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Universidade divulga 10ª edição do Caderno de Editais 2020

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG) da UNEB, através da Gerência de Pesquisa (GPESQ), divulga a décima edição do Caderno de Editais 2020. Os editais relacionados são de todo o país, contam com inscrições abertas e contemplam bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado, apoio a eventos e a publicações, entre outros.

A periodicidade deste informativo é quinzenal. A publicação pode ser encontrada também no site da PPG: ppg.uneb.br. Os pesquisadores interessados em concorrer aos editais, caso necessitem, podem entrar em contato com a Gerência de Pesquisa para maiores informações e auxílio na elaboração de propostas e projetos, através do e-mail pesquisa.ppg@uneb.br.

Para as próximas edições, contamos com a colaboração dos pesquisadores, discentes e demais servidores da UNEB interessados. Envie suas sugestões para: pesquisa.ppg@uneb.br.

Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação (PPG)

Programa UPT/UNEB prorroga inscrições para monitores: até terça-feira (8)

O Programa Universidade para Todos (UNEB), no âmbito da UNEB, prorrogou o período de inscrições, até a próxima terça-feira (8), para a função de monitor em 2020 (Edital 058/2020). 

Estudantes de graduação e pós-graduação de qualquer instituição pública de Ensino Superior e professores da Rede Básica de Ensino podem concorrer ao cargo.

As inscrições devem ser realizadas no site selecao.uneb.br. Para garantir participação no processo seletivo simplificado, o candidato deverá preencher integralmente a ficha de inscrição online (incluindo as autodeclarações) e disponibilizar link (YouTube) da videoaula, além de enviar e-mail com documentação solicitada.

As Comissões de Seleção serão compostas por servidores docentes e técnico-administrativos com formação igual ou maior do que a dos participantes.

Informações sobre pré-requisitos, vagas disponíveis, atribuições, valores da bolsas, carga horária de trabalho, critérios para a seleção, desempate e cronograma devem ser consultadas no edital.

– UPT/UNEB – Edital 058 – Seleção de Monitor

Informações: e-mail uptuneb2015@gmail.com.

Estudantes selecionados para vagas do Programa UPT/UNEB podem se matricular até segunda-feira (7)

 

O Programa Universidade para Todos (UPT), no âmbito da UNEB, realiza as matrículas dos candidatos selecionados (veja aqui lista de aprovados por polo) pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-BA) até a próxima segunda-feira (7).

A instituição oferta 8.400 vagas para o ano de 2020. Os estudantes aprovados devem receber comunicação através do e-mail cadastrado no ato da inscrição, com todas as orientações para efetivação da matrícula.

Você foi selecionado e o e-mail ainda não chegou? Não se preocupe, basta explicar a situação por e-mail (veja lista de contatos por polo), com o seu nome completo, CPF e confirmação da turma escolhida.

As matrículas permanecerão abertas, mesmo durante o fim de semana. O processo é simples e não exige, no atual momento, entrega de nenhum documento, apenas confirmações no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do UPT/UNEB 2020.

A Coordenação Geral do UPT/UNEB solicita que todos os aprovados observem para qual polo/instituição se inscreveu e proceda, tranquilamente, com a sua matrícula.

Frente às crises sanitária e de saúde pública provocada pela Covid-19, o programa se reestruturou e prevê, inicialmente, uma preparação intensiva para o Exame Nacional do Nível Médio (ENEM), desenvolvida de forma não presencial.

Há 17 anos em atividade, o UPT é coordenado pela SEC-BA e executado pelas universidades estaduais (UNEB, UEFS, UESC e UESB) e pela UFRB.

Informações: Equipe UPT/SEC – tel. 0800 285 8000.

UNEB retoma cronograma de matrículas do SISU 2020.1; 3ª chamada a partir de 07/12

A UNEB divulga a retomada das convocatórias para validação documental (acesso pelo Sistema de Cotas) e para efetivação de matrículas dos candidatos classificados em processos seletivos para cursos de graduação presencial da instituição.

Assim, a universidade convoca para matrícula os aprovados, em 3ª chamada, pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU 2020.1), do Ministério da Educação (MEC), nos cursos de graduação oferecidos pela universidade.

Os convocados devem realizar, entre os dias 7 e 15 de dezembro, o envio online da documentação solicitada pelo Edital de Matrícula, conforme prevê o novo cronograma.

Após recomendações da Resolução Nº 1.423/2020, do Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa da instituição, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd) da UNEB realizou adaptações procedimentais, frente ao estado de calamidade pública causado pela pandemia da Covid-19, para a garantia dos direitos dos candidatos aprovados.

