O Departamento de Educação (DEDC) do Campus XII da UNEB, em Guanambi, vai promover a XX Semana Acadêmica de Ensino, Pesquisa e Extensão, de 20 a 22 de outubro, na unidade.
O evento tem a finalidade de discutir e refletir o papel das redes de extensão, pesquisa e ensino nas diversas áreas do conhecimento para a construção, defesa e fortalecimento da universidade pública.
Os interessados em participar como ouvintes devem realizar inscrição no Sistema Gerenciador de Eventos (SGE) da universidade. A taxa varia entre R$ 10 e R$ 30, de acordo com perfil de cada participante: estudante de graduação e pós-graduação, docente da educação básica e superior, representantes de movimentos sociais e profissionais da saúde.
A semana acadêmica reserva em sua programação mesas-redondas, apresentações de trabalhos científicos, conferências, oficinas, minicursos e rodas de conversa. O evento vai contar ainda com feiras de economia solidária, espaço para as artes, mostra de ensino, pesquisa e extensão, atividades artístico-culturais, e lançamentos de livros.
Com o tema “Diversidade e Relações Inter Comunitárias”, foi aberto ontem (26) o XII Encontro Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária (ETBCES), no Teatro UNEB, no Campus I da universidade, em Salvador.
No primeiro dia, o evento reuniu membros da comunidade do bairro do Cabula e adjacências, estudantes, professores e servidores técnicos da instituição. Os presentes foram recepcionados pela apresentação de dança das Sambadeiras da Universidade Aberta à Terceira Idade (Uati).
A mesa de abertura foi presidida pela Reitora da UNEB, Adriana Marmori, que saudou os presentes e destacou a importância do Turismo de Base Comunitária (TBC) no contexto contemporâneo.
“Essa é uma temática discutida nacionalmente e internacionalmente, sobre como empoderar as pessoas a partir do seu lugar de produção, da cultura local e do seu lugar de interação com outros espaços. É uma área do conhecimento consolidada em nossa instituição e que a caracteriza como uma universidade popular. O conhecimento produzido pela UNEB dialoga com saberes de outros espaços através de projetos como o Turismo de Base Comunitária”, ressaltou a professora Adriana.
Também compuseram a mesa de abertura a pró-reitora de Extensão (Proex), Rosane Vieira, o diretor do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I, Flávio Dias, a coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do DCH, Maria de Fátima, a gestora da assessora especial de Cultura e Artes (Ascult), Nelma Arônia, e a coordenadora do Uati, Sônia Bamberg.
A coordenadora do evento, Francisca de Paula, participou do início das atividades e registrou os votos de boas-vindas aos participantes: “esse evento é para vocês, da comunidade do território do Cabula. Esses serão dias de criação de espaços de diálogo, de afeto e de acolhimento depois de tanto tempo confinados”, afirmou a professora.
A iniciativa ainda foi prestigiada pelo coordenador do Projeto Cidadão, Antônio Jorge do Nascimento, pela coordenadora da Operadora de Receptivo Popular AQC, Joanice Marques, e pela representante do Cultarte, Angelice Santos.
Extensão – a diversidade em ato
A programação seguiu com a conferência “Extensão Universitária – a diversidade em ato”, ministrada pela pró-reitora (Proex) Rosane Vieira. Ela apresentou um painel histórico das diferentes perspectivas acerca da extensão universitária, localizando a atuação da UNEB dentro de uma ação acadêmico-institucional, em que o conhecimento produzido pelas comunidades dos bairros e coletivos sociais são entendidos também como referência para os estudantes da universidade.
“A partir dessa perspectiva, o saber que é produzido na vida da comunidade busca problematizar o saber que é acumulado historicamente na universidade. Quando o conhecimento acadêmico se aproxima da comunidade, qualquer teoria acadêmica que seja abstrata se esvai, é quando o saber local, a realidade bagunçam a abstração. A problematização é algo que é esperado na extensão”, explicou a gestora.
