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Semestre 2021.2: UNEB inicia acolhimento virtual da comunidade acadêmica no dia 09/08

Muitas coisas aconteceram no último ano e ainda tem acontecido. Por isso, solidariedade e autocuidado são, também, atos de cidadania. Imbuída desse espírito, a comunidade da UNEB se enche de entusiasmo e alegria para o reinício das atividades acadêmicas, por mediação tecnológica.

Entre os dias 9 e 13 de agosto, a universidade promove a Semana de Acolhimento do semestre 2021.2. A iniciativa contará com atividades inaugurais das graduações, nas modalidades presenciais e a distância (EaD), e das pós-graduações dos diversos departamentos da instituição, na capital e no interior do estado.

“A UNEB segue viva e atuante neste contexto de pandemia. Para além de todas as nossas atividades administrativas e ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação, sabemos efetivamente dos desafios institucionais e pessoais para cada um de nós. Por isso, iniciaremos o novo semestre com atividades acadêmicas e recepções calorosas e de muita empatia”, destaca o reitor da UNEB, José Bites.

Conforme prevê a Resolução Nº 1.430/2020 do Conselho Universitário (Consu), instância máxima deliberativa da instituição, as atividades de ensino por mediação tecnológica seguem autorizadas (veja o Calendário Acadêmico Simplificado).

Veja programação da Semana de Acolhimento 2021.2 (atualizações diárias)

Dia 10/08 (terça-feira)

Evento: Semana de Acolhimento do DCET II – Roda de Conversa: ENADE
Horário: 9h30
Transmissão: YouTube – bit.ly/3CyQHP1
Participações: 
Érica Nogueira Macêdo e Isaac Douglas Moreira
Organização: DCET – Campus II (Alagoinhas)
Público: aberto

Evento: Semana de Integração RP 2021.2 – Apresentação do Curso de Relações Públicas e bate-papo com ex-alunos sobre a importância da formação acadêmica no mercado de trabalho
Horário: 13h30 – 16h
Transmissão: Microsoft Teams
Participações: 
Lucas Matos (Poeta e Relações Públicas), Luis Moreira (Gerente Executivo das Rádios da Rede Bahia) e Mateus Gonçalves (trainee da Magazine Luiza)/ Zilda Paim e Bruna Lopes (mediadoras)
Organização: Colegiado do Curso de RP / DCH – Campus I (Salvador)
Inscrições: https://bit.ly/3rQoqi1

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Roda de Conversa – Ensino remoto: por uma escuta sensível e uma prática dialógica. Quem somos nós agora?”
Horário: 14h
Transmissão: Microsoft Teams
Participações: 
professor João José (Jornalismo) e professora Elis Santana (Pedagogia)
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do Curso de Pedagogia DEDC I – Tema: O Protagonismo Estudantil no Curso de Pedagogia
Horário: 14h
Transmissão:
Microsoft Teams
Participações:
ABERTURA: estudantes Mirella Novaes e Marta Beatriz Campos, integrantes da Coordenação do Centro Acadêmico Helem Moreira; professora Maria da Conceição Alves Ferreira, coordenadora do Curso de Pedagogia (DEDC-I); professora Maria Helena de Barros Moraes Amorim, coordenadora do Curso de Pedagogia (Lauro de Freitas).
MESA 01: O Centro Acadêmico de Pedagogia Helem Moreira – estudantes Mirella Novaes e Marta Beatriz Campos e Natyele Santos Limes. Mediação: professora Estela Oliveira.

MESA 02: A Iniciação Científica, Residência Pedagógica e as Monitorias de Ensino e Extensão – estudantes Taís Viana e Sued Hosaná. Mediação:  Dri Queiróz.
Organização: Colegiado do Curso de Pedagogia / DEDC – Campus I (Salvador)
Público: aberto

Evento: Semana de integração Campus XV/Valença – abertura com MOSTRATE Uneb e apresentação das Mesas “Educação Inclusiva e educação Digital” e “Tramitação de processos”
Horário: 19h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3CAsUhw

Convidadas: Tânia Moura Benevides (Coordenadora/UNEAD); Patrícia Carla da Hora Correia (Coordenadora/Curso de Licenciatura em Educação Inclusiva) e Coordenação acadêmica
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Roda de Conversa – Ensino remoto: por uma escuta sensível e uma prática dialógica. Quem somos nós agora?”
Horário: 19h
Transmissão: Microsoft Teams
Participações: 
professora Iva Autina e professor Juracy Marques
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Dia 11/08 (quarta-feira)

Evento: Semana de Acolhimento do DCET II – Mesa Rodonda: Ensino, Pesquisa e Extensão em Tempos de Pandemia: desafios, limitações e possibilidades
Horário: 10h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3CyQHP1
Participações: 
Kátia Jane Chaves Bernardo, Fernanda Warken Rosa Camelier e Erivelton Nonato Santana
Organização: DCET – Campus II (Alagoinhas)
Público: aberto

Evento: Semana de Integração RP 2021.2 – O que a Uneb pode me oferecer? Cursos, convênios, assistências, intercâmbios e muito mais
Horário: 14h – 16h
Participações:
 Josenildes Santos (Assessora da ASCOM da UNEB) e Paula Feitas (Coordenadora de Mobilidade Discente – SERINT)/ Zilda Paim (mediadora)

Organização: Colegiado do Curso de RP / DCH
Inscrições: https://bit.ly/3rQoqi1

Evento: Semana de Acolhimento do Curso de Pedagogia DEDC I – Mesa 03: Educação Afrocentrada e Formação de Professorxs
Horário: 14h30
Transmissão:
Microsoft Teams
Participações: 
professora Niní Pemba Nàyo. Medicação: professora Carla Liane Nascimento Santos
Organização: Colegiado do Curso de Pedagogia / DEDC – Campus I (Salvador)
Público: aberto

