O Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) do Campus XIII da UNEB, em Itaberaba, promove na noite de hoje (7) um encontro com a Defensoria Pública do Estado (DPE-BA) no município.
Aberto à comunidade acadêmica e convidados, o evento será realizado às 19h, no auditório do Departamento de Educação (DEDC) do campus.
Com a participação dos defensores públicos Wellington Ribeiro e Camila Andrejanini, o encontro será um importante momento de diálogo, no âmbito do convênio de cooperação técnica celebrado entre a UNEB e DPE-BA em Itaberaba, sobre as atividades desenvolvidas pelo NPJ e a ampliação do atendimento à comunidade local pela Defensoria Pública.
Estão convidados docentes, discentes e coordenação do curso de Direito do campus, técnicos do DEDC, egressos do curso, advogados e membros da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outros.
O evento conta com o apoio também do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do departamento.
Serão ofertadas 30 vagas em dois polos do programa – 15 vagas para o polo de Irecê e 15 para o polo de Salvador –, distribuídas igualmente entre duas linhas de pesquisa: Representações e estudos sobre raça e relações étnicas e Cultura, educação e memória. O curso será na modalidade presencial.
O processo seletivo compreenderá quatro etapas: homologação das inscrições, avaliação e seleção de currículos Lattes, avaliação e seleção de projetos de pesquisa e entrevista.
O resultado final da seleção será divulgado no dia 12 de dezembro. A matrícula dos candidatos selecionados está prevista para o dia 6 de fevereiro de 2023.
Com o tema “A Medicina na História: as lutas e conquistas pela saúde”, vai ser realizado nos dias 2 a 5 de novembro deste ano o I Simpósio de História da Medicina da Bahia.
O evento será sediado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Terreiro de Jesus, Pelourinho, centro antigo de Salvador, sendo destinado a profissionais, pesquisadores e docentes das áreas de saúde e história, estudantes de graduação, pós-graduação e do ensino básico, e demais interessados.
As inscrições são gratuitas e estão abertas e devem ser efetuadas no portal do simpósio. Para ouvintes, é possível se inscrever até o dia de início do evento; para comunicação oral, o prazo se encerra no próximo dia 10 de outubro. Os requisitos para submissão de trabalhos estão descritos no edital da iniciativa.
Entre os objetivos do evento, estão a apresentação e discussão de resultados de estudos e pesquisas sobre história da Medicina na Bahia; a promoção de debates sobre temas de pesquisa histórica na área da Medicina/saúde que integrem aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos; e o incentivo ao intercâmbio científico entre os participantes; além de congregar professores, pesquisadores, discentes da Bahia e outras regiões.
Durante o simpósio, será lançada a publicação “História da Medicina/Saúde na Bahia”, das editoras universitárias da Ufba (Edufba) e UNEB (Eduneb).
Na ampla programação do evento, está a conferência “Influência da Universidade de Coimbra (UC) na criação do curso de Medicina na Bahia/Brasil”, a ser proferida pelo docente Duarte Nuno Vieira (UC) no primeiro dia.
O professor da UNEB Ricardo Batista, comporá a mesa-redonda “História das doenças e epidemias na Bahia” e mediará a mesa “Trajetórias e história das especialidades médicas”, ambas no dia 4 de novembro.
Considerado uma ação de extensão universitária de caráter social, cultural e educacional, o I Simpósio de História da Medicina da Bahia está sendo organizado pela UNEB, por meio do colegiado do curso de História do Campus I (Salvador) e do Programa de Pós-Graduação em História Regional e Local (PPGHis) do Campus V (Santo Antônio de Jesus); pela Ufba, por intermédio da Faculdade de Medicina e do curso de História; pelo Instituto Baiano de História da Medicina e Ciências Afins; e pela Academia de Medicina da Bahia, Sociedade Brasileira de História da Ciência e Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia), entre outros parceiros.
Apoiam a iniciativa o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), a Associação Bahiana de Medicina (ABM), o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), entre outros.
O evento, uma iniciativa do grupo de pesquisa Educação, Saúde e Tecnologias (Edusaut) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Comunidades Virtuais (CV), ambos da universidade, está agendado para os dias 1º e 2 de dezembro deste ano, no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador.