Segundo a palestrante, a perspectiva acadêmico-institucional da extensão universitária vem sendo construída coletivamente desde a criação do Fórum de Pró-Reitores de Extensão, em 1987. O grupo é quem tem pautado no país a luta pela institucionalização, financiamento e universalização da extensão nas universidades públicas.
A pró-reitora destacou ainda a importância do protagonismo estudantil nas ações de extensão da universidade, que por meio da participação levam a ampliação da compreensão do próprio conceito de extensão universitária.
“O Turismo de Base Comunitária e a Uati são ótimos exemplos na extensão universitária da produção científica que envolve um entre-lugar: pois tem a cara da comunidade que participa e também da universidade. São saberes produzidos na academia com a comunidade”, afirmou a professora.
Programação do encontro
O XII Encontro Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária (ETBCES) congrega também a IX Mostra de Cultura e Produção Associada ao Turismo de Base Comunitária e a Economia Solidária e a VIII Feira de Meio Ambiente e Saúde.
A programação é aberta ao público e segue até o próximo sábado (1º). Serão realizadas rodas de conversa, oficinas, mesas temáticas e apresentações culturais. Para o encerramento, o ETBCES propõe um roteiro turístico alternativo.
O evento é uma iniciativa que tem como objetivo mobilizar e formar as comunidades de bairros populares nos quais a UNEB desenvolve ações de pesquisa, ensino e extensão para o turismo de base comunitária, para o cooperativismo e para os ecossocioempreendimentos de economia solidária.
O trabalho visa a organização em rede dos arranjos socioprodutivos locais, fortalecendo a cultura oriunda de povos indígenas, afro-brasileiras e africanas, cuja expressão é marcante na localidade do antigo quilombo Cabula.
O Grupo de Trabalho de Educação Física (Gtef), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UNEB, está com inscrições abertas, até o dia 5 de outubro, para a nova turma do curso de massoterapia com ênfase em estética modeladora.
Os interessados devem se inscrever na sede do Gtef, no Campus I da universidade, em Salvador, das 8h às 12h e das 14h às 18h. As aulas serão ministradas entre os dias 8 e 11 de outubro.
Informações: Gtef – cel. (71) 98724-0184 ou e-mail diltoncerqueira@hotmail.com.
O Núcleo de Pesquisa e Extensão (Nupe) do Campus Avançado de Lauro de Freitas da UNEB vai promover, entre amanhã (28) e quinta-feira (29), o I Seminário Apoio e Incentivo à Vida, a partir das 9h, na unidade.
O evento, aberto ao público, contará com a participação de especialistas de diferentes áreas para a promoção da qualidade de vida e saúde mental, bem como palestras e rodas de conversas como alternativas de incentivo para uma vida com protagonismo.
Os interessados em participar da iniciativa devem preencher ficha de inscrição. Os participantes receberão certificado.
Na manhã de hoje (26), foi aberto o XXVI Encontro da Regional Nordeste da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), no Centro Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (Cepaia) da UNEB, em Salvador.
O evento, aberto ao público, teve como tema “Internacionalização – A quarta missão da universidade: arranjos e desafios contemporâneos”.
A iniciativa visa contribuir para o ensino, a pesquisa e a extensão, sob perspectiva da cooperação internacional para promover ações que fomentem o progresso da ciência, da tecnologia e da inovação no Brasil, além de interação qualitativa com outros países.
Compuseram a mesa de abertura a reitora da UNEB, Adriana Marmori, o reitor da Universidade do Estadual de Feira de Santana (Uefs), Evandro Silva, o secretário especial de Relações Internacionais (Serint/UNEB), Elizeu Clementino, o presidente da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), Márcio Barbosa, a coordenadora da Regional Nordeste da Faubai, Eneida de Oliveira, e o vice-coordenador da Regional Nordeste da instituição, Igor Francisco.
