Coordenadores e Coordenadoras de Colegiado dos Cursos da UNEB iniciaram ontem (4) debates sobre a gestão acadêmica nas diversas etapas do percurso formativo dos estudantes de graduação da universidade.
O exercício foi proposto pelo XI Encontro de Formação dos Coordenadores de Colegiado (EnFoCo), evento promovido até hoje (5) pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd), que busca formar os professores eleitos gestores e qualificar os reeleitos.
“É em observância aos fluxos mais harmônicos de trabalhos que propomos essa iniciativa. Talvez, a partir dessa reorientação da tarefa, tenhamos mais tranquilidade para o exercício dessa importante função de gestão”, destacou a pró-reitora (Prograd), Eliene Maria da Silva, que representou o reitor da UNEB, José Bites, na mesa de abertura.
A gestora ainda defendeu que o trabalho do coordenador é estruturante para que o itinerário formativo do estudante flua para o seu objetivo final: o diploma. “Estamos falando de vidas e a graduação é uma grande conquista para os nossos estudantes”, salientou Eliene.
Resistência e estratégia
Representante da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf), a professora Marta Enéas ressaltou que a atuação em cargos de gestão deve ser compreendida como um ato de resistência docente e defesa da autonomia universitária.
“Estar nesses espaços é uma forma de resistir enquanto instituição pública. Porque mostramos que somos capazes de promover a nossa autogestão. E é com esse espírito que desejo a vocês criatividade, paciência e sabedoria para que façam o melhor por essa universidade, que é importante e que precisa ser defendida”, disse a docente.
A partir da proposta de reformulação dos currículos das graduações da UNEB, o espaço do coordenador de colegiado deve se tornar cada vez mais estratégico. Essa é a avaliação da professora Mônica Torres, coordenadora institucional do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor/UNEB).
“Fomentar as discussões e compreensões, sobretudo, desses currículos dentro do coletivo dos colegiados é um grande desafio. Por isso, parabenizo a organização do evento, por mais essa edição”, frisou a pesquisadora.
Parcerias e trocas
A mesa de abertura do evento contou ainda com a participação da coordenadora da Unidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead), Tânia Benevides, que destacou o quão oportuno o evento é para o incentivo de boas práticas nas atribuições políticas dos coordenadores de colegiado.
“Esse gestor fica entre a direção, alunos e professores, e precisa ter uma capacidade de entendimento do outro que é muito difícil, mas é necessária. Estar no EnFoCo é a possibilidade de trazer para o trabalho alguns ensinamento e ferramentas que ajudam a lidar com esse dia a dia”, afirmou Tânia.
As articulações também estiveram em pauta na programação do evento, que prevê trocas entre os próprios coordenadores, como sinalizou com propriedade a professora Josinéia Amparo Rocha Cristal, após participação em todas as edições do encontro.
“É aqui que o coordenador tem uma dimensão de como se estrutura o trabalho nesta função. É um preparatório para aprender a como resolver as questões. E, para mim, o EnFoCo continua a ser importante, porque traz sempre abordagens diferentes e novas contribuições”, destacou a docente, que coordena há 15 anos o curso de Letras – Língua Portuguesa e Literaturas (Teixeira de Freitas).
Quem também aproveita a oportunidade é o coordenador do curso de Design (Salvador), Djalma Fiuza, que pela primeira vez participa do evento e atua como coordenador de colegiado.
“Esta é uma iniciativa fundamental, que vem sendo aprimorada e tenta dar conta daquilo que são as fragilidades dos que assumem a coordenação de colegiado. Ela tem foco nesta qualificação dos coordenadores e consegue também promover um espaço para esse enlace humano”, frisou Djalma.
O XI EnFoCo conta com o tema “Da Seleção ao Diploma: o papel da Coordenação de Colegiado na Gestão Acadêmica do Curso de Graduação”, e a programação segue com discussões sobre seleção discente, acesso e permanência na universidade, política de cotas, curricularização da extensão, formação integrada, reconhecimento e avaliação de egressos, além de sessões de perguntas e respostas e um plantão de atendimento às coordenações de colegiado da instituição.