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Ascom Entrevista: Jaci Menezes (Grupo de Pesquisa Memória da Educação na Bahia)

Wânia Dias
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação

A história da UNEB se entrelaça com a da educação superior baiana. Todo o processo que culminou na criação da universidade foi resultado de movimentos e lutas pela implantação do ensino superior no estado, vinculados à ideia de que o desenvolvimento econômico e social nordestino estava fortemente articulado ao desenvolvimento educacional.

Desde a criação da Faculdade de Agricultura do Médio São Francisco (Famesf), em 1960, até a decisão de articular todas as unidades de ensino superior criadas nos diversos territórios de identidade da Bahia, se passaram mais de duas décadas. Nesse período, a educação baiana foi se transformando, se expandindo e se consolidando com o trabalho e suor de muitos. Esforços que resultaram na institucionalização da UNEB, em 1983.

Neste dia 1º de junho de 2016, a universidade completa 56 anos de história e 33 de institucionalização. Para comemorar a data, a Assessoria de Comunicação (Ascom) da instituição convidou a professora Jaci Menezes para contar essa história, que se confunde, inclusive, com sua própria trajetória de vida, já que a educadora dedicou décadas de trabalho e luta à educação baiana, sendo 31 anos em atividade na UNEB.

Coordenadora do Grupo de Pesquisa Memória da Educação na Bahia e coautora de um detalhado estudo sobre a universidade e a educação baiana, Jaci nos concedeu extensa entrevista em que contextualiza historicamente o processo de criação da UNEB, relacionando-o com o desenvolvimento socioeconômico e cultural do estado com referências que remontam o período colonial.

  • Veja entrevista na íntegra:

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO (ASCOM) – Qual era o contexto econômico, social e político que embasou os movimentos de luta pela educação superior na Bahia?

JACI MENEZES – Vamos por partes. O processo que culminou na decadência da economia baiana, predominantemente vinculada à agroindústria do açúcar, se inicia lá atrás, a partir da metade do século XIX,  quando as províncias da Região Nordeste, falidas, começam a vender os seus escravos às províncias do Sul, em especial São Paulo e Minas Gerais, com o início da lavoura do café. Para essas regiões também se dirige, mais fortemente, o fluxo imigratório –  a imigração era vista pelos proprietários paulistas como solução e caminho com a abolição da escravatura, sendo inclusive subsidiada pela província de São Paulo e depois pelo governo imperial.

Nesse contexto, com o objetivo de capacitar esses imigrantes, o governo imperial cria escolas agrícolas: uma em Campinas (SP), na região do café, e outra na Bahia, em São Bento das Lages, na região açucareira, próxima a Santo Amaro. Essas escolas representam um marco importante no que se refere ao desenvolvimento da educação no país e, consequentemente, na Bahia.

Dando um salto na história, em 1925, o governo Góes Calmon  articula um plano de desenvolvimento para a Bahia. O então secretário de Educação, Anísio Teixeira, preocupado em ampliar a oferta de Educação Básica, busca a expansão da educação primária e do sistema de formação de professores, fortalecendo a Escola Normal de Salvador, reinstalando a Escola Normal de Caetité e criando a de Feira de Santana. Das três, apenas a de Salvador não esteve, nem está hoje, vinculada a uma universidade.

Nesse ínterim, a Escola Agrícola de São Bento das Lages foi estadualizada e o governo Calmon propõe a sua transferência para Salvador, o que acontece já na década de 1930. A escola inicialmente funcionou em Monte Serrat e depois na Ondina, onde outras escolas superiores já existiam, a exemplo da Faculdade de Medicina Veterinária, hoje Universidade Federal da Bahia (Ufba).

ASCOM – Os primeiros movimentos da Bahia voltados para a educação superior culminaram na criação da Universidade Federal da Bahia. Em que momento esses movimentos identificaram a necessidade de interiorizar o ensino superior?

JACI – A criação da Ufba é resultado de um forte movimento da Bahia como um todo. Reúne esforços de todos os lados e contou com apoio da bancada de deputados constituintes. Contudo, o Decreto-Lei que a criou limitava a sua ação a Salvador. Após sua criação, começam a surgir pressões pela organização e expansão do sistema público de ensino superior para o interior do estado da Bahia.

Historicamente, existia na Bahia uma tensão entre interior e capital pelo domínio do poder político do estado, consubstanciado nas ações do governo, inclusive na área da educação. Em meio a esse turbilhão, surge, em 1960, a Faculdade de Agricultura do Médio São Francisco (Famesf), em Juazeiro, como resultado de movimento de estudantes concluintes do ensino médio e sua pressão sobre a Assembleia Legislativa do Estado. É a primeira unidade estadual a se formar. Diria que a sua criação está vinculada a todo o movimento de desenvolvimento do Vale do São Francisco, que propõe a regularização da navegação no Rio São Francisco, a criação da Chesf e da barragem do São Francisco, em Paulo Afonso, e a implantação da agricultura irrigada.

ASCOM– Após a Famesf, outras escolas de ensino superior foram implantadas de acordo com as necessidades econômicas de cada região do estado. Em 1980, foi criada a Superintendência de Ensino superior do Estado da Bahia (Seseb) com o objetivo de agregar e articular essas unidades de ensino. Em que momento e por qual motivo avaliou-se necessário transformar a antiga superintendência em uma universidade multicampi?