Os interessados devem enviar seus trabalhos científicos, teóricos ou empíricos, pelo e-mail submissao.artigos.staes@gmail.com. Cada estudo deve ser direcionado a um dos três grupos de trabalho do seminário: GT 1 – Tecnologias aplicadas à educação e à saúde; GT 2 – Gamificação e outras tecnologias: da escola à capacitação profissional em educação e saúde; e GT 3 – Educação em saúde e educação para a saúde.
Em todos os GTs estão incluídos, nas tecnologias aplicadas, jogos eletrônicos e aplicativos para dispositivos móveis.
Para participar do seminário – com submissão de artigo ou não –, todos devem efetuar sua inscrição online, gratuitamente, até o dia 1º de dezembro, acessando o seguinte endereço eletrônico:
O Staes tem o objetivo de reunir pesquisadores das áreas de saúde, educação e tecnologias que realizam investigações, desenvolvem aparatos tecnológicos e aplicam tecnologias com a finalidade de atender a necessidades físicas, cognitivas, emocionais, sociais e outras dos indivíduos, auxiliando procedimentos realizados por profissionais de Psicologia, Medicina, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Física, Enfermagem e Nutrição, além da área de tecnologia da informação e afins.
A iniciativa visa ainda o fortalecimento de uma rede colaborativa entre pesquisadores e instituições, buscando potencializar essa temática nos espaços acadêmico e clínico.
À frente da organização do seminário, estão os docentes da UNEB Fernando Carvalho e Suiane Ferreira. O evento conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação (Gestec) da UNEB e da Capes/MEC.
Texto: Toni Vasconcelos / Ascom. Imagens: Divulgação.
O Conselho Universitário (Consu) da UNEB aprovou, por unanimidade, a ampliação do valor de todas as bolsas destinadas a estudantes da instituição.
Proposta da Reitoria, as bolsas dos programas Picin (iniciação científica), Afirmativa (cotistas), de monitoria de ensino e de extensão, e de auxílio-permanência e auxílio complementar passam a ser de R$ 500 cada parcela mensal. O aumento representa um incremento anual de R$ 5,6 milhões para R$ 7,3 milhões no orçamento da universidade.
Na mesma reunião, ocorrida ontem (16) via webconferência e com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube, o Conselho aprovou, também em decisão unânime, as nove resoluções ad referendum constantes da pauta da sessão.
Entre as resoluções chanceladas, quatro referem-se a ações também de apoio a discentes:
– criação, em caráter excepcional, de programa de auxílio financeiro para suporte emergencial à conectividade digital, para estudantes de cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu, em situação de vulnerabilidade socioeconômica;
– concessão de auxílio financeiro permanência aos discentes de cursos de graduação ofertados no regime de alternância;
– criação de programa de bolsa-auxílio (ApakoZabelê) para discentes indígenas; e
– criação do Programa de Bolsa de Monitoria de Apoio à Acessibilidade e Inclusão (Prosain), vinculado à Secretaria de Acessibilidade e Inclusão (Sain) da UNEB.
Outra resolução ad referendum sancionada pelos conselheiros foi a autorização para criação do doutorado em Ciências Farmacêuticas, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGFarma), vinculado ao Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I da universidade, em Salvador.
Pós-graduação: qualidade crescente
Os avanços na pós-graduação stricto sensu da UNEB foram destaque nessa reunião do Conselho Universitário, que contou com a participação de cerca de 40 conselheiros.
Reportando-se à nova avaliação quadrienal da Capes/MEC, recém-divulgada, a reitora Adriana Marmori, presidente do Consu, parabenizou os estudantes, professores e pesquisadores dos programas de mestrado e doutorado da universidade, ofertados nos campi da capital e interior.
“Essa avaliação da Capes evidencia a crescente qualidade dos nossos programas. É muito relevante ver a nossa universidade, pública, baiana e nordestina, neste cenário político adverso vivido no país, se estabelecer no campo de produção da ciência. Parabéns a todas e todos que fazem história em defesa da ciência na Bahia“, salientou a reitora.