Evento: Semana de integração Campus XV/Valença – abertura com apresentação musical por Pedro Martheo de Sousa Soares, apresentação do NUPE e Roda de Conversa sobre demandas e dificuldades de docentes e discentes na remoticidade
Horário: 19h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3CAsUhw
Convidadas: Angélica Silva de Jesus Lopes (NUPE), professoras Monica Pinchemel e Andréa Lago
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Mesa de Apresentação do DCH III
Horário: 19h
Transmissão: YouTube –  bit.ly/3iBcCxg
Participações:
Secretaria Acadêmica, Secretarias/os dos colegiados de cursos, Coordenadores de Colegiados, NAC, Coordenação da Biblioteca, Coordenação administrativa e Prefeitura do Campus III. Mediação: professor Josemar Pinzoh (Diretor em exercício)
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Dia 12/08 (quinta-feira)

Evento: Semana de Integração RP 2021.2 – Vamos falar de ensino, pesquisa e extensão?
Horário:
14h – 16h
Participações:
professoras Kátia Morais, Janine Falcão, Cláudio Xavier e Cláudio Xavier
Organização:
Colegiado do Curso de RP / DCH
Inscrições:
https://bit.ly/3rQoqi1

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Mesa Redonda: Projetos de Pesquisa no Período da Pandemia do Coronavirus
Horário: 14h
Transmissão: YouTube –  bit.ly/3iBcCxg
Participações:
 professores Cosme Batista, Maéve Melo, Edilane Teles e Sandra NovaisMediação: professora Andréa Cristiana Santos.
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do Curso de Pedagogia DEDC I – Mesa 04: A Liga Acadêmica de Estudos Interdisciplinares em Infâncias/LAEIINF
Horário: 14h30
Transmissão:
Microsoft Teams
Participações:
estudante Washington Matheus Carvalho. Mediação: professora Simone Regina Silva d’Almeida
Organização: Colegiado do Curso de Pedagogia / DEDC – Campus I (Salvador)
Público: aberto

Evento: Semana de integração Campus XV/Valença – abertura com apresentação de cordel por Edilene da Silva Andrade e apresentação da mesa –  A trajetória Tupinambá na Bahia e a luta indígena contra a PL 490
Horário: 19 h

Transmissão: YouTube – bit.ly/3CAsUhw
Convidados: Cacique Babau Tupinambá (Doutor Honoris Causa da UNEB), profa. Jurema Machado de Andrade Souxa e prof. Felipe Estrela
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Mesa Redonda: Projetos de Extensão no Período da Pandemia do Coronavirus
Horário: 19h
Transmissão: YouTube –  bit.ly/3iBcCxg
Participações:
professores João José Santana Borges, Josemar Martins, Maisa Lins e Teresa Leonal e Klebia Muricy (coordenadora da TV UNEB/Juazeiro). Mediação: Teresa Leonel.
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Dia 13/08 (sexta-feira)

Evento: Semana de Acolhimento do Curso de Pedagogia DEDC I – Mesa 05: Egressos do Curso de Pedagogia na Docência Universitária
Horário: 9h
Transmissão: Microsoft Teams
Participações: Maria da Conceição Ferreira, Camila Figueiredo, Tania Portugal e Edite Faria. Mediação: Kátia Maria de Aguiar Barbosa.
Organização: Colegiado do Curso de Pedagogia / DEDC – Campus I (Salvador)
Público: aberto

Mesa 06: Saúde Mental em Tempos de Pandemia
Horário: 14h30
Transmissão: Microsoft Teams
Participações: Dr. Vanessa Garrido (psiquiatra). Mediação: João Danilo Batista de Oliveira.
Organização: Colegiado do Curso de Pedagogia / DEDC – Campus I (Salvador)
Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Abertura com DA de Pedagogia e CA de Jornalismo. Mesa: Contra o corte de verbas na educação: defender a Universidade pública e a pesquisa nacional
Horário: 14h
Transmissão: YouTube –  bit.ly/3iBcCxg
Participações:
 Mediação: Hanna Karolyne e Iasmin Monteiro.
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Evento: Semana de integração Campus XV/Valença – abertura com a Batalha do SETE e apresentação da mesa Universidade nas ruas! A universidade como espaço de resistência e emancipação (analise de conjuntura)
Horário: 19h

Transmissão: Google Meet
Convidados: Yuri Brito, Alex Paixão, estudantes e ativistas
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – Abertura com DA de Pedagogia. Mesa: Contra o corte de verbas na educação: defender a Universidade pública e a pesquisa nacional
Horário: 19h
Transmissão: Google Meet
Participações:
 Mediação: Hanna Karolyne.
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

 

 

Dia 09/08 (segunda-feira)

Evento: Aula Inaugural do Semestre 2021.2 – “Docência e Gestão no Ensino Superior: desafios para a educação híbrida”
Horário:
9h
Transmissão:
YouTube –
bit.ly/3iWHEyg
Convidada:
Maria Aparecida Crissi Knuppel (UNICENTRO)
Organização: PPG, PROGRAD, PROEX e UNEAD

Público: aberto

Evento: Aula Magna Inaugural do Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens (PPGEL)
Horário:
14h
Transmissão:
Microsoft Teams –
bit.ly/3lcH8iz
Participação:
Célia Marques Telles (UFBA)
Organização: PPGEL
Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – UNIVERSIDADE POPULAR E INCLUSIVA. É O QUE SOMOS?
Horário: 14h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3iBcCxg
Participações: 
professora Rosane Meire Vieira de Jesus. Mediadora: professora Andréa Cristiana Santos.
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