JACI – O período de Navarro de Britto como Secretário da Educação, no governo de Luís Vianna, inicia ações para a expansão do ensino superior, com a  criação, em 1969, da Universidade de Feira de Santana. Em 1971, foi promovida uma avaliação das Escolas Superiores então existentes. Diagnostica-se, então, a necessidade da unificação das formas de recrutamento e remuneração dos professores. Nessa época, a Coordenação das Escolas Superiores era feita pelo Departamento de Ensino Superior e Cultura, função que depois passou a ser da Seseb.

A Superintendência articulava e coordenava a Faculdade de Agronomia do Médio São Francisco (Famesf), em Juazeiro, as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras de Juazeiro (FFCLJ) e Caetité (FFCLC), as Faculdades de Formação de Professores de Alagoinhas (FFPA), Jacobina (FFPJ) e Santo Antônio de Jesus (FFPSAJ) e o Centro de Educação Técnica da Bahia (Ceteba).

Todas as unidades de educação superior eram autarquias e, por isso, tinham o mesmo grau de autonomia que a Seseb, que era vinculada à Secretaria da Educação e Cultura. Ao ser criada a universidade, foi preciso encontrar uma forma para garantir o grau de autonomia universitária dessas instituições. A multicampia ajudou nisso, na sua institucionalização enquanto universidade. São campi diversos, múltiplos, de uma mesma universidade, todos com o mesmo status universitário.

ASCOM – Por que nem todas as unidades de ensino integraram a estrutura da UNEB, como o Núcleo de Educação Superior de Ilhéus, por exemplo?

JACI – Durante o processo de institucionalização da UNEB foi realizado um estudo que definiu as unidades que constituiriam a universidade. Esse estudo contemplou diversos elementos relacionados à economia e à expectativa da comunidade local, por exemplo. Cada região, cada cidade tinha as suas próprias necessidades socioeconômicas. Vou usar o seu exemplo: o núcleo de Ilhéus. A Região do Cacau sempre teve uma luta forte pela criação de sua própria universidade. No governo Luís Viana chegou a ser criada  em Ilhéus/Itabuna, uma universidade, a Universidade do Sul da Bahia, que não foi nunca instalada. Dessa forma, unidades privadas de educação superior se instalam em Ilhéus e em Itabuna. Tratava-se da Federação de Escolas Superiores (Fespi) que, em 1997, passaria a integrar a Universidade Estadual de Santa Cruz, no governo de Waldir Pires.

ASCOM – A UNEB não foi uma universidade criada na capital, que depois se expandiu para o interior. Ela já nasceu no interior. De que modo essa experiência refletiu no formato da instituição, na sua metodologia de ensino e na valorização dos territórios de identidade?

JACI – A Universidade do Estado da Bahia surge do desejo e da luta das diversas comunidades da Bahia, e a sua expansão obedece a essa lógica. É uma instituição criada com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior. Uma universidade que nasce do povo, para o povo. A sua concepção foi balizada em  valores como a inclusão e a participação que, inclusive, pautam as ações da universidade até hoje. A multicampia lhe permite ainda um enraizamento na sua comunidade de referência. Os diversos campi da UNEB têm uma grande importância nas cidades onde estão instalados, seus professores e diretores têm apoio e penetração nos municípios e regiões de identidade do estado.  As diversas unidades são requisitadas para ações conjuntas com outros órgãos do governo do Estado e de órgãos federais.

ASCOM – Como a institucionalização da UNEB mudou a face da educação superior baiana? O que mudou do ponto de vista socioeconômico, político e cultural?

JACI – A institucionalização – entendida como a criação da UNEB –estende o estatuto universitário ao conjunto de unidades que já existiam; o que  ajuda no amadurecimento das atividades já desenvolvidas, aprofundando, integrando e expandindo ações de ensino, pesquisa e extensão por todo o estado.

ASCOM– A criação da UNEB foi fruto de um trabalho conjunto, com esforço e suor de muitos. Quem foram os principais responsáveis pela institucionalização da Universidade do Estado da Bahia?

JACI – A UNEB é fruto da ação de todos que nela estudam e trabalham. Passa, às vezes, por muitas dificuldades. Creio que o trabalho a ser feito é de consolidação e de fortalecimento do respeito de que ela goza e de sua relação com as comunidades científicas nacional e internacional. A ideia é que o crescimento da universidade se faz no dia a dia e no trabalho de cada um. Naturalmente, assim como em cada área de conhecimento e de atuação, ela se beneficia sempre dos seus líderes e do seu enraizamento nas comunidades estadual e local.

ASCOM – Desde a sua institucionalização, a UNEB cresceu muito. Foram criados novos campi, novos cursos de graduação e de pós-graduação lato e stricto sensu. Além de ser referência na formação de professores, a UNEB desenvolve pesquisas em diversas áreas do conhecimento como tecnologia (robótica, games educativos), diversificando a sua área de atuação. Esse crescimento, em sua opinião, é qualitativo?

JACI – Sem dúvida. Principalmente no que se refere à criação e instalação dos cursos de pós-graduação, uma exigência da legislação federal, que criou novas demandas e, a partir delas, muitas ações foram e estão sendo realizadas para garantir o fomento a pesquisa e o apoio ao professor pesquisador com a oferta de cursos de pós-graduação para complementar a formação docente e para garantia da divulgação qualificada de seus trabalhos.