A homologação de candidatos aptos será divulgada no dia 30 de dezembro. O efetivo registro de matrículas será realizado pela Coordenação Acadêmica do departamento correspondente, entre os dias 11 e 15 de janeiro.

Em momento oportuno, os estudantes com matrícula registrada deverão apresentar os documentos originais correspondentes àqueles que foram enviados durante a etapa de Envio Online.

O Sistema do MEC realiza a seleção dos inscritos de acordo com o desempenho que obtiveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.

A Gerência de Seleção Discente da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) orienta os aprovados a lerem com cuidado o edital de matrícula e a terem atenção com a documentação solicitada.

Acesse o site do SISU/UNEB

Veja lista de candidatos aprovados (3ª chamada – SISU 2020.1)

Veja novo cronograma (3ª chamada – SISU 2020.1)

Imagem (home): Reprodução

Universidade retoma cronograma de matrículas do Vestibular UNEB 2020; 2ª e 3ª chamada a partir de 07/12

A UNEB divulga a retomada das convocatórias para validação documental (acesso pelo Sistema de Cotas) e para efetivação de matrículas dos candidatos classificados em processos seletivos para cursos de graduação da instituição.

Assim, a universidade convoca aprovados, em segunda e terceira chamadas, do Vestibular UNEB, para ingresso no primeiro período de 2020. Os convocados devem realizar, entre os dias 7 e 15 de dezembro, o envio online da documentação solicitada pelo Edital de Matrícula, conforme prevê o novo cronograma (veja detalhes sobre a validação documental).

Após recomendações da Resolução Nº 1.423/2020, do Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa da instituição, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd) da UNEB realizou adaptações procedimentais, frente ao estado de calamidade pública causado pela pandemia da Covid-19, para a garantia dos direitos dos candidatos aprovados.

A homologação de candidatos aptos será divulgada no dia 30 de dezembro. O efetivo registro de matrículas, para ambas as chamadas, será realizado pela Coordenação Acadêmica do departamento correspondente, entre os dias 11 e 15 de janeiro.

Em momento oportuno, os estudantes com matrícula registrada deverão apresentar os documentos originais correspondentes àqueles que foram enviados durante a etapa de Envio Online.

Nesta edição do certame, 32.620 candidatos concorreram a 6.321 vagas, para cursos de graduação na modalidade presencial (4.021) e na modalidade a distância, ofertados pela instituição (500) e pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), também ministrados pela UNEB (1.800).

As opções de curso ofertadas estão distribuídas em todos os territórios de identidade do estado da Bahia. O certame prevê entrada para os semestres 2020.1 e 2020.2.

Todos os documentos necessários para validação e matrícula estão disponíveis no site www.vestibular2020.uneb.br.

Veja o Edital de Matrícula
Veja lista da 2ª chamada – 1º semestre
Veja lista da 3ª chamada – 1º semestre

Informações: Gerência de Seleção Discente/PROGRAD – e-mail prograd.gesedi@uneb.br.

Imagem (home): Arte de Adriano Reis – Ascom/UNEB

Programa UPT prorroga inscrições para curso preparatório para vestibulares/ENEM: até hoje (27)!

 

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-BA) prorrogou, até hoje (27), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (UPT), destinado ao fortalecimento da preparação para o ingresso no ensino superior.

edital de seleção 2020 prevê a ofertada de 12.105 vagas para o pré-vestibular e pré-ENEM, em 156 municípios e 225 locais de funcionamento. Para se inscrever, o interessado deve ser concluinte do nível médio/técnico das redes públicas baianas ou egresso.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pela internet, no site oficial do programa. O critério de seleção será o aproveitamento escolar resultante do cálculo das médias finais obtidas nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática (veja detalhes no edital).

Frente às crises sanitária e de saúde pública provocada pela Covid-19, o programa se reestruturou e prevê, inicialmente, uma preparação intensiva para o Exame Nacional do Nível Médio (ENEM), desenvolvida de forma  não presencial.

Havendo a possibilidade de retomada presencial, as atividades nos municípios e nos polos de funcionamento passarão a ser ofertadas na modalidade híbrida, com tempo casa e tempo escola.

Programa UPT 2020

O Universidade para Todos (UPT) recebeu, neste ano, o status de programa do Governo do Estado da Bahia, através do Decreto nº 20.004. Ele destina-se ao fortalecimento das aprendizagens e preparação dos estudantes concluintes e egressos da Rede Pública de Ensino Estadual e Municipal do Estado da Bahia, para os processos seletivos de ingresso no Ensino Superior.

