se estende até amanhã (6), com diversas conferências, mesas-redondas, minicursos e oficinas.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.
Lideranças e membros de instituições de matriz africana, docentes e pesquisadores participaram da mesa da cerimônia.
A UNEB homenageou os 50 anos de iniciação de Mameto Lembamuxi, líder espiritual do Terreiro Tumbenci, um dos mais tradicionais do Candomblé de nação Congo-Angola no Brasil, localizado no bairro de Tancredo Neves (antigo Beiru).
Inciativa da Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult) em parceria com a Assessoria de Comunicação (Ascom) e apoio da Reitoria da universidade, a cerimônia foi realizada na tarde de ontem (30), no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador, com a presença de diversas lideranças e membros de comunidades e instituições de matriz africana, além de convidados de órgãos públicos do estado e município, docentes e pesquisadores.
A reitora Adriana Marmori enviou mensagem em vídeo, devido à sua impossibilidade de comparecer, por motivo de agenda externa.
“Parabéns à sacerdotisa Mameto Lembamuxi pelo cinquentenário de iniciação, por sua longa luta na defesa do Tumbenci. Sintam-se todas e todos em casa aqui na UNEB, uma universidade que se reconhece no antigo quilombo do Cabula e que traz uma trajetória marcada de diálogo com os povos negros de Salvador, da Bahia e do país. Contem sempre com a UNEB, vamos continuar construindo esse diálogo profundo com as casas de terreiro e com os povos originários”, disse a reitora.
Mameto Lembamuxi: “Esta universidade está assentada em cima de um terreiro”.
Nascida Guerena Passos Santos, Mameto Lembamuxi tinha 24 anos de idade quando assumiu a liderança espiritual do seu terreiro, herdado de sua tia-avó Maria Neném.
“Agradeço a esta universidade pelo acolhimento e, em especial, à reitora Adriana Marmori e toda sua equipe pela homenagem. Respiro o ar do Tumbenci desde que nasci, com respeito, carinho, dedicação e humildade. Ali eu me casei, ali pari meus filhos e ali eu vou morrer. Sou grata por tudo que meu santo está recebendo aqui. Esta universidade está assentada em cima de um terreiro de candomblé. Só tenho a agradecer a vocês”, destacou Mameto Lembamuxi.
Saudando os presentes e agradecendo o trabalho de sua equipe, a assessora especial Nelma Aronia (Ascult) ressaltou que “nos preocupa muito a preservação desse patrimônio cultural que são os terreiros de candomblé; estamos aqui disponíveis para acolher toda proposta que vise preservar a cultura dos povos de matriz africana”.
Nelma Aronia (Ascult): preocupação com a preservação desse patrimônio cultural.
No início da solenidade, foi exibido o documentário “Cá te espero no Tumbenci – saberes e fazeres“, da pesquisadora e servidora da UNEB Hildete Costa, baseado em sua tese de doutoramento.
“Fui muito bem acolhida por Mameto, uma mulher de caráter maravilhoso, e por toda a comunidade do Tumbenci, para fazer minha tese. Quem bate nas portas daquele terreiro não sai sem um agrado, sem um direcionamento de vida”, afirmou, emocionada, Hildete Costa, acrescentando que “agora estamos lutando para conseguir o registro no Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) do Tambenci como patrimônio cultural afro-brasileiro“.
Dirigindo-se diretamente à sacerdotisa, a etnolinguista e docente da UNEB Yeda Castro salientou que “foi um grande presente participar desta homenagem, a senhora sempre foi uma guia para mim e uma grande incentivadora“.
Hildete Costa: luta pelo registro no Ipac do Tumbenci como patrimônio afro-brasileiro.
Compuseram a mesa da cerimônia também as professoras e pesquisadoras da UNEB Francisca de Paula, que coordena o projeto Turismo de Base Comunitária no Cabula e entorno (TBC Cabula), e Janice Nicolin, fundadora da Associação Artístico-cultural Odeart e Pesquisadora do Quilombo Cabula; o chefe de gabinete da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Alexandro Reis, que representou o governo do estado; o presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras (CMCN), Evilasio Bouças; a coordenadora do Centro Social Urbano (CSU) do bairro de Narandiba, Cláudia Rejane, além de lideranças de comunidades do Candomblé Congo-Angola.
Conduzida por Adriano de Andrade, da Ascult, a cerimônia teve ainda a apresentação musical de Gabas Machado e do grupo Mãos no Couro.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Cordeiro/Ascom.
