A primeira década de existência da Cátedra Fidelino de Figueiredo da UNEB foi comemorada durante a Reunião Anual das Cátedras do Instituto Camões (Portugal) no Brasil, que se realizou nos dias 14 e 15 passados, nas instalações do Centro Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia), da universidade, localizado no Centro Histórico de Salvador.
Além da cátedra anfitriã, o encontro anual congregou – para relato e troca de experiências e avaliação de perspectivas para 2024 – diretores e diretoras das cátedras Jaime Cortesão (USP), Padre Antônio Vieira (PUC-RJ), Agostinho da Silva (UFU), Marquês de Pombal (UFS) e José Saramago (UFPR), e do Centro de Estudos Luso-Afro-Brasileiros (PUC-MG).
A mesa de abertura teve a participação da reitora Adriana Marmori, do secretário dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação português, Francisco André, do embaixador de Portugal no Brasil, Luís Ramos, do secretário de Relações Internacionais (Serint) da UNEB, Elizeu Clementino, e da diretora da Cátedra Fidelino de Figueiredo, Rita Aparecida Santos.
“Somos uma universidade jovem comparada às universidades da Europa, mas que tem um histórico de instituição inclusiva e de interiorização em toda o estado da Bahia. Temos avançado e consolidado nosso processo de internacionalização. Somente com Portugal firmamos parceria com as universidades de Évora, Lisboa, Coimbra, Porto, Minho, Aveiro e, mais recentemente, Portalegre”, destacou Adriana Marmori.
A reitora, lembrando das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, fez “um clamor pelo reconhecimento na literatura portuguesa da luta dos povos negros e indígenas, em especial das mulheres nessa história da conquista da nossa liberdade como nação”.
O secretário de estado português Francisco André agradeceu a UNEB pela acolhida desse encontro, “em que vamos refletir sobre a importância da língua no plano das relações internacionais”.
“A língua portuguesa não é apenas um veículo de comunicação entre pessoas e nações, mas também é a pedra basilar da construção de uma identidade comum, alicerçada na diversidade dos povos que a falam”, enfatizou o secretário.
Agradecendo a participação das autoridades, gestores e da comunidade acadêmica no evento, a diretora Rita Aparecida Santos fez uma breve explanação sobre os 10 anos de existência da Cátedra Fidelino de Figueiredo.
“Posso dizer que é de amor que essa cátedra vem se constituindo nestes 10 anos”, disse a gestora, completando com versos do poeta João Cabral de Melo Neto: “Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos”.
Entre as conquistas da Cátedra Fidelino de Figueiredo, Rita Aparecida salientou “os 28 livros publicados na Coleção Atlânticos, três exposições no metrô de Salvador, uma em um grande shopping center da capital e duas em Barreiras e Caetité”.
A vice-reitora Dayse Lago fez questão de parabenizar a cátedra e a iniciativa do encontro no Cepaia: “O trabalho da cátedra é uma experiência repleta de afetos, de trocas e também de rigor acadêmico, mas sem rigidez. Vida longa a essa cátedra!
Acesse aqui vídeo da abertura do evento (TV UNEB)
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.