“Eu penso que, no cenário atual do nosso país, estarmos aqui discutindo a política de internacionalização é um ato de resistência. Desejo que todas e todos aqui reunidos adentrem nas discussões sobre a internacionalização, e também possam afinar as estruturas das nossas universidades públicas para que tenhamos, de fato, uma internacionalização desejada, entre conexões e disposição para a possibilidade de um mundo melhor”, destacou a reitora Adriana Marmori.
Para o reitor Evandro Silva, a reunião permeia os efeitos da pandemia que atingiu toda a humanidade. “Nos expomos em situações inesperadas e desafiadoras, como a negação da tecnologia no processo de ensino-aprendizagem, em pesquisa e na pós-graduação. Foram vários eventos que nos trouxeram discussões para as novas perspectivas da internacionalização”, pontou o gestor.
Já o presidente da Faubai, Márcio Barbosa, salientou que “a instituição prima pela diversidade e reúne o maior número de instituições públicas e privadas. É uma diversidade que nos abre muitas portas não só no país, mas também no exterior“.
A coordenadora Eneida de Oliveira enfatizou a importância do encontro: “Minha expectativa é de que, neste evento, possamos pensar coletivamente a internacionalização do ensino superior como a quarta missão da universidade. Uma internacionalização protagonista de políticas públicas, como estratégia de alcance global necessária para o bem comum”.
Segundo o gestor da Serint, Elizeu Clementino, pensar as dimensões da internacionalização “é extremamente importante para compreendermos o lugar que as políticas e ações de internacionalização ocupam nas nossas universidades, em articulação com os princípios da pesquisa, do ensino e da extensão”.
Internacionalização como quarta missão
Na programação de abertura do evento, destacou- se também a conferência “Internacionalização – A quarta missão da universidade: arranjos e desafios contemporâneos”, proferida pelo professor Naomar Almeida, ex-reitor das Universidades Federais da Bahia (Ufba) e do Recôncavo Baiano (Ufrb).
“As universidades brasileiras são constituídas com base em faculdades. Essa reforma foi implantada pela Revolução Francesa. A universidade que se baseia em faculdades tem como missão a formação de profissões. A partir do século XX, as instituições passam a ter uma missão social, que nós chamamos de extensão. A quarta missão da universidade é originária e, sem ela, as outras missões (ensino, pesquisa e extensão) teriam dificuldade para a instituição receber o nome de universidade”, frisou o Naomar, reforçando a importância da internacionalização das universidades brasileiras.
Ainda de acordo com o ex-reitor, o problema da internacionalização das universidades brasileiras encontra-se “no modelo curricular da graduação, que foi implantado na reforma de 1968. É um regime que tem parentesco com outras universidades latino-americanas e é incompatível com o modelo americano”, analisou.
O primeiro dia do encontro oportunizou a apresentação artística da dupla Dilton e Bira, que apresentou o ritmo afrojazz. O evento segue até esta terça-feira (27) com conferência, mesas-redondas e reunião dos assessores da Faubai Regional Nordeste.
O encontro da Regional Nordeste da Associação Brasileira de Educação Internacional é organizado pela UNEB em parceria com a Uefs e a Universidade de Pernambuco (UPE).
Com o tema “Diversidade e Relações Inter Comunitárias”, a iniciativa tem como objetivo mobilizar e formar as comunidades de bairros populares nos quais a UNEB desenvolve ações de pesquisa, ensino e extensão para o turismo de base comunitária, para o cooperativismo e para os ecossocioempreendimentos de economia solidária.
O trabalho visa a organização em rede dos arranjos socioprodutivos locais, fortalecendo a cultura oriunda de povos indígenas, afro-brasileiras e africanas, cuja expressão é marcante na localidade do antigo quilombo Cabula.
O evento congrega também a IX Mostra de Cultura e Produção Associada ao Turismo de Base Comunitária e a Economia Solidária e a VIII Feira de Meio Ambiente e Saúde. A programação é aberta ao público e segue até o próximo sábado (1º). Serão realizadas rodas de conversa, oficinas, mesas temáticas e apresentações culturais. Para o encerramento, o ETBCES propõe um roteiro turístico alternativo.
