As atividades que antecedem o XVIII Fórum Brasileiro de Televisão Universitária – que será sediado pela UNEB em outubro – continuam nesta quarta-feira (26) com a realização da segunda live pré-fórum, às 15h, canal da TV UNEB no YouTube, com retransmissão pelo canal da ABTU e de todas as TVs associadas.
Nessa live, será abordado o tema “Regulação das plataformas digitais no Brasil”, com a participação dos convidados Ana Beatriz Lemos, doutora e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), Francisco Machado Filho, diretor da TV Unesp (Universidade Estadual Paulista), e João Caldeira Brant, secretário de Políticas Digitais do governo federal.
As inscrições estão abertas até o dia da atividade e devem ser efetuadas, gratuitamente, por meio do Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da UNEB. Os inscritos receberão certificado de participação.
O XVIII Fórum Brasileiro de Televisão Universitária, que se realizará entre os dias 18 e 20 de outubro no Campus I da UNEB, em Salvador, tem como objetivo discutir a TV pública no país e reforçar o compromisso da universidade pública com a democracia.
Nesta edição, o tema será “Diálogos sobre diversidade e democracia”, em uma pauta aberta à participação de toda comunidade acadêmica, pesquisadores, profissionais de comunicação e interessados na área.
Em 2004 a UNEB sediou pela primeira vez o Fórum, tendo como tema central uma abordagem sobre a TV universitária na extensão para a comunidade. Agora, quase 20 anos depois, a universidade volta a acolher o Fórum em um contexto bem diverso no campo da comunicação pública no país.
O Fórum teve sua primeira edição em 1997, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), reunindo mais de 40 instituições de ensino superior. De lá para cá, o evento foi sediado alternadamente por instituições associadas à ABTU, que hoje já somam cerca de 190 emissoras.
“Ao contrário do boom de novas emissoras de TVs universitárias causado pela aprovação da Lei do Cabo em 1995, quando inúmeras instituições de ensino superior do país foram motivadas a ocupar os canais universitários gratuitos e assegurados por lei com os operadores de TV a cabo, hoje nós vivemos a consolidação da era do conteúdo streaming, das multitelas, das convergências de mídia e de linguagens, o que reconfigura o lugar das TVs universitárias e as convida a atualizarem continuamente os seus objetivos e relações com diversos públicos”, explica Qhele Jemima, coordenadora da TV UNEB.
A gestão da UNEB está empenhada em assegurar maior segurança à comunidade acadêmica em todos os campi e espaços em que atua a universidade.
Relevante ação nesse sentido é a implementação da identificação funcional, na forma de crachás físicos, que está sendo lançada agora.
O crachá vai ser de uso obrigatório em todos os espaços internos de relacionamento da universidade e em representações externas da comunidade acadêmica.
A primeira fase da implementação contemplará todos os servidores (técnicos administrativos e docentes) do quadro efetivo da instituição, cargos comissionados e estagiários com cadastro no sistema RH Bahia.
O documento vai preservar os dados pessoais do portador, expondo apenas seu nome, cadastro e uma foto de identificação.
Para obter o seu crachá físico, o servidor, comissionado ou estagiário – que tenha cadastro/matrícula – deve acessar o formulário online próprio, aceitar o termo de consentimento e enviar sua foto 3×4, no prazo de 24 de julho e 31 de agosto.
O projeto de identificação funcional da UNEB é uma iniciativa da Reitoria e está sendo coordenado pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP), com o apoio da Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO).
Na avaliação da reitora Adriana Marmori, “essa é mais uma iniciativa responsável da gestão universitária, que atende os requisitos da Lei Geral de Proteção de Dados, para assegurar maior proteção e cuidado à nossa comunidade acadêmica”.
“A identificação funcional configura-se, também, em um reconhecimento dos nossos servidores e servidoras, que dispõem da nossa integral confiança e desempenham as suas funções com compromisso e zelo, dentro e fora da universidade”, enfatiza a reitora.
Segundo o pró-reitor Elias Dourado (PGDP), em uma comunidade de servidores com mais de quatro mil pessoas, entre docentes e técnicos, efetivos ou contratados temporariamente, “a identificação funcional de todas e todos significa melhorar a nossa segurança e contribuir para uma maior visibilidade institucional da UNEB e dos seus servidores e servidoras”.