É preciso também falar do papel que a UNEB desempenha hoje no sistema de educação superior do Estado da Bahia. A análise dos dados de matrícula tem nos mostrado uma universidade em plena expansão e consolidação, que mantêm e renova sempre o seu compromisso com propostas e demandas de comunidades específicas, como a de indígenas, assentados, quilombolas, sem perder a visão de conjunto. A UNEB está presente na maioria dos territórios de identidade da Bahia, seus alunos são, majoritariamente, oriundos da rede pública de ensino e a sua política de ações afirmativas tem garantido a presença de um número de alunos negros e afrodescendentes maior do que as cotas de 40% estabelecidas por seus programas.

A universidade reforça, em cada ação e projeto, o seu caráter inclusivo e popular, democratizando o acesso à educação superior. Hoje, a demanda é pelo fortalecimento dessas ações, garantindo a sua efetividade.

ASCOM – Tendo em vista o seu processo de criação e o seu expressivo e contínuo crescimento, como você vê a UNEB daqui a mais 33 anos?

JACI – A UNEB já é uma universidade grande. Certamente, o seu caminhar deve ser no sentido do aprofundamento da sua presença no estado e nas regiões, caminhando passo a passo com o crescimento da Bahia e do seu povo.  Já tenho 31 anos de UNEB e tudo o que vi e vivi aqui me dá a certeza de que temos potencial para ir muito mais longe. Desejo à UNEB e a todos que por ela lutam e lutaram vida longa e fecunda.

UNEB lança 12ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a décima segunda edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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geog-postBolsistas do Pibid/UNEB apresentam trabalhos em fórum na Universidade Estadual de Goiás

Bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) da UNEB apresentaram trabalhos no VIII Fórum NEPEG de Professores de Geografia, evento realizado entre os dias 1 e 3 de maio, no Campus da Universidade Estadual de Goiás, na cidade de Caldas Novas.

Os estudantes do curso de Geografia ofertado pelo Campus XI da UNEB, em Serrinha, são vinculados ao subprojeto Formação docente e Geografia escolar: das práticas e saberes espaciais à construção do conhecimento Geográfico.

Os trabalhos são frutos de discussões sobre a Cartografia em distintas áreas do conhecimento inseridas no currículo da escola, a partir de diferentes práticas didático-pedagógicas que contemplaram conceitos e temas da Geografia Escolar.

adm-postEstudantes de Administração participam de visita técnica à Praia do Forte

Estudantes do sétimo semestre do curso de Administração do Campus I da UNEB, em Salvador, participaram de visita técnica à Praia do Forte, no último dia 7 de maio.

A iniciativa multidisciplinar, coordenada pelas professoras Priscila Alves e Darluce Oliveira, contou com a apresentação das instalações e das ações de gestão do Porto Zarpa Hotel. O roteiro também reservou análise das atividades de gestão ambiental desenvolvidas pelo Projeto Tamar.

A visita técnica teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma aproximação entre os conhecimentos teóricos e práticas tratados em sala de aula nas disciplinas de Gestão de Varejo e Gestão Ambiental.

UNEB lança 11ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a décima primeira edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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mapa-postProfessor da UNEB tem três contos selecionados pelo projeto Mapa da Palavra.BA

O assessor de Projetos Interinstitucionais para a Difusão Cultural (Apidic) da UNEB, Gildeci Leite, teve três contos selecionados pelo projeto Mapa da Palavra.BA. A iniciativa é desenvolvida pela Coordenação de Literatura da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), unidade da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA).

Os textos “O beijo de Caetano Veloso”; “O Ebó e a bomba”; e “O acarajé de Marina” foram aprovados para compor a plataforma virtual do projeto. O primeiro foi ainda selecionado para integrar uma das quatro publicações digitais e/ou impressas e para divulgação nas mídias sociais da Funceb e da Secult.

O Mapa da Palavra.BA, que contou com 275 inscrições, objetiva mapear e diagnosticar a produção literária do Estado da Bahia, a partir dos 27 territórios de identidade, e estimular a produção e difusão da literatura baiana.

busu-postEstudantes da UNEB desenvolvem aplicativo “Saldo do Buzu”

Os discentes da UNEB Yargo Carvalho e Iago Ramos desenvolveram o aplicativo Saldo de Buzu. Ambos estudam no curso de Sistemas de Informação ofertado pelo Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I da universidade, em Salvador.

O programa tem como objetivo auxiliar os usuários do sistema de transporte público na consulta do saldo do cartão smartcard, do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps).

O aplicativo já está disponível para download gratuito no Google Play, mas os estudantes continuam trabalhando em atualizações e garantem que, em breve, devem realizar a integração com a tecnologia de comunicação sem fio Near Field Communication (NFC).

oficina-postGrupo de estudos promove oficina de produção artesanal de cerveja em Barreiras

O Grupo de Estudos em Educação e Sustentabilidade Alimentar (Geesa) da UNEB promoveu, no dia 1º de abril, a I Oficina de Produção Artesanal de Cerveja: teoria e prática, no Laboratório de Processamento e Armazenamento de Produtos Vegetais do Departamento de Educação (DEDC) do Campus IX da universidade, em Barreiras.

A atividade contou com a participação de pesquisadores parceiros e de 12 estudantes da disciplina de Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal, ofertada pelo curso de Engenharia Agronômica. O evento foi coordenado pelo professor Fábio Del Monte Cocozza, que é também responsável pelo Geesa.