Há 17 anos em atividade, o UPT é coordenado pela SEC-BA e executado pelas universidades estaduais (UNEB, UEFS, UESC e UESB). Em 2020, participará também a UFRB. Estão previstas videoaulas, acompanhamento feito por professores, disponibilização de materiais de estudo multimídia, aulões online, orientação vocacional e assistência para inscrição em processos seletivos. 

Para além das atividades regulares, as universidades executoras mantêm, desde o mês de abril, as plataformas UPT – Estude em Casa, que contam com conteúdos exclusivos para pré-vestibulandos de toda a Bahia.

Inscrições e informações (estudantes) – UPT 2020: educacao.ba.gov.br/universidadeparatodos.

Conheça também a plataforma UPT/UNEB – Estude em Casa: portal.uneb.br/upt/estudeemcasa.

Informações: SEC-BA – telefone: 0800 285 8000 ou e-mail upt@educacao.ba.gov.br.

Praes divulga resultado da segunda etapa do Edital 053/2020 (Auxílio de Suporte Emergencial à Inclusão Digital)

A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes) da UNEB, no uso de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE tornar público os resultados da 2ª Etapa do Processo Seletivo para concessão de Auxílio de Suporte Emergencial à Inclusão Digital para estudantes da Universidade do Estado da Bahia, conforme disposto no item 6.3. do Edital 053/2020.

Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAES)

18 anos de Cotas na UNEB: Histórias de Lutas e Garantia de Direitos

Em 2020, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) celebra os 18 anos da aprovação do seu Sistema de Cotas. Para além de estabelecer um marco para essa história de lutas e garantia de direitos, a instituição cria novas oportunidades para reverenciar muitas outras histórias, sobretudo, da ancestralidade.

Para compreender o panorama que culminou na deliberação da política institucional de ação afirmativa, é preciso puxar o fio da memória. O racismo enquanto tecnologia de opressão e relação de poder já era denunciada há sucessivas décadas no país, sobretudo, pelo Movimento Negro Brasileiro.

O evento na África do Sul foi um marco para as discussões mundiais sobre ações afirmativas

Cenário não exclusivo do Brasil, já que no início dos anos 2000 “a despeito dos esforços da comunidade internacional, os principais objetivos das três Décadas de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial não foram alcançados”, conforme registra a Declaração de Durban, da qual o Brasil é signatário.

O documento, assim como o evento no qual foi produzido, são fundamentais para a percepção da necessidade de redefinição do espírito do novo século. Em 2001, foi promovida a Terceira Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Durban, na África do Sul.

Movimentos negros e de mulheres negras se organizavam para participar desse marco histórico. A UNEB esteve representada nessa preparação pela sua então reitora, professora Ivete Sacramento, que foi convidada, junto a outras intelectuais, como Mãe Stella de Oxóssi, para participar da elaboração do texto que foi entregue pelo país na conferência.

Houve uma verdadeira efervescência dos debates sobre as políticas de ação afirmativa após a “Conferência de Durban”, que contou com anuência internacional da sua declaração e do plano de ação proposto. O evento teve início no dia 31 de agosto e foi encerrado em 8 de setembro de 2001.

Debate, racismo e reparação

Mesmo o Brasil tendo sido subscritor dos vários documentos que se posicionavam de maneira radical contra o racismo, internamente mantinha níveis elevados de desigualdades raciais. O que sinalizava para a urgente necessidade de ações de enfrentamento ao racismo estrutural e institucional, como pontua a atual pró-reitora de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB, Amélia Maraux.

Matilde Ribeiro: “A sociedade brasileira se desarvorava entre grupos a favor e contra”

De acordo com a primeira ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Matilde Ribeiro, os conhecimentos sobre ações afirmativas ainda estavam se difundindo entre os brasileiros, no período. “A sociedade brasileira se desarvorava entre grupos a favor e contra. O debate era muito intenso”, relatou, no evento celebrativo pelos 18 anos das Cotas na universidade, em agosto último.

Com o país dividido, mas, ciente dos compromissos antirracistas pactuados e que deveriam ser também implementados pelos estados e suas representações, a primeira reitora negra do Brasil, Ivete Sacramento, solicita a realização de um estudo referencial sobre cotas, para submissão ao Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa da UNEB.