Evento: Aula de abertura do Campus XV/Valença – OBSUL – OBSERVATÓRIO SÓCIO-TERRITORIAL DO BAIXO SUL, com performance de abertura e mesa redonda com quatro temáticas
Horário: 19h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3CAsUhw
Participação:
Performance: BRUNA CARVALHO, NANDO DIAS e GIOVANE GUSMÃO
Apresentações da Mesa: CÉLIA MARIA PEDROSA, EDUARDO ÁLVARES DA SILVA BARCELOS, ANDERSON GOMES DA EPIFANIA, DIOGO FONSECA BORSOI, com mediação de LEONARDO FIUSA WANDERLEY
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento dos Calouros do Curso de História do Campus II – Semana dedicada a memória do professor Iure Roberto Sacramento Ramos
Horário: 19h
Participações: Neuma Paes (Diretora), Marilécia Santos (Coordenadora do Colegiado), Michele Aragão (Secretária do Colegiado), David Seabra (Coordenador de Informática), Johanna Brígida Meyer (egressa do curso), Paulo Santos (professor), Rosana Barreto (Coord. da Biblioteca Carlos Drummond de Andrade), Joilma Teles Lima (Coord. Acadêmica), Célia Santana (professora).
Organização: DEDC – Campus XV (Valença)

Público: aberto

Evento: Semana de Acolhimento do DCH III – UNIVERSIDADE POPULAR E INCLUSIVA. É O QUE SOMOS?
Horário: 19h
Transmissão: YouTube – bit.ly/3iBcCxg
Participações: 
professora Márcia Guena dos Santos. Mediador: professor Josemar Martins (Pinzoh).
Organização: DCH – Campus III (Juazeiro)
Público: aberto

PGDP publica lista provisória da Progressão 2021 de Técnicos e Analistas Universitários

A UNEB, através da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP), comunica a publicação, na edição de hoje (27) do Diário Oficial do Estado da Bahia (DOE-BA), das LISTAS PROVISÓRIAS da Progressão 2021 dos Técnicos e Analistas Universitários. O prazo para recurso, conforme Instrução Normativa nº 010/2021, será de 28 a 30/07/2020.

Portarias provisórias PROGRESSÃO 2021 – Analista Universitário, Técnico Universitário e Processos Indeferidos

 Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP)

UNEB oferta 5 mil vagas para especialização EaD em Educação Digital: inscrições abertas!

A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) está com inscrições abertas para a Especialização EaD em Educação Digital. Estão sendo ofertadas 5 mil vagas, conforme prevê o Edital de Seleção.

O período de inscrição segue até o dia 2 de agosto. Para efetivar participação no processo seletivo é necessário enviar a documentação solicitada, através do Sistema de Seleção PósGraduação (SSPPG) da UNEB.

As oportunidades estão divididas para servidores técnicos e docentes do quadro efetivo da UNEB (70%), candidatos apresentados por instituições parceiras (25%) e demanda social (5%).

“O curso nasce da necessidade de atender à demanda do corpo docente da instituição em relação ao desenvolvimento de competências para uso, na educação, de Tecnologia Digital de Informação e Comunicação. Ao construir o projeto pedagógico, a equipe de professores e técnicos responsável pelo projeto convergiu para a elaboração de uma especialização que viabilizasse a formação para docentes e técnicos universitários”, explica a coordenadora da Universidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead) da UNEB, Tânia Benevides.

Essa é uma ação conjunta da Unead com a Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da universidade. “Esse curso é o resultado de uma construção intersetorial, com o objetivo de atender a necessidade de uma formação continuada, em um momento que nos impulsiona a encontrar alternativas viáveis e de qualidade para a formação dos servidores da UNEB e da comunidade que a cerca”, destaca a pró-reitora (PGDP), Lilian Encarnação.

O curso reserva 40% das vagas para negros e 5% de sobrevagas para cada grupo a seguir: indígenas; quilombolas; ciganos; pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades; e transexuais, travestis ou transgêneros.

Formato interativo e autoinstrucional

A especialização possui os objetivos principais de preparar profissionais para atuação em ambientes educacionais que adotem a modalidade de educação digital e promover discussões sobre os limites e possibilidade do uso da mediação tecnológica na educação.

O curso foi planejado em formato interativo e autoinstrucional, com apoio de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA/Moodle) e organização metodológica em trilhas formativas, totalizando carga de 420 horas-aula.

Trilhas Formativas da Especialização em Educação Digital:

– Trilha 01: Sociedade Tecnológica;
– Trilha 02: Educação Digital;
– Trilha 03: Competências Digitais;
– Trilha 04: Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no Processo de Ensino-Aprendizagem

“Pela sua natureza e finalidade, o curso agrega diversos diferenciais, destacando-se a sua natureza autoinstrucional, que possibilitará aos participantes acessar os conteúdos e interagir em qualquer local e a qualquer tempo, dentro da sua disponibilidade”, ressalta o coordenador da pós-graduação, Isaac Douglas Moreira.

Ainda de acordo com o docente, a proposta pedagógica convidará os pós-graduandos a um processo de, não apenas aprendizado, mas de construção do conhecimento. Todos os participantes vão produzir conteúdos digitais ao concluir cada Trilha Formativa, constituindo um portfólio que se consolidará ao final do curso, sempre com o acompanhamento de professores orientadores.

Processo seletivo

A Especialização em Educação Digital tem como público-alvo portadores de diploma de curso superior que exerçam atividades em órgãos públicos, do terceiro setor ou da iniciativa privada, e que desejem aprimorar sua formação com o uso da mediação tecnológica.

O candidato, com deficiência ou não, que necessitar de atendimento especial durante a realização do processo seletivo, poderá solicitar no ato da inscrição. A seleção conta com duas etapas: homologação das inscrições e avaliação da Carta de Intenções e da comprovação de tempo de serviço.

