Na manhã dessa segunda-feira (16), o Campus XI da UNEB, em Serrinha, foi palco da retomada da Plenária Final do Congresso Estatuinte. O evento, que se estenderá até o dia 19 de dezembro, reúne delegados (representados por discentes, docentes e técnicos) de diversos campi para continuar a apreciação e votação dos artigos que compõem a proposta de novo Estatuto da universidade.
Antes da abertura da plenária, foi instalada a mesa institucional, que contou com a participação da reitora, Adriana Marmori, da vice-reitora, Dayse Lago, do presidente da comissão central do processo estatuinte, Euzébio Raimundo, da vice-presidente da Comissão de Articulação, Érica Macedo, do presidente da mesa diretora, Jean Rêgo, e da diretora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus de Serrinha, Isabelle Sanches.
“Há 27 anos a UNEB deveria ter realizado o Congresso Estatuinte, porque a Lei 7176 de 1997 determinou que as universidades deveriam se debruçar e elaborar os seus estatutos a partir daquela reformulação. O estatuto que está em vigência hoje foi atualizado em alguns pontos, mas não com o caráter de Estatuinte, de participação popular e democrática, como estamos fazendo agora. A UNEB precisa ter o seu estatuto. A UNEB precisa dizer: nós somos discentes, somos docentes, somos técnicos e temos competência para fazer nosso estatuto porque a universidade tem autonomia”, destacou Adriana Marmori.
Complementando o seu discurso, a reitora ressaltou a confiança nas comissões setoriais e central da Estatuinte e nos demais envolvidos na conclusão do processo. “Enquanto Reitoria, temos a confiança nas comissões, nas delegadas e delegados. Todas as pessoas que estão aqui possuem capacidade crítico-reflexiva e capacidade política de toda ordem para que possamos, de fato, ter o melhor texto para o nosso estatuto”, disse Adriana Marmori, reiterando que “cada voto consciente no texto-base estará expresso o desejo de reformulação das matrizes institucionais e no registro da história da Universidade”.
A vice-reitora, Dayse Lago, desejou que o novo documento possa traduzir a multicampia da Universidade. “É importante estarmos aqui no Campus de Serrinha e entendermos a multicampia da nossa Universidade e compreendermos que esse novo documento da UNEB traduza os diferentes sotaques, vozes e lugares para que renove e reafirme o nosso compromisso com uma sociedade democrática e esteja em consonância com a formação de pessoas”, considerou.
O presidente da comissão central do processo estatuinte, Euzébio Raimundo, salientou a importância da participação de todos os envolvidos no processo. “Agradecemos a cada um e cada uma que fizeram esforços para saírem dos seus territórios e estarem aqui com o único objetivo de concluirmos o nosso trabalho pela aprovação de um novo estatuto para a Universidade. O documento aqui apresentado é fruto da construção coletiva e legítima de todos os departamentos que compuseram essa minuta, pensando nos discentes, docentes e técnicos. Este congresso está legitimado e com competência para analisar e votar o novo estatuto da UNEB. Desejo que tenhamos dias de excelentes debates e discussões”, frisou.
A proposta do Estatuto é fruto das deliberações sistematizadas pelos grupos de trabalho (GTs) e foi previamente discutida na plenária de instalação do Congresso, realizada em outubro, em Salvador. O compromisso dos delegados é fundamental para garantir que todas as discussões e decisões sejam concluídas de forma eficiente e transparente.
No último encontro do Congresso, ocorrido em 25 de outubro na capital baiana, os participantes dedicaram-se intensamente, mas não houve tempo suficiente para finalizar a análise e votação de todos os artigos, que somam cerca de uma centena. A mesa diretora e a plenária trabalharam arduamente, mas a extensão do documento exigiu mais tempo do que o inicialmente previsto.
A decisão de retomar a Plenária Final no Campus XI, em Serrinha, foi tomada em acordo com a Comissão Central do Congresso e a Comissão de Articulação do Processo Estatuinte, além de levar em consideração a demanda dos delegados. Esse retorno simboliza a importância da multicampia da UNEB e a inclusão de diferentes perspectivas e realidades no processo decisório.
Ao longo dos próximos dias, os delegados continuarão a avaliar e votar os artigos, buscando construir um Estatuto que reflita os princípios e valores da UNEB. O objetivo é assegurar que a universidade permaneça comprometida com a excelência acadêmica, a inclusão social e a diversidade.
Texto: Danilo Cordeiro/Ascom. Fotos: Antônio Carvalho/Ascom.