“Somos uma instituição aberta e permeável à participação de todos os grupos sociais. Por isso, a identificação funcional é também uma medida de ampliação da transparência e mobilidade da nossa comunidade”, avalia Elias Dourado, desejando que todos passem a portar o crachá funcional, “valorizando nossa autoestima da unebianos e unebianas”.
O chefe da UDO, Benjamin Ramos, informa que o documento de identificação será único e padronizado para todas as unidades acadêmicas e administrativas da universidade.
“O documento terá uma importância relevante na identificação, segurança e acesso do servidor às instalações dos campi e em representações externas”, diz o gestor.
No crachá também constará, de acordo com o chefe da UDO, um “QR code” que, ao ser acessado, remeterá a uma pagina segura com chave autenticadora para aferição da veracidade do vínculo do servidor com a universidade.
“Nesta primeira etapa, serão gerados apenas os crachás físicos. Entretanto o projeto prevê, em breve, disponibilizar também a identidade funcional digital”, acrescenta Benjamin Ramos.
A Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint) da universidade informa que a inscrição no PEC-G é gratuita e deve ser realizada em uma representação diplomática ou consular brasileira de um dos países participantes do programa.
A UNEB está disponibilizando 101 vagas, distribuídas entre 15 cursos de graduação. Estão previstas vagas nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Ciências Sociais, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Agronômica, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Engenharia de Pesca, História, Jornalismo em Multimeios, Letras (Espanhol), Matemática, Pedagogia, Turismo e Hotelaria.
A seleção vai preencher vagas de cursos de bacharelado e licenciatura de nove campi da UNEB, abrangendo diversos territórios baianos, entre eles Salvador, Alagoinhas, Juazeiro, Jacobina, Paulo Afonso, Guanambi, Eunápolis, Camaçari e Brumado.
Os procedimentos do processo seletivo estão detalhados no Edital 5/2023, e a Serint recomenda ao candidato que, antes de efetuar a inscrição, conheça a regulamentação do programa, estabelecida no Decreto 7.948/2013.
O PEC-G, administrado conjuntamente pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC) e pela Divisão de Cooperação Educacional do Ministério das Relações Exteriores (DCE/MRE), destina-se à formação e qualificação de estudantes estrangeiros por meio de oferta de vagas gratuitas em cursos de graduação presenciais em instituições de ensino superior brasileiras.
A Associação de Ex-alunos da UNEB (Unex), em parceria com a universidade, está realizando matrícula para os cursos de idiomas (inglês e espanhol) até o dia 4 de agosto.
As vagas são para adultos, adolescentes (11 a 15 anos) e turmas específicas de inglês instrumental, com opções diversas de dias e horários, inclusive aos sábados.
O aluno ainda pode escolher entre a modalidade remota, com aulas ao vivo em contato direto com o professor, e a presencial, com aulas em shopping do bairro do Cabula, em Salvador.
O valor de cada módulo de curso, que pode ser pago em até cinco parcelas, é de R$ 480 para as turmas remotas, de R$ 550 para presenciais e de R$ 750 para o curso de inglês instrumental.
O material didático é vendido separadamente. Caso o aluno não seja iniciante, pode se submeter a um teste de nivelamento, antes da efetivação da matrícula – é preciso agendar o teste, gratuitamente, entrando em contato com a Unex.
As inscrições podem ser feitas por meio do WhatsApp – telefones (71) 99294-1240 e (71) 99206-4676 – ou, presencialmente, na sede da associação, localizada no Campus I da UNEB, na capital, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e aos sábados, das 8h30 às 15h30.
As aulas terão início na semana do dia 5 de agosto.
Informações também no Instagram da Unex: @unex.uneb.
Texto: Unex, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.
Organizada pelas docentes Maria das Graças Leal, Virgínia Barreto e Avanete Sousa, a obra é composta por 14 textos inéditos de pesquisadores da Bahia, de outros estados do país e do Canadá, a partir de estudos historiográficos sobre a luta da Independência do Brasil na Bahia, que teve seu desfecho no dia 2 de julho de 1823.