A primeira etapa será realizada no dia 4 de agosto, com possibilidade de interposição de recursos nas duas datas seguintes. A segunda etapa ocorrerá entre os dias 10 e 13 do mesmo mês. Novos recursos podem ser registrados nos dias 17 e 18. O resultado final está previsto para 23 de agosto.

São instituições parceiras da UNEB para a oferta da Especialização em Educação Digital: a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM); as Secretarias Estaduais da Educação (SEC-BA), da Administração (Saeb), da Fazenda (Sefaz) e de Planejamento (Seplan); os Polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB); e as demais Universidades Estaduais da Bahia (UESC, UESB e UEFS).

Edital de Seleção
Página da Especialização (informações para inscrição)

Informações: e-mail educdigital@uneb.br.

UNEB lança especialização EaD em Educação Digital: 5 mil vagas!

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus, o mundo iniciou um processo de digitalização emergencial. A vida cotidiana mudou, e diferentes ambientes educacionais passaram a adotar a mediação tecnológica em suas atividades administrativas e de ensino-aprendizagem.

Imersa nesse contexto, a UNEB não parou. Universidade pública com a maior oferta na modalidade a distância da Bahia, ela continua atenta às demandas sociais e acaba de lançar a Especialização EaD em Educação Digital.

A pós-graduação lato senso vai abrir inscrições na próxima segunda-feira (26), para o preenchimento das 5 mil vagas disponíveis, conforme prevê o Edital de SeleçãoAs oportunidades estão divididas para servidores técnicos e docentes do quadro efetivo da UNEB (70%), candidatos apresentados por instituições parceiras (25%) e demanda social (5%).

“O curso nasce da necessidade de atender à demanda do corpo docente da instituição em relação ao desenvolvimento de competências para uso, na educação, de Tecnologia Digital de Informação e Comunicação. Ao construir o projeto pedagógico, a equipe de professores e técnicos responsável pelo projeto convergiu para a elaboração de uma especialização que viabilizasse a formação para docentes e técnicos universitários”, explica a coordenadora da Universidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead) da UNEB, Tânia Benevides.

A gestora destaca que os ajustes, a qualificação e a ampliação da oferta dialogam com a necessidade e as solicitações da comunidade acadêmica de conhecer, debater e experimentar a educação na sua nova configuração digital.

Essa é uma ação conjunta da Unead com a Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PGDP) da universidade. “Esse curso é o resultado de uma construção intersetorial, com o objetivo de atender a necessidade de uma formação continuada, em um momento que nos impulsiona a encontrar alternativas viáveis e de qualidade para a formação dos servidores da UNEB e da comunidade que a cerca”, destaca a pró-reitora (PGDP), Lilian Encarnação.

Na avaliação da pró-reitora, essa é uma iniciativa que reafirma o compromisso para a consolidação de uma universidade verdadeiramente popular, democrática e inclusiva, na medida em que as tecnologias se apresentam como uma importante ferramenta para agregar valor aos processos de inovação e construção do conhecimento na atual conjuntura.

O curso reserva 40% das vagas para negros e 5% de sobrevagas para cada grupo a seguir: indígenas; quilombolas; ciganos; pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades; e transexuais, travestis ou transgêneros.

Formato interativo e autoinstrucional

A especialização possui os objetivos principais de preparar profissionais para atuação em ambientes educacionais que adotem a modalidade de educação digital e promover discussões sobre os limites e possibilidade do uso da mediação tecnológica na educação.

O curso foi planejado em formato interativo e autoinstrucional, com apoio de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA/Moodle) e organização metodológica em trilhas formativas, totalizando carga de 420 horas-aula.

Trilhas Formativas da Especialização em Educação Digital:

– Trilha 01: Sociedade Tecnológica;
– Trilha 02: Educação Digital;
– Trilha 03: Competências Digitais;
– Trilha 04: Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no Processo de Ensino-Aprendizagem

“Pela sua natureza e finalidade, o curso agrega diversos diferenciais, destacando-se a sua natureza autoinstrucional, que possibilitará aos participantes acessar os conteúdos e interagir em qualquer local e a qualquer tempo, dentro da sua disponibilidade”, ressalta o coordenador da pós-graduação, Isaac Douglas Moreira.

Ainda de acordo com o docente, a proposta pedagógica convidará os pós-graduandos a um processo de, não apenas aprendizado, mas de construção do conhecimento. Todos os participantes vão produzir conteúdos digitais ao concluir cada Trilha Formativa, constituindo um portfólio que se consolidará ao final do curso, sempre com o acompanhamento de professores orientadores.

Inscrições e processo seletivo

A Especialização em Educação Digital tem como público-alvo portadores de diploma de curso superior que exerçam atividades em órgãos públicos, do terceiro setor ou da iniciativa privada, e que desejem aprimorar sua formação com o uso da mediação tecnológica.

O período de inscrição se inicia na próxima segunda-feira (26) e segue até o dia 2 de agosto. Para efetivar participação no processo seletivo é necessário enviar a documentação solicitada pelo Edital de Seleção, através do Sistema de Seleção PósGraduação (SSPPG) da UNEB.

O candidato, com deficiência ou não, que necessitar de atendimento especial durante a realização do processo seletivo, poderá solicitar no ato da inscrição. A seleção conta com duas etapas: homologação das inscrições e avaliação da Carta de Intenções e da comprovação de tempo de serviço.

A primeira etapa será realizada no dia 4 de agosto, com possibilidade de interposição de recursos nas duas datas seguintes. A segunda etapa ocorrerá entre os dias 10 e 13 do mesmo mês. Novos recursos podem ser registrados nos dias 17 e 18. O resultado final está previsto para 23 de agosto.