Adriana Marmori também informou aos conselheiros que a UNEB obteve um aumento de 14% no orçamento anual da instituição, totalizando um volume da ordem de R$ 793,2 milhões.
“Já elaboramos um planejamento orçamentário para 2023, em conjunto com os departamentos e diferentes setores da universidade, com a coordenação da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan). Em próxima reunião, esse planejamento participativo será submetido a este Conselho para discussão e aprovação”, disse a reitora.
Segundo a vice-reitora Dayse Lago, “este foi um Consu de afeto, de posições políticas bem marcadas”.
“Aprovamos muitos processos importantes hoje, para garantir melhores condições de vida aos nossos estudantes. Muito me orgulho de fazer parte deste Conselho”, enfatizou a vice-reitora.
Emocionada, Dayse Lago referiu-se também à nota aprovada por unanimidade pelos conselheiros em apoio e solidariedade aos povos indígenas, do extremo-sul da Bahia, que estão sofrendo ameaças e violência.
Mais deliberações relevantes
Após discussão e decisão das câmaras de Assuntos Administrativos (CAD) e de Assuntos de Legislação e Normas (CLN), que integram o Consu, os conselheiros, em sessão plenária, também deliberaram favoravelmente em relação aos seguintes processos:
– criação do curso de pós-graduação lato sensu (especialização) em Saúde, Cultura e Arte na Terceira Idade, vinculado ao Departamento de Educação (DEDC) do Campus X (Teixeira de Freitas);
– criação do curso de graduação em Ciências Biológicas (bacharelado), vinculado ao DEDC do Campus VII (Senhor do Bonfim);
– criação do Centro Interdepartamental de Pesquisa em Educação e Humanidades (CIPEHum), vinculado ao DEDC do Campus XIV (Conceição do Coité) e ao Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus IV (Jacobina);
– implantação do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) no Departamento de Linguística, Literatura e Artes (DLLArtes) do Campus II (Alagoinhas); e
– denominação do Restaurante Universitário como “R.U. Professora Joselita Moura Sacramento” (homenagem póstuma), no Campus I (Salvador).
Por fim, o Conselho pleno ainda aprovou, unanimemente, a criação e normatização do ProfVisit, programa interno de propostas para recebimento de professores pesquisadores visitantes vinculados a instituições de ensino superiores internacionais, proposto pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG); e a criação e regimento do Núcleo do Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão de Estudos Africanos e Afro-brasileiros em Línguas e Culturas (NGeaalc), vinculado ao DCH do Campus I.
O Campus XIX da UNEB, em Camaçari, vai sediar o Simpósio Luso-brasileiro sobre Licitações e Contratações Públicas.
O evento será realizado no dia 29 de novembro, no auditório do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do campus, das 8h às 12h. As inscrições estão abertas, por meio do Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da universidade.
As palestras serão ministradas pelos docentes Reinaldo Couto, da UNEB, coordenador do simpósio; Clodoaldo Anunciação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc); e Isabel Fonseca, da Universidade do Minho (Portugal).
O evento objetiva introduzir as inovações da Lei nº 14.133/2021 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos, do Brasil), traçando comparações com a legislação de Portugal sobre o tema, a fim de que os participantes possam compreender o sistema de Direito Administrativo, sob a ótica dos direitos fundamentais, em especial, no que se relaciona a procedimento de licitações e contratos administrativos.
“Esperamos que, ao fim do simpósio, os participantes possam entender as novidades da Lei nº 14.133/2021 e as soluções da legislação portuguesa que sejam úteis ao sistema jurídico brasileiro”, destaca Reinaldo Couto.
Os participantes que cumprirem 75% da carga horária total do evento receberão certificado de ACC (atividade curricular complementar).
O projeto de pesquisa e extensão Centro de Documentação Histórica da Chapada Diamantina (CeDoc-Diamantina), do Campus XXIII da UNEB, em Seabra, lançou, no último dia 17, sua plataforma eletrônica cedocdiamantina.uneb.br.
O lançamento da plataforma ocorreu de modo virtual, por meio de live transmitida pelo canal da TV UNEB-Seabra no YouTube, com participação de pesquisadores, docentes e discentes do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do campus.