Durante a oficina foi produzida uma cerveja artesanal saborizada com Cajuí do Cerrado, espécie nativa da região. A iniciativa integra uma série de oficinas de extensão que tem como objetivo complementar a formação da comunidade acadêmica.

observatorio-postPesquisadores de observatório da UNEB participam de evento regional

O Observatório da Educação, Cidadania e Violência (Obedhuc), projeto da UNEB financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), terá representação no Colóquio dos Projetos Obeduc/Edital 2012 da Região Nordeste.

O evento será realizado, entre os dias 5 e 7 de maio, na Central de Integração Acadêmica (Ciac) Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), na cidade de Campina Grande.

Pesquisadores do Obedhuc vão apresentar os resultados da rede de pesquisa, que envolve a UNEB, a Ufba e a UCSal, na mesa Direitos Humanos, Cidadania e Violência: mediação de conflitos no ambiente escolar; e no minicurso Pesquisa em Direitos Humanos: abordagens baseadas em direitos humanos e direitos humanos emancipatórios e teorias do sul numa perspectiva da descolonização do pensamento.

UNEB lança 10ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a décima edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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post-seloProfessor da UNEB integra Conselho Editorial de selo da Câmara Municipal de Salvador

O assessor de Projetos Interinstitucionais para a Difusão Cultural (Apidic) da UNEB, Gildeci Leite, integra o Conselho Editorial do Selo Castro Alves. A iniciativa foi lançada no último dia 21 de dezembro, no foyer do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador (CMS).

O Selo Editorial Castro Alves da CMS edita publicações literárias em prosa e poesia e é resultado de um projeto de resolução do vereador Everaldo Augusto, aprovado em 2013.

A primeira publicação do selo foi “Movimento Poetas na Praça – entre a transgressão e a tradição”, obra organizada por Douglas de Almeida, lançada também no dia 21 de dezembro. O Conselho Editorial do Selo Castro Alves vai avaliar as inscrições para as próximas publicações.

Além de Gildeci, também participam do conselho o coordenador do Selo Editorial da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Délio Pinheiro; a professora Elza Melo, diretora da APLB-Sindicato; e a cordelista Creusa Meira.

ssilvestre_postCoordenador do Grupo de Trabalho de Educação Física da UNEB completa percurso da Corrida Internacional de São Silvestre

Coordenador do Grupo de Trabalho de Educação Física da UNEB, Dilton Cerqueira concluiu o percurso da 91ª Corrida Internacional de São Silvestre, no último dia 31 de dezembro, em São Paulo.

Veterano da prova, Dilton superou os 15km do trajeto em 1h45. A Corrida Internacional de São Silvestre é uma realização da Fundação Cásper Líbero (FCL), com promoção da Gazeta Esportiva.net e apoio da Rede Globo de Televisão, que é parceira da FCL na transmissão da prova.

parasitoTrabalho de professora do Campus de Senhor do Bonfim recebe prêmio em evento latino-americano de parasitologia

A professora Marta Maria Oliveira de Santana, do curso de Ciências Biológicas ofertado pela UNEB no Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII, em Senhor do Bonfim, conquistou a terceira colocação no Prêmio Parasitologia Geral – Prof. Adauto José G. de Araújo.

A conquista é fruto da submissão do pôster Purificação de proteases de Haemonchus contortus visando um antígeno para imunização de caprinos ao XXIV Congresso da Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP) e ao XXIII Congresso Latinoamericano de Parasitología (FLAP), eventos realizados simultaneamente, entre os dias 27 e 31 de outubro, em Salvador.

O trabalho foi produzido pela docente em parceria com os pesquisadores Carlos Roberto Alves, Geyanna Dolores Lopes Nunes, Fernanda Washington de Mendonça Lima.

post-principePágina em rede social apresenta produção de príncipe alemão sobre extremo sul da Bahia

O Grupo de Estudos sobre América Portuguesa, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) do Campus XVIII da UNEB, em Eunápolis, lançou a página Um Príncipe na Capitania de Porto Seguro, no último dia 30 de dezembro, no Facebook.

A iniciativa tem como objetivo revisitar a obra do príncipe da região alemã de Renânia, Maximiliano de Wied, 200 anos após sua produção, visando valorizar as contribuições dos registros da expedição do monarca pesquisador a Capitania de Porto Seguro para a história da região do atual extremo sul da Bahia.

As anotações, gravuras e coleções de Maximiliano constituem um diversificado registro sobre a história social, indígena e ambiental, a etnologia, a botânica e a zoologia da região.

A página será utilizada também para divulgar informações sobre atividades que serão promovidas pelo grupo sobre o mesmo tema, a exemplo de um seminário, de uma expedição refazendo um trecho da viagem do príncipe e de um inventário histórico-cultural.

UNEB lança 9ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a nona edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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moda-nordesteProfessora do Campus de Salvador é eleita para ocupar assento no Conselho Nacional de Política Cultural

A Professora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB, em Salvador, foi eleita, via votação popular, conselheira titular da Região Nordeste, no segmento moda, do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC).

O Ministério da Cultura (MinC) concedeu assento à pesquisadora, junto a outros 14 conselheiros titulares e 15 suplentes de diferentes regiões do país, no último dia 20, em cerimônia realizada em Brasília. A docente representará a Bahia e os outros estados do Nordeste nas discussões sobre políticas públicas relacionadas à moda.