São instituições parceiras da UNEB para a oferta da Especialização em Educação Digital: a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM); as Secretarias Estaduais da Educação (SEC-BA), da Administração (Saeb), da Fazenda (Sefaz) e de Planejamento (Seplan); os Polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB); e as demais Universidades Estaduais da Bahia (UESC, UESB e UEFS).

Edital de Seleção
Página da Especialização (informações para inscrição)

Informações: e-mail educdigital@uneb.br.

Juazeiro: Estudantes realizam simpósio sobre produtos orgânicos e naturais nesta terça (20)

Estudantes do quinto semestre do curso de Administração, do Campus III da UNEB, em Juazeiro, vão realizar, na próxima terça-feira (20), o IV Simpósio Baiano de Marketing Estratégico: Produtos Naturais e Orgânicos.

O evento objetiva dar visibilidade aos avanços nas pesquisas sobre a produção desses produtos e das aplicações deles nas áreas das Ciências biológicas e da Saúde, além de ofertar informações científicas qualificadas aos interessados.

As inscrições são gratuitas, abertas ao público e devem ser realizadas até a data do evento, através do Sistema Gerenciador de Eventos da universidade.

A programação terá início às 19h, e conta com transmissão ao vivo de apresentações sobre temas como cosméticos naturais e processamento de alimentos orgânicos, além de intervenções artísticas. O fórum é realizado sob orientação do professor Antônio Carlos Sanches.

A iniciativa é apoiada pela Associação Cultural Hispano-Galega Caballeros de Santiago e pelas empresas e pelas empresas Ricca Flora e Integral Total.

Informações: Instagram @simposioadm5.

UNEB discute currículos e formação docente em Fórum de Licenciaturas: dia 20/07

A Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Prograd) da UNEB vai promover, na próxima terça-feira (20), o Fórum de Licenciaturas 2021. O evento contará com transmissão ao vivo pelo canal da TV UNEB, no YouTube.

A iniciativa tem como objetivo ampliar o debate em torno de princípios, concepções e documentos oficiais que vem influenciando as universidades na sua politica de formação de professores.

“A proposta do encontro é ampliar os diálogos com o propósito de fortalecer a luta por uma educação de qualidade que não comprometa a autonomia universitária, muito menos a formação de professores com pensamento ético, crítico e reflexivo, em consonância com a complexidade das questões relacionadas à Educação em nosso país”, explica Raquel Azevedo, gerente de Gestão de Currículos Acadêmicos (GGCA) da Prograd.

A programação do evento terá início com mesa institucional, seguida pela conferência de abertura do fórum, que contará com o tema “Perspectivas epistemológicas e políticas da formação de professores: um estudo das políticas atuais”.

A atividade será ministrada pela professora Kátia Augusta Curado Pinheiro Cordeiro da Silva, da Universidade de Brasília (UNB), e mediada pela docente da UNEB Rita de Cássia Santana de Oliveira, articuladora do Fórum de Área das Ciências Humanas da instituição.

A iniciativa ainda reserva o painel “O movimento institucional das IES públicas da Bahia no contexto das Resoluções 02/2015 e 02/2019: um olhar das Pró-Reitorias de Ensino de Graduação”, reunindo pesquisadores de diferentes instituições baianas: Rosenaide Pereira Ramos (UESC), Reginaldo Santos Pereira (UESB), Karina de Oliveira Cordeiro (UFRB), Noemi Pereira de Santana (UFBA). A atividade será moderada pela pró-reitora (Prograd) Eliene Maria.

“O evento para além da sua dimensão formativa, se constitui também como mais um espaço de reafirmação politica da UNEB com o seu pioneirismo e legado com a formação de professores e com as mobilizações nacionais em defesa das licenciaturas”, ressalta a professora Eliene.

Desde 2015, com a criação do Fórum de Desenvolvimento Curricular, a Prograd promove debates sobre os currículos dos cursos de graduação da UNEB. Até este ano, dos 83 cursos de licenciatura que propuseram um redimensionamento do seu projeto pedagógico à luz da Resolução CNE Nº 02/2015, 69 foram aprovados e implantados.

Mais informações: e-mail prograd.ggca@uneb.br.

UNEB informa sobre instabilidade no Sistema Eletrônico de Informações (SEI Bahia) hoje (5)

O Escritório de Processos e Projetos (EPP) da UNEB, vinculado à Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO), informa que o Sistema Eletrônico de Informações (SEI Bahia) está temporariamente apresentando instabilidade no acesso e que a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (PRODEB) está atuando para corrigir o problema.

Orientamos que aguardem a regularização do acesso. Em caso de dúvidas, entrem em contato conosco, através do e-mail suportesei@uneb.br.

Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Unidade de Desenvolvimento Organizacional (UDO)
Escritório de Processos e Projetos (EPP)

Projeto Conexões Camponesas inicia 3º módulo com aula nesta segunda-feira (5)

O projeto de Extensão Conexões Camponesas vai iniciar, nesta segunda-feira (5), o seu terceiro módulo de atividades. As ações visam a formação continuada de professores da educação básica que atuam nas escolas do campo.

A iniciativa é promovida pelo Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Paulo Freire (CAECDT) da UNEB, através do grupo de pesquisa Educação do Campo: Trabalho, Contra Hegemonia e Emancipação Humana.

As aulas do projeto acontecem às segundas-feiras, sempre às 19h, pelo canal da TV UNEB/CAECDT, no YouTube, e permanecem disponíveis para todos os interessados. O terceiro módulo contará com 170 horas de atividades formativas.

