O evento será sediado no auditório da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, situado no campus do Cabula, em Salvador. A iniciativa terá como tema “Mudanças climáticas e ambiental: instrumentos de redução e enfrentamento em defesa da vida na Terra”.
O fórum terá como objetivo promover discussões sobre mudanças climáticas e ambientais como consequência de processos antropogênicos, tendo como prioridade a divulgação e popularização de conhecimentos científicos e tradicionais que poderão contribuir na elaboração e desenvolvimento de políticas públicas que auxiliem na sua redução e/ou solução, bem como no seu enfrentamento, por parte da população.
Os interessados em submeter trabalhos e resumos (ver regras) devem enviá-los para o e-mail cientifica.fiucch2024@gmail.com, até o dia 20 de setembro, para garantir acesso ao evento. Os ouvintes que desejam participar devem preencher formulário online, até o dia 2 de outubro. A taxa de inscrição varia entre R$20 e R$30.
A programação terá mesa de abertura, conferências, mesas de discussão e apresentação de trabalhos.
O FIUCCH é um evento oriundo do Acordo de Cooperação Internacional firmado entre a UNEB e a Casa Comum da Humanidade (CCH) de Portugal.
Salvador foi palco da 9ª edição do Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (Enlesbi-BA), realizado entre os dias 13 e 15 setembro. Consolidado como um espaço para o fortalecimento das lutas e conquistas das mulheres lésbicas e bissexuais, o evento reuniu participantes de diferentes regiões do estado e do Brasil, fomentando discussões sobre direitos, visibilidade e políticas públicas.
Organizado em parceria com movimentos sociais, como a Liga Brasileira de Lésbicas e Mulheres Bissexuais (LBL), e a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), o evento destacou a importância de amplificar a representatividade e as vozes das mulheres lésbicas e bissexuais em todos os âmbitos da sociedade.
Na manhã de sábado (14), a roda de conversa intitulada “Pensando a Construção de Redes Formais e Movimentos Sociais de Enfrentamento às Violências contra Lésbicas e Mulheres Bissexuais” contou com a participação de Rosane Vieira, pró-reitora de Extensão (Proex) da UNEB, e da professora Amélia Maraux.
“Ao apoiar eventos como o Enlesbi, estamos investindo recursos para que o movimento lésbico possa se articular de forma efetiva, construindo e avaliando políticas públicas que defendam as questões LGBTQIAPN+”, disse Rosane. Segundo a gestora, esse apoio não só fortalece o movimento lésbico, mas também enriquece a comunidade acadêmica da UNEB, permitindo que estudantes, docentes e técnicos que não têm acesso a essas discussões possam se informar, se tornar pessoas aliadas ou reconhecer sua própria conexão com a comunidade. “A extensão universitária, assim, cumpre seu papel fundamental ao facilitar a articulação e o engajamento com temas de relevância social, promovendo uma transformação significativa tanto na universidade quanto na sociedade”, frisou.
Desde a sua criação, em 2013, o Enlesbi se destaca como o único encontro estadual voltado exclusivamente para lésbicas e mulheres bissexuais na Bahia. Amélia Maraux, docente da UNEB no Campus XIV, em Conceição do Coité, e uma das organizadoras do evento, ressaltou a importância histórica do encontro na articulação entre universidade e movimento social. “O projeto se consolidou como uma ação que articula o movimento social como produtor de conhecimento. A UNEB tem sido parceira desde a primeira edição e mantém seu compromisso com a pauta LESBI, que envolve visibilidade, ações afirmativas e o enfrentamento à lesbofobia”, afirmou, destacando como o Enlesbi serve como um exemplo concreto de como a universidade pode atuar na produção de conhecimento crítico e transformador.
Outras vozes presentes também trouxeram reflexões importantes. Bárbara Rabelo, discente do Campus XXIV da UNEB, em Xique-Xique, enfatizou o impacto da troca de experiências no evento: “A diversidade e os desafios discutidos proporcionaram não apenas aprendizado, mas também um sentimento de pertencimento, algo que muitas vezes falta nos espaços tradicionais”, afirmou. Para Bárbara, o Enlesbi proporcionou um espaço seguro e de acolhimento, algo essencial para o fortalecimento das identidades lésbicas e bissexuais.