De acordo com a coordenadora do evento, professora Francisca de Paula, a realização neste mês reúne propósitos significativos: “contemplou-se o sentido e significado do Setembro Amarelo, proporcionando oportunidades de mais atenção e cuidados uns com os outros. Outro fator igualmente relevante é o período inicial do segundo semestre com aulas presenciais, propiciando a participação de discentes e docentes e das comunidades do Quilombo Cabula e outras”.
A Pró-Reitoria de Administração (Proad) da UNEB informa que, em função de um vazamento de água, próximo à editora da universidade (EdUNEB), no Campus I, em Salvador, o fluxo de veículos no local terá que ser alterado, na próxima segunda-feira (26).
A iniciativa reserva em sua programação conferências, mesa-redondas, lançamentos de livros, mosaicos de teses e comunicações orais. Destaque para a participação de pesquisadores internacionais Denise Jodelet (França), Risa Parmanadeli (Indonésia), Ivana Marková (Inglaterra), Jacqueline Priego (Inglaterra).
O evento também contará com a colaboração de parceiros nacionais: Adelina de Oliveira Novaes (CIERS/FCC), Larissa Ornellas (UNEB), Natanael Reis Bomfim (UNEB), Sandra Ferreira (UNICID/CIERS-ed), Ivanilde Apoluceno (UEPA), Ivani Pinto (UFPA), Marcelo Silva de Souza Ribeiro (Univasf), Carla verônica A. Almeida (UNILAB), e Suzzana Alice Lima Almeida (UNEB).
A iniciativa conta com apoio do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Representações, Educação e Sociedades Sustentáveis (Gipres), vinculado ao PPGEduC da universidade.
Tema do encontro destaca a “Educação do Campo e Agroecologia – Lutas, Resistências e Emancipação Humana”.
“Romper as cercas da ignorância, que produz a intolerância. Terra é de quem plantar”.
Sob os versos da “Canção da Terra” de Pedro Munhoz, interpretada pela dupla artística Tobias e Gabriel, acompanhada pelo músico Raomi, foi aberto ontem (22) o III Encontro Baiano de Educação do Campo (Ebec).
O evento foi marcado pela defesa da educação do campo
O evento, realizado pelo Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Paulo Freire (CAECDT) e do Grupo de Pesquisa Educação do Campo, Trabalho, Contra-hegemonia e Emancipação Humana (Gepec), ambos da UNEB, segue com extensa programação até este sábado (24), no Teatro da universidade, no Campus I, em Salvador. O tema do encontro destaca a “Educação do Campo e Agroecologia – Lutas, Resistências e Emancipação Humana”.
“Realizar o Ebec foi um desafio que nós nos colocamos, principalmente, no cenário em que nosso país está vivendo. Neste terceiro encontro, gostaríamos de dizer que o Coletivo de Educação do Campo da UNEB se coloca em um projeto de vida e de esperança. Nosso evento é fruto de muito esforço, de colocação acadêmica, científica, mas, também política. Nós viemos para demarcar espaço”, destacou a representante da comissão organizadora do evento, professora Luzeni Carvalho.
Na abertura do evento, estiveram presentes estudantes, pesquisadores, gestores da universidade e representantes dos movimentos populares. O encontro contou também com a participação da reitora da instituição, Adriana Marmori, da vice-reitora, Dayse Lago, e da coordenadora de Educação do Campo e Quilombola da Secretaria da Educação (SEC), Poliana Reis.
Adriana Marmori: “A UNEB evoluiu muito na dimensão da política da educação do campo”
“Hoje a nossa universidade evoluiu muito na dimensão da política da educação do campo. Essa rede de hoje, que se consolidou com outras pessoas que fazem parte da discussão da educação do campo, se firmou a partir das discussões sobre o Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária). E cada curso que era registrado no programa vinha de uma relação dialógica com os movimentos sociais, desde o currículo à forma, que o caracterizou, deu corpo e hoje temos a nossa pedagogia da alternância, perpassando pela educação do campo. Fica a semente plantada e que dê bons frutos”, ressaltou professora Adriana.