O projeto, vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do departamento, objetiva preservar e propagar informações históricas da região, a partir de fundos arquivísticos nas áreas de memória cultural e literária, arte, educação, entre outras. A proposta foi contemplada no ano passado em edital do Proinovação, da Agência UNEB de Inovação (AUI).
O CeDoc-Diamantina propõe-se a ser referência em pesquisa documental e pretende contribuir no desenvolvimento de projetos de tecnologia social, atuando na geração de serviços e produtos para a pesquisa histórica da região.
O projeto é coordenado pelos professores do DCHT, André Moreno e Renata Nascimento, atual diretora do departamento.
“O CeDoc, além de trabalhar com os documentos que aqui estão geograficamente, pretende fazer a garimpagem de documentos que são daqui, mas que não estão aqui. Nesse sentido, o centro tenta não só contribuir com as instituições que já trabalham com a memória na região, mas também com a dinâmica arquivística na Bahia”, destacou André Moreno.
Segundo Renata Nascimento, “o projeto é grandioso, levando em consideração toda a sua dimensão e importância regional”. Para a docente, o próximo passo será “firmar parcerias com outras instituições públicas e privadas para enriquecer ainda mais os fundos arquivísticos propostos na plataforma”.
Contribuições
Durante a live de lançamento da plataforma, a comunidade acadêmica e convidados puderam se pronunciar a respeito da iniciativa.
“Que venham as pesquisas e a produção do conhecimento sobre a chapada”, expressou o professor do DCHT José Ferreira Júnior, demonstrando seu contentamento com a proposta. Sua colega de departamento Renata Lourenço, salientou a importância do projeto para o patrimônio, ciência, arte, memória e registros do cotidiano.
Já o discente do curso de Jornalismo do campus Leandro Alves considerou o CeDoc-Diamantina “grandioso e um rico instrumento na preservação da memória da região”. Felipe de Farias, presidente do Fórum de Educação Inclusiva e Acessibilidade de Seabra, reforçou: “Em cada detalhamento desse projeto, fico mais maravilhado com as potencialidades dele. Movimento importante e vital para memória, história e academia da Chapada Diamantina”.
Constituído a partir de uma construção coletiva, o CeDoc está aberto a receber contribuições. Quem possuir algum material histórico da região da Chapada Diamantina e quiser disponibilizá-lo pode entrar em contato com o centro pelo e-mail cedocdiamantina@uneb.br. O projeto aceita também indicações de pessoas, bibliotecas ou centros de documentação de outras localidades para compor os fundos arquivísticos da plataforma.
Texto: Diosvaldo Novais Filho, do Nucom / DCHT / Campus XXIII, com edição de Toni Vasconcelos / Ascom. Imagens: Divulgação.
Depois de cinco dias de intensa programação, foi encerrado nesta sexta-feira (9) o simpósio GIS Le Sujet Dans La Cité – Sorbonne Paris Nord – Campus Condorcet: uma rede nacional e internacional de pesquisa biográfica em educação.
Organizado pela UNEB, por meio da Secretaria Especial de Relações Internacionais (Serint), e pelo Grupo de Interesse Científico (GIS), vinculado à Universidade de Sorbonne Paris Nord (França), o evento foi realizado em formato híbrido com conferências presenciais no Teatro UNEB, Campus I, em Salvador, e outras atividades virtuais, como círculos de conversa e diálogos em rede, com a participação de pesquisadores da França, Argentina, Colômbia, México e de diversas instituições do Brasil.
De acordo com o titular da Serint, Elizeu Clementino, o evento internacional objetivou socializar experiências de uma rede nacional e internacional de pesquisa, contribuindo para o fortalecimento das parcerias em curso e de novas ações de pesquisa-formação com ênfase nos estudos (auto)biográficos em educação na França e na América Latina.
“Essa rede de pesquisas está sendo construída visando explorar a diversidade de situação, de educação e de aprendizagens, fora dos espaços instituídos, especialmente da escola. Tomar o biográfico como potência para compreender outras perspectivas de ressignificação da vida em diferentes contextos, é o que propomos”, disse Elizeu Clementino, salientando que “antes de ser uma rede institucionalizada, é uma rede de afetos”.