“Fomos tidos como autoritários. Ninguém sabia, de fato, o que eram ações afirmativas, o que eram medidas de reparação, e porque estávamos buscando pôr em prática as cotas”, afirma professora Ivete.

A ex-reitora lembra que, à época, um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que apenas “1% dos negros e negras do Brasil estava nas universidades”. Realidade corroborada por estudo produzido pelo pesquisador Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, que conta com resultados dispostos na Resolução Consu Nº 196/2002.

Ivete Sacramento, primeira reitora negra do Brasil: “Fomos tidos como autoritários”

Então, em cumprimento ao conteúdo da Portaria nº 828/2002, da Reitoria da UNEB, foi instituída uma comissão, composta pelos professores Valdélio Santos Silva e Wilson Roberto de Mattos e o então discente Osni Cardoso de Oliveira, para “elaborar critérios de estabelecimento de quotas para o acesso dos afro-descendentes à UNEB”.

“Já havíamos participado dessas discussões de alguma maneira, o movimento negro já havia discutido isso. Quando chegou na UNEB, levamos em consideração esse histórico anterior. Tínhamos também informações de ações afirmativas já desenvolvidas em outros países, como, por exemplo, os Estados Unidos e a África do Sul”, destaca professor Wilson.

O parecer resultante desse trabalho se associou, então, às contribuições de um histórico de reivindicações sócio-políticas, de segmentos que se posicionavam em favor das lutas pela democratização e inclusão das populações historicamente discriminadas. E, em 18 de julho de 2002, após debate interno no CONSU, a UNEB aprova a implantação do seu Sistema de Cotas (Resolução nº 196/2002).

Um novo momento

Em seu primeiro ato, a reserva de vagas na universidade previa “quota mínima de 40% para população afro-descendente, oriunda de escolas públicas, no preenchimento das vagas relativas aos cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela Universidade do Estado da Bahia, seja na forma de vestibular ou de qualquer outro processo seletivo”.

O professor Wilson Mattos destaca que experiências anteriores foram investigadas

Eram considerados afrodescendentes, para os efeitos da resolução, os candidatos que se autodeclaravam “como pretos ou pardos, ou denominação equivalente, conforme classificação adotada pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE)”.

Para a professora Ivete Sacramento, a autodeclaração foi outro trunfo da ação afirmativa na instituição: “Pela primeira vez, por conta da adoção das cotas, as pessoas tiveram que se autodeclarar. Até então, poucos haviam feito a pergunta: sou afrodescente?”

Dessa maneira, a UNEB foi a primeira instituição de ensino superior (IES) do Brasil a instituir o sistema de cotas raciais a partir de deliberação interna, sem decretos do executivo estadual. Assim, se juntou à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) no pioneirismo das ações afirmativas universitárias. Mas, o momento não era apenas de celebração.

“Foi um dos piores momentos que passei em termos de segurança pessoal e familiar”, relata a professora Ivete, destacando que a confiança na decisão acertada foi consolidada após o recebimento de carta anônima, com teor racista, logo um dia após a aprovação, depois de falar sobre o feito histórico da instituição para uma rede de televisão local (veja transcrição do conteúdo da carta).

Um dia após a aprovação do Sistema de Cotas, a reitora recebeu uma carta racista

Ataques se tornariam ainda mais constantes. Dentre os principais argumentos: a acusação de ser uma política assistencialista e inoportuna; e as expectativas, igualmente preconceituosas, de que os estudantes negros cotistas egressos da escola pública poderiam não concluir seus respectivos cursos e indicariam para uma perda da qualidade do ensino e da excelência das universidades.

“Essas afirmações, que eram mera suspeita ideológica e racista, não surgiram apenas na UNEB, foram nacionais. Mas, foi provado posteriormente que o desempenho dos cotistas não registra diferenças substantivas para os demais. Existe, na média, um desempenho razoável para todos”, salienta o professor Wilson Mattos.

As provas citadas pelo docente constam no artigo intitulado “10 Anos de Ações Afirmativas na UNEB: desempenho comparativo entre cotistas e não cotistas de 2003 a 2009”, resultado de pesquisa coordenada por ele, e desenvolvida em parceria com as pesquisadoras Kize Aparecida Silva de Macedo e Ivanilde Guedes de Mattos.

A análise recebe apoio de Céres Santos, professora da UNEB, que participou também da instituição das cotas na Ufba, em 2004: “Costumo dizer que, na verdade, essa política mostrou o quanto se dimensionava mal o conhecimento dos jovens provenientes do ensino privado, das melhores escolas”.

