A UNEB instalou, na manhã hoje (21), o Congresso Estatuinte da universidade, iniciando a terceira e última etapa do processo que vai culminar na consolidação e aprovação do novo Estatuto da instituição – documento mais relevante e definidor da estrutura, organização, funcionamento e valores da universidade.
A solenidade de instalação ocorreu no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador, reunindo 198 delegados representantes de todos os departamentos e da administração central da universidade, com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube. Pró-reitores e demais gestores da administração central, diretores de departamento e a comunidade acadêmica prestigiaram o evento.
A mesa institucional de abertura foi composta pela reitora Adriana Marmori, a vice-reitora Dayse Lago, o presidente da comissão central do processo estatuinte, Euzébio Raimundo, e a representante da comissão de articulação do processo, Lídia Boaventura. Formaram a ala de honra ao lado da mesa os representantes dos três segmentos da comunidade acadêmica da universidade: Clóvis Piáu, da seção sindical dos docentes (Aduneb); Firmino Júlio, do sindicato dos técnicos administrativos (Sintest); e Eduardo Arruda, do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
“Estamos fazendo história aqui, a história da UNEB. Cada um de nós possui um vínculo de pertencimento, de dedicação, de respeito a esta universidade. Por isso, a grande responsabilidade que temos neste momento, nesse Congresso Estatuinte. São 198 delegadas e delegados, eleitas e eleitos democraticamente por nossa comunidade, que vão cumprir a máxima de traduzir o que é a UNEB nessa dimensão da diversidade, da multicampia. Essa é a grande riqueza desse processo”, disse Adriana Marmori.
Ao parabenizar e agradecer as comissões setoriais e central da Estatuinte e demais envolvidos no processo, a reitora expressou suas aspirações quanto a ao desenvolvimento dos trabalhos do Congresso.
“Desejo, de coração, que as delegadas e os delegados estejam atentas e atentos às contribuições que vieram de toda a comunidade acadêmica; que considerem amplamente os princípios da equidade, da inclusão, da formação cidadã humanizada e do respeito a todas e todos com seus marcadores sociais diversos; e a estrutura organizacional da UNEB seja vista como uma grande rede que deve fluir com integração, mas sobretudo com agilidade, transparência, eficiência, e a serviço do interesse público”, destacou Adriana Marmori, reiterando que “este tempo do Congresso é tempo de união, tempo de construção coletiva, tempo de colaboração e cooperação em comunidade”.
A vice-reitora Dayse Lago afirmou estar muito satisfeita com a instalação do Congresso Estatuinte, “mais um compromisso da gestão que estamos cumprindo“.
“A reestruturação do nosso Estatuto se faz necessária. Nestes 41 anos da UNEB, saímos do mimeógrafo para o ChatGPT. O contexto da nossa universidade mudou, os sujeitos são outros, temos um outro cenário de transformações tecnológicas, econômicas, politicas, ideológicas. E que tipo de universidade queremos para estar em conformidade com esse cenário? A Estatuinte é um processo político, uma possibilidade de redefinirmos nossos papéis, de restabelecermos nossas funções, enfim, de inovarmos. Sejamos vigilantes. Que o senso de responsabilidade social impere aqui”, avaliou Dayse Lago, parabenizando também as comissões envolvidas no processo estatuinte e, nomeadamente, as equipes da Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO) e a Assessoria de Comunicação (Ascom) da UNEB.
Único Congresso Estatuinte foi em 1986
Integrante do quadro técnico administrativo da UNEB, o presidente da comissão central do processo estatuinte, Euzébio Raimundo, salientou o “momento ímpar que estamos vivendo, fazendo a história da universidade”.
“O primeiro e único Congresso Estatuinte na UNEB foi em 1986. E esta é a primeira vez que um técnico administrativo está coordenando o processo estatuinte na maior universidade pública do estado da Bahia. Estamos aqui representando esse coletivo de centenas, milhares de técnicos, docentes e discentes. E nós, do corpo técnico, somos competentes não só para as atividades-meio mas também para pensar a universidade”, enfatizou Euzébio Raimundo.
A representante da comissão de articulação do processo estatuinte, Lídia Boaventura, lembrou que “começamos esse trajeto lá trás, no ‘Dia D da Estatuinte‘, em setembro de 2023. E chegamos nesta etapa de fechamento do documento, que foi elaborado democraticamente a partir das contribuições das 32 comissões locais, depois congregadas por nove comissões territoriais e, por último, a comissão central consolidou o texto que agora vai ser analisado pelo Congresso Estatuinte”.
“Todos os segmentos da UNEB, inclusive a comunidade externa, pensaram e contribuíram com propostas para a construção do Estatuto desta universidade”, ratificou Lídia Boaventura.
Após a solenidade de abertura, a mesa diretora do Congresso Estatuinte fez a leitura da minuta do regimento do Congresso, a qual foi discutida e votada (via dispositivo individual de votação eletrônica) pelos delegados.
Na tarde de hoje, deu-se continuidade à votação da minuta, até aprovação final do regimento. Em seguida, foi definida a composição dos grupos de trabalho (GTs) que apreciarão cada capítulo e artigo do novo Estatuto da UNEB.
Os GTs vão se reunir, amanhã (22) e quarta-feira (23), no Fiesta Bahia Hotel, na capital, para esse trabalho, culminando na sistematização das atividades dos grupos.
A programação do Congresso Estatuinte se encerra nesta quinta-feira (24), com o retorno das atividades ao Teatro UNEB, para a instalação da plenária final, quando os delegados vão votar e deliberar o texto completo do Estatuto.
O documento final aprovado pelo Congresso Estatuinte será encaminhado ao Conselho Universitário (Consu) da universidade.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.