Para a vice-reitora, Dayse Lago, a presença dos camponeses na universidade é oportunidade de aprendizado: “As ações desenvolvidas pelas pessoas que pensam a educação do campo junto com os movimentos sociais têm inspirado outros grupos e centros de pesquisa da nossa instituição, e isso tem modificado nossos currículos, nossas relações, e nossos sistemas de adequação pedagógica”.
Dayse Lago: “As ações desenvolvidas pelas pessoas que pensam a educação do campo inspiram”
Coordenadora de Educação do Campo e Quilombola da Secretaria da Educação (SEC), Poliana Reis parabenizou o CAECDT e o Gepec por reunir pessoas tão importantes da educação do campo. “Eu tenho certeza que o saldo da construção deste espaço será o avanço em nosso projeto de campo, de educação, e de sociedade. A política pública da educação do campo e da agroecologia se faz com seus principais protagonistas e em ação coletiva”, frisou a gestora.
Luta pela educação do campo
Líderes de movimentos sociais em defesa pela terra e estudantes participaram da iniciativa
Além da presença, especialmente, de estudantes do curso de bacharelado em Agroecologia e de especialização em Educação do Campo da UNEB, estiveram também presentes líderes de movimentos sociais em defesa pela terra.
“É emocionante nos reunirmos e debatermos propostas para a educação do campo e a agroecologia. Nós que temos a vivência do campo, sabemos o quão importante é defendermos a pauta, principalmente em tempos que estamos vivendo. Precisamos unificar cada vez mais as nossas lutas, as nossas pautas, e construir, de fato, uma educação do campo com agroecologia que consiga fazer romper com a cerca do latifúndio”, salientou a representante do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), Jasian dos Santos.
Pablo Montalvão: “Necessidade de fortalecer a esperança na luta pela educação do campo”
Como representante do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Pablo Henrique Montalvão lembrou da necessidade da luta pelo fortalecimento da educação do campo. “Neste momento temos a necessidade de fortalecer e reencontrar dentro da gente a esperança na luta pela educação do campo, mas também pela democracia, pelo povo, pela vida e pela soberania nacional”, defendeu.
Na mesma linha, o representante do corpo discente do curso de especialização em Educação do Campo da UNEB, Jagner Teles afirmou:“Falar de educação do campo, é falar de inclusão, é falar de esperançar, é falar de vida. Viva a agroecologia do campo! Viva educação do campo! Viva a justiça social”.
Representando o corpo discente do curso de bacharelado em Agroecologia da UNEB, o estudante Braulino Santiago frisou que o encontro “impulsiona e abre possibilidades de construir propostas para a educação do campo e, assim, fazer incluir pessoas menos favorecidas e as comunidades tradicionais”.
Compromisso da UNEB com a educação do campo
Domingos Trindade: “Compromissos do CAECDT e da UNEB em levar educação para a classe trabalhadora”
A terceira edição do encontro oportunizou destacar as ações que vêm sendo realizadas pelo Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Paulo Freire (CAECDT) da universidade, que foram divulgadas pelo representante, Domingos Trindade.
“Quero destacar que hoje nosso centro acadêmico conta duas turmas do curso de bacharelado em Agroecologia, dez turmas de especialização em Educação do Campo. Estamos também desenvolvendo a pesquisa diagnóstico da educação do campo. São ações do CAECDT e do compromisso da universidade em levar educação para a classe trabalhadora”, evidenciou o docente.
Em sua fala, a integrante do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) Jasian dos Santos agradeceu a UNEB pela parceria em levar educação aos trabalhadores do campo.
