Festival Beiru das Artes Negras reúne atividades com programação em escolas do Cabula e no Campus I da UNEB: de 20 a 26/11

Em celebração ao mês da Consciência Negra, o Festival Beiru das Artes Negras (FESTBAN), realiza atividades entre os dias 20 e 26 de novembro, nas escolas do bairro do Cabula e no Teatro da UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador.

Aberto ao público, a iniciativa tem por objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para a utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.

De acordo com Robson Correia, idealizador e diretor artístico do FESTBAN, a iniciativa, além de ser uma ação formativa é também uma revitalização histórica: “Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afro-diaspóricas presente na periferia e que é uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”, ressaltou.

O FESTBAN homenageia Gbeiru, negro vindo das terras de Oiò na Nigéria, continente africano, para ser escravizado em Salvador no Século XIX, mais especificamente na fazenda dos Gárcias D’Ávila ‘Campo Seco’, hoje conhecido como bairro Beiru/Tancredo Neves.

O professor de música Jean Santos, marca presença na quarta edição do festival e destaca que o evento é uma forma de dar visibilidade aos talentos que fazem parte dos bairros. “Nas comunidades tem arte de qualidade sendo feita todos os dias, então ela precisa ser vista, valorizada e o FESTBAN faz isso: acolhe, aponta novos caminhos, promove educação e dá espaço para a empatia”, observou Santos, que é idealizador do coletivo Tempo de Evoluir.

A programação da iniciativa reunirá oficinas de teatro, percussão, dança, poesia, música, audiovisual e capoeira. As atividades acontecerão nas escolas do bairro do Cabula e o encerramento será no Teatro da UNEB, no Campus I, às 14h.

O FESTBAN conta com o apoio da UNEB, Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos, da UHAA! Gráfica e Design, do Forte supermercado, do Gira Grupo de Pesquisa da UFBA e do Estúdio Casa de Mainha.

Texto: Leandro Pessoa/Ascom. Imagem (destaque): Divulgação