Ocupar espaços
A exposição de colagens de fotografias da artista e catarinense, Guilhermina Cunha, foi uma das manifestações artísticas do evento. Guilhermina apresentou uma série de recortes e colagens que documentam a presença e as vivências de mulheres lésbicas e bissexuais nos movimentos sociais. “A intenção é mostrar os lugares onde estão as lésbicas, onde estão as mulheres bissexuais, onde estamos em todos os momentos”, explicou. Guilhermina destacou que, desde a primeira edição do Enlesbi, em 2013, tem participado ativamente do evento, enfatizando que a iniciativa é um meio para dissolver estigmas através do afeto e do debate por mais democracia e direitos humanos.
Representantes de 11 campi da UNEB estiveram presentes no evento. O Campus XXIV, em Xique-Xique, esteve representado por estudantes do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, bem como pelo coletivo Acordar, movimento social LGBTQIAPN+ da cidade. Aigara Miranda, diretora do campus, mulher negra e lésbica, destacou a importância de ocupar espaços de poder e decisão. “Acredito que é fundamental levantarmos as bandeiras da inclusão e transformarmos as vidas que estão em formação dentro da universidade”, salientou. A docente concluiu: “Enquanto pessoa, professora e gestora, é nosso papel trabalhar essa temática em todos os espaços da universidade, e mostrar a importância da nossa inclusão”.
O encontro contou com a participação de Luciara de Freitas, do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes (Gami-RN), movimento social do Rio Grande do Norte dedicado às mulheres lésbicas. Luciara, que se apresentou como uma mulher negra e bissexual, trouxe perspectiva sobre a importância de ocupar espaços e formar redes de apoio mútuo. Em sua fala, ela abordou a necessidade de visibilidade e reconhecimento dentro dos movimentos sociais. “Estamos aqui para desmistificar e trazer à tona questões de gênero e sexualidade que frequentemente são tratadas de maneira tímida. O Enlesbi é uma plataforma para afirmar a presença e as contribuições das mulheres lésbicas e bissexuais, assim como de outros corpos divergentes, em todos os setores”, ressaltou.
A troca de experiências e a diversidade de vivências entre as participantes foi um dos grandes diferenciais do evento. Letícia Santos França, estudante do IFBA, mulher lésbica preta e quilombola, destacou a importância de ampliar as discussões políticas e de gênero em espaços como oportunizado no encontro. “Eu cheguei cheia de expectativas para o Enlesbi, é a primeira vez que estou participando, e com as poucas conversas que já tivemos, eu já consegui enxergar as coisas de uma forma totalmente diferente”, disse Letícia, reforçando que o evento contribuiu para sua própria forma de “reexistir” e trazer essa luta para outros espaços, como seu campus e além.
O Enlesbi contou com a contribuição de Erica Capinam, da Liga Brasileira de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, que também participou da organização do encontro. Erica compartilhou que o evento é, antes de tudo, um espaço vital para a formação política e a resistência contínua. “Nosso maior desafio ainda é garantir o financiamento contínuo para que possamos ampliar o alcance do evento e aumentar o número de mulheres participantes”, asseverou Erica.
A 9ª edição do Enlesbi-BA consolidou o papel fundamental da universidade e dos movimentos sociais na promoção dos direitos e da visibilidade das mulheres lésbicas e bissexuais. Além disso, o ENLESBI-BA serve como um importante ponto de articulação para a recém-criada Rede LGBTQIAPN+ da UNEB, apoiando a inclusão e a conexão entre diversos segmentos da comunidade e reforçando o papel da universidade na promoção de direitos e igualdade.
Texto e fotos: Rozin Daltro/Ascom, com supervisão de Danilo Cordeiro/Ascom
Em continuidade à escuta e ao diálogo com a comunidade acadêmica e comunidade externa, a UNEB realizará novas Audiências Públicas sobre Culturas, Artes e Movimentos Democráticos na Extensão Universitária, nos campi de Ipiaú e Alagoinhas.
No dia 18 de setembro, os diálogos serão realizados no Campus XXI, em Ipiaú. Já no dias 24 e 25 do mesmo mês, as escutas serão realizadas no Campus II da Universidade, em Alagoinhas.
A programação nos dois locais inclui abertura artística local, seguida de conversas abertas sobre a dinâmica da territorialização das políticas extensionistas em culturas, artes e movimentos democráticos. As audiências também promovem Grupos de Trabalho (GTs) temáticos, que se organizam conforme as realidades locais, abordando áreas como Cultura, Direitos Humanos, Meio Ambiente e Saúde.