“Eu gostaria de agradecer o desafio que a UNEB topou e assumiu junto ao Movimento Sem Terra e à Secretaria da Educação de alfabetizar mais de 4,5 mil camponeses através do Método ‘Sim, eu posso!’. Esse é um desafio revolucionário que a universidade topou assumir de pronto conosco. Vamos juntos nessa caminhada fazer um grande processo revolucionário de educação”, considerou a representante.
Cenário político e econômico do Brasil e da América Latina
Evento contou com a conferência do pesquisador José Jonas Duarte da Costa (UFPB)
Ainda no primeiro dia de programação, o evento contou com a conferência “Análise de Conjuntura: Cenário político, econômico, sociocultural e as projeções para o Brasil e América Latina”, proferida pelo professor José Jonas Duarte da Costa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mediada pela pró-reitora de Extensão (Proex) da UNEB, Rosane Vieira.
O conferencista avaliou que a sociedade global atualmente vive um momento de transição radical em suas estruturas: “a ordem econômica, político e social, que emergiu na Segunda Guerra Mundial e tornou o Estados Unidos uma grande potência, ao meu ver, está se desmontando. Com o fim da União Soviética, nasce o globalização liberal que, por consequência, produziu a China economicamente. Nesse processo de globalização de transferência de mão-de-obra barata no mundo, a China absorveu grande parte das grandes indústrias e se transformou a oficina do mundo”.
O palestrante frisou ainda que nasce no mundo a multipolaridade econômica e, como consequência, as expressões de crises políticas. “Em nenhum momento da história do mundo, as transições políticas ocorreram de forma pacífica. Nasce um novo mundo multipolar, e nesse novo mundo nasce as crises políticas. As crises econômicas explodem politicamente, vinculados às visões extremas. Nesse momento os extremos se fortalecem, está aí o exemplo do crescimento da extrema direita no mundo”, contextualizou o conferencista.
O evento segue até este sábado (24), e reserva ainda mesas temáticas, rodas de conversas, apresentação de trabalhos e atividades culturais, além de uma Feira Agroecológica, montada em frente ao Teatro UNEB.
Agora titular da cadeira 34, o pesquisador registrou a importância das vivências coletivas e da celebração compartilhada
Em cerimônia na tarde de ontem (23), o professor Manoel Neto, coordenador do Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC) da UNEB, tomou posse como titular acadêmico da Academia Brasileira de Letras, Artes e Cangaço (ABLAC).
O evento foi realizado na sede do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), no bairro de Nazaré, em Salvador, e contou com a participação da reitora da UNEB, Adriana Marmori, de gestores, pesquisadores, lideranças populares, familiares e amigos.
Membros da ABLAC, gestores e representações participaram da solenidade de posse
Agora titular da cadeira 34, cujo patrono é o intelectual e escritor cearense Raimundo Girão, o professor Manoel registrou a importância das vivências coletivas e da celebração compartilhada: “nessa vida ninguém faz nada sozinho”.
“Esse é um reconhecimento muito especial, uma oportunidade de compartilhar com a universidade, com os colegas e amigos os frutos do nosso trabalho pela história e memória do nosso estado”, declarou o pesquisador.
Ele avalia que este é um momento feliz, de muito trabalho pela frente em defesa da universidade pública, gratuita e democrática. “A nossa chegada é um divisor de águas, já que a UNEB, por meio do Campus de Euclides da Cunha, do Campus Avançado de Canudos e de toda a sua capilaridade no semiárido baiano”, destacou Manoel Neto.
A reitora da UNEB parabenizou o pesquisador e celebrou o reconhecimento conquistado: “uma honra participar desta posse. A trajetória de trabalho do professor Manoel Neto, sua produção científica e literária foram merecidamente reconhecidas nesta solenidade. Parabéns, professor, por sua história. E gratidão pela dedicação ao Ceec”.
A ABLAC congrega escritores, pesquisadores, estudiosos, artistas e intelectuais de vários estados brasileiros, que realizam pesquisas sobre a saga cangaceira, como também, abordam em seus trabalhos a história, a cultura, o folclore e memória popular do Nordeste brasileiro.