Presidindo a mesa de abertura do simpósio, na manhã de segunda-feira (5) no Teatro UNEB, a reitora Adriana Marmori destacou o fortalecimento crescente da internacionalização na universidade, com diversos convênios e acordos de cooperação em vigência.
“Temos uma consolidada história de trabalho e de articulação na área da internacionalização. E esse processo vem sendo fortalecido também com a mobilidade e intercâmbios, da ida e vinda, de estudantes, técnicos e docentes, para fazer pesquisas e para conhecer novas culturas. A internacionalização produz ciência, estreita laços e é fundamental para nossas instituições”, ressaltou a reitora.
Participaram também da mesa de abertura, além de Adriana Marmori e Elizeu Clementino, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG) da UNEB, Tânia Hetkowski, e os professores Maria da Conceição Passeggi, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Daniel Suárez, da Universidade de Buenos Aires (UBA, Argentina) e Christian Dejour, diretor da Aliança Francesa de Salvador, instituição apoiadora do evento.
O sujeito na pólis
Na avaliação dos organizadores do simpósio internacional, o reconhecimento do poder de narrar e do poder de agir dos sujeitos nos espaços sociais, contido na expressão “le sujet dans la Cité” (“o sujeito na pólis”), é o objetivo central que a corrente da pesquisa biográfica em educação se fixou na contemporaneidade.
A pesquisadora Christine Delory-Momberger, da Universidade de Sorbonne Paris Nord – que proferiu a primeira conferência do evento, intitulada “Penser en nouveaux termes ‘le sujet dans la Cité'”, com tradução simultânea da docente Carolina Kondratiuk, da Universidade Paris 8, na França –, enfatizou a importância deste momento para a pesquisa (auto)biográfica, uma vez que as mudanças ocorridas ao longo dos últimos anos permitiram “pensar no que está acontecendo com o nosso mundo, nas formas de vida que o habitam e na vida humana, principais impulsionadores de mudanças”.
Para a pró-reitora Tânia Hetkowski (PPG), é possível fazer ciência de qualidade de forma não tão rígida, levando em consideração esse sujeito: “Precisamos falar desse sujeito, esse sujeito que faz a partir do seu cotidiano, a partir da sua vida”.
“Este espaço da academia vai além da Bahia, do Brasil, além do nosso continente – e isso é muito importante, quando nos deparamos com as histórias que se entrecruzam. Somos o resultado da miscigenação dos povos de tantos outros lugares. E nós, brasileiros, sabemos o quanto é relevante falar das nossas histórias, das nossas biografias, das nossas narrativas, porque é assim que fazemos a democracia“, observou a pró-reitora.
Texto: Caio Santos e Eunice Silva/Ascom, com edição de Toni Vasconcelos/Ascom. Fotos: Danilo Oliveira/Ascom.
Com temática geral “Paisagens em transe”, evento congregou docentes e estudantes de diferentes cursos da universidade
A UNEB realizou, por meio do grupo de pesquisa Geopoética – Estudos do espaço, cultura, memória, literatura e artes, vinculado à Cátedra Fidelino de Figueiredo, da universidade, o I Seminário Internacional em Geopoética do Brasil.
O evento ocorreu entre os dias 1º e 2 de setembro, de forma híbrida: presencialmente, em auditório do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I da UNEB, em Salvador, e em transmissão online pelo canal da Cátedra no YouTube.
Tendo como temática geral “Paisagens em transe”, a programação do evento contou com conferências, exibição de documentários e atividades culturais, reunindo docentes e estudantes de diferentes cursos da instituição.
Compuseram a mesa de abertura o diretor do DCET, Leandro Coelho, o diretor do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do mesmo campus, Flávio Correia, a presidente da Cátedra, Rita Aparecida Coelho, a coordenadora do curso de Urbanismo, Clélia Maria Vieira, o coordenador do Programa de Pós-graduação em Estudos Territoriais (Proet), Agripino Coelho Neto, e a coordenadora do grupo de pesquisa, Lirandina Gomes.
Em suas falas, os integrantes da mesa saudaram os participantes e palestrantes, destacando o ineditismo do evento ao trazer as pesquisas em geopoética da universidade para apresentação.