Os textos abordam aspectos da história social, cultural, econômica, política e religiosa da época; tratam de temas como a escravização e questões de gênero, além de figuras como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa, e representações de festividades comemorativas do acontecimento histórico.
“No mês e ano em que comemoramos o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia, essa edição é uma contribuição da Editora da UNEB para a ressignificação e disseminação da real história dessa luta, evidenciando nela o papel decisivo do povo baiano. Uma obra que impressiona pelo seu conteúdo e pela sua beleza estética. Concebida para tocar o coração dos brasileiros”, destaca Sandra Soares, diretora da Eduneb.
Segundo Maria das Graças Leal, a coletânea é “um espaço de reflexão historiográfica sobre a Independência na Bahia. Distribuída em cinco partes, compostas por textos de historiadores e historiadoras, a obra discute os contextos de transformações político-institucionais, econômicas, culturais, sociais e simbólicas, valorizando o importante marco fundador da história baiana e nacional. Também valoriza, por meio de obras literárias e imagéticas, a riqueza artística de autoras e autores baianos que produziram representações em torno da temática da Independência”.
A edição tem curadoria artística de Marielson Carvalho e conta com ilustrações de artistas de diversos estilos e técnicas, pinturas, grafismos, fotografias, cordel, poema e crônica, evidenciando a diversidade estética da cultura baiana e nacional.
A publicação é uma parceria da Editora da UNEB (Eduneb) com a produtora cultural Mwana Produções, contando com patrocínio da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) e do Governo do Estado, por meio do programa Fazcultura.
O projeto da obra, aprovado no Fazcultura, prevê a impressão de mil unidades do livro, inicialmente, a serem distribuídas gratuitamente em bibliotecas comunitárias e escolares, universidades, para parceiros, patrocinadores e equipe envolvida na criação da obra.
Texto: Mwana Produções, com edição da Ascom. Imagens: Divulgação.
A UNEB, por meio do Programa de Pós-Graduação em Estudos Territoriais (Proet), vinculado ao Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I, em Salvador, está com inscrições abertas, até o dia 21 de julho, para o processo seletivo de aluno de matrícula especial do curso de mestrado, com ingresso em 2023.2.
Estão sendo ofertadas 40 vagas, distribuídas igualmente em cinco disciplinas: ecologia da paisagem (10 vagas), gestão e mapeamento de riscos ambientais (10), educação geográfica, linguagens e territorialidades (10) e alteridade, lugar e território (10).
Programa reserva 20% das vagas aos servidores docentes, técnicos universitários e analistas universitários da universidade.
Há reserva de vagas também para candidatos negros (40%), além de sobrevagas para indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades e transexuais, travestis ou transgêneros, na proporção de 5%, atendendo aos requisitos de resolução do Conselho Universitário (Consu) da instituição.
O processo seletivo compreenderá as seguintes etapas: homologação da inscrição com base na conferência da documentação do candidato, análise do seu currículo Lattes e análise de sua justificativa de escolha da disciplina.
O resultado final da seleção será divulgado no dia 4 de agosto, e a matrícula dos selecionados deve ser efetuada dias 8 e 9 do mesmo mês.
A UNEB, por meio do Serviço Médico, Odontológico e Social (SMOS), está oferecendo testes de triagem para hepatites B e C. A ação integra a campanha Julho Amarelo, que busca a conscientização acerca das hepatites virais.
Os testes são realizados no SMOS, no Campus I, em Salvador, ao longo do mês de julho e são destinados à comunidade interna e externa.
A recomendação é de que adolescentes e adultos realizem os testes rápidos de rastreamento de hepatites B e C pelo menos uma vez na vida.
As testagens serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os interessados em realizar o teste devem apresentar documento de identidade e cartão do SUS.
Julho Amarelo
A campanha Julho Amarelo foi instituída no Brasil pela Lei federal 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.
A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando eles aparecem, se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.
Mais informações: (71) 3117-2471 (SMOS).
Texto: SMOS/Campus I, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.
Mesmo com o decreto do fim da pandemia, a Covid-19 não deixou de ser um agravo relevante para a saúde pública.
Foi pensando nisso que o Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I da UNEB, em Salvador, em parceria com o Serviço Médico, Odontológico e Social (SMOS) da universidade, iniciou a oferta de testagem para Covid-19.