“Floresta – entre raízes, galhos e ventos” é uma oficina/ecossistema de dança com materialidades orgânicas.
O curso de licenciatura em Teatro, do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim, por meio do projeto de extensão Dança Criativa, vai realizar a residência artística “Floresta – entre raízes, galhos e ventos“, nos próximos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, no Centro de Artes Professor Marcos Fábio Oliveira, localizado no Colégio Estadual Senhor do Bonfim (Cesb).
Os interessados em participar devem enviar mensagem direta para o perfil @dancacriativa_, no Instagram.
Segundo os organizadores da atividade, “‘Floresta – entre raízes, galhos e ventos’ é uma oficina/ecossistema de investigação em dança com materialidades orgânicas e tem como desejo a criação de outros imaginários para a dança contemporânea”.
A residência artística será coordenada por Thiago Cohen, artista da dança, arte-educador e curador, mestrando do Programa de Mestrado Profissional em Dança da Universidade Federal da Bahia (Prodan/Ufba) e pesquisador das linguagens de dança e poesia em uma perspectiva “afro-pindorâmica”, como afirma o artista.
A ação tem como parceiros a direção do DEDC/Campus VII, o colegiado do curso de licenciatura em Teatro, o Núcleo Territorial de Educação de Senhor do Bonfim (NTE 25) e o Grupo de Pesquisa e Extensão em Artes Cênicas do Semiárido Brasileiro (GruPANO), entre outros apoiadores.
Texto: Irenilda Maria/NAC/DEDC/Campus VII, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.
Programação terá música, poesia, dança, teatro, exposições e oficinas, entre outras atividades.
O Departamento Multidisciplinar de Ciências e Educação (DMCE), do Campus XXV da UNEB, em Lauro de Freitas, por meio do grupo de pesquisa e extensão Ludarte, realizará nos dias 28 e 29 de novembro o 1º Festival de Arte, Cultura e Ciência (FACC) no campus.
O objetivo do festival é promover a culminância dos saberes acadêmicos no semestre 2023.2, a fim de registrar, refletir e vivenciar ações artísticas, culturais e científicas produzidas pelas comunidades interna e externa de Lauro de Freitas e cidades circunvizinhas.
A ampla programação do evento reúne atividades artísticas como dança, teatro, música e performance poética, exposições fotográficas e de pintura, lançamento de livros, instalação, mostras, oficinas e rodas de conversa.
Texto: Organização do evento, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.
Os três eventos, que vão ocorrer no Centro Estadual de Educação Profissional Professor Paulo Machado, no município, estão com inscrições abertas no Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da UNEB. A programação completa também pode ser consultada no SGE.
Cada um dos programas tematizados nos eventos contribui para a formação nas licenciaturas. O estágio supervisionado visa proporcionar aos discentes, na primeira metade do curso, uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas da educação básica.
Já o programa de residência pedagógica tem como objetivo fortalecer e aprofundar a formação teórico-prática dos estudantes de cursos de licenciatura, além de contribuir para a construção da identidade profissional docente dos licenciandos.
E o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) tem a finalidade de fomentar projetos institucionais de residência pedagógica implementados por instituições de ensino superior, colaborando para o aperfeiçoamento da formação inicial de professores da educação básica nos cursos de licenciatura.
Segundo os coordenadores dos eventos, a iniciativa objetiva proporcionar maior integração estudantil com as comunidades interna e externa, “expandindo o olhar no sentido de compreender como tem sido, sentido e vivido os contextos para os diversos agentes envolvidos nesses programas”.
Encontro é iniciativa do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) e representações estudantis do campus.
O Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) e representações estudantis do Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim, realizam o II Encontro de Discentes Pesquisadores e Extensionistas (Edipe) nos próximos dias 6 a 8 de dezembro.
O evento. que vai acontecer no auditório do campus, visa aproximar o território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru do que tem produzido os estudantes dos cursos, socializando as diversas práticas extensionistas e de pesquisas realizadas neste ano.
O Edipe é um projeto de extensão que busca contribuir com os movimentos de socialização das diferentes práticas de extensão e pesquisa realizadas nos cursos de Teatro, Pedagogia, Biologia, Matemática, Enfermagem e Ciências Contábeis do departamento e com a formação de estudantes, professores e demais profissionais dessas áreas.
A programação contará com palestras, minicursos e mesas-redondas, bem como apresentação de trabalhos científicos.