Ceres Santos: “Podemos ver como o racismo mascara uma realidade”

Ela segue: “Na verdade, esse grupo que sempre viveu dos privilégios e, inclusive, no acesso ao ensino superior, mostrou que não era o que a gente imaginava. E, no fim, quando você coloca os dois grupos, a diferença é muito pequena. Então, podemos ver como o racismo mascara uma realidade”.

Fortalecimento de debates e ações

De acordo com a ex-ministra Matilde Ribeiro, experiências de ações afirmativas como a da UNEB, da UERJ e da Universidade de Brasília (UnB), primeira federal a instituir sistema próprio de cotas, foram referências que contribuíram fundamentalmente para o avanço e qualificação dos debates nacionais sobre o tema.

“Esse processo nacional é bastante rico e estimulador para quem defende as ações afirmativas. Tivemos, sem dúvida, uma vitória nesse debate público e estamos avançando na implementação das cotas mesmo em situações adversas”, destaca a pesquisadora, que atualmente integra o quadro da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

No bojo das conquistas citadas pela ex-ministra, estão a Lei Federal nº 10.639/2003, que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.

Na vanguarda dos enfrentamentos, a UNEB avançou para a ampliação do seu Sistema de Cotas já em 2007, com a garantia dos 40% de vagas para candidatos negros e inclusão de novos 5% para candidatos indígenas, nos processos seletivos da graduação e pós-graduação (Resolução Consu nº 468/2007).

A política sofreu mudanças dois anos depois, quando a Resolução Consu nº 710/2009 foi publicada, incluindo a obrigatoriedade dos pleiteantes à reserva de vagas terem “cursado todo o 2º Ciclo do Ensino Fundamental e o Ensino Médio em Escola Pública” e “renda bruta familiar mensal inferior ou igual a 04 (quatro) salários mínimos”.

Ana Celia da Silva: “Cotas são direito e princípio da reparação que ainda não foi feita”

Já em 2011, a universidade alterou a proposição, e transformou os 5% para indígenas em sobrevagas, que são o quantitativo resultante da aplicação do percentual de cota sobre o número de vagas oferecido por turma/curso (Resolução Consu nº 847/2011).

O êxito institucional em suas ações de inclusão e democratização da educação superior, assim como a ativa participação dos seus pesquisadores nos debates nacionais sobre os temas é, mais uma vez, citado pela professora Matilde Ribeiro como promotor de novas revoluções não só no estado, como no país, a exemplo da Lei Federal nº 12.711.

Regulamentada pelo Decreto nº 7.824/2012, a Lei que ficou conhecida como “Lei das Cotas” garante a reserva de 50% das matrículas por curso/turno “nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos”.

“Cotas não são favor, são um direito. A prova é igual, o acesso é igual. Só não existe a discriminação das pessoas que vêm de escola pública, com o currículo defasado pela ausência de professores, para alunos que vêm de colégios particulares de elite. Aí está a justeza das cotas, que são direito e princípio da reparação que ainda não foi feita”, defende a professora aposentada e proeminente participante do debate sobre ações afirmativas na UNEB, Ana Celia da Silva.

Leia também à 2ª parte desta reportagem: “18 anos de Cotas na UNEB: Conquistas e Reverências à Ancestralidade”

18 anos de Cotas na UNEB: Conquistas e Reverências à Ancestralidade

Em 2020, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) celebra os 18 anos da aprovação do seu Sistema de Cotas. Para além de estabelecer um marco para essa história de lutas e garantia de direitos, a instituição cria novas oportunidades para reverenciar muitas outras histórias, sobretudo, da ancestralidade.

A UNEB criou o órgão e o integrou à sua Administração Central em 2014

Marco fundamental para o avanço da gestão e do acompanhamento das políticas de reparação histórica na instituição, a implantação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB foi autorizada, em 2014, pelo Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa (Resolução nº 1020/2014).

Já no mesmo ano, a primeira gestão foi assumida pela professora Marluce Macêdo. Do momento da implantação em diante, sucederam-se debates institucionais sobre os caminhos para as ações afirmativas na universidade, o ingresso e a permanência qualificada e as formas possíveis de combate ao segregacionismo intencional e historicamente construídos no país.

Em 2016, já sob a gestão do professor Wilson Mattos, foi promovida a I Conferência Universitária de Estudantes Cotistas da UNEB (CONFCOTAS), com o objetivo de produzir um processo democrático de discussão com vistas à elaboração de um Programa de Permanência para Estudantes Cotistas.