No primeiro dia de atividades, aconteceu uma conferência internacional de abertura, reunindo pesquisadores da UNEB e de outras instituições do Brasil, Chile, França e Portugal. Os trabalhos foram iniciados com a leitura de um texto do pesquisador francêsRégis Poulet, do Institut International de Géopoétique, que discorreu sobre os conceitos da geopoética, distinguindo-a das investigações do campo da ecologia à luz da relação entre o homem e a natureza.
Em seguida, os pesquisadores chilenos Miguel Laborde e Cristián Berger, do Centro de Estudios Geopoéticos de Chile, desenvolveram os conceitos e aplicações da geopoética a partir da experiência dos seus grupos de estudos, contribuindo assim para a compreensão da difusão dessa perspectiva de estudo ao redor do mundo.
A segunda conferência teve como tema “Salvador: paisagens sonantes e dissonantes” e reuniu os docentes Rita Aparecida Coelho, Lirandina Gomes, Camila Sant’Anna (UFG) e Jânio Santos (Uefs).
Os participantes tiveram a oportunidade de refletir sobre aspectos da geopoética da cidade de Salvador, apresentando perspectivas literárias, como as dos escritores Jorge Amado e Myriam Fraga. As aproximações entre a capital baiana e Lisboa, capital de Portugal, foram tratadas a partir de avaliações toponímicas e topográficas, sempre levando em consideração as perspectivas poético-literárias registradas ao longo da história.
À tarde, a programação teve como tema “Paisagens literárias”. Sob mediação da professora Maria José Curado, da Universidade do Porto (Portugal), os pesquisadores dialogaram sobre a geopoética aplicada em estudos das cidades portuguesas.
Estiveram presentes o pesquisador Duarte Natário, sócio-fundador do atelier Terra – Arquitectura Paisagista (Portugal), e os professores Daniel Alves e Natália Constâncio, ambos da Universidade Nova de Lisboa, e Frederico Bertolazzi, da Università degli Studi di Roma ‘Tor Vergata’.
A programação do primeiro dia foi encerrada com a exibição do documentário “Tudo é paisagem”, dirigido por Duarte Natário.
Cinema
A programação do seminário teve continuidade na sexta-feira (2), pela manhã, com a conferência “Literatura, cidade e turismo”, sob mediação do professor Natanael Bonfim (UNEB) e participação dos docentes Silvia Quinteiro, da Universidade do Algarve, Ida Alves, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Fabrízio Boscaglia, da Universidade Lusófona, e Sonia Simon (UNEB).
As atividades prosseguiram com a conferência “Intersecção entre geografia, urbanismo e cinema nas narrativas sobre a cidade”, com os pesquisadores Lívia Azevedo (Uefs), Liz Sandoval (Cinema Urbana) e Luciene Gomes (UFRB). A apresentação de trabalhos e o diálogo foram mediados pela professora Lysie Oliveira (UNEB).
A última mesa da programação teve como tema “Entreter, denunciar, sonhar: funções sociais do cinema em cidades desiguais”, com o cineasta e produtor audiovisual Cláudio Marques (Coisa de Cinema) e o docente João Pena (Ministério Público da Bahia), sob mediação da professora Camila Sant’Anna.
Geopoética
A geopoética é um campo de estudos inaugurado pelo escritor franco-escocês Kenneth White que visa desenvolver uma relação sensível e inteligente com o planeta Terra.
O pensador aponta, assim, para a necessidade de o sujeito circular ao redor do mundo, buscando captar nas viagens toda a beleza que se encontra na diversidade, e também explorar, no nomadismo intelectual, os diferentes saberes e obras artísticas desenvolvidas nas mais diversas culturas.
“A prática da geopoética está associada à superação das fronteiras físicas, culturais e políticas. Este seminário busca trazer diferentes perspectivas sobre o olhar para as cidades, ultrapassando as visões funcionalistas e economicistas”, afirmou a Lirandina Gomes.
A coordenação do evento esteve a cargo das docentes Lirandina Gomes e Camila Sant’Anna e do pesquisador Duarte Natário.