O CNPC é um órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Cultura e tem como finalidade propor a formulação de políticas públicas, promovendo a articulação e o debate dos diferentes níveis do governo e sociedade civil organizada, para o desenvolvimento e fomento das atividades culturais no território nacional.

cidadao-guanambiAssessor especial da Reitoria recebe Título de Cidadão Guanambiense

O Assessor Especial da UNEB para Projetos Estratégicos de Articulação da Educação Superior com os Territórios de Identidades do Estado da Bahia, professor Marcius Gomes, recebeu o Título de Cidadão Guanambiense no último dia 26 de novembro.

A homenagem, que foi concedida pela Câmera de Vereadores do município de Guanambi, é fruto de iniciativa do vereador Vandlilson Medeiros.

O título foi conferido ao docente em reconhecimento às contribuições do docente para o desenvolvimento do município. Marcius Gomes é também ex-diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XII da UNEB, em Guanambi.

projeto-juazeiroProjeto de preservação de enxames abelhas em Juazeiro conquista Prêmio da Fundação Natura

O Projeto Abelha Viva, realizado pelo Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeio, conquistou o Prêmio Acolher 2015, promovido pela Fundação Natura.

A iniciativa, proposta pela juazeirense Lícia Regina da Silva, que é consultora da empresa de cosméticos e foi responsável pela submissão do projeto, tem como objetivo a preservação de enxames de abelhas em ambientes urbanos.

Dentre as atividades do Abelha Viva está a capacitação técnica de representantes do Corpo de Bombeiros de Juazeiro, apicultores e meliponicultores da cidade com o objetivo de preservar as abelhas das espécies Apis melífera (com ferrão) e Meliponídeos (sem ferrão).

Na edição 2015, foram inscritos 847 projetos de todo o país. Apenas 15 conquistaram o prêmio no valor de R$ 15 mil reais e um curso de Programa de Formação em Projeto Social.

foto-abrpEgresso do Campus de Salvador vence concurso da Associação Brasileira de Relações Públicas

O bacharel em Relações Públicas Mateus Gonçalves, egresso do curso ofertado no Campus I da UNEB, em Salvador, sagrou-se vencedor na categoria “Monografia de Graduação”, subcategoria “Setor Privado”, do Prêmio ABRP – Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas, promovido pela Associação Brasileira de Relações Públicas, seção São Paulo (ABRP-SP).

O egresso foi laureado com o trabalho intitulado “O uso corporativo do Instagram: imagens, comunicação e relacionamento entre marcas e seguidores”, orientado pela professora Cláudia Aragão. A cerimônia de premiação do concurso foi promovida no dia 23 de novembro, no Teatro do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo.

A ABRP-SP criou, em 1982, o Prêmio ABRP – Concurso Nacional de Monografias e Projetos Experimentais com o objetivo de reconhecer os talentos dos egressos dos cursos de Relações Públicas, da graduação e pós-graduação. A premiação consiste na mais antiga atividade nacional de avaliação da competência dos recém-formados.

livro-espanholProfessores do curso de Letras – Língua Espanhola e Literaturas lançam livro em Salvador

Professores do curso de Letras – Língua Espanhola e Literaturas ofertado pelo Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I, em Salvador, lançaram no último dia 24 de novembro o livro “LÍNGUA ESPANHOLA: enfoques didáticos, linguísticos e literários”, no foyer do Teatro UNEB, no Campus.

A publicação foi organizada pela coordenadora do colegiado da graduação, professora Adriana de Borges Gomes, e recebe o selo da editora Universalis.

O livro apresentar trabalhos dos docentes do curso sobre questões relacionadas ao ensino e à aprendizagem da língua espanhola.

UNEB lança 8ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a oitava edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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abrp-postEgresso do Campus de Salvador é finalista de concurso da Associação Brasileira de Relações Públicas

O bacharel em Relações Públicas Mateus Gonçalves, egresso do curso ofertado no Campus I da UNEB, em Salvador, está entre os finalistas do Prêmio ABRP – Concurso Universitário de Monografias e Projetos Experimentais de Relações Públicas, promovido pela Associação Brasileira de Relações Públicas, seção São Paulo (ABRP-SP).

O egresso submeteu o trabalho “O uso corporativo do Instagram: imagens, comunicação e relacionamento entre marcas e seguidores”, orientado pela professora Cláudia Aragão, e está entre os três concorrentes ao prêmio na categoria “Monografia de Graduação”, subcategoria “Setor Privado”. A cerimônia de premiação do concurso será promovida no dia 23 de novembro, no Teatro do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo.

A ABRP-SP criou, em 1982, o Prêmio ABRP – Concurso Nacional de Monografias e Projetos Experimentais com o objetivo de reconhecer os talentos dos egressos dos cursos de Relações Públicas, da graduação e pós-graduação. A premiação consiste na mais antiga atividade nacional de avaliação da competência dos recém-formados.

geonocampo-postEstudantes e professores do Campus de Santo Antônio de Jesus lançam portal Geonocampo

Estudantes e professores do curso de Geografia do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus V da UNEB, em Santo Antonio de Jesus, lançaram o portal Geonocampo.

O espaço virtual é destinado à publicação das experiências adquiridas por estudantes do curso, da Universidade e de outras Instituições, durante atividades de trabalhos de campo. O site abre também espaço para exposição de mostras fotográficas e trabalhos acadêmicos de integrantes da comunidade acadêmica.

O portal Geonocampo foi lançado oficialmente no dia 17 de novembro, no I Seminário de Integração de Trabalho de Campo do Campus V da UNEB.