Coordenadora geral do projeto, a professora Ivânia Freitas ressalta que as atuais reformas da educação têm levado a um processo de padronização que vai na contramão do que a Educação do Campo defende e se propõe. Ainda de acordo com a pesquisadora, a base teórica apresentada e aprofundada pelo projeto tem sido muito bem recebida pelos participantes.

“Esse retorno sinaliza que estamos avançando na construção de uma frente de resistência aos retrocessos que estas reformas representam, sobretudo, para as perspectivas emancipatórias como a da Educação do Campo”, destaca Ivânia, que é também docente do Departamento de Educação do Campus VII da UNEB, em Senhor do Bonfim.

Com mais de 1.500 professores de 93 municípios da Bahia (e de outros estados), o projeto tem oportunizado aprofundar a concepção de Educação do Campo desde sua origem nos movimentos sociais e seu desdobramento nas políticas públicas, avançando até a prática pedagógica das escolas.

Para a professora Rosana Mara, coordenadora do CAECDT, o projeto nasce em atendimento a demanda colocada pelos sujeitos coletivos do campo e de profissionais da educação básica, “para subsidiar a (re)elaboração dos currículos das escolas do campo. Vale ressaltar que esse projeto foi escrito no contexto da pandemia da Covid-19, mas respeitando os princípios legais, teóricos e metodológicos da Educação do Campo”.

As aulas do módulo III vão contemplar as especificidades das áreas do conhecimento na relação com as etapas e modalidades da educação, além de debates sobre o Projeto Político-Pedagógico e gestão participativa. Serão também contextualizados temas que têm como finalidade apontar caminhos para que as redes de ensino possam elaborar o seu plano de formação continuada para os professores do campo.

Assista às aulas TV UNEB/CAECDT:

Módulo I –  https://www.youtube.com/watch?v=n0Z_RbeLYS8&list=PL-X1iH0Z604Mqd_a7v0M5PHFHyMo9YXcI
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Cacique Babau: cientista da resistência, devoto dos saberes ancestrais e patrono do direito à terra

A história de Rosivaldo Ferreira da Silva, o Cacique Babau, não existe só, enquanto extrato histórico. A trajetória desse líder indígena do sul da Bahia remonta mais de cinco séculos de sucessivos e incessantes movimentos de luta e resistência do povo Tupinambá.

Essa nação originária enfrentou diferentes ofensivasde colonizadores portugueses, holandeses e franceses em território nacional. A partir do reconhecimento da sua força, foram também usados pelo Estado Brasileiro em guerras, como a do Paraguai, e sofreu, ainda assim, com diversas violências estatais e com a criminalização das suas lideranças.

O histórico de brutalidade culminou na fragmentação Tupinambá e na permanente luta pela demarcação e homologação das terras indígenas. E, nesse cenário de não reconhecimento e violação, contrasta-se o empenho militante do Cacique Babau, na defesa incansável dos direitos humanos e da natureza.

“Já falei para ministro da justiça e para outros, pouco importa o que eles fazem ou deixam de fazer. A terra é nossa, nós assumimos e pronto. É no peito, na garra e na guerra. Mas, no tempo organizacional do Estado brasileiro, eles são os violadores”, defende o líder dos Tupinambás da Serra do Padeiro, no município baiano de Buerarema.

O ciclo sucessivo das violências descritas, somado à morosidade do Poder Executivo na condução dos procedimentos demarcatórios, confluiu no espedaçamento da terra indígena, que permanece descontínua, entrecortada por fazendas e outras propriedades menores em posse de não-indígenas.

Passado mais de um século da proclamação da República, metade das terras indígenas do Brasil ainda aguardam demarcação oficial. Consequentemente, os conflitos fundiários se avolumam, assim como a insegurança jurídica desses povos, conforme explica a coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural da Temática Indígena (Cepiti) da UNEB, Maria Geovanda Batista.

Terra Tupinambá

As terras tradicionalmente ocupadas pelos Tupinambás do Sul da Bahia compreendem uma área de 47 mil hectares, abrangendo três municípios: Buerarema, Ilhéus e Una.

A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu Artigo 231, que “são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.

Apesar da garantia constitucional, a nação Tupinambá pressiona o Governo Federal há mais de 10 anos pela portaria declaratória, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e pela homologação da terra, que deve ser realizada pela Presidência da República.

“O líder só aparece na hora que a defesa do povo é necessária. Porque, de repente, chega alguém dizendo que é dono e que quer isso ou aquilo. Aí você vai procurar reagir para sobreviver, porque sabe que fora dali você não tem vida. Todo o significado da sua história está lá”, destaca Babau.

O território dos antepassados do cacique já foi identificado e delimitado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), ainda em 2009. Entretanto, os quase 5 mil indígenas da região ainda vivem sem o reconhecimento legal das suas terras, conforme registra a professora Geovanda.

Como agravante às intervenções públicas e privadas nesses territórios, a expansão das atividades extrativistas associada ao turismo vem impactando de maneira significativa nas florestas, nos manguezais, nos rios e nos demais ecossistemas costeiros.

Resistência e produção

A comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro se destaca entre as maiores produtoras de alimentos do território. Cerca de 80% do que é consumido internamente é plantado e colhido no local.

Para além da autonomia em termos de segurança alimentar e nutricional, essas famílias se orgulham da qualidade da sua farinha e dos derivados (beiju, goma, puba, bolos e pão) e cultivam, ainda, grande variedade de frutas e legumes, como banana, abacaxi, feijão, milho, quiabo, inhame, abóbora e girassol, abastecendo também mercados da região.

“Essa é uma economia de reciprocidade, próxima da economia popular solidária. E o que entra em jogo aqui, entre as elites locais e regionais, é o desconforto que sentem quando o indígena aparece como protagonista, e não como um mendicante, necessitado ou carente, nesta rotulagem que se dá aos mais pobres”, avalia a professora Maria Geovanda.