Gestores da administração central e departamento dialogaram com comunidade acadêmica, encaminhando demandas
O tema da sede própria para o Campus XX da UNEB, em Brumado, foi central na estada do programa Reitoria em Movimento na unidade, nos últimos dias 29 e 30.
Em sua terceira edição, o programa, que transfere temporariamente a administração central da universidade para os departamentos da instituição no interior, está visitando três campi situados em municípios do território Sertão Produtivo: além de Brumado, Caetité e Guanambi, entre os dias 29 e amanhã (2).
Uma plenária na manhã do dia 30 reuniu diretoria, técnicos administrativos, docentes e estudantes do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XX com gestores da administração central, para tratar das demandas da comunidade acadêmica local.
O encontro aconteceu no auditório do departamento, que foi inteiramente reformado e equipado pela atual gestão universitária, marcando também o aniversário de 20 anos de criação do Campus XX, que atualmente oferece os cursos de graduação em Letras, Direito e Pedagogia.
A diretora do DCHT, Luciana Cruz, deu as boas-vindas à comitiva visitante: “A UNEB representada por essas duas mulheres aqui já diz muito para nós”, salientou, referindo-se à reitora Adriana Marmori e à vice-reitora Dayse Lago, sentadas ao lado dela na mesa do evento.
“Sabemos que as demandas são enormes, mas cada um aqui tem importância nessas conquistas. E existe um apoio mútuo entre a Reitoria e este departamento, para avançarmos ainda mais”, disse a diretora.
A reitora lembrou de sua alegria de ter participado da sessão histórica do Conselho Universitário (Consu) da UNEB que aprovou a criação do campus em Brumado, duas décadas atrás.
“Após 20 anos pagando aluguel para existir, chegou a hora de firmarmos esse compromisso, em definitivo, de garantir a sede própria para este campus, seja construção, seja aquisição de um imóvel que, em diálogo permanente com sua comunidade acadêmica, esteja à altura do merecimento de todas e todos aqui”, destacou Adriana Marmori.
Parabenizando a comunidade do campus pelo aniversário, a vice-reitora Dayse Lago ressaltou que o programa Reitoria em Movimento é uma demonstração de que a gestão da UNEB quer estar perto, ouvir as demandas locais e construir as soluções, em cada unidade da universidade: “Esse diálogo direto fortalece nosso trabalho“.
Questões que também foram abordadas pela comunidade acadêmica na plenária foram relativas ao orçamento do departamento, participação em eventos, bolsas para estudantes, núcleo de práticas jurídicas, entre outras demandas, todas respondidas e encaminhadas pela gestão.
A reitora, vice-reitora, diretora e outros gestores visitaram, no mesmo dia à tarde, a residência estudantil do campus, para avaliar e deliberar sobre melhorias no imóvel. Também foram conhecer dois amplos terrenos no município cujos proprietários estão interessados em doar para a universidade construir a sede própria do Campus XX.
Reitora Adriana Marmori: compromisso com projeto da sede própria
Finalizando a programação em Brumado, no fim da tarde e começo da noite, foi realizada uma audiência pública para debater sobre a sede própria do campus, com a participação de mais de 100 pessoas entre comunidade interna e externa da região, além de convidados.
Unanimemente, todos os presentes à audiência expressaram a urgente necessidade da sede própria para a universidade em Brumado, argumentando-se a relevância da instituição para o desenvolvimento local e regional.
“Somos a maior universidade pública multicampi do Norte e Nordeste do país. Temos cerca de 22 mil estudantes, 150 cursos de graduação e 30 de pós-graduação em quase todas as regiões da Bahia. Quero assegurar para todas e todos vocês que nossa gestão vai levar adiante esse sonho da sede própria, tornando-o realidade“, finalizou a reitora Adriana Marmori, sob aplausos.
Integraram também a comitiva visitante, alguns pró-reitores, assessores especiais e outros gestores da Reitoria, que dialogaram com estudantes, professores e técnicos administrativos, encaminhando e despachando processos de interesse desses três segmentos da comunidade acadêmica.
Texto: Toni Vasconcelos/Ascom, com colaboração do núcleo de comunicação local Fotos: Divulgação