O exame pode ser realizado nas instalações do SMOS, localizadas no campus do Cabula, e é destinado à comunidade interna e externa.
Entretanto, apenas pessoas que estejam apresentando sinais e sintomas sugestivos da doença nos últimos três a sete dias ou que tenham tido contato com casos positivos no mesmo período de dias podem realizar o teste.
São considerados sinais sugestivos da doença: febre, coriza, tosse persistente e cansaço.
Os interessados em realizar o teste devem apresentar documento de identidade e cartão do SUS. As testagem são realizadas de segunda a sexta-feira, das 8 às 12hs e das 13 às 17hs.
Mais informações: (71) 3117-2471 (SMOS).
Texto: DCV/Campus I, com edição da Ascom. Imagem: Divulgação.
A UNEB lançou, no último dia 15, a exposição “Juazeiro, 145 anos: Fragmentos de uma história”. A inciativa do projeto de extensão Acervo Maria Franca Pires celebra o aniversário da cidade baiana, exibindo imagens fotográficas, cartazes e jornais que circularam no século XX.
A exposição está aberta à visitação até 31 de julho, no horário das 9h às 21h, na Galeria Ivan Cruz, localizada no rol de entrada do Departamento de Ciências Humanas (DCH), do Campus III da universidade, em Juazeiro. As imagens também podem ser visualizadas no perfil do Instagram do acervo.
O material da mostra revela modificações do espaço urbano e do patrimônio arquitetônico e as práticas sociais e culturais de Juazeiro em um período de cinquenta anos.
“A mostra nos permite identificar os processos de modernização que ocorreram ao longo do tempo na cidade, mediados por fluxos de comunicação, desde a navegação à ferrovia, a ampliação dos espaços físicos, a arquitetura, a publicação de jornais e as fotografias. As imagens nos permitem olhar a cidade e perceber os vestígios desse passado,” declarou Andreia Cristiana Santos, professora e coordenadora do Acervo Maria Franca Pires.
Para outras informações e agendamento de visitas guiadas, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail ascomfrancapires@gmail.com, ou pelo WhatApp (74) 99958-5400.
Acervo Maria Franca Pires
O Acervo Maria Franca Pires é um projeto de extensão da UNEB criado em 2006 pela professora Odomaria Bandeira. Ele tem sede no DCH, em Juazeiro. A unidade reúne jornais, revistas, cartazes, materiais de propaganda e publicidade, cadernos manuscritos, cartas, fitas com gravações de áudio e fotografias que documentam aspectos importantes da história, sociedade e cultura na região de Juazeiro.
A partir desse acervo, são realizadas ações de preservação e circulação das fontes documentais, visuais e audiovisuais, referentes aos aspectos da memória e da história da cidade. O projeto, atualmente coordenado pelas professoras Edonilce Barros e Andrea Cristiana, tem como objetivo fomentar a produção de conhecimento histórico e educação patrimonial.
Texto: Karyne Ramos e Klébia Muricy/Nucom/DCH/Campus III, com edição da Ascom. Fotos: Letícia Mendes e Karyne Ramos/Nucom/DCH/Campus III
“Eu sou a preta que não abaixa a cabeça. (…) Hoje tudo mudou: eu sou o poder, eu sou a liberdade, eu sou a verdade. Eu sou a senzala que aprendeu a ler, que estudou.”
Esses versos, de Mona Kizola, fizeram parte do recital que abriu as atividades do Circulô – Perspectivas da Juventude Negra na Garantia dos Direitos Humanos, na noite dessa sexta-feira (14), no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador. Participaram também do recital das “poetisas marginais” – como elas se denominam – Negra Winnie e Marina Lima.
Essa primeira edição do Circulô, uma realização do Coletivo Resistência Pretaem parceria com a Reitoria e a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) da UNEB, reuniu dezenas de jovens lideranças e artistas de comunidades e movimentos negros de Salvador e São Paulo, no campus da universidade entre os dias 14 e 16.
A extensa programação contou com ações formativas, rodas de conversa, oficinas, slam (competição de poesia falada) e “batalhas” de MCs (mestres de cerimônia).