Exposição fotográfica em Juazeiro retrata luta de comunidade pela certificação e reconhecimento enquanto quilomboexposicao-post

A exposição fotográfica “Quilombo do Alagadiço” está montada até o dia 30 de novembro, no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro. A iniciativa, que integra a programação do Novembro Negro no município, retrata a luta dos moradores da comunidade do Alagadiço pelo processo de certificação e reconhecimento enquanto quilombo.

As 57 imagens que compõem a exposição resultaram das atividades realizadas pelo projeto de pesquisa Perfil Fotoetnográfico de comunidades quilombolas do Submédio São Francisco: identidades em movimento, coordenado pela professora da UNEB Márcia Guena dos Santos, em parceria com bolsistas e colaboradores da pesquisa.

A curadoria da exposição, que é aberta ao público, é de Márcia Guena e as imagens são de bolsistas, ex-bolsistas e voluntários da pesquisa: Juliano Ferreira, Ana Carla Nunes, Cássio Felipe, Danilo Souza, Raryana Cardoso, Adeilton Júnior, Monique Freitas e Márcia Guena.

UNEB lança 7ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a sétima edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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cidadao_postTécnica do Campus de Juazeiro recebe menção honrosa no Prêmio Servidor Cidadão

A servidora Gisa Ramos, do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, recebeu menção honrosa no Prêmio Servidor Cidadão, promovido pela Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB).

O reconhecimento veio pela apresentação das ações do projeto Vagalumes Solidários, iniciativa que desenvolve junto a um grupo de jovens da cidade de Uauá, no interior da Bahia, e que tem como objetivo mobilizar as comunidades do município e região adjacente em prol da oferta de suporte para instituições e famílias carentes.

O troféu foi entregue durante o “Dia Você Servidor”, evento voltado às comemorações do funcionalismo estadual, realizado ontem (28), no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador. O Reitor da UNEB, professor José Bites de Carvalho, foi representado pelo assessor de Projetos Interinstitucionais para a Difusão Cultural (Apidic) da Universidade, professor Gildeci Leite.

direito_postEgressa do Campus de Valença conquista prêmio jurídico na Itália

A bacharel em Direito Manuela Menezes Silva, egressa do curso ofertado no Campus XV da UNEB, em Valença, foi premiada com medalha Il Merito Giuridico dei Visitatori – autori internazionali, durante a Reunião dos Autores Jurídicos Internacionais, evento realizado entre os dias 12 e 15 de outubro, na região de Puglia, na Itália.

A conquista consiste no reconhecimento da contribuição para a paz, às relações sociais e aos valores da humanidade do artigo intitulado Legalização da união civil homoafetiva no Brasil: obstáculos, avanços e garantias a serem conquistadas”, de autoria de Manuela.

A medalha foi entregue no dia 15 de outubro, Università Degli Studi Di Bari Aldo Moro, em Bari, na Itália.

Professores da UNEB participam de congresso internacional na Espanhamalaga_post

Os docentes Ana Lúcia Gomes da Silva, Joselito Manoel de Jesus e Jerônimo Jorge Silva, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED) ofertado no Campus IV da UNEB, em Jacobina, participaram do 5º Congresso Internacional de boas práticas com Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), entre os dias 14 e 16 de outubro, na Universidade de Málaga, na Espanha.

Os pesquisadores apresentaram o painel “Educação, formação e uso das TIC”, coordenado que contou com coordenação do professor Victor Amar, da Universidade de Cádiz, que debateu a inserção e uso das tecnologias no âmbito de projetos executados na UNEB e no MPED.

Ainda durante a participação no congresso, os professores dialogaram com representantes das universidades de Cádiz e Málaga sobre a possibilidade de firmarem convênio entre a UNEB e as duas instituições espanholas.

Ascom Entrevista: David Hopffer Almada (Academia Cabo-Verdiana de Letras)

O cabo-verdiano David Hopffer Almada é um homem de muitas credenciais. Político, escritor e advogado são algumas delas. Em 1975, ainda aos 30 anos, assumiu o Ministério da Justiça de Cabo Verde, no primeiro ano de independência do país.

Personagem ativo do movimento que culminou na independência do país africano, David avalia que aquele momento histórico pode ser interpretado como “um tempo agridoce, em que dava ‘prazer’ sofrer todos os sacrifícios para fazer o país sobreviver, avançar e mostrar que era possível”.

A sua trajetória acadêmica e política o levaram a assumir também o Ministério da Informação, Cultura e Desportos do país e a conquistar uma cadeira na Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL).

Entusiasta das obras de Jorge Amado, o cabo-verdiano afirma que as semelhanças entre Brasil e Cabo Verde foram “criadas e impostas pela natureza, pela geografia e pela história” e que o intercâmbio literário entre os países deve contribuir “necessária e inequivocamente, para o reforço do conhecimento mútuo dos dois povos e para o reforço dos laços de amizade”.

David Hopffer Almada é um dos convidados do II Simpósio Internacional de Baianidade (SINBaianidade) e do II Congresso Internacional de Línguas e Literaturas Africanas e Afro-Brasilidades (CILLAA), eventos promovidos pela UNEB, entre os dias 9 e 11 de outubro, no Campus I, em Salvador.

O cabo-verdiano vai participar da mesa-redonda “A literatura de Cabo Verde apresentada por seus escritores”, no dia 10 de outubro, em companhia da compatriota Vera Duarte e da pesquisadora brasileira Simone Caputo Gomes.

Em entrevista concedida à Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB, David falou sobre os desafios da sua trajetória de vida, sobre a independência de Cabo Verde e sobre a expectativa para participar dos eventos na capital baiana.