A análise é endossada pelo Cacique Babau, que atribui ainda muitos dos impasses e conflitos na região aos interesses pela exploração das terras, que deveriam estar protegidas, e à contrariedade provocada pelo desenvolvimento local.

“É claro que vamos continuar sofrendo ameaças. Porque o contexto da luta tupinambá é modificador. Nós trouxemos uma escola, e incluímos todos os pequenos pobres. A renda melhorou com a educação. Ninguém precisa vender voto e nem pedir nada a vereador. É claro que eu incomodei e estou incomodando, dando possibilidades”, ressalta a liderança.

A partir de articulações políticas e investimentos próprios, a comunidade da Serra do Padeiro conquistou recentemente um trator arado, uma retroescavadeira e uma caçamba. Os equipamentos estão disponíveis para os indígenas e também para os pequenos produtores do entorno, com a possibilidade de aluguéis mais acessíveis.

De posse desses recursos, já foi possível a melhoria das estradas da região, a redução das queimadas para o plantio e a realização da coleta seletiva do lixo local. “Então, modificamos a região. E modificar traz enfrentamento político. Porque você começa a competir com os políticos locais”, ressalta o cacique.

Formação política e liderança

A convite do seu avô, o pajé João de Nô, Babau e sua irmã foram aprender com a “escola do branco”. Ele fez parte da primeira geração de jovens indígenas de uma família Tupinambá que pôde usufruir do direito à educação formal, dos direitos indígenas e demais conquistas previstas na Constituição Federal de 1988, após mais de 500 anos de sua negação.

De acordo com o cacique, os encantados – divindades cultuadas pela comunidade – se manifestaram ainda em 1995, e solicitaram que o povo se preparasse para uma batalha que estava para chegar.

“Os povos indígenas estavam muito fracionados. Os tupinambás precisavam dizer que permaneciam vivos. Em 2000, nos levantamos, peitamos Funai e fomos exigir a demarcação. Passaram mais de sete anos brigando com Serra do Padeiro, porque dissemos que somos autônomos e que não dependíamos da ordem deles em nosso território”, conta Babau.

Em 2003, após novas orientações dos encantados e anuência da comunidade, ele se tornou cacique na Serra do Padeiro. A partir de 2006, passou a conquistar maior atenção da imprensa e notoriedade no cenário nacional e internacional, sobretudo, com as denúncias apresentadas. Outro fator importante para aumentar a visibilidade das demandas indígenas foram as “retomadas”, processos litigiosos de recuperação, pelos povos originários, de áreas ocupadas por não-indígenas.

Neste ponto, a trajetória de Babau passou a ser marcada por sucessivos processos de difamação e encarceramentos. Em uma conjuntura estendida em que a criminalização de lideranças dos movimentos sociais indígenas, negros, afroindígenas e populares já começava a preocupar setores da sociedade e militantes dos direitos humanos.

Em uma de suas prisões, a sua mãe, Maria da Glória de Jesus, conversou com jornalistas: “Acabaram com nossas matas, com nossas árvores, com nossos peixes, acabaram com tudo, e hoje querem destruir o índio. O índio vai morrer e ficar dentro da aldeia, ninguém vai tirar não! O cacique tá preso, mas, tá preso o corpo, o espírito dele tá livre, tá vivo dentro de nós. Todo mundo junto aqui é Babau. É Babau junto”.

A professora Geovanda explica que, junto aos processos e prisões, passaram a ser desencadeados, sucessivamente, por setores das dominantes da região – compostos por ruralistas locais, fazendeiros, empresários dos ramos do agronegócio e do turismo; políticos, agentes públicos e da imprensa -, reforços de estigmas, estereótipos, preconceitos resultaram em rejeição aos indígenas que vivem na Serra do Padeiro.

Violências Estatais

Após diversos embates com os braços armados do estado brasileiro em defesa do legado tupinambá e da permanência em suas terras, Cacique Babau é taxativo: o Exército daqui é o mais perigoso de toda a América do Sul, porque ataca a moral e a dignidade dos que se opõem às suas práticas.

“Quando matam o corpo, a alma está forte, o seu legado está forte. E as pessoas vão à luta. Mas, quando te acusam de ladrão sem você poder provar que você não é nada daquilo, mata a sua alma, o seu espírito”, explica o líder, registrando que, sobretudo durante o período da Ditadura Militar, esse foi o expediente adotado. Muitos pajés foram mortos e nações esfaceladas.

Para além das violências físicas e simbólicas seculares, o pesquisador da UNEB José Augusto Laranjeiras Sampaio, que é também membro do Conselho Diretor da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), destacou outros ataques às populações indígenas, em entrevista ao site Brasil 247.

Dentre eles, está a tese do “Marco Temporal”, defendida pelo Projeto de Lei (PL) 490/2007, que determina que são terras indígenas aquelas que estavam ocupadas pelos povos tradicionais em 5 de outubro de 1988.

“Não bastasse a paralisação dos processos de demarcação, mesmo as terras já demarcadas e garantidas estão sendo invadidas por estarem absolutamente desprotegidas; e desprotegidas de modo deliberado. É como se, diante de uma possível maior dificuldade em se reverter os direitos conquistados pelos indígenas no plano jurídico-legal, simplesmente se investe no descumprimento da Lei”, avalia o docente.

Ainda sobre essas ofensivas contra os povos originários, a professora Maria Geovanda Batista destaca a Instrução Normativa 9/2020, da Funai, que implicava em alterações no sistema de gestão fundiária, inclusive, em territórios ocupados por indígenas.