Em sua saudação na sessão de abertura, a reitora Adriana Marmori parabenizou os organizadores pela iniciativa e agradeceu a participação dos jovens e convidados: “É uma grande alegria para a UNEB sediar um evento tão importante para as juventudes – assim mesmo, no plural, porque somos muitos e muitas”.
“Estamosengajados na luta contra a vulnerabilidade da juventude preta. A UNEB e as universidades precisam estar engajadas nessa luta, para trazer o protagonismo negro. Estamos inteiramente de acordo com a máxima ‘nada por nós sem nós’. E para assegurar todos direitos humanos a esses jovens: direito à vida, primeiro, mas também direito à educação, ao trabalho, à saúde, à cultura, todos os direitos, enfim”, destacou Adriana Marmori, citando os elevados índices de homicídios de jovens negros no país.
Afirmando que o “racismo estrutural precisa ser denunciado diuturnamente em todos os espaços”, a reitora enfatizou também a questão de gênero: “Como mulher, lembro que, nesse cenário de violências, a cada duas horas uma mulher é morta neste país – em sua maioria mulheres pretas. Acredito que, sim, vamos romper esse ciclo nefasto e perverso”.
Na avaliação de Adriana Marmori, “essa ruptura se dá pela liberdade de expressão, se dá por uma outra relação social e politica, se dá pela inserção fundante da juventude negra em todas as ações e espaços, sobretudo a partir da garantia das ações afirmativas – em que a UNEB foi pioneira no país –, e se dá pela formação da sociedade: aí a universidade pública tem papel fundamental no processo educativo. Por isso, eventos como esse são muito importantes”.
Histórico de inclusão e diversidade
Além da reitora, participaram da mesa de abertura do Circulô Dhay Borges, coordenador geral do Coletivo Resistência Preta, Tatiane dos Anjos, representante da Secretaria estadual de Promoção da Igualdade de Racial (Sepromi), Anderson Alves, egresso da UNEB e representante da Coordenadoria Geral de Políticas para Juventude do estado, Sara Sacramento, do Movimento Negro Unificado (MNU) na Bahia, Dudu Ribeiro, da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas, Jade Andrade, do Coletivo de Juristas Negras, Ademário Costa, do afoxé Filhos de Gandhy, Marcos Almeida, do Instituto para um Mundo Melhor (Imel) e Clarisse Paradis, do sindicato dos professores das instituições federais de ensino superior da Bahia (Apub). A pró-reitora de Extensão (Proex) da UNEB, Rosane Vieira, também prestigiou o evento.
Responsável por coordenar, junto com sua equipe, a realização e acolhimento dessa primeira edição do Circulô, a pró-reitora de Ações Afirmativas (Proaf), Dina Rosário, agradeceu a todos que colaboraram para o êxito do evento.
“A UNEB foi a primeira universidade do Brasil a implantar uma política de cotas de forma autônoma, e foi a primeira universidade também a criar uma pró-reitoria totalmente dedicada às ações afirmativas. Esse histórico de inclusão e diversidade da nossa UNEB faz com que seja muito caro para nós a abertura do espaço universitário para a articulação política dos povos e comunidades populares da Bahia”, disse Dina Rosário.
Segundo a pró-reitora, “a UNEB se fortalece e sobrevive a partir do diálogo e, acima de tudo, da aprendizagem com o nosso povo. Por isso, acolhemos o Circulô e a demanda do Coletivo Resistência Preta”.
Agradecendo à universidade pelo acolhimento, o coordenador geral do Coletivo, Dhay Borges, contou que “sempre colocamos como foco a educação e pensamos neste espaço da UNEB como um quilombo que o nosso povo precisa entrar”.
“Decidimos que é muito importante para a juventude preta ocupar este espaço, estamos trazendo a periferia para cá. Essa juventude precisa ser respeitada. Para isso, dialogamos com a reitora Adriana, que sempre nos recebeu de portas abertas. O Circulô é para hoje, para ontem e para sempre!”, concluiu Dhay Borges.
O projeto Circulô foi criado com o objetivo de capacitar e empoderar jovens negros das regiões periféricas, fortalecendo sua consciência crítica e habilidades políticas.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.