  • Veja entrevista na íntegra:

ASCOM – Segundo informações apuradas em sites cabo-verdianos, o senhor descobriu sua aptidão para o Direito ainda muito jovem. E, aos 30 anos, assumiu o Ministério da Justiça no primeiro ano de independência do país. Fale um pouco sobre o desafio dessa experiência.

David Hopffer Almada (DHA) – Quando se deu a Independência do meu país, Cabo Verde, eu fui convidado para integrar o primeiro Governo da Móvel República, como Ministro da Justiça.

Foi muito importante assumir essas responsabilidades porque se vivia, nessa altura, um tempo novo, em que os sonhos eram muitos, a vontade indómita e a confiança num futuro melhor fazia mover montanhas, desafiar e ultrapassar todos os obstáculos e dificuldades.

Era um tempo agridoce, em que dava “prazer” sofrer todos os sacrifícios para fazer o país sobreviver, avançar e mostrar que era possível.

E na área específica em que estava, a da Justiça, o desafio era enorme e estimulante:

Construir um novo edifício jurídico, legal para o país nascente, aproveitando tudo o que fosse possível e conveniente conservar e preservar da época colonial, com olhos postos no novo mundo que se sonhava edificar.

Foi um desafio estimulante, que me honra e de que me orgulho até hoje.

ASCOM – Como a escolha da sua carreira profissional e a sua trajetória política, à frente do Ministério da Justiça, influenciaram as suas produções literárias?

DHA – A minha tendência literária já vinha de antes. Já quando andava no ensino secundário, escrevia, sobretudo, poemas, o que continuei a fazer durante o tempo da minha licenciatura (Direito) na Universidade de Coimbra (Portugal).

Não terá sido a liderança do Ministério da Justiça, mas os novos tempos vividos com a Independência conquistada, que estimularam a minha produção literária e terão dado até um novo rumo às temáticas dessa produção.

ASCOM – O senhor foi também Ministro da Informação, Cultura e Desportos de Cabo Verde. A partir da experiência no cargo, qual a sua avaliação da produção literária cabo-verdiana antes e depois da independência.

DHA – Cabo Verde muito antes da sua Independência já tinha uma produção literária própria, em que se vivia, se sentia e se proclamava a identidade do povo cabo-verdiano, nas suas diversas vertentes.

Por isso, é que hoje é consensual a opinião de que a “Independência Literária” foi assumida pelos cabo-verdianos muito antes da Independência Politica. Só que depois da Independência Nacional, criaram-se novas condições materiais, políticas e psicológicas para que a produção literária e a capacidade imaginativa do cabo-verdiano se expressassem mais e com mais veemência.

ASCOM – Quais são os principais temas abordados pela literatura do país?

DHA – Os temas abordados na literatura do país são muito diversos e estão se diversificando cada vez mais.

Enquanto que antes (da Independência) os temas tratados andavam, quase sempre, à roda da fome, da escassez das chuvas, do sofrimento, da vontade de querer ficar na terra e ter que partir; depois (da Independência), e nos novos tempos, o escritor cabo-verdiano, sem tirar o “pé do seu chão”, nem esquecer a sua realidade específica, começou a alargar o campo de visão dos temas abordados e tratados nos seus livros.

O escritor cabo-verdiano passou a ser mais universalista no conteúdo e na forma de tratamento dos assuntos.

ASCOM – Desde jovem, o senhor participou de importantes movimentos sociais. Como isso contribuiu para a sua decisão de ingressar na carreira literária?

DHA – A participação em movimentos culturais, sociais, políticos e outros impelem à tomada de consciência das realidades que nos cercam e nos empurram para a expressão daquilo que sentimos, vemos, ouvimos e lemos.

Às vezes cantando, às vezes pintando, às vezes escrevendo, conforme o jeito, a aptidão, a vocação de cada um. A mim, deu-me para escrever. E, assim, ingressei nisso.

ASCOM – Como concilia as carreiras jurídica, política e literária?

DHA – Parecendo que não, essas carreiras estão muito interligadas. Na política e no direito, lutamos por valores e objetivos e pela realização de sonhos. A literatura é, muitas vezes, a forma e a via da expressão e de luta por tais valores, sonhos e objetivos.

ASCOM – Quais são os pontos em comum entre as literaturas brasileira e cabo-verdiana?

DHA – A temática, desde logo, pela muita similitude e proximidade, tanto na maneira de ser, como na forma de encarar a vida. As similitudes entre Brasil e Cabo Verde foram criadas e impostas pela natureza, pela geografia e pela história.

ASCOM – A literatura brasileira influencia a sua obra de alguma forma?

Naturalmente. Dificilmente se lêem os romances de Jorge Amado, por exemplo, para não se sentir influenciado.

ASCOM – Quais contribuições o intercâmbio entre as literaturas cabo-verdiana e brasileira podem proporcionar para ambos os países?

DHA – Os principais laços de ligação entre cabo-verdianos e brasileiros advêm e resultam das proximidades da sua cultura e dos valores que esta insufla na alma de cada um dos povos. E a literatura é uma das maiores e melhores formas de expressão cultural desses povos.

Portanto, o intercâmbio entre literaturas dos dois países contribuirá, necessária e inequivocamente, para o reforço do conhecimento mútuo dos dois povos e para o reforço dos laços de amizade que, naturalmente, os ligam.