O Programa de Bolsas de Pesquisa e Extensão para Estudantes Cotistas – AFIRMATIVA foi lançado no mesmo ano, após aprovação do Conselho Universitário (Consu) da instituição (Resolução nº 1.214/2016).

Para fortalecer o debate sobre a permanência discente, evento foi realizado em 2016

A iniciativa, que permanece ativa, garante a inserção de discentes ingressantes pelo sistema de reserva de vagas/sobrevagas no desenvolvimento inicial, orientado e supervisionado de atividades de elaboração e execução de projetos de pesquisa, extensão e de difusão do conhecimento.

O programa tem por objetivo possibilitar a esses estudantes uma forma específica de associação e ambientação coletiva, que dê suporte material, intelectual e subjetivo ao desenvolvimento satisfatório de suas respectivas trajetórias acadêmicas, fortalecendo os seus processos formativos.

“Caminhamos muito nessa direção de fortalecimento das políticas de ações afirmativas na universidade, desde as gestões da professora Marluce e do professor Wilson. A pró-reitoria promove política, a partir de uma articulação acadêmica e social, porque tudo o que fazemos envolve os movimentos sociais, que dão corpo às nossas ações”, explica a atual pró-reitora, Amélia Maraux.

Fortalecimento das vivências estudantis

Como consequência das ações de consolidação das ações afirmativas na UNEB, o Programa AFIRMATIVA foi reformulado em 2019, na gestão da atual pró-reitora, Amélia Maraux.

Com a ampliação do número de bolsas, os discentes participantes passaram a receber em 12 parcelas. O conjunto de área temáticas prioritárias também foi ampliado, e a “Faixa B” foi criada (temáticas livres), visando prestigiar projetos e subprojetos cujas abordagens sejam do interesse de investigação acadêmica dos proponentes.

Amélia Maraux: pró-reitoria promove política, a partir de uma articulação acadêmica e social

O fortalecimento da ação pôde ser notado pelo expressivo número de inscrições de projetos, o que garantiu o preenchimento de todas as 100 vagas oferecidas, fato inédito para o programa. A partir desse resultado, a Proaf já formalizou a solicitação para ampliação da oferta, que tramita nos conselhos superiores da universidade.

Ainda no último ano, a Proaf passou por reestruturação, aprovada pelo Conselho Universitário (Resolução Consu nº 1.397/2019). A nova organização e distribuição de competências entre os setores da pró-reitoria busca impulsionar e robustecer as ações afirmativas na instituição, através da construção de políticas, programas e projetos.

Outra ação de destaque foi a construção do livro/coletânea “Série Ações Afirmativas: Educação e Direitos Humanos”, que se destina à divulgação da produção acadêmica relacionada aos campos de gênero, sexualidades, feminismos, masculinidades, questões étnico-raciais, comunidades quilombolas, educação inclusiva, cultura cigana, africanidades, interculturalidade, Lei 11.645/06, direitos humanos, racismo, lgbtfobia, ações afirmativas, inclusão de pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades.

Espaço para publicação de artigos sobre ações afirmativas no Brasil

“Entendemos, com a proposta da Série, a urgência de publicizar os debates acadêmicos possibilitados pela experiência acumulada com as Ações Afirmativas na UNEB, através do diálogo com outras instituições do país, para formulação de políticas públicas de acesso e permanência de estudantes cotistas, assim como vivências no ensino, pesquisa e extensão, em níveis de graduação e pós-graduação”,  ressalta a coordenadora do projeto, Iris Verena Oliveira.

Em seu volume I, publicado no último ano em parceria com a Editora da UNEB (EdUNEB), a Série teve como tema “Diferenças e Práticas Formativas”, destacando experiências de pesquisa, ensino e extensão em espaços formais e não-formais de educação, na educação básica e superior, comprometidas com práticas interculturais, pós-coloniais, interseccionais, decoloniais, atravessadas pelo eixo: educação e direitos humanos.

O segundo volume da série, a ser publicado no primeiro semestre de 2021, trará o tema “Acesso e permanência de estudantes cotistas no ensino superior”, com a pretensão de socializar artigos que tratem do ingresso de estudantes pelo sistema de cotas; ações voltadas para permanência estudantil; e discussões sobre o cotidiano de estudantes cotistas na graduação e pós-graduação.

Assim, a Proaf intenta criar um espaço para publicação de artigos sobre ações afirmativas no Brasil, demarcando o importante papel cumprido pela UNEB na história do sistema de cotas para o ensino superior no país.