“Ela fere frontalmente o Parágrafo 6º, do Artigo 231 da Constituição Federal, que diz serem nulos todas as doações e títulos de terra que estejam sobrepostos às terras indígenas. A Funai tem se demonstrado muito mais preocupada em garantir uma suposta propriedade em litígio, no interior de uma terra de uso coletivo, do que fazer a defesa para a qual ela foi criada e que justifica a sua existência”, frisa a docente.

Para o Cacique Babau, todos esses dispositivos são opressores e fazem parte de um marketing político monstruoso e genocida: “se a gente tem uma Constituição no país, nenhuma lei pode ser maior do que ela. Então, a Funai não pode criar regras desse nível. O problema do parlamento brasileiro é que ele tenta criar fatos para desviar a luta, convencer a sociedade brasileira a ficar contra as comunidades indígenas”.

Ele segue dizendo que se houvesse desejo real de regulamentação, um caminho seria a proposição de alterações na Lei 6001/73, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. O líder, entretanto, sinaliza que não acredita que isso não vá acontecer, porque há muitos anos não se discute. Quando discutido pela última vez, emperrou no debate sobre mineração em território indígena: “querem tudo, sem dar nada em troca”.

Reconhecimento!

Cacique Babau afirma que se aproximou das instituições de ensino superior (IES), sobretudo, quando o Governo do Estado da Bahia criou o Conselho Estadual da Escola Indígena. Assim, logo foi para a linha de frente das defesas pela Educação Indígena no país, e entrou em contato com pesquisadores da UNEB.

“Quando a universidade resolve trazer a sua tecnologia para juntar aos conhecimentos tradicionais, sem um violar o outro, isso é muito bom! Vai realmente combater as desigualdades”, afirma o líder indígena.

Esses laços se fortaleceram em eventos, visitas e trabalhos colaborativos. E, neste mês de junho, em que se comemoram os 38 anos da UNEB, a instituição vai encerrar as suas celebrações com a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa da universidade para o Cacique Babau.

“Mais uma vez, a UNEB está na vanguarda desse processo de reconhecimento, que está dentro das políticas afirmativas que atravessam a nossa universidade. Parabéns, Cacique Babau! Parabéns, povo Tupinambá! Se nos recusarmos a pensar no indígena, ignoramos por completo o que somos, o que nos tornamos e o que queremos ser”, destaca a professora Geovanda, que liderou o grupo de trabalho (GT) responsável por subsidiar a homenagem.

Para a cerimônia, a irmã do cacique, Glicéria, confeccionou um manto especial, que irá vesti-lo de toda a força da luta, da terra e dos pássaros. Fortalecendo-o com “toda a sabedoria e a energia da natureza, com esse olhar do tempo contemporâneo. A universidade está de parabéns e a gente agradece muito por esse reconhecimento da nossa luta. Kuekatu reté (muito obrigado)”.

Mesmo após tantos anos de liderança e luta, Cacique Babau continua a se considerar apenas mais um integrante da sua comunidade. Mas, o seu reconhecimento extrapola nações e representações, conforme explica Agnaldo Pataxó Hã Hãe, atual coordenador geral do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba).

“O Cacique Babau tem uma importância muito grande para o povo Tupinambá de modo geral, para o povo indígena da Bahia e do Brasil. Esse é um reconhecimento de valores dos nossos povos, de que nós estamos fazendo a resistência correta, a defesa da vida. É um divisor de águas, porque é a valorização da maneira de ver o mundo pela filosofia do bem viver”, registra Agnaldo.

A UNEB ao homenagear este líder, o faz para um povo inteiro, para os seus antepassados, para os antepassados do povo brasileiro. Iniciativa especialmente simbólica, enquanto o PL 490/2007 avança pelas casas legislativas.  Reitera-se, assim, o evidente direito indígena pela demarcação das suas terras. Este é um compromisso desta universidade com a democracia e a igualdade de condições e de direitos entre os povos.

Fotos: Acervo Pessoal/Cacique Babau, Escola Estadual Indígena Tupinamba Serra do Padeiro, Ascom/Conselho Indigenista Missionário, Cindi Rios/Ascom e Glicéria Tupinambá

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O Cacique Babau e a UNEB

Cerimônia de Outorga do Título de Doutor Honoris Causa:
UNEB concede título Doutor Honoris Causa ao Cacique Babau Tupinambá nesta quarta (30), 19h

Podcast “Fala, Balbúrdia!”:
Ciência da Resistência: a trajetória do Cacique Babau e a luta pelo direito à terra
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UNEB divulga nota de pesar pelo falecimento do ex-reitor Germano Tabacoff (UFBA)

 

 

 

 

 

 

 

A Universidade do Estado da Bahia lamenta profundamente o falecimento do professor Germano Tabacoff, ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ocorrido na manhã de hoje (28).

Natural de Salvador, nasceu em 29 de dezembro de 1931. Graduou-se em Odontologia pela UFBA em 1952, e foi livre-docente e professor titular da Faculdade de Odontologia da instituição de 1954 até a sua aposentadoria, em 1988.

Foi reitor interino da universidade federal no período de Macedo Costa (1979 a 1984) e logo após, entre os anos de 1984 e 1988, assumiu efetivamente o cargo

Em sua trajetória profissional figurou também como o primeiro presidente da Associação Brasileira de Odontologia – Seção Bahia (ABO-BA), em 1966, e como vereador da capital baiana por duas legislaturas. Atualmente, exercia a função de superintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão da Rede de Ensino FTC.

Neste momento de grande consternação e inestimável perda, manifestamos nossos sentimentos de pesar e solidariedade à sua família e amigos.

José Bites de Carvalho
Reitor da UNEB

Marcelo Duarte Dantas de Ávila
Vice-Reitor da UNEB

Imagem (home): Divulgação/UFBA