ASCOM – O que acha da proposta do II SINBAIANIDADE e II CILLAA? E quais são as suas expectativas para o evento?

DHA – A proposta é muito boa, interessante e oportuna. Por isso, aliás, é que aceitei o convite sem pestanejar. As minhas expectativas para o evento são boas e elevadas.

UNEB lança 6ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a sexta edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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premio_capes_2015Docente da UNEB recebe menção honrosa do Prêmio CAPES de Teses 2015

A professora do Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da UNEB, em Salvador, Andrea Betânia Silva, recebeu Menção Honrosa do Prêmio CAPES de Tese 2015, na área interdisciplinar, com a dissertação “Entre pés-de-parede e festivais: rota(s) das poéticas orais na cantoria de improviso”.

O trabalho, defendido em 2014, foi orientado pela pesquisadora Edilene Dias Matos e traça uma cartografia dos Festivais de Violeiros realizados no nordeste brasileiro, e mostra como as poéticas orais atualizam-se e mantêm seu processo criativo a partir de frequentes diálogos, tensões e negociações entre tradição e modernidade.

O evento de entrega dos prêmios acontecerá no dia 10 de dezembro de 2015, na sede da CAPES, em Brasília. Durante o evento, os outorgados com menção honrosa terão seus nomes destacados.

conex-futuraProfessor do Campus de Conceição de Coité participa de debate sobre a Independência do Brasil na TV Cultura

O professor do curso de História do Campus XIV da UNEB, em Conceição do Coité, Eduardo Borges, participou de debate sobre a Independência do Brasil promovido programa Conexão Futura, exibido pelo Canal Futura no dia 7 de setembro.

A atividade, mediada pela apresentadora Juli Wexel, contou também com a participação dos pesquisadores João Paulo Garrido Pimenta, da Universidade de São Paulo (USP), e Oswaldo Munteal Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

livro_arv_budDocente lança livro sobre comunidades místico-ecológicas em evento no Campus de Juazeiro

Resultado de quatro anos de pesquisa em comunidades místico-ecológicas, o livro Árvores e Budas: alternativas do misticismo ecológico e suas teias políticas, do professor João José Borges, será lançado nesta sexta-feira (25), às 17h, no Anfiteatro Canto de Tudo, do Campus III da UNEB, em Juazeiro.

A obra, que recebe o selo da Editora Calango, associa uma análise do período histórico em que o movimento místico-ecológico surge, com uma compreensão mais ampla do estilo de vida das três comunidades estudadas.

A programação do evento reserva sarau com músicas, performances e poesias, além de show ao vivo com Edésio César (voz e violão), e exibição de filme. O livro poderá ser adquirido na noite de lançamento e no site da editora ao preço de R$50.

UNEB lança 5ª edição de informativo para comunidade

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) da UNEB lança a quinta edição do COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, informativo on-line destinado a divulgar exclusivamente atividades realizadas por membros da universidade.

Os interessados em publicar em COMUNIDADE UNEB EM AÇÃO, podem enviar as informações para o email ascom@listas.uneb.br.

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post_osniProfessor do Campus de Jacobina lança livro sobre currículo dos cursos de Educação Física

O professor UNEB Osni Oliveira Noberto da Silva vai lançar, no dia 3 de setembro, às 16h, o livro “Formação Profissional em Educação Física no Brasil: histórias, conflitos e possibilidades”, em uma tarde de autógrafos no Campus IV da Universidade, em Jacobina.

A obra registra a história e as influências dos currículos em Educação Física. Apresenta proposições para construção de um currículo de curso superior na área, que podem ajudar a professores e coordenadores de curso na elaboração ou reformulação curricular das graduações.

O livro leva o selo da Editora PACO e pode ser também adquirido, por R$ 39,90, através do site da editora.

post_carlosNúcleo de extensão da UNEB promove palestra com o médico psiquiatra e analista junguiano Carlos Byington

O Núcleo de Extensão em Conhecimentos Junguianos (Quiron) da UNEB realiza a palestra “Pedagogia e Psicologia Simbólica: subjetividade e formação escolar dentro da perspectiva arquetípica e simbólica”, no dia 4 de setembro, às 18h30, no Auditório Jurandyr Oliveira, no Departamento de Educação (DEDC) do Campus I da Universidade, em Salvador.

A atividade será ministrada pelo médico psiquiatra e analista junguiano Carlos Byington, que é também um dos fundadores das Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA). Graduado em Medicina e especialista em Psiquiatria e Psicanálise, é também formado pelo Instituto Jung, em Zurique (Suíça).

Os interessados em participar devem se inscrever, gratuitamente, através do site do DEDC.

O evento é promovido em parceria com o Grupo de Estudos Psicologia Simbólica Junguiana e conta com o apoio do Departamento de Educação do Campus.

post_luiz-firminoDocente do Campus de Salvador apresenta obra em exposição internacional de aquarelas

O professor do Departamento de Ciências Exatas e da Terra (DCET) do Campus I da UNEB, em Salvador, Luiz Firmino Soares Neto, participa de exposição internacional virtual em celebração ao Dia Nacional da Aquarela na Bolívia, comemorado em 23 de agosto.

A seleção dos artistas e das obras foi feita pela Asociación de Artistas del Agua-Acuarelistas Bolivianos. Após aprovação na triagem, o docente, que também integra a Associação Brasileira de Aquarela (ABA), foi convidado a expor, entre os dias 23 de agosto e 7 de setembro, junto a artistas de vários países.