Inclusão e maior acompanhamento

Para que sucessivos avanços fossem possíveis, em recapitulação, o ano de 2018 inaugurou um novo marco histórico para as políticas institucionais de ações afirmativas na UNEB.

Em profunda articulação com os movimentos populares e se mantendo firme pela inclusão das populações histórica e socialmente discriminadas, a Proaf apresentou uma proposta de ampliação para o Sistema de Cotas, que foi aprovada por unanimidade pelo Consu (Resolução Consu nº 1339/2018).

Já no Vestibular UNEB 2019, com provas realizadas ainda no ano anterior, puderam também concorrer aos 5% de sobrevagas, em todos os cursos ofertados pela universidade: quilombolas; ciganos; pessoas com deficiência, com transtorno do espectro autista e com altas habilidades; transexuais e travestis, contabilizadas as cotas separadamente para cada grupo.

“Venceram os movimentos sociais, venceu o movimento negro, venceu a democracia. Hoje pululam leis, decretos e normativas que legislam e legitimam a política de reparação das pessoas, povos, grupos e comunidades que foram e são diuturnamente violentadas pelos racismos, capacitismos e sexismos que imperam no país”, celebra a gerente de Promoção e Acompanhamento das Ações Afirmativas da Proaf, Dina Maria Rosário, coordenadora do projeto que culminou na proposta apresentada ao Conselho Universitário.

Segunda edição ocorreu durante o IV Encontro Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

Frente às conquistas, às quais se soma a II Conferência dos Cotistas da UNEB, fortaleceram-se também as ações de acompanhamento do acesso ao sistema de cotas já empreendidas pela pró-reitoria.

No mesmo ano de 2018, como fruto do trabalho de um grupo  composto por docentes pesquisadores, técnicos e analistas, estudantes, representantes das pró-reitorias acadêmicas e representantes de movimentos sociais houve a  regulamentação das Comissões Central e Departamentais de Validação para Acesso ao Sistema de Cotas.

Por meio dessa ação, a matrícula de candidatos optantes pelo sistema de cotas passou a contar com duas etapas: a validação da autodeclaração e demais documentos comprobatórios e a própria efetivação da matrícula.

A validação é realizada por comissões que passaram a atuar junto às coordenações acadêmicas nos processos de matrícula de aprovados pelo Vestibular UNEB ou pelo Sistema de Seleção Unificado (SiSU), do Ministério da Educação (MEC).

“É a primeira vez, na história da universidade, que a gente tem comissões voltadas para o acompanhamento in loco dos ingressantes. Caminhamos nesse desafio que não é só da UNEB, porque nós dialogamos bastante com os movimentos sociais para construir esse caminho”, ressalta professora Amélia Maraux.

Além da criação das comissões, a Proaf iniciou um processo de formação para elas, através de curso mediado por tecnologias intitulado “Deslimites”. Assim como compôs um grupo de trabalho (GT) para acompanhamento do sistema de cotas.

Ainda no mesmo ano, a pró-reitoria realizou uma atualização do questionário socioeconômico-cultural, parte integrante da inscrição do Processo Seletivo Vestibular, como estratégia para qualificar e refinar as informações acerca do perfil dos candidatos inscritos, aprovados e matriculados na UNEB; subsidiar decisões institucionais e embasar pesquisas acadêmicas.

“Lutamos diariamente contra o racismo, o capacitismo, a LGBTfobia e a transfobia, então, temos ainda um caminho no sentido da consolidação das políticas de ações afirmativas. E isso perpassa, também, pela consciência institucional com relação à existência desses outros sujeitos dentro da universidade, esse é um caminho, uma luta, um processo”, registra Amélia.

Ainda de acordo com a pró-reitora, está em processo de conclusão a Política de Acessibilidade e Inclusão da UNEB. Construída com participação de pesquisadores da área, cuja escuta qualificada garantiu o rigor técnico-científico da proposta. A política concretiza o compromisso da instituição com a garantia dos direitos da pessoa com deficiência. A proposta deverá ser encaminhada ao Consu ainda neste ano.

