Estudantes do Colégio Estadual Monte Gordo participaram ontem (8) da visita guiada à “Exposição Saberes e Fazeres na Bahia”, em cartaz no Shopping Bela Vista, no bairro do Cabula, em Salvador.
A exposição é de curadoria da professora da UNEB, Suely Messeder. A iniciativa tem por finalidade atingir vários públicos que transitam em espaços não apenas restrito ao público acadêmico.
“Ontem, foi o dia de visitação guiada da Exposição Saberes e Fazeres na Bahia, com as/os estudantes do Colégio Estadual de Monte Gordo. Com ela vimos a coexistência no território e no tempo, na ética e nas alteridades. Celebramos o 8 de março, dia das mulheres, um passeio na etnografia escrita por uma antropóloga sobre o saber fazer da feitura das cocadas sob batuta das mulheres negras de Monte Gordo”, destacou a curadora da exposição, em texto publicado no seu perfil do Instagram.
A docente afirmou ainda que “vimos como o saber fazer para o sustento de muitas famílias, tornou-se um jogo digital pelas mãos do jovem egresso da UNEB e deste Colégio, filho e neto destas mulheres”.
A professora Suely finalizou ressaltando o sentimento de orgulho pelas estudantes, que demonstraram desejo de se tornarem cientistas. “Nos orgulhamos através do orgulho demonstrado pelas meninas moças que se projetavam e afirmavam que elas seriam as pesquisadoras do futuro. Um prazer enorme e gozos múltiplos, quando nosso trabalho é uma feitura de várias mãos”.
O conteúdo estético, ético e crítico construído na exposição para difundir o conhecimento pouco valorizado, que é o saber fazer da nossa gente, é uma narrativa que busca articular o saber fazer tradicional e o saber fazer digital.
Na exposição, são revelados atos da feitura da cocada na ambiência familiar, onde reúnem três gerações de mulheres. Há também imagens do egresso do curso de Jogos Digitais da UNEB, filho da mesma família, criando o jogo digital da Cocada de Maria, dando o contorno do afrofuturismo e valorizando a tradição em outra linguagem.
A iniciativa, oriunda direta do museu digital, com o mesmo nome, é fruto de uma pesquisa etnográfica (2014-2022) financiada pela Fapesb e CNPq.
A apresentação e a pesquisa também conta com a colaboração dos estudantes e professores dos Programas de Pós-graduação de Crítica Cultural e de Difusão do Conhecimento (PGDC) vinculado à UNEB, Ufba e Ifba, além do apoio da comunidade acadêmica do campus de Camaçari da UNEB”
A exposição estará em cartaz, até o dia 7 de abril, no Shopping Bela Vista, em Salvador.
Fotos: Arquivo pessoal