As audiências são realizadas a partir da parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), Assessoria Especial de Cultura e Artes (Ascult), Gabinete da Reitoria – Assessoria Especial Territorial (ASSESPT), direções de Departamentos, coordenações dos Núcleos de Pesquisa e Extensão (Nupe) e das Assessorias Territoriais da UNEB.
Nesta rodada, as audiências contam com o apoio dos Departamentos e dos Núcleos de Pesquisa e Extensão dos campi de Ipiaú e Alagoinhas, que contribuíram na mobilização dos diversos movimentos sociais que atuam nos Territórios de Identidade do Litoral Norte e Agreste Baiano e no Médio Rio de Contas, fortalecendo o engajamento e comprometimento da comunidade.
Além de mobilizar a comunidade acadêmica e externa, as Audiências também busca fortalecer o Programa de Arte e Cultura (Proarte) instituído na Universidade e de outros programas estratégicos, ao mesmo tempo que contribui para a criação de novas alianças e políticas extensionistas que atendam às especificidades de cada território.
Será lançado nesta terça-feira (17), às 16h, o documentário “O Caso Pizzolato: Por uma Questão de Justiça”, no Teatro da UNEB, no Campus I, em Salvador.
De autoria do cineasta Silvio Tender, o filme será apresentado no evento seguido do debate sobre o lawfare e o uso da justiça como instrumento de perseguição política.
Estarão presentes o personagem do longa e sindicalista, Henrique Pizzolato, e a coordenadora da Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia, Hadassa Freire. O cineasta Silvio Tendler participará do lançamento de forma online.
Silvio Tendler iniciou sua trajetória no cinema através do Movimento Cineclubista, em meados dos anos sessenta.
É conhecido como “o cineasta dos vencidos” ou “o cineasta dos sonhos interrompidos” por abordar em seus filmes personalidades como os então presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek e o político baiano Carlos Marighella.
Tendler é também fundador da Caliban Produções, produtora direcionada para biografias históricas de cunho social. Sua trajetória revela décadas de pesquisas que deram origem a seu acervo particular de imagens, com mais de 80 mil títulos sobre a História do Brasil e do Mundo dos últimos 60 anos, sendo, possivelmente, o maior do gênero existente no Brasil.
O evento é realizado em parceria com o Núcleo de Estudos da América Latina (Neal) da UNEB, a produtora Caliban Produções, e o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras da Bahia (Sindipetro).
Evento reuniu empresários, pesquisadores, representantes de instituições públicas
O Campus III da UNEB, em Juazeiro, foi palco do Finep Day, evento de alcance nacional voltado à apresentação de oportunidades de financiamento em Ciência, Tecnologia e Inovação.
O encontro, realizado na última quinta-feira (12), reuniu cerca de 230 pessoas, entre empresários, pesquisadores, representantes de instituições públicas e demais atores da sociedade para discutir e explorar formas de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e econômico da região. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi a responsável pela realização do evento.
Adriana (esq.): “A universidade é um espaço profícuo de desenvolvimento da ciência”
Em sua primeira edição em Juazeiro, o Finep Day ofereceu aos participantes uma visão abrangente sobre financiamentos voltados para empresas de diferentes portes, com foco nos programas INOVACRED e Tecnova III BA. Durante o evento, foram discutidas as perspectivas e possibilidades de inovação tecnológica, destacando a importância de parcerias entre universidades e empresas.
A mesa de abertura, por mediação tecnológica, contou com a participação da reitora da UNEB, Adriana Marmori, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), André Joazeiro, a assessora de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Julieta Palmeira, e o assessor de inovação e tecnologia da Bahiagás, Magno Bernardo.
“É uma honra acolhê-los no Finep Day na UNEB do Campus de Juazeiro. Nesse processo tão importante de aglutinação de pessoas e diferentes setores para pensarmos as tecnologias, a inovação e o desenvolvimento do nosso país com a nova Política Nacional de Industrialização. A universidade é um espaço profícuo de desenvolvimento da ciência. E nada melhor nesse processo do que fazermos uma grande coalizão junto com a comunidade local, indústria e comércio na dimensão de fazer acontecer a política nacional. Espero que seja um momento de muitos debates e de muitos encontros e que possamos fortalecer as parcerias e captar os recursos necessários para o desenvolvimento da sociedade baiana e do nosso Nordeste, que tanto carece nas pesquisas de desenvolvimento tecnológico, de inovação e de sustentabilidade ambiental”, destacou a reitora.
André: “Momento relevante de integração do setor produtivo com a academia para desenvolver ciência”
O secretário da Secti, André Joazeiro, destacou a importância do evento para o desenvolvimento do estado. “Esta é a quarta edição do Finep Day que acontece na Bahia. É um momento relevante de integração do setor produtivo com a academia para possibilitarmos o desenvolvimento das pesquisas realizadas no estado, fortalecendo nossa indústria e nossa academia para que possamos ser competitivos nacionalmente e internacionalmente”, frisou.
A assessora de Inovação da Finep, Julieta Palmeira, destacou a relevância do evento para o impulsionamento do financiamento da inovação. “A Finep é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e está realizando eventos como este em quase 100 municípios, no sentido de impulsionar a inovação no nosso país e fazer chegar ao Nordeste o desenvolvimento brasileiro com o financiamento da inovação”, salientou.
Presencialmente a mesa foi composta por Marcus Verhine, Gerente Executivo de Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Suely Messeder, coordenadora da Agência UNEB de Inovação (AUI) e as diretoras dos departamentos do Campus III, Andréa Cristiana Santos (DCH) e Gertrudes Macario (DTCS).
Desmitificar o conceito de inovação
A importância de desmistificar o conceito de inovação para as pequenas empresas também foi tema do evento, como destacou Marcus Verhine, gerente executivo de desenvolvimento industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). “Muitas empresas menores acham que a inovação é algo inalcançável, mas pode estar nos pequenos processos, em novos métodos de produção. As linhas de financiamento do Finep são muito atrativas e podem ser o caminho para que as empresas avancem sem altos custos”, explicou.
Evento destacou importância de desmitificar o conceito de inovação
Para os empresários locais, o Finep Day se mostrou uma oportunidade de aprendizado e acesso a informações estratégicas. Eugênio Marques, empresário da região, pontuou que muitos empreendedores desconhecem as alternativas de financiamento disponíveis. “Esse evento nos permitiu entender como podemos acessar essas linhas de crédito e participar do ecossistema de inovação de maneira mais eficaz”, afirmou.
A parceria entre universidades, governo e o setor privado foi destacada por Suely Messeder, gestora do termo de cooperação técnica entre o Ministério Público e a UNEB. “É essencial construirmos um ecossistema que envolve não apenas a universidade, mas também a indústria, o governo e a sociedade civil. Precisamos pensar em um desenvolvimento sustentável, que não seja baseado em um capitalismo extrativista, mas que atenda às demandas reais da sociedade”, disse.
Iniciativa aproximou a Universidade de um ecossistema de inovação, especial o campo das startups
Para Andréa Cristiana Santos, diretora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) da UNEB em Juazeiro, o evento representou um marco para a Universidade e para a cidade. “Aproximar a universidade de um ecossistema de inovação, especialmente o campo das startups, é essencial. Isso fortalece o ambiente de pesquisa e nos ajuda a atender às demandas da sociedade, seja no setor agropecuário, na indústria ou na economia solidária. O evento nos coloca em uma posição central para promover um desenvolvimento mais justo e que beneficie toda a comunidade”, destacou.
Texto: Glícia Barbosa, do Núcleo de Comunicação do Campus III, com edição da Ascom
Imagens: Núcleo de Comunicação do Campus III e prints do TV UNEB, YouTube
Com transmissão pela TV UNEB, sessão de abertura foi prestigiada por gestores da universidade.
Os impactos da cultura digital e da inteligência artificial (IA) no campo educacional foi tema central do VII Seminário Internacional do ForTEC, realizado de quarta a sexta-feira (11 a 13) no Campus I da UNEB, em Salvador.
Promovido pelo grupo de pesquisa Formação, Tecnologias, Educação a Distância e Currículo (ForTEC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC) da UNEB, o evento teve sua programação concentrada no teatro da universidade e em auditórios de departamentos do campus, reunindo pesquisadores, docentes, discentes e gestores da UNEB e de instituições de educação superior da Bahia e de outros estados do país e estrangeiras.
A sessão inaugural do seminário, dia 13, no teatro, foi transmitida ao vivo pelo canal da TV UNEB no YouTube. Após apresentação musical do professor da universidade Sílvio Carvalho, a mesa de abertura foi composta pela pró-reitora de Graduação (Prograd), Gabriela Pimentel – que representou a reitora Adriana Marmori –, pelo pró-reitor de Pós-Graduação (PPG), Elizeu Clementino, pelo coordenador do PPGEduC, Emanuel Nonato, líder do ForTEC, e pela diretora substituta do Departamento de Educação (DEDC) do campus, Janeide Medrado, com participação ainda do docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) Gidevaldo Novais, que integra o grupo de pesquisa.
Gabriela Pimentel (ladeada por Elizeu Clementino e Emanuel Nonato) destacou o apoio da Reitoria.
A pró-reitora Gabriela Pimentel, ao dar as boas-vindas aos participantes e parabenizar a organização do seminário, expressou os votos da reitora Adriana Marmori de que o evento seja coroado de pleno êxito acadêmico.
“A Reitoria não mede esforços para apoiar e trazer a pesquisa e a produção científica para as discussões nesta universidade. Agregamos hoje mais de 170 cursos de graduação e mais de 30 programas de pós-graduação, transitando em todas as áreas do conhecimento. É muito importante, portanto, trazer o tema da cultura digital para discussão dentro desta instituição, e esperamos que essa discussão seja espelhada em todos os espaços da UNEB”, destacou Gabriela Pimentel.
Em sua fala, o pró-reitor Elizeu Clementino (PPG) saudou os estudantes de graduação e professores da educação básica e os pesquisadores de universidades de Portugal e Espanha presentes.
“O ForTEC tem se constituído como espaço de redes e de rizomas. E a temática deste ano se inscreve nos impactos que temos vividos contemporaneamente – impactos das inteligências artificiais (IAs) e de programas como o ChatGPT na nossa vida cotidiana e acadêmica”, disse Elizeu Clementino, alertando que “precisamos aprender a conviver com essas novas tecnologias, mas também precisamos fazer um outro movimento: o de construir culturas humanas saudáveis para conviver com as disposições tecnológicas, e o ForTEC vem contribuindo significativamente com esse movimento nos contextos local, regional, nacional e internacional”.
Colonização da atenção
Na sessão inaugural, o coordenador do PPGEduC e líder do grupo de pesquisa, Emanuel Nonato, ao agradecer aos parceiros e apoiadores do evento, salientou que “é uma alegria manter, já em sua sétima edição, esse espaço de interlocução sobre educação e tecnologia“: “Espero que esse seminário possa fazer de todos nós pesquisadores mais aptos aos desafios que esse campo nos apresenta neste quadrante do século XXI”.
Com mediação de Emanuel Nonato, o pesquisador e professor da Universidade de Málaga (UMA), da Espanha, Ángel Gómez proferiu a conferência de abertura “Educar la atención en la era digital“.
O conferencista iniciou afirmando (em tradução livre do espanhol) que “quero compartilhar minhas perplexidades, nos últimos anos, pela situação especial que estamos vivendo para o bem e para o mal”.
Ángel Gómez (UMA): deteriorização do desenvolvimento cognitivo e emocional pelas novas tecnologias.
“Nos últimos 25 anos, vimos avançar a internet, os celulares inteligentes, as plataformas e redes sociais, sem refletirmos e trabalharmos o suficiente para oferecermos oportunidades pedagógicas de utilização dessas novas tecnologias. Com essas tecnologias vemos incríveis oportunidades de interação, imaginação e de solução de problemas e criatividade. Mas ao mesmo tempo, elas produzem a deterioração do desenvolvimento cognitivo e emocional de crianças e jovens, principalmente em fase de formação, que utilizam massivamente essas tecnologias e a IA”, enfatizou Ángel Gómez.
Segundo o docente espanhol, sobre os problemas da atenção na cultura digital, “estamos vivendo uma colonização da atenção de nossas crianças e jovens por parte das redes sociais”.
Esta edição do ForTEC – evento bienal criado em 2014 – contou com a parceria da Unidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead) da UNEB e a colaboração do grupo de pesquisa na Universidade do Sudoeste da Bahia (Uesb).
A UNEB, por meio do projeto de extensão “Florestópolis”, convida toda a comunidade acadêmica da Universidade a participar da criação de áreas de cultivo sintrópico.
A iniciativa, que será realizada beste mês, tem como objetivo transformar espaços em florestas que promovem a produção sustentável e a regeneração do solo.
Podem participar da ação estudantes, professores e especialistas em agroecologia e agroflorestal, além da comunidade externa.
As ações ocorrerão em áreas localizadas no Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus I da Universidade e no Colégio Estadual Deputado Luís Eduardo Magalhães (CEDLEM), localizado no bairro do Arenoso, em Salvador.
Veja programação completa:
16/09 – 08:00: Preparação do solo (DCH-I, UNEB) 17/09 – 08:00: Adubação verde (DCH-I, UNEB) 19/09 – 07:30: Plantio no CEDLEM 20/09 – 07:00: Plantio na UNEB DCH-I 21/09 – 07:00: Plantio na UNEB DCH-I
Discentes conquistaram o primeiro e terceiro lugares na categoria Jornalismo Universitário do prêmio
Estudantes do curso de Jornalismo dos campi da UNEB, em Seabra e Juazeiro, foram agraciados com a etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo, na categoria Jornalismo Universitário.
Estudantes de Seabra comemoraram a conquista do prêmio
A cerimônia foi realizada na última terça-feira (10), em Salvador, durante o 1º Encontro Baiano de Comunicadores, evento organizado entre o Sebrae e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
A série de reportagens intitulada “Agricultura familiar e afro- vivências: memórias de quilombos da Chapada Diamantina”, produzida pelos discentes do campus de Seabra, conquistou o primeiro lugar.
A série foi produzida na disciplina Telejornalismo II pelos estudantes Ana Novaes, Ana Paula Oliveira, Taciere Santana, Magno Novais, Taisla Cintra, com edição de Iago Aquino e orientação da professora Juliana Almeida.
“Esta premiação ratificou aquilo que nós tanto queríamos que era dar visibilidade às comunidades. O pessoal vibrou com a gente porque é um trabalho coletivo, não é só da universidade, mas das comunidades também que abraçaram nossas ideias”, destacou a graduanda, Taciere Santana.
A docente, Juliana Almeida, também assegurou prêmio, em SE
Ana Novaes, ressaltou o reconhecimento ao trabalho da turma. “O nosso dever foi cumprido! Pudemos contribuir para dar visibilidade para as comunidades quilombolas da Chapada Diamantina. Uma das juradas disse que nosso trabalho a sensibilizou bastante e isso nos mostra que estamos no caminho certo. O nosso curso de Jornalismo tem um potencial gigante”, relatou a discente.
Em cinco episódios, a produção audiovisual retrata a vida em três comunidades rurais da Chapada Diamantina e são destacadas a importância da educação, os desafios da agricultura familiar, os conflitos enfrentados e o rico patrimônio cultural das comunidades, promovendo o reconhecimento e valorização de suas identidades e lutas, além da cultura empreendedora. As reportagens podem ser assistidas no canal da TV UNEB Seabra, no Youtube.
Juliana Almeida, professora e orientadora do trabalho dos discentes, também ganhou o primeiro lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo, no estado de Sergipe, na categoria Áudio, com a série de reportagens veiculada na Rádio da Universidade Federal de Sergipe (UFS FM), intitulada “Diamante Negro: a expansão dos cafés especiais do Nordeste do Brasil para o mundo”, sobre a Chapada Diamantina. “Foi uma noite de emoção dupla! Mas ver os meus alunos sendo reconhecidos por um trabalho tão lindo e comprometido socialmente, nos motiva a seguir produzindo mais e mais. Este é só o começo!”, frisou a docente.
Representação feminina na economia solidária do Sertão do São Francisco
A estudante de Jornalismo do Campus da UNEB, em Juazeiro, e repórter da Agência Multiciência, Laíse Ribeiro, conquistou o terceiro lugar no pódio do Prêmio Sebrae de Jornalismo com a reportagem “As Odetes e a representação feminina na Economia Solidária do Sertão do São Francisco”, na categoria Jornalismo Universitário.
Laíse Ribeiro celebrou o prêmio que recebeu
A discente se interessou em estudar “As Odetes”, um grupo de mulheres do Sertão do São Francisco – território às margens do Rio São Francisco que abrange cerca de dez cidades, situadas na Bahia e em Pernambuco -, cujo contato inicial surgiu na visita a uma feira da economia solidária que aconteceu em Juazeiro, aliada à demanda por uma pauta para uma reportagem do componente Redação Jornalística III.
“O prêmio é muito importante pra mim, não só pra minha vida acadêmica, mas também pelo lugar de onde eu venho e por reconhecer não só o meu trabalho, mas o dessas mulheres”, afirmou Laíse Ribeiro.
Laise diz que a partir do contato com “As Odetes”, ela passou a entender melhor a relevância social daquele grupo, e o quanto a economia solidária pode transformar vidas. “Nesse projeto, as mulheres são as protagonistas” destacou.
Carla Paiva, coordenadora do projeto “Agência Multiciência” e orientadora de Laise, conta que o produto designado pela aluna demonstra a importância dessa conexão entre a universidade e a sociedade. “O produto de Laíse é muito fruto desse papel da universidade de incentivar o jornalismo independente, de incentivar um jornalismo científico que converse com a sociedade e que converse com a diversidade.”, afirmou a docente.
A reportagem pode ser acessada por meio do blog do projeto Agência de Notícias Multiciência.
Prêmio Sebrae de Jornalismo
Em sua 11ª ediçao, o Prêmio Sebrae de Jornalismo é uma iniciativa realizada pelo Sebrae para reconhecer e prestigiar as melhores reportagens sobre o universo do empreendedorismo veiculadas em diferentes canais da imprensa brasileira. Ao todo, a organização a prêmio registrou a marca histórica de 3.076 trabalhos inscritos em todo o país.
O Prêmio Sebrae de Jornalismo seguirá com a etapa Regional, na qual os vencedores de cada categoria no Estadual serão avaliados por cinco júris das regiões do Brasil, e os trabalhos com as melhores pontuações serão os vencedores.
Em seguida, haverá a etapa Nacional, prevista para acontecer em novembro, em que estarão concorrendo os trabalhos vencedores das diferentes categorias da fase Regional.
Após isso, haverá a avaliação para identificar o vencedor do Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, que será definido entre um dos quatro ganhadores das principais categorias da fase Nacional.
Texto: Núcleos de Comunicação dos campi de Seabra e Juazeiro, com edição da Ascom
Fotos: arquivo pessoal e da Agência Sebrae de Notícias
A UNEB lançou, nesta quinta-feira (12), o edital de Seleção Pública de provas e títulos para contratação temporária de professor(a) substituto(a) em Regime Especial de Direito Administrativo (REDA).
São 102 vagas a serem distribuídas em diferentes campi da Universidade. Os interessados deverão realizar inscrição entre os dias 19 de setembro e 3 de outubro, no site inscrição.uneb.br/substitutoreda2024. A taxa de inscrição é de R$ 200.
“Temos trabalhado de forma intensa para a recomposição e ampliação do nosso quadro de servidoras e servidores técnicos e docentes. Este edital atende à demanda dos 32 departamentos e foi aberto a partir de uma grande articulação junto às Secretarias da Educação (SEC) e da Administração (Saeb), que, com empenho, compreenderam o nosso pleito, haja vista a necessidade de mais docentes para atender nossos discentes da graduação e da pós-graduação, suprindo assim essa vacância histórica dos cursos”, salienta a reitora da UNEB, professora Adriana Marmori.
Ainda de acordo com a gestora, desde o início desta gestão universitária, em 2022, e com a consolidação desse edital, já serão 393 novos professores para a UNEB, considerando efetivos e REDAs. O acompanhamento do processo fica a cargo da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PGDP) e da comunidade acadêmica.
O edital especifica os critérios de participação dos docentes, a documentação necessária para inscrição e as condições para solicitar a isenção do pagamento da taxa.
O processo seletivo consistirá em três etapas: entrevista, aula pública e prova de títulos. A previsão é que o resultado final seja divulgado no dia 19 de novembro.
Do total de vagas oferecidas, 30% serão reservadas aos(as) candidatos(as) que se autodeclararem negros(as) [pretos(as) ou pardos(as)] e 5% para aos(as) candidatos(as) com deficiência.
Registra-se que os professores convocados neste edital exercerão a função de substituir professores efetivos afastados de forma justificada.
A UNEB prorrogou as inscrições, até o dia 16 de setembro, para o concurso dos cargos de técnicos e analistas universitários da UNEB.
São 34 vagas para técnicos universitários (nível médio) e 34 para analistas universitários (nível superior), para suprir postos de trabalho em todos os departamentos/campi da UNEB na capital e interior do estado e também na administração central da instituição.
Além dessas vagas de convocação imediata, o concurso vai constituir um cadastro reserva de candidatos classificados e não convocados, os quais poderão ser convocados a qualquer momento, assim que houver a aprovação de novas vagas.