Seis resoluções do Conselho Universitário que atualizaram o Sistema de Cotas da UNEB

Desafios, transformações e perspectivas

“Antes, nós tínhamos uma cota de 100% para pessoas não negras na universidade”, lembra a professora Ivete Sacramento, enquanto registra as violências institucionais da história do Brasil, o que considera “ações afirmativas contrárias”, a saber:

Ivete Sacramento: “Antes, nós tínhamos uma cota de 100% para pessoas não negras”

Lei que proibia escravizados e descendentes de escravizados de frequentar a escola pública (1837); Lei de Terras (1850); Lei do Ventre Livre (1871); Lei dos Sexagenários (1885); Lei Áurea (1888), logo sucedida pelo Decreto Nº 847 (1890), que estabelecia o Código Penal da época, criminalizando a prática da capoeira, por exemplo; e a Lei do Boi (1968).

“O sistema de cotas como ação afirmativa é um direito conquistado. É isso que tem que ser interiorizado pelos estudantes. É um direito dos nossos antepassados, que lutaram muito para que a gente os tivesse na contemporaneidade”, defende o professor Wilson Mattos.

Após 18 anos de experiência na UNEB, e a oportunidade de rememorar e reverenciar outras tantas histórias, foram fomentadas inovações nas formas de sociabilidade entre discentes de diferentes realidades socioeconômicas, culturais e étnico-raciais e contribuições para mudanças da cultura acadêmica da universidade.

José Bites: ações afirmativas buscam promover a equidade e a valorização da diversidade

“Entendemos que os programas de ações afirmativas precisam ser mantidos, sobretudo, porque buscam promover a equidade e a valorização da diversidade. E é importante garantir, enquanto princípio institucional, essas agendas, a participação e a difusão dessas discussões para a conscientização de todos da comunidade acadêmica e da sociedade baiana”, destaca o reitor da UNEB, José Bites de Carvalho.

De acordo com a recente “Pesquisa UNEB 2020: Nós por Nós”, realizada entre os últimos meses de agosto e setembro, com contribuições de todos os segmentos institucionais, 78,9% dos 14.512 estudantes respondentes se identificaram como negros, pardos ou indígenas.

As mudanças são também registradas nas atividades de ensino, pesquisa e extensão: “Vemos emergir eixos de conhecimentos que questionam esse lugar de uma epistemologia ocidental, branca, masculina, abrindo caminhos para a consolidação de outros referenciais teóricos e metodológicos”, ressalta a pró-reitora Amélia.

Última edição da iniciativa preencheu todas as vagas disponíveis para estudantes cotistas

Para o professor Wilson, a presença dessas populações, que eram ausentes da vida universitária, física, verbal, cultural e simbolicamente, de maneira inequívoca acabam por provocar mudanças significativas nas agendas da universidade.

Outra importante transformação institucional sinalizada pela professora Dina Maria Rosário é a fundação, após a implantação do Sistema de Cotas, de centros, núcleos, laboratórios e grupos de pesquisa e/ou extensão que desenvolvem estudos na temática das ações afirmativas na UNEB, a exemplo dos:

Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (CEPAIA);
Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (OPARÁ);
Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural e da Temática Indígena (CEPITI);
Centro de Referência em Desenvolvimento e Humanidades (CRDH);
Centro de Estudos em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (CEGRES/Diadorim);
Núcleo de Educação Especial (NEDE).

A UNEB segue comprometida com a institucionalização das ações afirmativas

Como atesta a professora Amélia Maraux, a implementação dessas iniciativas, voltadas para as temáticas afeitas às ações afirmativas, contribui sobremaneira para os enfrentamentos e desafios impostos pelas diferentes formas de preconceitos e violências, que impactam a vida de estudantes, professores e técnicos-administrativos negros, quilombolas, deficientes, LGBTI+.

“Neste ano de 2020, com o impacto da pandemia e o aprofundamento das desigualdades, os desafios postos para a gestão universitária se colocam de maneira mais contundente. Devemos pensar, portanto, os caminhos possíveis para a permanência estudantil como um grande desafio, neste momento em que a universidade implementa a oferta de ensino remoto”, destaca a gestora.

Portanto, “nesta celebração dos 18 anos, a universidade se mantém comprometida com a institucionalização das ações afirmativas”, conclui a pró-reitora de Ações Afirmativas da UNEB, Amélia Maraux.

Leia também à 1ª parte desta reportagem: “18 anos de Cotas na UNEB: Histórias de Lutas e Garantia de Direitos”

Praes informa sobre alteração da data de divulgação do resultado da 2ª etapa do Edital 053/2020

A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes) da UNEB informa que, em atenção ao Item 7 do Edital 053/2020, o resultado da segunda etapa do Processo Seletivo de Auxílio de Suporte Emergencial à Inclusão Digital, por motivos técnico-operacionais, será divulgado no dia 24 de novembro de 2020 (terça-feira).

Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAES)